Confira dicas para manter a alimentação balanceada no fim de ano

Confira dicas para manter a alimentação balanceada no fim de ano

As festas de fim de ano estão chegando, trazendo com elas as tradicionais reuniões em torno da ceia de Natal e de Ano Novo. Nesse período, é comum relaxar na dieta ou dar uma pausa nas atividades físicas. Para ajudar a manter o equilíbrio sem abrir mão das delícias típicas dessa época, a conselheira do Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região, Ana Paula Garcia, compartilha dicas valiosas para aproveitar as comemorações de forma consciente.

Ela ressalta que as festas de fim de ano não devem ter como foco principal a dieta. “É essencial lembrar que este período não deve ser encarado exclusivamente como um momento de ‘controle’. As festas são marcadas por significados afetivos e simbolismos que vão muito além da alimentação”, afirma. Ela acrescenta que, mesmo para quem segue um plano alimentar ou possui metas dietoterápicas específicas, é possível desfrutar das iguarias da época fazendo escolhas conscientes e equilibradas.

A conselheira compartilha estratégias para uma boa alimentação.

    • Sem compensações: É importante evitar compensações extremas, como restrições severas após um exagero, pois isso pode gerar um ciclo de descontrole. 
    • Planejamentos para o dia: Planeje-se com antecedência e seja estratégico na escolha entre as diversas opções disponíveis na mesa, priorizando aquilo que realmente gosta.
    • Comer antes de comparecer aos eventos: Outra estratégia é não comparecer aos eventos com fome, pois isso aumenta a chance de compulsão alimentar. 
    • Fique atento ao tamanho das porções: Durante as confraternizações, priorize os alimentos que você realmente aprecia, mas sem exageros, prestando atenção às porções.

    É importante reforçar o consumo consciente do álcool durante as comemorações. Para aqueles que não consomem ou desejam substituir, Ana Paula Garcia dá opções. “Aposte nos drinks sem álcool, conhecidos como mocktails. Combine frutas coloridas, ervas aromáticas, especiarias e água com gás para criar opções saborosas, refrescantes e visualmente atraentes”. 

    Para aqueles que praticam atividades físicas, a nutricionista informa sobre as consequências das comidas nas festas. “De forma geral, as festividades — especialmente as alterações na dieta dos atletas — podem ocasionar retenção de líquidos, sensação de cansaço e digestão mais lenta, o que pode afetar temporariamente o desempenho”. A conselheira afirma que é fundamental aproveitar esse momento especial sem culpa e, após as comemorações, retomar a rotina de treinos e uma alimentação equilibrada o quanto antes, para minimizar os impactos e recuperar o ritmo.

    Em um cenário em que a dieta tenha sido comprometida pela falta de controle da alimentação, Ana reforça que o mais importante é retomar o plano alimentar de forma equilibrada na refeição seguinte. “Evite recorrer a restrições alimentares severas ou métodos purgativos como forma de compensação, pois essas práticas podem trazer diversos prejuízos à saúde”. Cultivar a flexibilidade e o equilíbrio é, segundo ela, essencial para manter uma relação saudável com a alimentação.

    Estagiária Manoela Gouvea, sob supervisão

    Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

    Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

    O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) realizou na semana passada o último encontro do CRN-8 Jovem do ano de 2024. O evento contou com a presença da diretoria da instituição: a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Costa Penteado e a tesoureira Lilian Mitsuko Tanikawa. As conselheiras membros da Comissão de Formação Profissional (CFP) Camilla Kapp Fritz, Giovana Regina Ferreira e Tatiana Marin também estiveram presentes.

    A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, a assistente técnica Daiane Carvalho Silva e a gerente Andréa Bonilha participaram do evento. Durante o encontro, realizado em Curitiba, as estudantes representaram suas respectivas faculdades, deram depoimentos pessoais e manifestaram agradecimento ao programa do Conselho.

    A estagiária Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, estudante do sexto período do curso de Nutrição contou como o CRN-8 Jovem auxiliou em sua formação. “Particularmente, eu passei a ver o CRN de forma diferente. Eu vi que o Conselho trabalha para ajudar os nutricionistas a serem profissionais melhores e a terem a ética em vigor. O programa acrescentou muito na minha formação”.

    Durante este ano, participaram alunos das seguintes instituições: UniCesumar, Universidade Positivo, PUCPR, UniBrasil, Centro Universitário Filadélfia (UniFil), Centro Universitário União das Américas Descomplica, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Uniopet, Faculdade Estácio, Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, IES Anhanguera Paranaguá, Colégio Estadual Polivalente de Londrina, Unipar – Francisco Beltrão, Centro Universitário Integrado, Universidade Federal da Fronteira Sul, Faculdades Pequeno Príncipe, Uni Dom Bosco, Claretiano, Uninter, Anhanguera, Universidade Tuiuti do Paraná, Faculdade de Apucarana, Colégio Estadual Julia Wanderley de Curitiba e Universidade Federal do Paraná.

    Para a coordenadora técnica, Carolina Bulgacov Dratch, o programa é um canal que existe entre o CRN-8 e as instituições de ensino por meio dos alunos. “Além de fomentar a troca de experiências entre os estudantes, o Programa atua como um canal de comunicação, com o objetivo de fortalecer a conexão entre as Instituições de Ensino Técnico e Superior em Nutrição e o CRN-8”.

    Durante o ano, o CRN-8 Jovem marcou presença em diversos eventos, como a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Na oportunidade, as estudantes do programa promoveram atividades de sensibilização sobre nutrição com o público. Também houve a caminhada alusiva à campanha do Outubro Rosa. As alunas entregaram materiais informativos e amostras de alimentos funcionais que além de fornecer nutrientes, trazem benefícios extras para a saúde, ajudando a diminuir os riscos de doenças crônicas.

    As orientações trouxeram sugestões práticas para incluir alimentos funcionais, como aveia, linhaça e frutas, na alimentação diária. Houve ainda uma ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa em julho. Para o público de 20 a 60 anos foi aplicado um questionário previsto no Guia Alimentar “Como ter uma alimentação saudável” e também realizado orientações nutricionais.

    Os alunos também participaram das duas audiências públicas realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. Em outubro as estudantes estiveram presentes na audiência pública que abordou o tema “audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”.

    Os alunos também participaram do Encontro dos Coordenadores dos Cursos Técnicos e Superiores em Nutrição do Paraná, realizada em agosto. O evento, que ocorreu de forma híbrida, teve como objetivo promover discussões relevantes e compartilhar conhecimentos sobre a prática da nutrição, com foco nas novas tendências e desafios enfrentados pelos profissionais da área.

    O conselheiro e vice-presidente Alisson David Silva destaca que o CRN-8 Jovem é fundamental para aproximar o estudante do seu conselho de classe, para que o aluno possa entender mais a fundo como funcionam as relações entre a profissão e a sociedade e como que funciona toda a luta para valorização profissional. Alisson também comenta como foi a sua experiência quando estudante e estagiário da primeira turma do programa em 2017. “Lembro que na época não tinha conhecimento de como funcionava realmente o Conselho ou pra que ele servia. Ao participar do CRN-8 Jovem, consegui compreender uma parte da essencialidade dele para a formação profissional.”.

    Tatiane do Santos Brito, estudante do oitavo período de nutrição apontou que “a partir da participação no CRN-8 Jovem eu pude entender melhor a função do Conselho”. “Quando estamos na faculdade pensamos que é algo que só quer nos cobrar anuidade, mas estando aqui no meio, participando, vejo que não é só cobrança. O valor que pagamos é simbólico por tudo que o Conselho faz por nós”, completa.

    Texto: estagiária Manoela Gouvea com supervisão

    Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

    Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

    O diabetes afeta cerca de 10% de toda população brasileira, conforme dados disponibilizados pela pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 12 milhões de brasileiros convivam com a doença. Em todo o mundo, são 250 milhões de pessoas com a diabetes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que o número de casos dobre até 2030.

    Em meio a tantas informações e orientações propagadas pela internet, não faltam receitas e dicas milagrosas que prometem controlar a doença. Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado neste 14 de novembro, a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Camilla Kapp Fritz esclarece cinco mitos em torno dessa condição.

    Uma das mentiras propagadas é a de que quem tem diabetes não pode comer beterraba e cenoura. Outra fake news é de que a pessoa com diabetes também não pode se alimentar de frutas. “É essencial reforçar que as frutas e algumas verduras, em especial beterraba e cenoura, apesar de possuírem frutose na sua composição, são alternativas saudáveis e podem ser consumidas por pacientes com diabetes em porções adequadas”, esclarece a nutricionista. A média recomendada é de quatro porções de frutas diárias e consumir verduras duas vezes ao dia.

    Camilla ressalta que se deve lembrar de preferir frutas com mais fibras, tais como laranja, maçã, pera ou com alto índice de gordura, como o abacate, para reduzir o impacto glicêmico. 

    Outro mito muito propagado é a de quem possui diabetes pode substituir o açúcar por mel, pois o mel é natural. “Apesar de natural, o mel tem alto teor de frutose e glicose, podendo causar alterações na glicemia e prejudicar o controle do diabetes”, aponta.

    Ainda na linha do açúcar, não se pode trocar seus doces por doces diet e comê-los à vontade. “Os produtos dietéticos, que apesar de serem isentos do açúcar, nem sempre são mais saudáveis e podem, inclusive, ter mais calorias do que o alimento convencional, como é o caso do chocolate diet, por exemplo. Portanto, não se deve ingerir doces diet à vontade, o consumo de doces deve ser realizado com moderação”, aponta Camilla Fritz.

    Também não se recomenda trocar refrigerante por qualquer suco natural. Sugere-se evitar, segundo a nutricionista, o consumo de sucos naturais como de laranja por exemplo, pois o suco não possui as fibras como a fruta in natura, e consequentemente um alto índice glicêmico.

    O QUE É DIABETES 

    O diabetes é uma condição crônica e sem cura, caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo corpo ou pela dificuldade em utilizá-la de forma eficaz. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é fundamental para transformar açúcar, amido e outros nutrientes em energia. Na ausência ou deficiência dessa ação, os níveis de glicose no sangue se elevam, causando a hiperglicemia — principal característica do diabetes. Se não controlada, a doença pode causar complicações graves, como danos aos rins, olhos, coração, nervos, vasos sanguíneos, entre outros órgãos e sistemas.

    O diabetes tipo 1, em resumo, é causado pela destruição autoimune das células do pâncreas que produzem insulina e não está relacionado ao consumo de açúcar. Já o diabetes tipo 2 ocorre por uma redução na produção de insulina e/ou resistência à insulina, sendo influenciado por hábitos de vida inadequados, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo, obesidade e estresse.

    Outro caso comum de diabetes, é a diabetes gestacional.  Quando o nível de açúcar no sangue se eleva, ou seja, quando os hormônios interferem na produção de insulina da gestante. O Ministério da Saúde aponta que afeta de 2% a 4% de todas as gestantes. 

    CUIDADOS NUTRICIONAIS

     O principal objetivo dos cuidados nutricionais em uma pessoa com diabetes é auxiliar no controle da glicemia, pois o açúcar no sangue é proveniente dos alimentos ingeridos, sendo que alguns possuem uma quantidade maior de glicose, como os carboidratos, em comparação com as proteínas e gorduras. Vale ressaltar que pessoas com diabetes não devem excluir completamente os carboidratos da sua alimentação, pois esses alimentos são essenciais para gerar energia e auxiliar no funcionamento adequado do organismo.  

    A conselheira do CRN-8 aponta as orientações nutricionais básicas para tratamento do diabetes é o controle da ingestão de carboidratos, que deve ser dentro do recomendado e preferir os cereais integrais, frutas, verduras e leguminosas, além de evitar os alimentos industrializados ricos em açúcares. 

    O consumo adequado de fibras é essencial para auxiliar a redução dos picos de glicemia, pois diminui a absorção dos açúcares, além de causar sensação de saciedade prolongada. A recomendação de fibras para adultos é de em média 25 a 30 gramas de fibras por dia. “Para garantir uma ingestão adequada é importante incluir fontes diversificadas, que podem ser encontradas nas frutas, principalmente no bagaço das frutas, vegetais diversos, especialmente os folhosos e crus, sementes como as de linhaça e chia, farelo de aveia, feijões e outras leguminosas, como lentilha, ervilha e grão de bico e cereais integrais”, salienta a nutricionista.  

    Camilla ressalta também a dica com o controle do açúcar.  O açúcar de mesa deve ser evitado por pacientes com diabetes, pois é uma substância altamente calórica que não possui nenhum nutriente essencial, mas desencadeia um pico de hiperglicemia. “O uso de adoçantes artificiais pode ser recomendado como uma estratégia para pessoas com diabetes, com intuito de reduzir a ingestão de carboidratos simples e manter o paladar doce, sem esquecer de sempre estar associado a uma dieta saudável com preferência dos alimentos in natura”.

    Com Agência Brasil e portal do Ministério da Saúde

    CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

    CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

    A Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, ganhou tons de azul na manhã desta segunda-feira (4), durante a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do câncer de próstata e promover a saúde masculina, o evento reuniu dezenas de pessoas e contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), incluindo a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Penteado e a tesoureira Lilian Tanikawa.

    A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, e a assistente técnica Daiane Carvalho Silva, também estiveram presentes, reforçando a presença do Conselho na ação. Durante a caminhada, alunas do programa CRN-8 Jovem realizaram ações de conscientização nutricional com o público, enfatizando a importância de uma alimentação saudável como parte da prevenção de doenças crônicas, incluindo o câncer de próstata.

    As alunas do CRN-8 Jovem também distribuíram materiais informativos, que abordaram de forma didática como a nutrição pode contribuir para a redução dos riscos de diversas doenças. Com orientações acessíveis, as estudantes incentivaram o público a adotar hábitos alimentares saudáveis, mostrando a importância de incluir alimentos nutritivos no dia a dia como forma de melhorar a qualidade de vida e fortalecer o sistema imunológico.

    A presidente do CRN-8, Deise Baptista, destacou a importância da nutrição como fator preventivo. “Participar de eventos como o Novembro Azul nos permite reforçar a relevância de uma alimentação saudável e preventiva para o público masculino. Esse é um momento oportuno para conscientizar sobre a importância de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico regular”, afirmou Deise.

    Com a presença de sua diretoria e equipe técnica, o CRN-8 reforçou a importância da nutrição na prevenção de doenças e o impacto positivo de escolhas alimentares adequadas na vida dos homens, promovendo bem-estar e longevidade.

    CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

    CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

    O Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que quase 50 milhões de brasileiros vivam em situação de insegurança alimentar grave ou moderada. Para encontrar formas de mudar esta triste realidade e debater a contribuição do Poder Público para modernizar a legislação referente à doação de alimentos, a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu nesta quarta-feira (16) a audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”. O objetivo foi propor iniciativas que trazem bons resultados no combate ao problema, criando mecanismos para que produtores de alimentos possam doar o excedente com segurança, evitando que comida saudável vá para o lixo.

    O debate ocorreu no Dia Mundial da Alimentação por iniciativa da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Paulo Gomes (PP), em conjunto com o Conselho Regional de Nutrição (CRN-8). A participação do CRN-8 foi essencial para garantir que a segurança alimentar fosse o foco das discussões, contando com a presença de Deise Regina Baptista, atual presidente do CRN-8, Vanessa Costa Penteado, conselheira do CRN-8, a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch, e alunos do programa CRN-8 Jovem. O evento reuniu representantes do Poder Público e privado da área de alimentação, além de responsáveis por entidades que combatem o problema.

    O CRN-8 tem sido ativo em campanhas e iniciativas que promovem a segurança alimentar, atuando como um elo entre a legislação vigente e a prática dos profissionais de nutrição, garantindo que as doações sejam seguras e eficazes. Cilene da Silva Gomes Ribeiro, ex-presidente do CRN-8, também participou e destacou a importância do controle higiênico-sanitário e da segurança alimentar nas doações.

    “Existem vários entes da sociedade, como restaurantes comerciais, indústrias e o próprio varejo supermercadista, que podem fazer doação de alimentos bons para consumo, mas não o fazem. Para isso, porém, é necessário que uma série de critérios seja observada, principalmente de controle de qualidade”, afirmou.

    O deputado Paulo Gomes ressaltou que o objetivo da audiência é aproximar entidades governamentais e não governamentais, fortalecendo parcerias que possam ampliar projetos de combate ao desperdício de alimentos. Ele afirmou que vai trabalhar para atualizar a legislação e criar mecanismos que incentivem a doação segura de alimentos.

    Carolina Dratch, Deise Baptista e Vanessa Penteado ao lado do secretário Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi

    Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

    Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

    O consumo excessivo de sal é uma preocupação crescente para a saúde pública, especialmente em relação a complicações cardiovasculares e renais. De acordo com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, o aumento da pressão arterial é uma das consequências mais graves desse hábito. “A pressão alta sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, aumentando significativamente o risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, alerta Ana Paula. Além disso, o excesso de sódio também pode sobrecarregar os rins, resultando em retenção de líquidos e aumentando a probabilidade de formação de pedras nos rins.

    Com tantas opções disponíveis no mercado, conhecer os diferentes tipos de sal e suas particularidades pode ser essencial para quem busca um consumo mais consciente. Ana Paula Garcia explica as características de alguns dos principais tipos de sal:

    Sal marinho: Obtido pela evaporação da água do mar sem passar por processos de refinamento, este sal preserva uma série de microminerais e possui um sabor mais suave em comparação ao sal refinado.

    Sal rosa do Himalaia: Extraído das salinas da região do Himalaia, é valorizado por sua rica composição de minerais, como cálcio e magnésio.

    Flor de sal: Colhida manualmente da superfície das salinas, é famosa por sua textura delicada e sabor concentrado, sendo ideal para finalizar pratos.

    Sal negro: Conhecido por seu alto teor de enxofre, tem um aroma característico que lembra o da gema de ovo, tornando-se popular em pratos veganos para imitar esse sabor.

    Sal light: Uma alternativa com menos sódio, que combina cloreto de sódio com cloreto de potássio, sendo indicado para pessoas que precisam reduzir a ingestão de sódio.

    Sal grosso: Utilizado principalmente em churrascos devido à sua granulação rústica e boa aderência aos alimentos.

    Sal refinado: O tipo mais comum, passa por processos de refinamento e iodização, sendo amplamente utilizado para prevenir deficiências de iodo na alimentação.

    Embora não haja um “melhor” tipo de sal, Ana Paula destaca a importância de reduzir o consumo de sal em geral. “Sais com menor teor de processamento, como o marinho ou o rosa, podem conter pequenas quantidades de minerais além do cloreto de sódio, o que pode ser benéfico em pequenas quantidades”, explica.

    Para quem deseja reduzir a ingestão de sal, a nutricionista sugere “adaptar o paladar” para apreciar alimentos com menos sal, sem comprometer o sabor. Ela também recomenda substituir o sal por outros temperos. “Ervas frescas como manjericão, alecrim e salsa não só adicionam sabor, mas também oferecem benefícios nutricionais adicionais. Especiarias como páprica, cominho e pimenta-do-reino são excelentes para temperar sem adicionar sódio. Limão ou vinagre também são ótimas opções para realçar o sabor dos alimentos de forma natural”, sugere Ana Paula.

    O consumo de sal no Brasil é preocupante. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é que cada pessoa consuma cerca de 5 gramas de sal por dia. No entanto, a média de consumo do brasileiro é de aproximadamente 9 gramas diárias, quase o dobro do recomendado.

    Receita de sal de ervas

    Ingredientes:

    ¼ de xícara de sal marinho

    1 colher de sopa de manjericão seco

    1 colher de sopa de alecrim seco

    1 colher de sopa de salsa desidratada

    Modo de preparo: Em um processador de alimentos ou moedor, combine o sal, o manjericão, o alecrim e a salsa. Triture até que as ervas estejam bem misturadas e o sal tenha uma textura fina e uniforme. Transfira o sal de ervas para um frasco limpo e seco e armazene em local fresco e seco.

    A receita de sal de ervas é uma ótima alternativa para quem deseja reduzir o consumo de sal convencional, sem abrir mão do sabor nos pratos.

    Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

    Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

    O consumo de determinados alimentos e bebidas podem ter influência direta para desencadear crises de enxaqueca, uma doença neurológica crônica que causa dores de cabeça intensas e, geralmente, é acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômito e sensibilidade à luz e ao som. Cuidar da alimentação pode aliviar os sintomas e prevenir novas crises.

                A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, ressalta que as causas podem variar de pessoa para pessoa, porém existem alguns produtos mais comuns que funcionam como “gatilhos” para desencadear esses sintomas. “Alguns alimentos são considerados mais propensos para provocar uma crise de enxaqueca, como chocolate, carnes processadas, bebidas alcoólicas, cafeína, laticínios, adoçantes artificiais e glutamato monossódico – este último presente em temperos e alimentos industrializados”, afirma.

    Ficar em jejum durante muito tempo também pode provocar dor de cabeça, incluindo enxaqueca. “Assim, é importante manter uma alimentação regular e equilibrada para evitar essas oscilações”, ensina a profissional.

    Foto: Divulgação/Freepik

                Ela também relata a importância de se procurar um profissional de nutrição para poder fazer um acompanhamento e ter mais controle para evitar as crises. “O apoio de um nutricionista pode ser extremamente importante no manejo da condição, proporcionando uma visão mais completa e eficaz para o controle dos sintomas. Este profissional pode auxiliar a identificar alimentos que desencadeiam crises e elaborando planos alimentares com nutrientes essenciais e alimentos anti-inflamatórios”, salienta.

                Além disso, é essencial a pessoa procurar ajuda médica. “A pessoa deve procurar ajuda de um profissional se as crises forem frequentes ou intensas, afetando a qualidade de vida; se os medicamentos habituais não estiverem controlando adequadamente as crises; se surgirem novos sintomas ou os existentes piorarem; e se os medicamentos causarem efeitos colaterais indesejados” ressalta a nutricionista.

                Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, e 1 bilhão de pessoas no mundo todo. Para diagnosticar o problema existe o médico que é especialista em neurologia.

     Dicas para evitar desperdício de alimentos

     DICAS PARA EVITAR DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

                O Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo, segundo a Associação Brasileira de Indústria e Alimentos (ABIA). O país soma em torno de 23 toneladas de frutas e legumes jogados fora anualmente, seja em supermercados ou residências. O brasileiro descarta em casa em torno de 60 quilos de alimentos por ano que poderiam ser reaproveitados. Já nas empresas apenas 4 % do ramo alimentícios não descartam alimentos e 96% das empresas dizem descartar comidas frutas e legumes com uma certa frequência.

                Diante deste cenário, a nutricionista e presidente do Conselho Regional de Nutrição do Estado do Paraná (CRN-8) Cilene Ribeiro, elenca algumas dicas de como evitar os desperdícios de alimentos.

    • O primeiro passo é ter planejamento na hora da compra. Não se deve adquirir alimentos que não serão necessários em curto período do tempo e/ou em grande quantidade. Essa prática faz com que, muitas vezes, o alimento estrague ou passe do prazo de validade.
    • Após a compra de saladas folhosas, o ideal é fazer a higienização desses alimentos e secar. Recomenda-se guardar os alimentos folhosos após a higienização em recipientes com tampa ou saquinho plástico. Isso porque a tendência é que o alimento dure mais tempo.
    • Também pode-se reaproveitar os alimentos. As sementes e cascas de frutas também podem agregar no cardápio, seja em  sucos ou farofas, por exemplo.
    • Congelar os produtos que tem um pouco mais de durabilidade, como a batata, cenoura ou outros alimentos que não vão ser utilizados de imediato. Também é possível cozinhar eles e congelar, assim já deixa os alimentos prontos e facilita o seu uso. O congelamento dos produtos não afeta a qualidade deles.

    Inverno exige mudanças nos hábitos alimentares

    Inverno exige mudanças nos hábitos alimentares

            A estação mais fria do ano chegou. É neste período que muitas pessoas acabam mudando seus hábitos, em especial na alimentação. As temperaturas mais baixas acabam sendo convidativas para uma comida mais quente e mais calórica, como massas, molhos, queijos, caldos, sopas, fondues, frituras, salgados e carnes em geral. Além de bebidas como vinhos, licores, capuccino e chocolate quente. De uma forma geral, é comum o aumento do consumo destes tipos de alimentos durante o inverno.

                Segundo a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) Ana Garcia, nesse período é normal as pessoas sentirem vontade de alimentos quentes e reconfortantes. “Não há quem resista a um bom buffet de sopas e caldos. Eles ajudam a aquecer o corpo e podem ser preparados com uma variedade de vegetais e proteínas, proporcionando uma refeição nutritiva e saudável”. O ideal, segundo ela, é adotar um padrão alimentar equilibrado composto por todos os grupos de alimentos, variando as opções para evitar a monotonia alimentar e, por consequência, as deficiências nutricionais.

                Mesmo com um cardápio diferenciado, não se pode esquecer que é preciso manter o hábito saudável na alimentação, e usar a criatividade na cozinha. “Podemos optar por cremes de mandioquinha, abóbora, um mix de legumes e incluir uma proteína animal ou vegetal. As opções são inúmeras. Usar a criatividade na cozinha, escolher alimentos sazonais e variar ao máximo as receitas ajudam a evitar uma alimentação monótona e a garantir uma dieta equilibrada e nutritiva”, ressalta a conselheira.

                Ela destaca também que neste período é necessário consumir alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e verduras de folhas escuras, que poderão fortalecer nosso sistema imunológico.

    Além disso, é comum as pessoas beberem menos água durante o frio. “Uma dica valiosa é manter sempre uma garrafinha de água por perto, garantindo uma hidratação constante ao longo do dia. Além disso, incluir chás e infusões na rotina diária pode ser uma excelente maneira de aumentar a ingestão de líquidos, aproveitando os diversos benefícios para a saúde que essas bebidas oferecem”, salienta Ana.

    Dados e projeções sobre obesidade infantil são preocupantes

    Dados e projeções sobre obesidade infantil são preocupantes

    Os dados sobre obesidade infantil são preocupantes. Levantamento do Ministério da Saúde revela que, em 2023, 5,7% das crianças entre 0 e 5 anos sofriam com este problema de saúde no Paraná. O dado faz parte de uma análise do Índice de Massa Corporal (IMC) de mais 389.300 crianças. De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério, outras 7,7% já estavam com sobrepeso. No cenário nacional, a situação não é diferente. O Atlas Mundial da Obesidade 2023, lançado em março pela Federação Mundial de Obesidade, projetou que o crescimento anual de crianças obesas pode chegar a 4,4%, o que significa um nível alerta muito alto.

    Ainda segundo o Atlas, em 2020 o Brasil tinha 34% (15,58 milhões) do público de 5 a 19 anos convivendo com obesidade ou sobrepeso em 2020. O valor pode saltar para 50% (cerca de 20 milhões) de jovens em 2035. Neste dia 03 de junho celebra-se o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil, que tem o objetivo justamente de dar visibilidade ao tema e informar a população sobre os cuidados necessários para combater a doença.

          Nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná, Ana Paula Garcia ressalta que uma criança que sofre com obesidade pode desenvolver graus mais severos da doença na vida adulta e ainda adquirir diversos problemas de saúde, como doenças respiratórias e ortopédicas, dores nas articulações, disfunções hepáticas, colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial, complicações metabólicas, dermatites, enxaqueca, entre outras. “A criança pode desenvolver depressão, sofrer isolamento social e solidão, enfrentar bullying e disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia, e ter baixa autoestima”, salienta a profissional.

          A obesidade infantil pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. “Entre os fatores comportamentais, destacam-se a má alimentação e o sedentarismo. Além disso, a falta de atividade física regular, aliada ao aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogames, contribui significativamente para o ganho de peso”, alerta Ana Paula.

                Para o tratamento de obesidade recomenda-se uma abordagem que inclui aconselhamento, planejamento alimentar e análise dos hábitos alimentares da criança e da família. “O nutricionista pode auxiliar desde a prevenção até o tratamento da obesidade infantil. Na prevenção, é importante que o nutricionista atue na educação alimentar e nutricional, participando de projetos, programas e políticas envolvidas no combate à obesidade infantil”, salienta. Já na fase do tratamento, o nutricionista deverá prescrever o plano alimentar mais adequado conforme as demandas e individualidades da criança, “além de monitorar e oferecer suporte contínuo, trabalhando dentro de uma equipe multidisciplinar”.

    Dicas sobre obesidade infantil

       – Realizar a amamentação durante os dois primeiros anos, ou mais. O leite materno é um alimento completo e está ligado à redução de infecções e doenças, como otites, doenças respiratórias, diabetes e obesidade infantil, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho.

       – A reeducação alimentar para toda a família é um passo fundamental no combate à obesidade infantil. Quando todos unem esforços e praticam hábitos saudáveis há mais chances de as crianças também seguirem estes exemplos.

       – Estimular a prática de exercícios físicos é crucial para aumentar o gasto calórico e ajudar na redução de peso.

      -Quanto mais cedo a criança começar a praticar alguma atividade, maiores são as chances de ela se tornar um adulto ativo. Buscar esportes que a criança se identifique pode transformar o exercício em um hábito divertido. Incentivar brincadeiras que movimentem o corpo, como pega-pega, pular corda, amarelinha, dança e andar de bicicleta, também são excelentes opções.

    – Controlar o tempo de exposição às telas é outro aspecto importante. O tempo que a criança passa em frente à televisão, computador, videogame ou celular pode influenciar um estilo de vida mais sedentário e prejudicar os hábitos alimentares. Recomenda-se que crianças até cinco anos não fiquem mais de uma hora em frente às telas.

    – A falta de sono adequado pode contribuir para a obesidade. O relógio biológico da criança pode ficar desregulado, afetando hormônios que controlam o apetite.

    Fonte: nutricionista e conselheira Ana Paula Garcia