Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

A campanha Agosto Dourado, celebrado neste mês, visa estimular e promover informações sobre a importância do aleitamento humano. A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli Raymundo, destaca que a campanha é fundamental para incentivar e desmistificar a amamentação. “A ideia da campanha é que possamos disseminar informações importantes sobre o aleitamento materno para o maior número possível de pessoas. Além disso, buscamos quebrar alguns mitos, preconceitos e lendas e empoderar as mulheres para que possam tomar as suas próprias decisões em relação à alimentação de seus filhos”, afirma.

O nome “Agosto Dourado” faz referência ao leite materno, que é considerado um alimento padrão ouro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. O leite materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita durante este período, sem a necessidade de se introduzir outros alimentos líquidos.

“O bebê nasce com o sistema digestório muito imaturo, incapaz de fazer a digestão de qualquer tipo de alimento sólido, e o leite materno contém todos os nutrientes necessários para seu contínuo crescimento. Assim, o bebê receberá a quantidade exata de proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais de que necessita”, explica a conselheira. O leite materno também é um aliado à imunidade, pois nele são encontradas imunoglobulinas, que fortalecem o sistema imunológico.

Importante destacar que mesmo após a introdução da alimentação sólida, deve-se continuar amamentado até o segundo ano de vida. Além disso, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mãe que amamenta corre menos risco de desenvolver câncer de mama. Isso porque durante a amamentação as taxas de hormônios que favorecem o avanço desse tipo de doença caem na mulher.

ALIMENTAÇÃO

Durante a fase de amamentação e gestação alguns cuidados devem ser tomados em relação à alimentação materna. É essencial manter uma dieta equilibrada e saudável, com alimentos mais naturais possíveis e rica em frutas, legumes, verduras, e, se possível, com grãos integrais e alimentos ricos em proteínas de boa qualidade. Deve-se evitar alimentos ultraprocessados e não exagerar na gordura saturada.

 “É importante incluir na dieta boas fontes de cálcio que podem ser tanto leite e derivados, como também cereais, tofu, alguns peixes enlatados, como acontece com a sardinha e o atum, e grãos integrais como boas quantidades de cálcio, principalmente para as mulheres que têm algum tipo de intolerância à lactose ou não podem tomar leite por algum motivo”, destaca a nutricionista e conselheira Gisele.

Segundo ela, é essencial que a lactante seja orientada pra evitar alimentos alergênicos, pois alguns bebês podem desenvolver sensibilidade a alguns alimentos, como leite de vaca, ovos amendoim, glúten, frutos do mar e carne de porco. Caso o bebê apresente sintomas de alergia ou algum tipo de intolerância é necessário que seja consultado um nutricionista para ajustar a dieta da mãe, caso seja necessário. “Se, porventura, a mãe tiver algum tipo de deficiência nutricional, o ideal é que ela faça uma suplementação orientada pelos nutricionistas, dos nutrientes necessários”, alerta Gisele. 

Em algumas circunstâncias, a amamentação pode não ser possível, como em caso de adoção ou em situações que a mãe necessita fazer uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação natural. “Nesses casos, é importante que o pediatra ou o nutricionista indique uma fórmula infantil, que consiste em um leite de vaca modificado para se aproximar ao máximo dos nutrientes presentes no leite humano. É fundamental garantir o uso correto da fórmula, seguindo a quantidade adequada e a diluição correta para que o bebê obtenha o efeito mais próximo possível do leite materno”, explica a nutricionista.

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

Doar leite materno vai além de ser um gesto de amor e compaixão. A atitude pode salvar vidas. Nem todos bebês conseguem fazer a sucção do alimento. As mães podem passar por situações de saúde, como estresse e ansiedade, que levam à diminuição da produção de leite. Há situações ainda de crianças internadas que, por algum motivo, não podem ser amamentadas diretamente no seio materno. As causas variam e os bancos de leite materno se transformam em uma solução para a amamentação destes bebês.

            Neste dia 19 de maio celebra-se o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano. Instituído pela Lei 13.227/2015, a data tem como objetivo estimular a doação de leite materno, divulgar os bancos de leite humano nos municípios e nos estados, além de promover debates sobre a importância do aleitamento materno e sua doação.

            O leite materno é considerado o melhor alimento disponível para os bebês. O alimento diminui o risco de infecções e alergias, além de melhorar o desenvolvimento fisiológico do bebê.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. Mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.

            De acordo com a nutricionista materno-infantil Nádia Rafaela dos Santos, o leite humano é o alimento mais adequado que o bebê pode receber. “O leite é apropriado em calorias, gorduras, proteínas vitaminas e água. Ele é considerado alimento padrão-ouro, já que é o único capaz de promover tudo que o bebê necessita até os seis meses de idade. Além disso, o leite materno é o único leite que promove anticorpos, sendo considerado a primeira vacina do bebê”, explica a nutricionista.

Algumas indústrias oferecem alternativas para as mães que não conseguem amamentar os bebês, porém não supre totalmente a falta do leite. “Embora as indústrias tentem se aproximar cada vez mais da composição do leite humano, dizemos que o leite humano é um alimento vivo, e só ele é capaz de se adaptar às necessidades do bebê, de aumentar a produção de anticorpos, por exemplo, em uma situação de adoecimento”, ressalta Nádia.

SERVIÇO:

Quem Pode doar: Mães com produção de leite em quantidade e que não façam uso de medicamentos que sejam contraindicados durante o período de amamentação.

Como doar: Para doar basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo a agende uma visita. Será feito um cadastro (que pode ser presencial ou por telefone) e a mãe será orientada sobre como fazer a doação de maneira correta. Depois isso, a mãe vai receber os materiais esterilizados necessários para a doação do leite materno.