CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) foi convidado a ministrar uma palestra online e ao vivo para profissionais dos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados pela prefeitura de Curitiba, com foco na segurança dos alimentos e nas práticas nutricionais adequadas no ambiente escolar.

Representado pela coordenadora técnica Carolina Dratch e pela conselheira Andrea Bruginski, o Conselho destacou a importância de uma alimentação equilibrada para o desenvolvimento infantil e apresentou o e-book do CRN-8, Manual Orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino. A abertura do evento foi realizada pela gerente dos CEIs contratados da Secretaria Municipal de Educação, Mariangela Brunetti.

Carolina Dratch enfatizou as atividades obrigatórias e complementares do nutricionista, conforme previstas na Resolução CFN 600/2018, abordando a importância de seguir as normas que garantem a segurança das refeições oferecidas aos alunos. Segundo ela, assegurar uma alimentação balanceada, com a devida adequação nutricional e observância das regulamentações, é essencial para o bem-estar das crianças e para a prevenção de problemas de saúde desde a infância.

Andrea Bruginski ressaltou o papel fundamental dos nutricionistas nos CEIs, explicando que a função vai além do preparo das refeições, abrangendo também a educação alimentar dos alunos. Ela abordou tópicos importantes sobre o planejamento de cardápios, destacando como uma dieta equilibrada e bem planejada contribui significativamente para o aprendizado e o desenvolvimento das crianças. Andrea enfatizou a necessidade de garantir que os cardápios atendam às necessidades nutricionais específicas da faixa etária, promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

O evento proporcionou aos participantes um espaço de atualização e troca de experiências, essencial para a adaptação às exigências diárias dos CEIs. Além disso, reforçou o compromisso do CRN-8 e da prefeitura com a saúde e bem-estar das crianças de Curitiba. Essas iniciativas reforçam a valorização do trabalho dos profissionais de nutrição e o impacto positivo da alimentação saudável no ambiente escolar, promovendo hábitos que beneficiam a saúde desde cedo.

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Neste dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas, uma data que reforça a importância de uma alimentação saudável para crianças, jovens e adultos no ambiente escolar. Essa celebração visa conscientizar a população sobre a necessidade de promover bons hábitos alimentares, uma prática que vai além do consumo de alimentos, influenciando o aprendizado, o desenvolvimento físico e mental, e a qualidade de vida dos estudantes.

Nutricionistas desempenham um papel essencial na promoção da saúde e no desenvolvimento das crianças, conforme destaca Fernanda Manera, conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) e nutricionista de alimentação escolar.

Segundo Fernanda, o nutricionista é responsável por uma série de atribuições fundamentais no ambiente escolar, como a elaboração de cardápios que atendam às necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias e a promoção de atividades de educação alimentar e nutricional. “Planejamos refeições adequadas a cada faixa etária, com nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das crianças; e identificando os escolares com necessidades de alimentação especiais, através do diagnóstico nutricional realizado pelo nutricionista”, explica Fernanda.

Além disso, esse profissional atua na criação de manuais de boas práticas e na realização de testes de aceitabilidade entre os alunos, garantindo que a alimentação oferecida seja nutritiva e bem aceita.

A presença de um nutricionista em ambiente escolar é essencial na promoção da saúde e no combate à má nutrição, orientando a escolha de alimentos que atendam às necessidades nutricionais de diferentes faixas etárias e respeitando as particularidades culturais e regionais dos alunos. Ao elaborar cardápios escolares equilibrados, o nutricionista contribui diretamente para a melhora da concentração, do desempenho escolar e da prevenção de doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

“O nutricionista é o profissional capacitado para elaborar e calcular as refeições, adequando as preparações a cada faixa etária, com macro e micronutrientes em quantidades corretas, associado a qualidade sensorial e respeitando a cultura alimentar daquela população”, ressalta a conselheira.

Foto: Sergio-Amaral/MDS

Crescimento e desempenho escolar

A alimentação balanceada influencia diretamente no desempenho escolar e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Estudos demonstram que refeições adequadas, planejadas por nutricionistas têm um impacto positivo na concentração e no aprendizado, além de prevenir doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

Fernanda Manera ressalta que é necessário que seja elaborada uma dieta variada, com comida de verdade, com alimentos de todos os grupos alimentares: frutas, verduras e legumes, cereais e tubérculos/raízes (como arroz, mandioca, batata, milho), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) e carnes e ovos (se a família consumir). “Isso deve sempre respeitar a oferta local e a cultura alimentar da população”, complementa a nutricionista.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o nutricionista como figura central no planejamento das refeições servidas nas escolas públicas do Brasil. Ele é responsável por garantir que cada refeição seja nutricionalmente equilibrada, considerando a oferta de alimentos frescos e regionais.

Impacto Duradouro na Saúde e Educação

Além disso, esse profissional tem um papel educativo crucial na formação de hábitos alimentares saudáveis. Ao trabalhar junto com a equipe pedagógica, o nutricionista promove atividades como hortas escolares e oficinas culinárias, proporcionando aos alunos uma vivência prática sobre a importância de uma alimentação equilibrada. “A educação alimentar começa na escola, mas pode ser levada para a casa, envolvendo os pais no processo”, diz Fernanda.

Com isso, a presença do nutricionista nas escolas vai além dos alunos, alcançando toda a comunidade escolar, desde professores e funcionários até as famílias. “Os pais têm um papel fundamental na alimentação dos filhos e, ao se aproximarem da escola, podem ajudar a consolidar bons hábitos alimentares também em casa”, enfatiza Fernanda. Iniciativas como a distribuição do Guia Alimentar Para a População Brasileira também ajuda a disseminar informações sobre alimentação saudável para além dos muros escolares.

CRN-8 lança e-book sobre alimentação escolar

CRN-8 lança e-book sobre alimentação escolar

O Conselho de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) lançou nesta terça-feira (10) o e-book “Manual orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino”. O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site do CRN-8 .

O evento de lançamento foi realizado na sede da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Na oportunidade, a presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro, a conselheira Veridiane Sirota e a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch ministraram palestras debatendo as atribuições do nutricionista na área de alimentação e no planejamento de cardápio em ambiente escolar.

O e-book possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

Dessa forma, o primeiro capítulo aborda a avaliação, diagnóstico e monitoramento nutricional dos estudantes e o segundo trata da identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição. A obra ainda aborda a elaboração de cardápios de acordo com as necessidades nutricionais e das informações nutricionais; a identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição; e a elaboração e implantação do manual de boas práticas e dos procedimentos operacionais padronizados.

O sexto capítulo, por exemplo, trata da educação alimentar e nutricional. O e-book também aborda a importância das fichas técnicas das preparações; a implantação e supervisão das atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições e/ou preparações; e teste de aceitabilidade.

“O livro surge para somar no papel fundamental que os nutricionistas desempenham nos ambientes escolares”, ressalta a presidente Cilene.

CRN-8 participa de audiência pública sobre alimentação saudável nas cantinas escolares

CRN-8 participa de audiência pública sobre alimentação saudável nas cantinas escolares

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) participou na semana passada (20/09) da audiência pública que abordou o tema “Alimentação Saudável nas Cantinas Escolares”, realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná. O debate foi proposto pelo presidente da Comissão, o deputado estadual Paulo Gomes.

A presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro ressaltou a importância de o tema ser discutido pelas autoridades públicas. “A audiência é um momento de grande importância para o futuro de todos os nossos estudantes. Temos um grave cenário de doenças aliadas à má alimentação. Não estamos falando apenas da cantina, mas da alimentação como um todo. Nas escolas públicas, há uma preocupação muito grande, graças ao PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), mas precisamos garantir que seja assegurado também nas privadas”, destacou.

“A Audiência demonstra à sociedade a importância da alimentação saudável no âmbito escolar. É nesse momento que a criança tem de ser ensinada e direcionada também para o acesso saudável à alimentação. Cada vez mais, a gente tem crianças obesas, com diabetes, com colesterol elevado”, acrescentou Cilene.

Durante o evento, a presidente também alertou sobre o consumo de alimentos ultraprocessados nas escolas que afetam diretamente a saúde das crianças. “Temos um cenário bastante dramático de crianças com seis meses de idade consumindo e tendo acesso a produtos ultraprocessados nas escolas. Não é à toa que por conta desse cenário, segundo pesquisas de 2020, temos cerca de 16% das crianças de 6 a 23 meses de idade com sobrepeso e obesidade e 20% com risco de ter a doença”, revelou.  

A presidente afirmou ainda que “a regulamentação dos alimentos em cantinas escolares em prol de uma alimentação saudável é uma medida importante para promover a saúde, bem-estar, prevenir a obesidade e as doenças crônicas não transmissíveis da população”.

Diante deste cenário, Cilene ressaltou a importância de o tema ser tratado dentro do ambiente escolar. “A escola é um espaço para aprender e educar. Temos que instruir essas crianças sobre o que é correto na questão da alimentação. Além de ensinar, é essencial que possamos promover acessos que sejam saudáveis”, destacou.

“A alimentação saudável, nutritiva, adequada e segura é um direito humano de todas essas crianças e adolescentes e temos que lutar para que políticas públicas sejam construídas, reavaliadas e implementadas a fim de que esse direito seja garantido para todos”, assinalou.

A audiência também contou com a presença de Deise Regina Baptista, representando o Conselho Federal de Nutricionistas. O evento ainda teve a participação, entre outros, da representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), Ana Maria Maya; da nutricionista e chefe da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), Cristina Klobukoski; da nutricionista e professora adjunta aposentada do curso de Nutrição da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Maria Teresa Gomes de Oliveira Ribas; da diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Márcia Cristina Stolarski; da coordenadora de Planejamento da Alimentação Escolar do Departamento de Alimentação e Nutrição do Governo do Estado, Rosângela Mara Slomski; integrante da Gerência de Alimentação na Secretaria de Educação de Curitiba, Vanessa Prestes; e do procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica, Ciro Expedito Scheraiber.

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

O nutricionista é um profissional indispensável em diversas áreas e o ambiente escolar é uma delas. Um dos principais papéis do profissional é proporcionar educação alimentar e nutricional para garantir o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes. Além disso, ao atuar nas escolas, o nutricionista possibilita uma série de benefícios para todos os atores envolvidos – dos estudantes aos professores, para toda a equipe pedagógica e para as famílias.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. O nutricionista assume um papel ativo como estimulador de hábitos alimentares saudáveis e influenciador na formação do indivíduo”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro.

Ela explica que um dos primeiros atos do nutricionista nas escolas é o de estruturar um cardápio para os estudantes. O cardápio escolar desenvolvido pelo nutricionista visa garantir uma alimentação saudável e adequada, que assegure o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico e também na prevenção de doenças relacionadas à alimentação, como hipertensão, diabetes e obesidade.

“O nutricionista na escola é responsável pela elaboração de um cardápio dentro de todas as premissas voltadas a cada faixa etária que está envolvida nesse ambiente escolar, garantindo assim que esse estudante tenha condições nutricionais adequadas para um bom aprendizado, crescimento e para a não ocorrência de doenças”, explica Cilene.

A atuação do nutricionista nas escolas não se limita apenas na elaboração de cardápios. O profissional, também é responsável por auxiliar e orientar os alunos a consumirem o alimento de uma maneira mais sustentável e equilibrada. “O nutricionista não atua apenas com o cardápio escolar, garantindo macro e micronutrientes para o bom desenvolvimento das pessoas, mas esse profissional também consegue inserir nestes estudantes um conhecimento para um consumo mais adequado, sustentável e equilibrado”, afirma.

A presidente também explica que outra responsabilidade do nutricionista é garantir aos alunos toda a qualidade dos alimentos ofertados pelas escolas. “O nutricionista no ambiente escolar é responsável por toda a condição e qualidade higiênico-sanitária do que é produzido. Ele também é responsável por assegurar toda a qualidade sensorial dos alimentos que os estudantes e toda a comunidade escolar consumirão”, ressalta a presidente do Conselho.

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram com o deputado estadual Paulo Gomes, sua equipe e técnicos da Comissão da Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná para debater melhorias na legislação sobre alimentação nas escolas públicas e privadas do Paraná.

“Pretendemos atualizar a lei em vigor, conscientizando a população sobre a necessidade de uma alimentação saudável nas cantinas das escolas particulares e públicas do estado”, salienta Cilene. Durante a reunião, ficou definido que será agendada uma audiência pública para debater o tema junto à sociedade civil organizada. Provavelmente, a audiência irá ocorrer em agosto nas dependências da Assembleia Legislativa.

A partir de então, serão debatidos quais pontos poderão ser aperfeiçoados nas legislações já existentes. O CRN-8 defende que seja proibida a comercialização, no ambiente escolar, de alimentos e bebidas ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos e refrigerantes.  O Conselho também acredita que deve ser revista a comercialização, no ambiente escolar, de preparações à base de frituras e de preparações com a adição de gordura hidrogenada em seu preparo.

A cantina escolar também deveria disponibilizar pelo menos uma opção de alimento ou preparação e uma opção de bebida aos escolares portadores de necessidades alimentares especiais, tais como diabetes, doença celíaca, intolerância à lactose e outras alergias e intolerâncias alimentares.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. Neste ambiente de educação é que se encontra a Cantina Escolar, a quem cabe também um papel ativo muito importante como estimuladora de hábitos alimentares saudáveis e influenciadora na formação do indivíduo, dentro do ambiente escolar que serão exercidos também fora daquele ambiente”, ressalta a presidente.

Atualmente o Paraná conta com a Lei 14.423/2004, que dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas e com a Lei 14.855/2005, que trata sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. O CRN-8 defende que ambas as legislações precisam ser atualizadas.