Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

O diabetes afeta cerca de 10% de toda população brasileira, conforme dados disponibilizados pela pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 12 milhões de brasileiros convivam com a doença. Em todo o mundo, são 250 milhões de pessoas com a diabetes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que o número de casos dobre até 2030.

Em meio a tantas informações e orientações propagadas pela internet, não faltam receitas e dicas milagrosas que prometem controlar a doença. Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado neste 14 de novembro, a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Camilla Kapp Fritz esclarece cinco mitos em torno dessa condição.

Uma das mentiras propagadas é a de que quem tem diabetes não pode comer beterraba e cenoura. Outra fake news é de que a pessoa com diabetes também não pode se alimentar de frutas. “É essencial reforçar que as frutas e algumas verduras, em especial beterraba e cenoura, apesar de possuírem frutose na sua composição, são alternativas saudáveis e podem ser consumidas por pacientes com diabetes em porções adequadas”, esclarece a nutricionista. A média recomendada é de quatro porções de frutas diárias e consumir verduras duas vezes ao dia.

Camilla ressalta que se deve lembrar de preferir frutas com mais fibras, tais como laranja, maçã, pera ou com alto índice de gordura, como o abacate, para reduzir o impacto glicêmico. 

Outro mito muito propagado é a de quem possui diabetes pode substituir o açúcar por mel, pois o mel é natural. “Apesar de natural, o mel tem alto teor de frutose e glicose, podendo causar alterações na glicemia e prejudicar o controle do diabetes”, aponta.

Ainda na linha do açúcar, não se pode trocar seus doces por doces diet e comê-los à vontade. “Os produtos dietéticos, que apesar de serem isentos do açúcar, nem sempre são mais saudáveis e podem, inclusive, ter mais calorias do que o alimento convencional, como é o caso do chocolate diet, por exemplo. Portanto, não se deve ingerir doces diet à vontade, o consumo de doces deve ser realizado com moderação”, aponta Camilla Fritz.

Também não se recomenda trocar refrigerante por qualquer suco natural. Sugere-se evitar, segundo a nutricionista, o consumo de sucos naturais como de laranja por exemplo, pois o suco não possui as fibras como a fruta in natura, e consequentemente um alto índice glicêmico.

O QUE É DIABETES 

O diabetes é uma condição crônica e sem cura, caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo corpo ou pela dificuldade em utilizá-la de forma eficaz. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é fundamental para transformar açúcar, amido e outros nutrientes em energia. Na ausência ou deficiência dessa ação, os níveis de glicose no sangue se elevam, causando a hiperglicemia — principal característica do diabetes. Se não controlada, a doença pode causar complicações graves, como danos aos rins, olhos, coração, nervos, vasos sanguíneos, entre outros órgãos e sistemas.

O diabetes tipo 1, em resumo, é causado pela destruição autoimune das células do pâncreas que produzem insulina e não está relacionado ao consumo de açúcar. Já o diabetes tipo 2 ocorre por uma redução na produção de insulina e/ou resistência à insulina, sendo influenciado por hábitos de vida inadequados, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo, obesidade e estresse.

Outro caso comum de diabetes, é a diabetes gestacional.  Quando o nível de açúcar no sangue se eleva, ou seja, quando os hormônios interferem na produção de insulina da gestante. O Ministério da Saúde aponta que afeta de 2% a 4% de todas as gestantes. 

CUIDADOS NUTRICIONAIS

 O principal objetivo dos cuidados nutricionais em uma pessoa com diabetes é auxiliar no controle da glicemia, pois o açúcar no sangue é proveniente dos alimentos ingeridos, sendo que alguns possuem uma quantidade maior de glicose, como os carboidratos, em comparação com as proteínas e gorduras. Vale ressaltar que pessoas com diabetes não devem excluir completamente os carboidratos da sua alimentação, pois esses alimentos são essenciais para gerar energia e auxiliar no funcionamento adequado do organismo.  

A conselheira do CRN-8 aponta as orientações nutricionais básicas para tratamento do diabetes é o controle da ingestão de carboidratos, que deve ser dentro do recomendado e preferir os cereais integrais, frutas, verduras e leguminosas, além de evitar os alimentos industrializados ricos em açúcares. 

O consumo adequado de fibras é essencial para auxiliar a redução dos picos de glicemia, pois diminui a absorção dos açúcares, além de causar sensação de saciedade prolongada. A recomendação de fibras para adultos é de em média 25 a 30 gramas de fibras por dia. “Para garantir uma ingestão adequada é importante incluir fontes diversificadas, que podem ser encontradas nas frutas, principalmente no bagaço das frutas, vegetais diversos, especialmente os folhosos e crus, sementes como as de linhaça e chia, farelo de aveia, feijões e outras leguminosas, como lentilha, ervilha e grão de bico e cereais integrais”, salienta a nutricionista.  

Camilla ressalta também a dica com o controle do açúcar.  O açúcar de mesa deve ser evitado por pacientes com diabetes, pois é uma substância altamente calórica que não possui nenhum nutriente essencial, mas desencadeia um pico de hiperglicemia. “O uso de adoçantes artificiais pode ser recomendado como uma estratégia para pessoas com diabetes, com intuito de reduzir a ingestão de carboidratos simples e manter o paladar doce, sem esquecer de sempre estar associado a uma dieta saudável com preferência dos alimentos in natura”.

Com Agência Brasil e portal do Ministério da Saúde

CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) foi convidado a ministrar uma palestra online e ao vivo para profissionais dos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados pela prefeitura de Curitiba, com foco na segurança dos alimentos e nas práticas nutricionais adequadas no ambiente escolar.

Representado pela coordenadora técnica Carolina Dratch e pela conselheira Andrea Bruginski, o Conselho destacou a importância de uma alimentação equilibrada para o desenvolvimento infantil e apresentou o e-book do CRN-8, Manual Orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino. A abertura do evento foi realizada pela gerente dos CEIs contratados da Secretaria Municipal de Educação, Mariangela Brunetti.

Carolina Dratch enfatizou as atividades obrigatórias e complementares do nutricionista, conforme previstas na Resolução CFN 600/2018, abordando a importância de seguir as normas que garantem a segurança das refeições oferecidas aos alunos. Segundo ela, assegurar uma alimentação balanceada, com a devida adequação nutricional e observância das regulamentações, é essencial para o bem-estar das crianças e para a prevenção de problemas de saúde desde a infância.

Andrea Bruginski ressaltou o papel fundamental dos nutricionistas nos CEIs, explicando que a função vai além do preparo das refeições, abrangendo também a educação alimentar dos alunos. Ela abordou tópicos importantes sobre o planejamento de cardápios, destacando como uma dieta equilibrada e bem planejada contribui significativamente para o aprendizado e o desenvolvimento das crianças. Andrea enfatizou a necessidade de garantir que os cardápios atendam às necessidades nutricionais específicas da faixa etária, promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

O evento proporcionou aos participantes um espaço de atualização e troca de experiências, essencial para a adaptação às exigências diárias dos CEIs. Além disso, reforçou o compromisso do CRN-8 e da prefeitura com a saúde e bem-estar das crianças de Curitiba. Essas iniciativas reforçam a valorização do trabalho dos profissionais de nutrição e o impacto positivo da alimentação saudável no ambiente escolar, promovendo hábitos que beneficiam a saúde desde cedo.

CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

A Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, ganhou tons de azul na manhã desta segunda-feira (4), durante a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do câncer de próstata e promover a saúde masculina, o evento reuniu dezenas de pessoas e contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), incluindo a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Penteado e a tesoureira Lilian Tanikawa.

A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, e a assistente técnica Daiane Carvalho Silva, também estiveram presentes, reforçando a presença do Conselho na ação. Durante a caminhada, alunas do programa CRN-8 Jovem realizaram ações de conscientização nutricional com o público, enfatizando a importância de uma alimentação saudável como parte da prevenção de doenças crônicas, incluindo o câncer de próstata.

As alunas do CRN-8 Jovem também distribuíram materiais informativos, que abordaram de forma didática como a nutrição pode contribuir para a redução dos riscos de diversas doenças. Com orientações acessíveis, as estudantes incentivaram o público a adotar hábitos alimentares saudáveis, mostrando a importância de incluir alimentos nutritivos no dia a dia como forma de melhorar a qualidade de vida e fortalecer o sistema imunológico.

A presidente do CRN-8, Deise Baptista, destacou a importância da nutrição como fator preventivo. “Participar de eventos como o Novembro Azul nos permite reforçar a relevância de uma alimentação saudável e preventiva para o público masculino. Esse é um momento oportuno para conscientizar sobre a importância de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico regular”, afirmou Deise.

Com a presença de sua diretoria e equipe técnica, o CRN-8 reforçou a importância da nutrição na prevenção de doenças e o impacto positivo de escolhas alimentares adequadas na vida dos homens, promovendo bem-estar e longevidade.

Fórum de Presidentes discute Transparência, Governança e Proteção de Dados

Fórum de Presidentes dos Conselhos Regionais de Nutrição discute Transparência, Governança e Proteção de Dados

Presidentes e representantes dos Conselhos Regionais de Nutrição de todo o Brasil se reuniram nos dias 24 e 25 de outubro para participarem do Fórum de Presidentes, realizado na sede do CRN-11, em Fortaleza (CE). O evento é dedicado ao fortalecimento da atuação conjunta dos Conselhos por meio de troca de experiências, debates e construção de diretrizes compartilhadas. Neste encontro o foco foi a capacitação dos participantes com várias palestras técnicas. A presidente do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Deise Baptista, e o vice-presidente Alisson David Silva estiveram presentes no evento.

A programação foi cuidadosamente estruturada para favorecer o engajamento e proporcionar um espaço produtivo de diálogo. No primeiro dia, após as boas-vindas e uma ativação cultural com o artesão convidado, os participantes participaram de uma reunião com o CFN e assistiram à palestra “Transparência e Governança: A Importância dos Dados Abertos e Relatórios de Gestão”, ministrada por Alberto Leite Câmara, diretor de fiscalização dos Conselhos Profissionais (Diconp) do Tribunal de Contas da União (TCU).

O segundo dia do Fórum destacou a importância da proteção de dados nos Conselhos, com a palestra de Ricardo Maia, advogado e especialista em Direito Digital, que abordou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e seu impacto para os Conselhos de Nutrição. Em seguida, Karoline Monteiro Martins e Raimundo José de Queiroz Carvalho Júnior apresentaram a “Plataforma Implanta”, um sistema que oferece solução integrada para otimizar a gestão e transparência dos Conselhos profissionais. Juliander Veloso, coordenador de Tecnologia da Informação do CFN, também apresentou uma palestra sobre o contexto dos dados abertos no Sistema CFN/CRN, explicando como a integração de informações pode beneficiar tanto os profissionais quanto a sociedade.

O evento foi encerrado com uma última reunião do Fórum dos Presidentes, na qual foram encaminhadas decisões que visam aprimorar a atuação conjunta e a integração dos Conselhos Regionais, sempre com o foco na transparência, na eficiência e no atendimento aos profissionais de Nutrição e à sociedade.

Texto com apoio do CRN-11 e CRN-10

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Neste dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas, uma data que reforça a importância de uma alimentação saudável para crianças, jovens e adultos no ambiente escolar. Essa celebração visa conscientizar a população sobre a necessidade de promover bons hábitos alimentares, uma prática que vai além do consumo de alimentos, influenciando o aprendizado, o desenvolvimento físico e mental, e a qualidade de vida dos estudantes.

Nutricionistas desempenham um papel essencial na promoção da saúde e no desenvolvimento das crianças, conforme destaca Fernanda Manera, conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) e nutricionista de alimentação escolar.

Segundo Fernanda, o nutricionista é responsável por uma série de atribuições fundamentais no ambiente escolar, como a elaboração de cardápios que atendam às necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias e a promoção de atividades de educação alimentar e nutricional. “Planejamos refeições adequadas a cada faixa etária, com nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das crianças; e identificando os escolares com necessidades de alimentação especiais, através do diagnóstico nutricional realizado pelo nutricionista”, explica Fernanda.

Além disso, esse profissional atua na criação de manuais de boas práticas e na realização de testes de aceitabilidade entre os alunos, garantindo que a alimentação oferecida seja nutritiva e bem aceita.

A presença de um nutricionista em ambiente escolar é essencial na promoção da saúde e no combate à má nutrição, orientando a escolha de alimentos que atendam às necessidades nutricionais de diferentes faixas etárias e respeitando as particularidades culturais e regionais dos alunos. Ao elaborar cardápios escolares equilibrados, o nutricionista contribui diretamente para a melhora da concentração, do desempenho escolar e da prevenção de doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

“O nutricionista é o profissional capacitado para elaborar e calcular as refeições, adequando as preparações a cada faixa etária, com macro e micronutrientes em quantidades corretas, associado a qualidade sensorial e respeitando a cultura alimentar daquela população”, ressalta a conselheira.

Foto: Sergio-Amaral/MDS

Crescimento e desempenho escolar

A alimentação balanceada influencia diretamente no desempenho escolar e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Estudos demonstram que refeições adequadas, planejadas por nutricionistas têm um impacto positivo na concentração e no aprendizado, além de prevenir doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

Fernanda Manera ressalta que é necessário que seja elaborada uma dieta variada, com comida de verdade, com alimentos de todos os grupos alimentares: frutas, verduras e legumes, cereais e tubérculos/raízes (como arroz, mandioca, batata, milho), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) e carnes e ovos (se a família consumir). “Isso deve sempre respeitar a oferta local e a cultura alimentar da população”, complementa a nutricionista.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o nutricionista como figura central no planejamento das refeições servidas nas escolas públicas do Brasil. Ele é responsável por garantir que cada refeição seja nutricionalmente equilibrada, considerando a oferta de alimentos frescos e regionais.

Impacto Duradouro na Saúde e Educação

Além disso, esse profissional tem um papel educativo crucial na formação de hábitos alimentares saudáveis. Ao trabalhar junto com a equipe pedagógica, o nutricionista promove atividades como hortas escolares e oficinas culinárias, proporcionando aos alunos uma vivência prática sobre a importância de uma alimentação equilibrada. “A educação alimentar começa na escola, mas pode ser levada para a casa, envolvendo os pais no processo”, diz Fernanda.

Com isso, a presença do nutricionista nas escolas vai além dos alunos, alcançando toda a comunidade escolar, desde professores e funcionários até as famílias. “Os pais têm um papel fundamental na alimentação dos filhos e, ao se aproximarem da escola, podem ajudar a consolidar bons hábitos alimentares também em casa”, enfatiza Fernanda. Iniciativas como a distribuição do Guia Alimentar Para a População Brasileira também ajuda a disseminar informações sobre alimentação saudável para além dos muros escolares.

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

O Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que quase 50 milhões de brasileiros vivam em situação de insegurança alimentar grave ou moderada. Para encontrar formas de mudar esta triste realidade e debater a contribuição do Poder Público para modernizar a legislação referente à doação de alimentos, a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu nesta quarta-feira (16) a audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”. O objetivo foi propor iniciativas que trazem bons resultados no combate ao problema, criando mecanismos para que produtores de alimentos possam doar o excedente com segurança, evitando que comida saudável vá para o lixo.

O debate ocorreu no Dia Mundial da Alimentação por iniciativa da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Paulo Gomes (PP), em conjunto com o Conselho Regional de Nutrição (CRN-8). A participação do CRN-8 foi essencial para garantir que a segurança alimentar fosse o foco das discussões, contando com a presença de Deise Regina Baptista, atual presidente do CRN-8, Vanessa Costa Penteado, conselheira do CRN-8, a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch, e alunos do programa CRN-8 Jovem. O evento reuniu representantes do Poder Público e privado da área de alimentação, além de responsáveis por entidades que combatem o problema.

O CRN-8 tem sido ativo em campanhas e iniciativas que promovem a segurança alimentar, atuando como um elo entre a legislação vigente e a prática dos profissionais de nutrição, garantindo que as doações sejam seguras e eficazes. Cilene da Silva Gomes Ribeiro, ex-presidente do CRN-8, também participou e destacou a importância do controle higiênico-sanitário e da segurança alimentar nas doações.

“Existem vários entes da sociedade, como restaurantes comerciais, indústrias e o próprio varejo supermercadista, que podem fazer doação de alimentos bons para consumo, mas não o fazem. Para isso, porém, é necessário que uma série de critérios seja observada, principalmente de controle de qualidade”, afirmou.

O deputado Paulo Gomes ressaltou que o objetivo da audiência é aproximar entidades governamentais e não governamentais, fortalecendo parcerias que possam ampliar projetos de combate ao desperdício de alimentos. Ele afirmou que vai trabalhar para atualizar a legislação e criar mecanismos que incentivem a doação segura de alimentos.

Carolina Dratch, Deise Baptista e Vanessa Penteado ao lado do secretário Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi

CRN-8 elege Diretoria e membros das comissões permanentes

CRN-8 elege Diretoria e membros das comissões permanentes

O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) realizou a 237ª Reunião Plenária Extraordinária em sua sede, localizada na Rua Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba. A reunião contou com a presença dos conselheiros efetivos e suplentes, além de funcionários do Conselho, e teve como principal objetivo a eleição dos novos membros da diretoria e das comissões permanentes para o mandato de 2024-2025.

As votações foram realizadas utilizando um sistema online para garantir a participação de todos os conselheiros de maneira segura e transparente.

Nova Diretoria do CRN-8

Durante a reunião, foram eleitos os membros da nova diretoria do CRN-8. A Conselheira Deise Regina Baptista foi eleita presidente, recebendo unanimidade dos votos. O vice-presidente será  Alisson David Silva, também eleito com unanimidade. Para os cargos de tesoureira e secretária, foram escolhidas, respectivamente, Lilian Mitsuko Tanikawa e Vanessa Costa Penteado.

Membros da nova Diretoria do Conselho Regional de Nutrição do Paraná

Eleição das Comissões Permanentes

Além da diretoria, foram eleitos os membros das comissões permanentes do CRN-8, que têm como função garantir a eficiência e o bom andamento das atividades do Conselho. Confira como ficaram compostas cada comissão. A composição também pode ser acessada via link https://crn8.org.br/colegiado/

Comissão de Tomada de Contas (CTC):

Membros efetivos: Andréa Bruginski e Tatiana Tomal Brondani.

Suplentes: Afonso Pinho da Silva Maia, Andreia Araújo Porchat de Leão, Rosicler de Oliveira Coutinho, Sandy de Fatima de Souza.

Comissão de Ética Profissional (CEP):

Membros efetivos: Alisson David Silva e Giovana Regina Ferreira.

Suplentes: Emilaine Ferreira dos Santos, Fernanda Manera, Kelly Franco de Lima.

Comissão de Fiscalização (CF):

Membros efetivos: Deise Regina Baptista; Lilian Mitsuko Tanikawa; Tatiana Marin.

Suplentes: Rosicler de Oliveira Coutinho.

Comissão de Formação Profissional (CFP):

Membros efetivos: Giovana Regina Ferreira; Tatiana Marin; Vanessa Costa Penteado.

Suplentes: Andreia Araújo Porchat de Leão, Camilla Kapp Fritz, Emilaine Ferreira dos Santos, Kelly Franco de Lima.

Comissão de Comunicação (CCOM):

Membros efetivos: Alisson David Silva; Ana Paula Garcia Fernandes dos Santos; Vanessa Costa Penteado.

Suplentes: Camilla Kapp Fritz, Claudia Carolina Stadler Santos Huchberg Dias, Fernanda Manera, Kelly Franco de Lima.

Comissão de Relações Institucionais e Governamentais (CRIG):

Membros efetivos: Alisson David Silva; Ana Paula Garcia Fernandes dos Santos; Andréa Bruginski; Deise Regina Baptista; Tatiana Tomal Brondani.

Suplentes:Claudia Carolina Stadler Santos Huchberg Dias e Sandy de Fatima de Souza

Posse e Encerramento

Após a conclusão das votações, a Deise Regina Baptista foi empossada como presidente do CRN-8 para o período de 2024-2025, dando posse aos demais membros da diretoria e das comissões permanentes. A presidente agradeceu a participação de todos e reforçou o compromisso do CRN-8 em continuar promovendo a valorização e a ética na profissão de nutricionista.

A reunião marcou o início de um novo ciclo de gestão no CRN-8, com o objetivo de fortalecer as ações do Conselho e promover a saúde e a alimentação de qualidade em sua área de atuação.

Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

O consumo excessivo de sal é uma preocupação crescente para a saúde pública, especialmente em relação a complicações cardiovasculares e renais. De acordo com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, o aumento da pressão arterial é uma das consequências mais graves desse hábito. “A pressão alta sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, aumentando significativamente o risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, alerta Ana Paula. Além disso, o excesso de sódio também pode sobrecarregar os rins, resultando em retenção de líquidos e aumentando a probabilidade de formação de pedras nos rins.

Com tantas opções disponíveis no mercado, conhecer os diferentes tipos de sal e suas particularidades pode ser essencial para quem busca um consumo mais consciente. Ana Paula Garcia explica as características de alguns dos principais tipos de sal:

Sal marinho: Obtido pela evaporação da água do mar sem passar por processos de refinamento, este sal preserva uma série de microminerais e possui um sabor mais suave em comparação ao sal refinado.

Sal rosa do Himalaia: Extraído das salinas da região do Himalaia, é valorizado por sua rica composição de minerais, como cálcio e magnésio.

Flor de sal: Colhida manualmente da superfície das salinas, é famosa por sua textura delicada e sabor concentrado, sendo ideal para finalizar pratos.

Sal negro: Conhecido por seu alto teor de enxofre, tem um aroma característico que lembra o da gema de ovo, tornando-se popular em pratos veganos para imitar esse sabor.

Sal light: Uma alternativa com menos sódio, que combina cloreto de sódio com cloreto de potássio, sendo indicado para pessoas que precisam reduzir a ingestão de sódio.

Sal grosso: Utilizado principalmente em churrascos devido à sua granulação rústica e boa aderência aos alimentos.

Sal refinado: O tipo mais comum, passa por processos de refinamento e iodização, sendo amplamente utilizado para prevenir deficiências de iodo na alimentação.

Embora não haja um “melhor” tipo de sal, Ana Paula destaca a importância de reduzir o consumo de sal em geral. “Sais com menor teor de processamento, como o marinho ou o rosa, podem conter pequenas quantidades de minerais além do cloreto de sódio, o que pode ser benéfico em pequenas quantidades”, explica.

Para quem deseja reduzir a ingestão de sal, a nutricionista sugere “adaptar o paladar” para apreciar alimentos com menos sal, sem comprometer o sabor. Ela também recomenda substituir o sal por outros temperos. “Ervas frescas como manjericão, alecrim e salsa não só adicionam sabor, mas também oferecem benefícios nutricionais adicionais. Especiarias como páprica, cominho e pimenta-do-reino são excelentes para temperar sem adicionar sódio. Limão ou vinagre também são ótimas opções para realçar o sabor dos alimentos de forma natural”, sugere Ana Paula.

O consumo de sal no Brasil é preocupante. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é que cada pessoa consuma cerca de 5 gramas de sal por dia. No entanto, a média de consumo do brasileiro é de aproximadamente 9 gramas diárias, quase o dobro do recomendado.

Receita de sal de ervas

Ingredientes:

¼ de xícara de sal marinho

1 colher de sopa de manjericão seco

1 colher de sopa de alecrim seco

1 colher de sopa de salsa desidratada

Modo de preparo: Em um processador de alimentos ou moedor, combine o sal, o manjericão, o alecrim e a salsa. Triture até que as ervas estejam bem misturadas e o sal tenha uma textura fina e uniforme. Transfira o sal de ervas para um frasco limpo e seco e armazene em local fresco e seco.

A receita de sal de ervas é uma ótima alternativa para quem deseja reduzir o consumo de sal convencional, sem abrir mão do sabor nos pratos.

Nutricionista de Maringá foi finalista do Prêmio Jabuti

Nutricionista de Maringá foi finalista do Prêmio Jabuti

A nutricionista Vanessa Seravalli Zani, residente de Maringá, alcançou um feito notável em sua carreira ao ser indicada como finalista do renomado Prêmio Jabuti Acadêmico, uma das mais importantes premiações literárias do país. O livro “Educação Alimentar e Nutricional: O Alimento Cura e Promove Saúde – Construção do Programa Prosa dos Alimentos” ficou entre os 10 finalistas na categoria Ciência de Alimentos e Nutrição, destacando-se por sua abordagem inovadora sobre alimentação consciente e saúde.

Com 16 anos de experiência na área, além de ser formada em Pedagogia e ter concluído um Mestrado em Agroecologia, Vanessa é uma profissional que se destaca pelo seu comprometimento com a educação alimentar e a promoção de escolhas conscientes para uma vida mais saudável.

O livro, que levou cerca de três anos para ser concluído, trata de questões que envolvem alimentação, nutrição, processos de produção e interdisciplinaridade. A obra tem como objetivo ampliar a visão do leitor e incentivá-lo a fazer escolhas alimentares conscientes, promovendo a saúde. Vanessa explica que o livro foi criado para ser adaptável a diferentes faixas etárias e grupos sociais, sendo um recurso valioso para escolas, empresas e grupos de convivência.

A inspiração para escrever o livro, segundo a autora, veio da angústia de perceber que muitas pessoas não têm o conhecimento necessário sobre alimentação e saúde. Esse cenário motivou Vanessa a criar um programa de educação nutricional que pudesse ser implementado em diversos contextos e ajudar a transformar a vida das pessoas.

“Na minha prática profissional percebi que a população não tem conhecimento adequado sobre alimentação e saúde, o que sempre me angustiou. Tenho um sonho de poder levar conhecimento a um número maior de pessoas e, assim, poder contribuir para que as pessoas façam escolhas consciente, fruto de reflexão e conscientização sobre a importância de um estilo de vida saudável”, relata.

Ser indicada para o Prêmio Jabuti é, para Vanessa, “uma forma de ampliar o alcance do seu trabalho e representar a profissão de nutricionista com mais visibilidade”. “Foi uma honra e uma alegria por saber de como é conceituado essa premiação, já me sinto vencedora de poder estar entre os finalistas.  É uma sensação de que o esforço de estudar tem recompensas, e isso me traz a motivação para buscar exercer a minha profissão com excelência”, ressalta.

A obra está disponível nas Livrarias Curitiba, Amazon e e no site da Editora Dialética.

O Prêmio

Idealizado pela Câmara Brasileira do Livro, o prêmio é uma celebração anual que busca reconhecer e homenagear notáveis contribuições de autores, capistas, ilustradores, designers gráficos, tradutores, livreiros, editoras e realizadores de projetos que estimulam e mantêm o hábito da leitura, além daqueles que fazem chegar a produção literária brasileira para o mundo

O Prêmio Jabuti Acadêmico preenche uma lacuna essencial, dando destaque ao mérito das obras que ultrapassam as fronteiras do campo literário tradicional. Ao reconhecer e premiar os esforços de autores e editores dedicados à produção científica e acadêmica, não apenas celebramos o trabalho árduo e a dedicação desses profissionais, mas também incentivamos outros a trilharem o mesmo caminho. O Prêmio Jabuti Acadêmico concentra-se exclusivamente em obras acadêmicas, científicas e profissionais.

Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

O consumo de determinados alimentos e bebidas podem ter influência direta para desencadear crises de enxaqueca, uma doença neurológica crônica que causa dores de cabeça intensas e, geralmente, é acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômito e sensibilidade à luz e ao som. Cuidar da alimentação pode aliviar os sintomas e prevenir novas crises.

            A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, ressalta que as causas podem variar de pessoa para pessoa, porém existem alguns produtos mais comuns que funcionam como “gatilhos” para desencadear esses sintomas. “Alguns alimentos são considerados mais propensos para provocar uma crise de enxaqueca, como chocolate, carnes processadas, bebidas alcoólicas, cafeína, laticínios, adoçantes artificiais e glutamato monossódico – este último presente em temperos e alimentos industrializados”, afirma.

Ficar em jejum durante muito tempo também pode provocar dor de cabeça, incluindo enxaqueca. “Assim, é importante manter uma alimentação regular e equilibrada para evitar essas oscilações”, ensina a profissional.

Foto: Divulgação/Freepik

            Ela também relata a importância de se procurar um profissional de nutrição para poder fazer um acompanhamento e ter mais controle para evitar as crises. “O apoio de um nutricionista pode ser extremamente importante no manejo da condição, proporcionando uma visão mais completa e eficaz para o controle dos sintomas. Este profissional pode auxiliar a identificar alimentos que desencadeiam crises e elaborando planos alimentares com nutrientes essenciais e alimentos anti-inflamatórios”, salienta.

            Além disso, é essencial a pessoa procurar ajuda médica. “A pessoa deve procurar ajuda de um profissional se as crises forem frequentes ou intensas, afetando a qualidade de vida; se os medicamentos habituais não estiverem controlando adequadamente as crises; se surgirem novos sintomas ou os existentes piorarem; e se os medicamentos causarem efeitos colaterais indesejados” ressalta a nutricionista.

            Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, e 1 bilhão de pessoas no mundo todo. Para diagnosticar o problema existe o médico que é especialista em neurologia.