População com obesidade no Paraná aumenta 22% em 10 anos

População com obesidade no Paraná aumenta 22% em 10 anos

O dia 11 de outubro é instituído pela lei 11.721 de 2008 como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

A população adulta do Paraná diagnosticada com algum grau de obesidade aumentou 11% na última década. Em 2012, o índice era de 24,48% e saltou para 35,49% até setembro de 2022. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde.

Se levar em conta os números gerais, o aumento é de 22% no mesmo período. Em 2012, o Sistema indicou que 38% da população do Paraná, entre crianças, adolescentes e adultos, foi constatada com obesidade. Este número aumentou para 60% de pessoas que têm os graus 1 ou 2 ou 3 de obesidade.

O dia 11 de outubro é instituído pela lei 11.721 de 2008 como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade.

Os índices da doença são considerados grandes em todo o globo e a tendência é de aumento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são obesas.

A nutricionista Gisele Farias, do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná, classifica algumas causas para esse aumento: “Maior oferta de alimentos com alta densidade energética, ou seja, alimentos com muitas calorias em poucas quantidades, ricos em açúcares”.

Além disso, ela avalia que “a população está cada vez mais se exercitando menos, fato que se agravou durante a pandemia da Covid-19”. Em 2019, por exemplo, o Sisvan apontou que o índice de adolescentes com obesidade era de 13%. Em 2021, durante a pandemia, o número chegou a 18%. “Foi muita ansiedade nessa época e as pessoas buscaram conforto na alimentação”, afirma Gisele.

 A obesidade é responsável por causar diversos riscos para a saúde. “A obesidade é uma doença crônica que se relaciona com o desenvolvimento de inúmeras outras doenças crônicas, com maior risco de vida, como as doenças cardiovasculares, como cardiopatias, hipertensão arterial, aumento da chance de acidente vascular cerebral (AVC), maior risco de diabetes, esteatose hepática, doenças ósseas e articulares. E também as doenças sociais, como o aumento de depressão, entre inúmeras outras situações”, explica Gisele.

Nutricionistas contribuem para a redução do desperdício de alimentos

Nutricionistas contribuem para a redução do desperdício de alimentos

O Dia Internacional da Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos, celebrado neste 29 de setembro, acende um alerta sobre a necessidade de se intensificar ações para reduzir o desperdício alimentar em todo o mundo. Um dos profissionais que exerce papel fundamental para conscientizar a população e combater essa realidade é o nutricionista.

“No momento em que o nutricionista entra em ação e que as empresas permitem ao nutricionista a gestão desse alimento, é possível reduzir todas essas perdas desnecessárias, seja perda na compra, no recebimento ou no processo produtivo”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Ribeiro. A data foi celebrada pela primeira vez em 2020 e foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

         Cilene destaca ainda que o nutricionista pode auxiliar na conscientização por meio da educação alimentar e nutricional. “O nutricionista atua para que se evidencie o que pode ou não ser consumido, mostrando, inclusive, como podemos aproveitar de maneira mais integral determinadas partes dos alimentos”, salienta a presidente do Conselho.

Segundo a FAO, anualmente uma média de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas em todo o mundo, o que representa um terço do que é produzido. No Brasil, cerca de 27 milhões de toneladas são desperdiçadas durante o ano. Um estudo recente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicou que uma família brasileira desperdiça aproximadamente 130 quilos de comida por ano. Os alimentos mais que mais vão para o lixo são aqueles que compõe um PF, ou seja, arroz (22%), carne bovina (20%), feijão (16%) e frango (15%).

Além disso, muitos alimentos são desperdiçados em todas as fases – da produção a comercialização. Alguns dos motivos que levam a perda desses alimentos são: a falta de comunicação entre produtores e vendedores e o manuseio incorreto dos alimentos. “Os desperdícios acontecem em todas as instâncias da cadeia produtiva dos alimentos”, ressalta a presidente do CRN-8.

COMO REDUZIR O DESPERDÍCIO

Cilene elenca algumas dicas de como se reduzir a perda de alimentos. Confira:

Na escolha dos alimentos: Não importa se o alimento está “feio ou bonito”. Ele continua sendo um alimento e não deve ser desperdiçado.

Comprando de um pequeno produtor local: Cerca de 50% dos alimentos são perdidos durante o transporte. Ao diminuir este percurso, as chances de os alimentos serem perdidos também diminuem.

Planejamento de compras: Adquirir alimentos que realmente a família irá consumir e que não irá estragar e parar na lata de lixo.

Montagem de cardápios: Pode-se priorizar alimentos locais e que estão sendo produzidos em determinada época do ano.

Confira a entrevista completa no canal do CRN-8 do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=h5eUGVmMeVQ