CRN-8 é um dos órgãos que contribuíram para a elaboração do Código do Consumidor do Paraná

CRN-8 é um dos órgãos que contribuíram para a elaboração do Código do Consumidor do Paraná

Nova versão do Código já está em vigor e foi apresentado durante Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Paraná


O Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região (CRN-8) foi uma das instituições que colaboraram na elaboração do novo Código Estadual de Defesa do Consumidor (Lei Estadual nº 22.130). Proposto pelo deputado estadual Paulo Gomes (PP), o Código representa um importante instrumento de proteção, justiça e dignidade para consumidores e prestadores de serviços em todo o estado do Paraná.

No último dia 6 de maio, foram entregues as primeiras cópias impressas do Código aos deputados estaduais e aos representantes dos órgãos e secretarias que participaram da análise técnica e da construção do conteúdo.

A legislação, que reúne resoluções e normas sancionadas no ano passado, entrou oficialmente em vigor em maio de 2025, mas a sua construção é datada desde 2023. Ao todo, o Código contempla 107 leis estaduais e 38 projetos de lei, distribuídos em 325 artigos que abrangem uma ampla variedade de temas.

Participação do CRN-8

O CRN-8 foi convidado a participar dos debates preparatórios para a elaboração do material em 2023. Em 20 de setembro daquele ano, foi realizada a segunda audiência pública com o tema “Alimentação Saudável nas Cantinas Escolares”, que resultou na construção de um capítulo específico sobre o assunto no âmbito das instituições de ensino.

Na ocasião, participaram a Dra. Cilene da Silva Gomes Ribeiro, então presidente do Conselho, e a atual presidente do CRN-8 (gestão 2024–2027), Dra. Deise Regina Baptista, que, na época, representava o Conselho Federal de Nutrição (CFN) nas discussões.

A ex-presidente Cilene agradeceu a oportunidade de contribuir com a elaboração do material, que considera histórico e motivo de orgulho para os paranaenses.

“No último ano, tive a honra de conhecer o deputado estadual Paulo Gomes e sua equipe extraordinária, cuja atuação sensível e comprometida fortaleceu de forma concreta a agenda da Segurança Alimentar e Nutricional no estado do Paraná”, afirmou.

“Desde o primeiro contato, fui acolhida com respeito, escuta ativa e verdadeira parceria. Em pouco tempo, diversas pautas fundamentais para a alimentação adequada e para a proteção dos direitos dos consumidores passaram a integrar o trabalho parlamentar, com destaque para a realização de audiências públicas, a construção de espaços de diálogo intersetorial e, principalmente, a inserção de propostas na nova edição do Código de Defesa do Consumidor do Paraná, lançado oficialmente hoje.”

Por sua atuação, Cilene recebeu uma menção honrosa, reconhecimento que, segundo ela, traz grande emoção e representa uma conquista coletiva. “Recebo essa homenagem com humildade, mas com a firme convicção de que essa conquista não é pessoal: ela representa todas as pessoas, profissionais e instituições que há anos lutam para que a alimentação seja compreendida como um direito, e não como mercadoria”, concluiu.

Tópicos importantes para a alimentação saudável

No que diz respeito à nutrição e à promoção de uma alimentação saudável, o Código contempla diversos temas relevantes para os profissionais da área e também para os prestadores de serviços.

Um dos destaques está no Capítulo III do Livro III, Seção V, que trata da obrigatoriedade da divulgação das tabelas nutricionais dos alimentos. A nova regra exige que restaurantes, lanchonetes, bares, redes de fast-food e estabelecimentos similares informem, em seus cardápios, a quantidade de calorias, a presença de glúten e a concentração de carboidratos (incluindo lactose) dos alimentos ofertados.

O principal destaque, entretanto, encontra-se no Capítulo III do Livro I, Seção II, que aborda as relações de consumo nas instituições de ensino. Agora, o Código estabelece:

Art. 110 – As Lanchonetes e similares instaladas nas escolas de educação básica, particulares e rede pública deverão seguir padrões técnicos de qualidade, higiene e equilíbrio nutricional que assegurem a saúde dos consumidores de modo a prevenir obesidade, diabetes, hipertensão, problemas do aparelho digestivo e outros.

Art. 111 – As lanchonetes e similares instaladas nas escolas de educação básica, particulares e da rede pública, devem proteger os estudantes contra a exposição a alimentos e bebidas com altos teores de caloria, gordura saturada, gordura trans e outros alimentos em desconformidade com o disposto no Guia Alimentar para a População Brasileira e no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois anos do Ministério da Saúde.

Art. 112. Ficam obrigados os estabelecimentos de ensino que possuam lanchonetes e similares a divulgarem as seguintes informações nas tabelas nutricionais dos alimentos comercializados:

I – quantidade de calorias;

II – presença de glúten;

III – concentração de carboidratos, incluindo-se a lactose.

Parágrafo único. A relação de que trata o caput deste artigo deverá ser elaborada e assinada por nutricionista, com o respectivo número de sua inscrição no Conselho Regional de Nutricionistas.

Art. 113. As lanchonetes e similares instaladas nas escolas de educação básica, particulares e da rede pública, que não possuam cardápios deverão atender aos dispositivos da presente Seção por meio de informações de fácil acesso e legíveis a todos os consumidores.

O Código também trata de temas relevantes como a obrigatoriedade de informar a presença de insumos de origem suína na composição de produtos, além de regulamentar aspectos relacionados à comercialização de carnes.

Estabelece, ainda, que os consumidores devem ser devidamente informados sobre produtos destinados a pessoas com restrições alimentares específicas, como celíacos, diabéticos, intolerantes à lactose, bem como a vegetarianos e veganos.

Reforça-se, igualmente, a exigência de que os produtos apresentem informações claras sobre seu prazo de validade. Outro ponto de destaque é a garantia do direito ao aleitamento materno em estabelecimentos comerciais, os quais deverão permitir e disponibilizar um espaço apropriado para essa finalidade.

Por fim, o Art. 303-A autoriza e reafirma o direito à meia-entrada em eventos artísticos, culturais, cinematográficos e esportivos para profissionais da saúde, conforme previsto na Lei nº 22.235/2024.

Acesse o material completo clicando aqui.

CRN-8 inicia novo GT para revisão de manual orientativo para nutrição em escolas particulares

CRN-8 inicia novo GT para revisão de manual orientativo para nutrição em escolas particulares

O principal objetivo é atualizar o manual já existente para alinhá-lo às melhores práticas de atuação do profissional de nutrição em escolas da rede privada


Em março, o Conselho Regional de Nutrição iniciou o novo Grupo de Trabalho para a revisão do Manual Orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino. O objetivo é revisar e atualizar o material, garantindo que esteja alinhado com as diretrizes nutricionais mais recentes e com as melhores práticas para a atuação dos nutricionistas em escolas particulares.

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O grupo é formado pelas conselheiras Fernanda Manera e Sandy de Fátima Souza, da coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Dratch, e das nutricionistas Joana Wience Gluck e Thatielly Garcia, convidadas devido ao conhecimento e atuação na área.

A nutricionista Thatielly reforça que o material é fundamental para a atuação do nutricionista em ambiente escolar privado. “O trabalho feito pelo CRN-8 vai contribuir para manter o profissional da área sempre atualizado sobre as legislações vigentes, oferecendo a sociedade nossa atuação com a melhor capacitação possível”, explica.

O cronograma de atividades é composto por reuniões periódicas entre os membros do GT. Durante os encontros, serão feitas discussões técnicas sobre os temas abordados no manual. Igualmente, o grupo oferece uma oportunidade de ajustar o conteúdo e garantir que a segunda edição tenha aplicabilidade e efetividades no cotidiano do profissional de nutrição.

Importância da atualização aos profissionais de escolas privadas

A atuação dos nutricionistas em escolas privadas exige constante atualização diante das mudanças legislativas e técnicas da profissão. Desde a publicação do manual pelo CRN-8, em 2023, novas normativas foram implementadas, com destaque para as atualizações sobre Responsabilidade Técnica (RT), essenciais para garantir qualidade e segurança nos serviços prestados.

“Sabemos da importância da alimentação escolar para os estudantes e do papel do nutricionista na rede privada de ensino”, diz Fernanda Manera. “A revisão deste manual vem para somar e auxiliar os profissionais que atuam na alimentação escolar, por meio de atualizações e capacitação técnica, orientando assim as atividades do nutricionista”, finaliza.

Sobre o Manual

Disponível em formato e-book, possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

Curso de Técnico em Nutrição e Dietética é o primeiro a receber o Programa CRN-8 nas IES em 2025

Curso de Técnico em Nutrição e Dietética é o primeiro a receber o Programa CRN-8 nas IES em 2025

Ao todo foram três turmas do Colégio Estadual Julia Wanderley que tiraram dúvidas e conheceram mais sobre a atuação do conselho e do profissional


Na última segunda-feira (24), foi realizada a primeira palestra do Programa CRN-8 nas IES para alunos do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do Colégio Estadual Júlia Wanderley, em Curitiba. Ao todo, três turmas participaram do evento, que teve como objetivo esclarecer a atuação do Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região (CRN-8) e apresentar o amplo leque de possibilidades profissionais para os Técnicos em Nutrição e Dietética.

A palestra foi conduzida pela nutricionista e conselheira do CRN-8, Giovana Regina Ferreira. Durante sua fala, ela explicou dúvidas frequentes dos alunos em relação ao período pós-formatura, incluindo os trâmites para cadastro e inscrição no Conselho. Além disso, contou sobre o papel do Conselho, abordando suas atribuições na fiscalização profissional e sua atuação junto às esferas públicas. Com iniciativas como essa, o CRN-8 reforça sua presença, amplia a visibilidade de suas ações e fomenta uma prática profissional ética, crítica e qualificada.

“Esse momento de aproximação com os alunos é essencial, pois, muitas vezes, representa o primeiro contato deles com o Conselho”, ressalta Giovana. “Aproveitamos essa oportunidade para orientá-los sobre a obtenção do registro profissional, compartilhar detalhes sobre nossa atuação e esclarecer as principais dúvidas que possam ter”, complementa.

Ao final da palestra, os alunos receberam um exemplar impresso do Código de Ética Profissional dos Técnicos em Nutrição e Dietética, documento que detalha as atribuições da categoria conforme a deliberação do Conselho Federal de Nutrição (CFN). “Grande parte das dúvidas dos estudantes gira em torno das áreas em que podem atuar. Por isso, essas palestras, aliadas à entrega do Código de Ética, contribuem para que compreendam melhor seu papel no mercado de trabalho e os motivem a explorar as possibilidades da profissão”, destaca Giovana.

O Técnico em Nutrição e Dietética pode atuar em diversas frentes, como hospitais, clínicas, indústria alimentícia e consultórios de nutrição, sempre auxiliando o trabalho do nutricionista. Suas responsabilidades incluem o acompanhamento nutricional de pacientes, a preparação de refeições, a aplicação de técnicas de higienização e a assistência na elaboração de dietas e cardápios, desde que sob a supervisão de um nutricionista.

“É comum que os alunos do curso técnico acreditem que sua atuação se restringe a lactários ou unidades de alimentação e nutrição. No entanto, há múltiplas possibilidades na carreira, incluindo oportunidades em instituições de saúde, onde podem trabalhar em conjunto com nutricionistas. Além disso, também podem ministrar aulas ou palestras, desde que os temas abordados estejam dentro das atribuições do técnico e não sejam atividades privativas do nutricionista”, explica Giovana.

Atualmente, o CRN-8 possui 228 Técnicos em Nutrição e Dietética devidamente cadastrados no Paraná, demonstrando a crescente relevância desse profissional no cenário da saúde e alimentação.

Instituição da Lei nº 14.924/2024 e a valorização profissional

Desde 12 de julho de 2024, entrou em vigor a Lei nº 14.824/2024, que reconhece o direito de representação dos TNDs. Desta forma, todo o sistema CFN/CRN do Brasil mudou a sua nomenclatura para “Conselho Federal/Regional de Nutrição”, agregando os profissionais em nível de equidade no Conselho.  A alteração está inserida na legislação que regulamentou a profissão de técnico em nutrição e dietética (TND), sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre o CRN-8 nas IES

O Programa CRN-8 nas IES realiza palestra orientativa nas Instituições de Ensino Técnico e Superior em nutrição. Essas palestras têm como foco apresentar as finalidades da entidade, bem como as principais legislações da profissão e os casos éticos mais frequentes. Em média, as palestras têm duração de uma hora.

Para que a instituição de ensino receba a palestra, basta entrar em contato com o Conselho pelo e-mail, que a equipe que trabalha com a formação profissional alinha as datas e horários. Não há custo para as instituições.

Orientações nutricionais para o verão

Orientações nutricionais para o verão

Com a chegada do verão, começa também a época de férias, sol e diversão, especialmente na praia. Mas, para aproveitar o melhor da estação, é essencial tomar cuidados com a saúde, a alimentação e a pele, alerta Vanessa Penteado, conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8).

Vanessa compartilhou orientações práticas para quem deseja curtir o verão de forma segura e saudável:

Alimentação equilibrada é essencial

A conselheira destaca a importância de consumir frutas da estação, que são abundantes no verão e ricas em nutrientes. “Inclua pelo menos três porções de frutas por dia no seu cardápio. Aposte também em saladas variadas com verduras e legumes, dando preferência a carnes magras e grelhadas”, aconselha.

Hidratação em primeiro lugar

No calor, a hidratação deve ser uma prioridade. “Água mineral ou filtrada, bem geladinha, deve estar com você o tempo todo. Cuide para manter a hidratação ao longo do dia, especialmente se estiver na praia ou praticando atividades ao ar livre”, reforça Vanessa. A água é fundamental para a preservação de uma vida saudável. Ela desempenha o papel de regular a temperatura do corpo, transportar substâncias nutritivas e expelir impurezas, além de atuar como lubrificante nas articulações e integrar processos metabólicos vitais, como a assimilação de nutrientes e a excreção de dejetos.

Evitar consumo de alimentação inadequada

Certos alimentos precisam ser evitados para que a pele continue saudável durante o verão, como o consumo excessivo de doces, gorduras saturadas, frituras, bebidas alcoólicas e cafeína, pois esses itens contribuem para a desidratação do organismo. Alimentos ultraprocessados contêm altas quantidades de açúcar, sal, gorduras, intensificadores de sabor, corantes, aromatizantes, conservantes, entre outros aditivos, e podem prejudicar a saúde da pele, cabelos e unhas.

Trocas saudáveis

Uma alimentação equilibrada e fácil de digerir é essencial, especialmente durante os períodos de calor intenso, quando o corpo necessita de mais energia para manter sua temperatura ideal, o que pode retardar o processo digestivo. Para melhorar a saúde e o bem-estar, recomenda-se substituir refrigerantes por sucos naturais, incluir mais legumes e verduras, seja crus ou cozidos, e optar por temperos mais suaves, evitando alimentos com pimentas fortes, por exemplo. Reforçar a importância de priorizar alimentos ricos em fibras, grãos integrais, frutas e cereais, conforme as orientações de profissionais de nutrição.

Orientações padrões

Vanessa também recomenda o uso de guarda-sol, roupas de banho com proteção UV e chapéus como aliados na proteção contra os raios solares.

Após um dia de exposição ao sol, é fundamental hidratar a pele para mantê-la saudável. “Depois de um banho morno, aplique um bom hidratante corporal para fortalecer a pele e prepará-la para o dia seguinte”, explica a conselheira.

Com essas dicas simples, Vanessa Penteado garante que é possível aproveitar o verão com saúde, segurança e bem-estar. “Curtam essa época maravilhosa, mas com responsabilidade e cuidado. Assim, todos terão um verão inesquecível!”, conclui.

Conselheira do CRN-8 orienta sobre os impactos do câncer na nutrição

Conselheira do CRN-8 orienta sobre os impactos do câncer na nutrição

O Dia Nacional do Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, visa alertar a sociedade sobre a doença e a importância de preveni-la. O câncer ocupa a segunda maior causa entre as principais causas de óbitos no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. A nutricionista do Conselho Regional de Nutrição no Paraná, Ana Paula Garcia, orienta como uma alimentação adequada contribui para o processo de tratamento.

Ela informa que comumente os tipos de câncer que mais acometem a alimentação são aqueles que afetam o trato gastrointestinal, como os de esôfago, pâncreas, estômago e intestino. Além da enfermidade, o tratamento – como a radioterapia – também pode impactar a saúde alimentar do paciente, em especial dos portadores de câncer na cabeça e no pescoço. Isso gera muitos sintomas na região da boca e garganta, como é o caso da mucosite e de alteração do paladar, além de alterações mecânicas que dificultam a ingestão.

“O benefício de uma boa alimentação para o tratamento auxilia na prevenção de complicações (mantendo a massa magra, auxiliando no manejo de sintomas e reduzindo o risco de infecções) e contribui para a qualidade de vida dos pacientes”, informa Ana Paula. Quanto aos malefícios de uma má alimentação, ela aponta que são muitos. “Um dos maiores riscos é a desnutrição, que está associada com complicações no tratamento e piora do prognóstico. Além disso, a desnutrição compromete ainda mais o sistema imune e a resposta ao processo”, complementa. 

A conselheira orienta como o consumo seguro dos alimentos é imprescindível para uma boa nutrição. É fundamental a higienização dos alimentos para todas as pessoas. Porém, ela ressalta que, para aquelas com algum comprometimento no sistema imune, isso se torna ainda mais importante. Desse modo, recomenda-se realizar as refeições em locais confiáveis, optar por alimentos que passam por um processo de cozimento. Manipular e armazenar corretamente os alimentos em casa, etc. A nutricionista destaca que “sobre os cuidados para se manter nutrido, é orientado fracionar mais as refeições em pequenas porções, escolher alimentos com alta densidade energética e realizar o acompanhamento nutricional para verificar a necessidade de suplementação”.

A principal orientação é consultar um nutricionista, pois muitas particularidades são consideradas ao definir a terapia nutricional. Em alguns casos, pode ser necessário optar pela dieta: com suplementos; enteral método de alimentação que fornece nutrientes e calorias a pacientes que não conseguem se alimentar por via oral; ou parenteral, acesso a elementos nutritivos via intravenosa, ou seja pela veia. Para outros, os ajustes de consistência já auxiliam para realizar a ingestão adequada. É importante identificar os motivos dessa dificuldade de se alimentar (inapetência, tumor sólido/obstrução, enjoos, distensão abdominal, etc) para definir a melhor estratégia nutricional.

Texto: estagiária Manoela Gouvea com supervisão

Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) realizou na semana passada o último encontro do CRN-8 Jovem do ano de 2024. O evento contou com a presença da diretoria da instituição: a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Costa Penteado e a tesoureira Lilian Mitsuko Tanikawa. As conselheiras membros da Comissão de Formação Profissional (CFP) Camilla Kapp Fritz, Giovana Regina Ferreira e Tatiana Marin também estiveram presentes.

A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, a assistente técnica Daiane Carvalho Silva e a gerente Andréa Bonilha participaram do evento. Durante o encontro, realizado em Curitiba, as estudantes representaram suas respectivas faculdades, deram depoimentos pessoais e manifestaram agradecimento ao programa do Conselho.

A estagiária Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, estudante do sexto período do curso de Nutrição contou como o CRN-8 Jovem auxiliou em sua formação. “Particularmente, eu passei a ver o CRN de forma diferente. Eu vi que o Conselho trabalha para ajudar os nutricionistas a serem profissionais melhores e a terem a ética em vigor. O programa acrescentou muito na minha formação”.

Durante este ano, participaram alunos das seguintes instituições: UniCesumar, Universidade Positivo, PUCPR, UniBrasil, Centro Universitário Filadélfia (UniFil), Centro Universitário União das Américas Descomplica, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Uniopet, Faculdade Estácio, Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, IES Anhanguera Paranaguá, Colégio Estadual Polivalente de Londrina, Unipar – Francisco Beltrão, Centro Universitário Integrado, Universidade Federal da Fronteira Sul, Faculdades Pequeno Príncipe, Uni Dom Bosco, Claretiano, Uninter, Anhanguera, Universidade Tuiuti do Paraná, Faculdade de Apucarana, Colégio Estadual Julia Wanderley de Curitiba e Universidade Federal do Paraná.

Para a coordenadora técnica, Carolina Bulgacov Dratch, o programa é um canal que existe entre o CRN-8 e as instituições de ensino por meio dos alunos. “Além de fomentar a troca de experiências entre os estudantes, o Programa atua como um canal de comunicação, com o objetivo de fortalecer a conexão entre as Instituições de Ensino Técnico e Superior em Nutrição e o CRN-8”.

Durante o ano, o CRN-8 Jovem marcou presença em diversos eventos, como a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Na oportunidade, as estudantes do programa promoveram atividades de sensibilização sobre nutrição com o público. Também houve a caminhada alusiva à campanha do Outubro Rosa. As alunas entregaram materiais informativos e amostras de alimentos funcionais que além de fornecer nutrientes, trazem benefícios extras para a saúde, ajudando a diminuir os riscos de doenças crônicas.

As orientações trouxeram sugestões práticas para incluir alimentos funcionais, como aveia, linhaça e frutas, na alimentação diária. Houve ainda uma ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa em julho. Para o público de 20 a 60 anos foi aplicado um questionário previsto no Guia Alimentar “Como ter uma alimentação saudável” e também realizado orientações nutricionais.

Os alunos também participaram das duas audiências públicas realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. Em outubro as estudantes estiveram presentes na audiência pública que abordou o tema “audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”.

Os alunos também participaram do Encontro dos Coordenadores dos Cursos Técnicos e Superiores em Nutrição do Paraná, realizada em agosto. O evento, que ocorreu de forma híbrida, teve como objetivo promover discussões relevantes e compartilhar conhecimentos sobre a prática da nutrição, com foco nas novas tendências e desafios enfrentados pelos profissionais da área.

O conselheiro e vice-presidente Alisson David Silva destaca que o CRN-8 Jovem é fundamental para aproximar o estudante do seu conselho de classe, para que o aluno possa entender mais a fundo como funcionam as relações entre a profissão e a sociedade e como que funciona toda a luta para valorização profissional. Alisson também comenta como foi a sua experiência quando estudante e estagiário da primeira turma do programa em 2017. “Lembro que na época não tinha conhecimento de como funcionava realmente o Conselho ou pra que ele servia. Ao participar do CRN-8 Jovem, consegui compreender uma parte da essencialidade dele para a formação profissional.”.

Tatiane do Santos Brito, estudante do oitavo período de nutrição apontou que “a partir da participação no CRN-8 Jovem eu pude entender melhor a função do Conselho”. “Quando estamos na faculdade pensamos que é algo que só quer nos cobrar anuidade, mas estando aqui no meio, participando, vejo que não é só cobrança. O valor que pagamos é simbólico por tudo que o Conselho faz por nós”, completa.

Texto: estagiária Manoela Gouvea com supervisão

Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

O diabetes afeta cerca de 10% de toda população brasileira, conforme dados disponibilizados pela pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 12 milhões de brasileiros convivam com a doença. Em todo o mundo, são 250 milhões de pessoas com a diabetes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que o número de casos dobre até 2030.

Em meio a tantas informações e orientações propagadas pela internet, não faltam receitas e dicas milagrosas que prometem controlar a doença. Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado neste 14 de novembro, a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Camilla Kapp Fritz esclarece cinco mitos em torno dessa condição.

Uma das mentiras propagadas é a de que quem tem diabetes não pode comer beterraba e cenoura. Outra fake news é de que a pessoa com diabetes também não pode se alimentar de frutas. “É essencial reforçar que as frutas e algumas verduras, em especial beterraba e cenoura, apesar de possuírem frutose na sua composição, são alternativas saudáveis e podem ser consumidas por pacientes com diabetes em porções adequadas”, esclarece a nutricionista. A média recomendada é de quatro porções de frutas diárias e consumir verduras duas vezes ao dia.

Camilla ressalta que se deve lembrar de preferir frutas com mais fibras, tais como laranja, maçã, pera ou com alto índice de gordura, como o abacate, para reduzir o impacto glicêmico. 

Outro mito muito propagado é a de quem possui diabetes pode substituir o açúcar por mel, pois o mel é natural. “Apesar de natural, o mel tem alto teor de frutose e glicose, podendo causar alterações na glicemia e prejudicar o controle do diabetes”, aponta.

Ainda na linha do açúcar, não se pode trocar seus doces por doces diet e comê-los à vontade. “Os produtos dietéticos, que apesar de serem isentos do açúcar, nem sempre são mais saudáveis e podem, inclusive, ter mais calorias do que o alimento convencional, como é o caso do chocolate diet, por exemplo. Portanto, não se deve ingerir doces diet à vontade, o consumo de doces deve ser realizado com moderação”, aponta Camilla Fritz.

Também não se recomenda trocar refrigerante por qualquer suco natural. Sugere-se evitar, segundo a nutricionista, o consumo de sucos naturais como de laranja por exemplo, pois o suco não possui as fibras como a fruta in natura, e consequentemente um alto índice glicêmico.

O QUE É DIABETES 

O diabetes é uma condição crônica e sem cura, caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo corpo ou pela dificuldade em utilizá-la de forma eficaz. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é fundamental para transformar açúcar, amido e outros nutrientes em energia. Na ausência ou deficiência dessa ação, os níveis de glicose no sangue se elevam, causando a hiperglicemia — principal característica do diabetes. Se não controlada, a doença pode causar complicações graves, como danos aos rins, olhos, coração, nervos, vasos sanguíneos, entre outros órgãos e sistemas.

O diabetes tipo 1, em resumo, é causado pela destruição autoimune das células do pâncreas que produzem insulina e não está relacionado ao consumo de açúcar. Já o diabetes tipo 2 ocorre por uma redução na produção de insulina e/ou resistência à insulina, sendo influenciado por hábitos de vida inadequados, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo, obesidade e estresse.

Outro caso comum de diabetes, é a diabetes gestacional.  Quando o nível de açúcar no sangue se eleva, ou seja, quando os hormônios interferem na produção de insulina da gestante. O Ministério da Saúde aponta que afeta de 2% a 4% de todas as gestantes. 

CUIDADOS NUTRICIONAIS

 O principal objetivo dos cuidados nutricionais em uma pessoa com diabetes é auxiliar no controle da glicemia, pois o açúcar no sangue é proveniente dos alimentos ingeridos, sendo que alguns possuem uma quantidade maior de glicose, como os carboidratos, em comparação com as proteínas e gorduras. Vale ressaltar que pessoas com diabetes não devem excluir completamente os carboidratos da sua alimentação, pois esses alimentos são essenciais para gerar energia e auxiliar no funcionamento adequado do organismo.  

A conselheira do CRN-8 aponta as orientações nutricionais básicas para tratamento do diabetes é o controle da ingestão de carboidratos, que deve ser dentro do recomendado e preferir os cereais integrais, frutas, verduras e leguminosas, além de evitar os alimentos industrializados ricos em açúcares. 

O consumo adequado de fibras é essencial para auxiliar a redução dos picos de glicemia, pois diminui a absorção dos açúcares, além de causar sensação de saciedade prolongada. A recomendação de fibras para adultos é de em média 25 a 30 gramas de fibras por dia. “Para garantir uma ingestão adequada é importante incluir fontes diversificadas, que podem ser encontradas nas frutas, principalmente no bagaço das frutas, vegetais diversos, especialmente os folhosos e crus, sementes como as de linhaça e chia, farelo de aveia, feijões e outras leguminosas, como lentilha, ervilha e grão de bico e cereais integrais”, salienta a nutricionista.  

Camilla ressalta também a dica com o controle do açúcar.  O açúcar de mesa deve ser evitado por pacientes com diabetes, pois é uma substância altamente calórica que não possui nenhum nutriente essencial, mas desencadeia um pico de hiperglicemia. “O uso de adoçantes artificiais pode ser recomendado como uma estratégia para pessoas com diabetes, com intuito de reduzir a ingestão de carboidratos simples e manter o paladar doce, sem esquecer de sempre estar associado a uma dieta saudável com preferência dos alimentos in natura”.

Com Agência Brasil e portal do Ministério da Saúde

CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

A Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, ganhou tons de azul na manhã desta segunda-feira (4), durante a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do câncer de próstata e promover a saúde masculina, o evento reuniu dezenas de pessoas e contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), incluindo a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Penteado e a tesoureira Lilian Tanikawa.

A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, e a assistente técnica Daiane Carvalho Silva, também estiveram presentes, reforçando a presença do Conselho na ação. Durante a caminhada, alunas do programa CRN-8 Jovem realizaram ações de conscientização nutricional com o público, enfatizando a importância de uma alimentação saudável como parte da prevenção de doenças crônicas, incluindo o câncer de próstata.

As alunas do CRN-8 Jovem também distribuíram materiais informativos, que abordaram de forma didática como a nutrição pode contribuir para a redução dos riscos de diversas doenças. Com orientações acessíveis, as estudantes incentivaram o público a adotar hábitos alimentares saudáveis, mostrando a importância de incluir alimentos nutritivos no dia a dia como forma de melhorar a qualidade de vida e fortalecer o sistema imunológico.

A presidente do CRN-8, Deise Baptista, destacou a importância da nutrição como fator preventivo. “Participar de eventos como o Novembro Azul nos permite reforçar a relevância de uma alimentação saudável e preventiva para o público masculino. Esse é um momento oportuno para conscientizar sobre a importância de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico regular”, afirmou Deise.

Com a presença de sua diretoria e equipe técnica, o CRN-8 reforçou a importância da nutrição na prevenção de doenças e o impacto positivo de escolhas alimentares adequadas na vida dos homens, promovendo bem-estar e longevidade.

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Neste dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas, uma data que reforça a importância de uma alimentação saudável para crianças, jovens e adultos no ambiente escolar. Essa celebração visa conscientizar a população sobre a necessidade de promover bons hábitos alimentares, uma prática que vai além do consumo de alimentos, influenciando o aprendizado, o desenvolvimento físico e mental, e a qualidade de vida dos estudantes.

Nutricionistas desempenham um papel essencial na promoção da saúde e no desenvolvimento das crianças, conforme destaca Fernanda Manera, conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) e nutricionista de alimentação escolar.

Segundo Fernanda, o nutricionista é responsável por uma série de atribuições fundamentais no ambiente escolar, como a elaboração de cardápios que atendam às necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias e a promoção de atividades de educação alimentar e nutricional. “Planejamos refeições adequadas a cada faixa etária, com nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das crianças; e identificando os escolares com necessidades de alimentação especiais, através do diagnóstico nutricional realizado pelo nutricionista”, explica Fernanda.

Além disso, esse profissional atua na criação de manuais de boas práticas e na realização de testes de aceitabilidade entre os alunos, garantindo que a alimentação oferecida seja nutritiva e bem aceita.

A presença de um nutricionista em ambiente escolar é essencial na promoção da saúde e no combate à má nutrição, orientando a escolha de alimentos que atendam às necessidades nutricionais de diferentes faixas etárias e respeitando as particularidades culturais e regionais dos alunos. Ao elaborar cardápios escolares equilibrados, o nutricionista contribui diretamente para a melhora da concentração, do desempenho escolar e da prevenção de doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

“O nutricionista é o profissional capacitado para elaborar e calcular as refeições, adequando as preparações a cada faixa etária, com macro e micronutrientes em quantidades corretas, associado a qualidade sensorial e respeitando a cultura alimentar daquela população”, ressalta a conselheira.

Foto: Sergio-Amaral/MDS

Crescimento e desempenho escolar

A alimentação balanceada influencia diretamente no desempenho escolar e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Estudos demonstram que refeições adequadas, planejadas por nutricionistas têm um impacto positivo na concentração e no aprendizado, além de prevenir doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

Fernanda Manera ressalta que é necessário que seja elaborada uma dieta variada, com comida de verdade, com alimentos de todos os grupos alimentares: frutas, verduras e legumes, cereais e tubérculos/raízes (como arroz, mandioca, batata, milho), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) e carnes e ovos (se a família consumir). “Isso deve sempre respeitar a oferta local e a cultura alimentar da população”, complementa a nutricionista.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o nutricionista como figura central no planejamento das refeições servidas nas escolas públicas do Brasil. Ele é responsável por garantir que cada refeição seja nutricionalmente equilibrada, considerando a oferta de alimentos frescos e regionais.

Impacto Duradouro na Saúde e Educação

Além disso, esse profissional tem um papel educativo crucial na formação de hábitos alimentares saudáveis. Ao trabalhar junto com a equipe pedagógica, o nutricionista promove atividades como hortas escolares e oficinas culinárias, proporcionando aos alunos uma vivência prática sobre a importância de uma alimentação equilibrada. “A educação alimentar começa na escola, mas pode ser levada para a casa, envolvendo os pais no processo”, diz Fernanda.

Com isso, a presença do nutricionista nas escolas vai além dos alunos, alcançando toda a comunidade escolar, desde professores e funcionários até as famílias. “Os pais têm um papel fundamental na alimentação dos filhos e, ao se aproximarem da escola, podem ajudar a consolidar bons hábitos alimentares também em casa”, enfatiza Fernanda. Iniciativas como a distribuição do Guia Alimentar Para a População Brasileira também ajuda a disseminar informações sobre alimentação saudável para além dos muros escolares.

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

O Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que quase 50 milhões de brasileiros vivam em situação de insegurança alimentar grave ou moderada. Para encontrar formas de mudar esta triste realidade e debater a contribuição do Poder Público para modernizar a legislação referente à doação de alimentos, a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu nesta quarta-feira (16) a audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”. O objetivo foi propor iniciativas que trazem bons resultados no combate ao problema, criando mecanismos para que produtores de alimentos possam doar o excedente com segurança, evitando que comida saudável vá para o lixo.

O debate ocorreu no Dia Mundial da Alimentação por iniciativa da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Paulo Gomes (PP), em conjunto com o Conselho Regional de Nutrição (CRN-8). A participação do CRN-8 foi essencial para garantir que a segurança alimentar fosse o foco das discussões, contando com a presença de Deise Regina Baptista, atual presidente do CRN-8, Vanessa Costa Penteado, conselheira do CRN-8, a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch, e alunos do programa CRN-8 Jovem. O evento reuniu representantes do Poder Público e privado da área de alimentação, além de responsáveis por entidades que combatem o problema.

O CRN-8 tem sido ativo em campanhas e iniciativas que promovem a segurança alimentar, atuando como um elo entre a legislação vigente e a prática dos profissionais de nutrição, garantindo que as doações sejam seguras e eficazes. Cilene da Silva Gomes Ribeiro, ex-presidente do CRN-8, também participou e destacou a importância do controle higiênico-sanitário e da segurança alimentar nas doações.

“Existem vários entes da sociedade, como restaurantes comerciais, indústrias e o próprio varejo supermercadista, que podem fazer doação de alimentos bons para consumo, mas não o fazem. Para isso, porém, é necessário que uma série de critérios seja observada, principalmente de controle de qualidade”, afirmou.

O deputado Paulo Gomes ressaltou que o objetivo da audiência é aproximar entidades governamentais e não governamentais, fortalecendo parcerias que possam ampliar projetos de combate ao desperdício de alimentos. Ele afirmou que vai trabalhar para atualizar a legislação e criar mecanismos que incentivem a doação segura de alimentos.

Carolina Dratch, Deise Baptista e Vanessa Penteado ao lado do secretário Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi
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