CRN-8 assegura a aprovação do Estado para a reabertura de turmas do curso de TND em Londrina
Nos últimos dois semestres o Curso Técnico em Nutrição e Dietética no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, não teve autorização para abrir novas turmas. Diante desta situação, o Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) protocolou um ofício junto à Secretaria Estadual de Educação solicitando que fosse realizada a abertura de novas turmas ainda neste ano.
Em resposta, a Secretaria emitiu um ofício no qual autorizou a abertura de uma turma para o 2º semestre de 2023. “Foi uma conquista não só do Conselho, mas de toda comunidade de Londrina e região”, salienta a presidente do CRN-8, Cilene Gomes Ribeiro.
Diante da importância do profissional Técnico em Nutrição e Dietética para Londrina e região e da grande procura pelo Curso, o Colégio percebeu que seria um prejuízo enorme a não abertura de novas turmas.
“Por isso, entendemos a necessidade de solicitar ao CRN-8 reivindicar junto à Secretaria a permissão para a abertura de novas turmas e a manutenção de tão importante curso gratuito aos alunos, no Colégio Estadual Polivalente”, explica a coordenadora do Curso, Gerusa Ayres.
“Nossa solicitação ao CRN8, para que intercedesse junto à SEED pela autorização de novas turmas do Curso Técnico em Nutrição e Dietética, foi frutífera. O CRN-8 prontamente nos atendeu e isto foi fundamental”, complementa.
Gerusa relata que o curso de TND no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, está em funcionamento desde o ano de 2016. Nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia da Covid-19, o curso sofreu com as dificuldades apresentadas pelos estudantes no acompanhamento das aulas no sistema remoto, e também após o retorno, no sistema presencial.
“Alunos que iniciaram no sistema remoto tiveram dificuldades no retorno presencial e isso gerou elevado índice de evasão, fazendo com que a Secretaria de Estado da Educação não autorizasse a abertura de novas turmas nos dois últimos semestres”, enfatiza a coordenadora.
CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar
A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram com o deputado estadual Paulo Gomes, sua equipe e técnicos da Comissão da Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná para debater melhorias na legislação sobre alimentação nas escolas públicas e privadas do Paraná.
“Pretendemos atualizar a lei em vigor, conscientizando a população sobre a necessidade de uma alimentação saudável nas cantinas das escolas particulares e públicas do estado”, salienta Cilene. Durante a reunião, ficou definido que será agendada uma audiência pública para debater o tema junto à sociedade civil organizada. Provavelmente, a audiência irá ocorrer em agosto nas dependências da Assembleia Legislativa.
A partir de então, serão debatidos quais pontos poderão ser aperfeiçoados nas legislações já existentes. O CRN-8 defende que seja proibida a comercialização, no ambiente escolar, de alimentos e bebidas ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos e refrigerantes. O Conselho também acredita que deve ser revista a comercialização, no ambiente escolar, de preparações à base de frituras e de preparações com a adição de gordura hidrogenada em seu preparo.
A cantina escolar também deveria disponibilizar pelo menos uma opção de alimento ou preparação e uma opção de bebida aos escolares portadores de necessidades alimentares especiais, tais como diabetes, doença celíaca, intolerância à lactose e outras alergias e intolerâncias alimentares.
“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. Neste ambiente de educação é que se encontra a Cantina Escolar, a quem cabe também um papel ativo muito importante como estimuladora de hábitos alimentares saudáveis e influenciadora na formação do indivíduo, dentro do ambiente escolar que serão exercidos também fora daquele ambiente”, ressalta a presidente.
Atualmente o Paraná conta com a Lei 14.423/2004, que dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas e com a Lei 14.855/2005, que trata sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. O CRN-8 defende que ambas as legislações precisam ser atualizadas.
JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA
Durante este mês é realizada a campanha Junho Laranja, que tem o objetivo de difundir informações sobre o diagnóstico e prevenção de anemia e leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.
ANEMIA
A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro. O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.
Os principais sinais e sintomas são: cansaço generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças e apatia.
LEUCEMIA
Já a leucemia é causada pela produção desenfreada de glóbulos brancos pela medula óssea. As células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis do corpo e resultando na queda brusca da imunidade corporal. Entre os sintomas estão palidez, cansaço, infecções persistentes, hematomas, fraqueza, febre, dores nas articulações e anemia.
Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.
O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO
A nutricionista Fernanda Fugolar explica que a anemia por carência de nutrientes pode ser prevenida com alimentação saudável. “Deve-se ingerir alimentos que são fontes de ferro, como: carne, peixe, frango e leguminosas. Também deve-se consumir alimentos fonte de vitamina B12: peixes, carnes, ovos leite e derivados; e de ácido fólico: vegetais folhosos verde escuro, oleaginosas e sementes, leguminosas, grãos integrais e cereais enriquecidos”, aponta.
Em relação à leucemia, a alimentação não tem relação com a origem da doença, portanto não há como prevenir através da nutrição. “Porém, sabemos que indivíduos que possuem uma alimentação saudável e que são bem nutridos, se tiverem o diagnóstico de leucemia terão menos fatores de risco durante o tratamento. Ou seja, apesar da alimentação não ter relação com origem da doença, o paciente nutricionalmente mais saudável tende a ter mais sucesso durante o tratamento”, ressalta.
TRATAMENTO
Durante o tratamento de anemia, o nutricionista deve estabelecer estratégias para a oferta adequada de nutrientes, sempre de acordo com as recomendações por faixa etária e sexo. “Além de estabelecer no plano alimentar condutas a fim de otimizar a absorção de nutrientes”, salienta Fernanda.
No caso da leucemia, o nutricionista é essencial em todas as etapas do tratamento, que pode ser longo. Cabe ao profissional sempre adequar a oferta de nutrientes para cada fase específica do tratamento da doença. “O profissional deve estar apto a identificar os efeitos colaterais que podem surgir em cada período do tratamento e afetar tanto a ingestão alimentar como o estado nutricional do paciente, assim como ajustar a conduta dietoterápica, verificar a necessidade de suplementar ou fazer uso de via alternativa de alimentação conforme o estado nutricional do paciente e sintomas apresentados”, explica a nutricionista.
Ela ressalta que, em ambos os casos, o papel do nutricionista é principalmente trabalhar com a alimentação, com “comida de verdade”, sem restrições desnecessárias, mas sempre conforme a ciência e as recomendações de órgãos oficiais. “Quando necessário, deve-se suplementar ou fazer uso de via alimentar alternativa, sempre segundo as recomendações específicas”, salienta Fernanda.
Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso
Com a participação de diretores, conselheiros federais, colaboradores do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), presidentes e conselheiros dos 11 Conselhos Regionais de Nutricionistas, representando o Sistema CFN/CRN, foi lançada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, na terça-feira (30), a Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista. O evento também marcou a divulgação da agenda legislativa, com as pautas acompanhadas pelo CFN, em Brasília (DF).
Para o coordenador da Frente, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), os nutricionistas são profissionais essenciais para a sociedade brasileira. “Na legislatura passada realizamos diversos eventos para traduzir o sentimento de vocês para esta Casa. Vamos trabalhar ainda mais, de forma incansável pela valorização da profissão de vocês. Contem com a gente e viva a Nutrição”.
O presidente do CFN, nutricionista Élido Bonomo destacou a importância da instalação da Frente Parlamentar com a participação das entidades de Nutrição. “Temos um conjunto de projetos para debater com o Congresso Nacional, visando garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e o nosso compromisso com a categoria para fortalecer cada vez mais a nossa profissão”.
Também participaram da solenidade os deputados federais Erika Kokay (PT-DF) e Delegado da Cunha (PP-SP); Glaucia Medeiros, diretora da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran); Alexandra Silva, diretora da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN) e Alice Beatriz, representante da Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição (ENEN). A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, esteve presente no evento.
Presidente do CRN-8 reúne-se com parlamentares para debater políticas de segurança alimentar
A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram nos últimos meses com parlamentares do estado e da capital do Paraná para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional.
Em encontro com o deputado estadual Paulo Gomes foram debatidas políticas públicas voltadas ao combate à fome, ao desperdício de alimentos, alimentação escolar e ao respeito ao direito do consumidor.
Já em reunião com deputada estadual Cristina Silvestri discutiu-se a necessidade de criar mecanismos legais para assegurar a presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.
Essa mesma pauta foi tema do encontro com a vereadora de Curitiba, Amália Tortato. Também se debateu alternativas e soluções para garantir a segurança alimentar e nutricional no ensino infantil da capital do estado. A presidente ainda se reuniu com Pascoal Muzeli Neto, Chefe de Gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco. Na oportunidade, dialogaram a respeito de implementação de políticas públicas que fortalecem o papel do nutricionista na comunidade paranaense.
Outra importante reunião ocorreu com deputado estadual Batatinha, autor do Projeto de Lei nº 248/2023, que dispõe sobre a inserção do nutricionista como agente fundamental nas políticas públicas de alimentação e nutrição.
Na oportunidade Batatinha comunicou que tentará agendar uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o assunto e para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional e à presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.
Esses encontros foram resultado de uma ação do CRN-8 que encaminhou a todos os 54 parlamentares estaduais e aos prefeitos dos 399 municípios do Paraná ofícios ressaltando a necessidade de inserir os profissionais de Nutrição nas políticas públicas de saúde e alimentação.
Encontro com a deputada estadual Cristina SilvestriReunião com o deputado estadual BatatinhaReunião com Pascoal Muzeli Neto, Chefe de Gabinete do deputado estadual Márcio PachecoReunião com a vereadora de Curitiba Amália Tortato
Conselheira do CRN-8 lança livro quereúne os principais conceitos e pilares da Nutrição
A conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) e professora universitária, Ana Paula Garcia, lançou o livro “Bases nutricionais: conceitos básicos para o profissional da saúde”, pela Editora InterSaberes. A obra foi escrita em parceria com o também professor e coordenador do Curso de Nutrição e Gastronomia do Centro Universitário Internacional Uninter, Alisson David Silva e tem como objetivo reunir os principais conceitos e pilares da Nutrição.
“Procuramos trazer a parte introdutória da Nutrição e toda a sua base teórica, mas com uma linguagem mais clara mais fácil. Esse é um dos problemas que a gente vê, geralmente, em livros com muitos termos científicos, com assuntos mais complexos. As pessoas que estão começando na área e que são leigas acabam não entendendo e não interpretando da forma correta”, explica Ana.
A obra é voltada principalmente para alunos de Nutrição, mas também é direcionado e profissionais que desejam manter-se atualizados na área. “É um livro que também ajuda o profissional a revisar determinados temas. Procuramos as referências mais atuais e as mais robustas para que o nutricionista possa rapidamente ler o nosso livro e se atualizar”, ressalta a conselheira.
Segundo Alisson, a obra também pode ser indicada para as pessoas leigas na área. “A gente escreveu de uma forma didática, em uma linguagem simples para que essa pessoa possa compreender”, complementa.
O lançamento do livro cumpre papel determinante para o profissional se mantenha atualizado e possa revisar conceitos básicos e fundamentais da categoria. “Tanto a nutrição quanto qualquer outra área da saúde não tem como a gente não se atualizar, todo dia praticamente a gente tem alguma publicação nova, algum detalhe a mais que precisamos nos atentar”, reforça Ana.
“A área da saúde sempre tem que se atualizar. Sempre vai estar saindo um artigo novo ou algo novo. O profissional que quer se manter no mercado de trabalho atuando não tem outra opção: tem que se atualizar”, ressalta Alisson.
PL do Técnico em Nutrição segue para análise no Senado Federal
Projeto foi aprovado nesta quarta-feira (24), na CCJC da Câmara dos Deputados.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira (24) o relatório do deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos/PE), favorável ao Projeto de Lei (PL) 5.056/2013, de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que regulamenta a profissão de técnico em Nutrição e Dietética e dá outras providências.
O relator destacou que o PL regulamenta uma profissão que hoje é uma realidade no Brasil. “Procuramos aperfeiçoar a matéria ao dialogar com todos os membros da comissão, acolhendo sugestões para um relatório consensual”, destacou o deputado Silvio Costa Filho.
Desde o início da tramitação do projeto de lei na Câmara dos Deputados, técnicos em Nutrição e Dietética, nutricionistas e conselheiros federais e regionais do Sistema CFN/CRN acompanham cada votação.
Tramitação
Na Câmara dos Deputados, o PL 5.056/2013 tramitou inicialmente na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), passando também pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e, por último, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A matéria agora segue para apreciação no Senado Federal.
Ministério da Saúde inclui nutricionista como profissional fixo das Equipes Multiprofissionais
Na segunda-feira (22), o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União a Portaria GM/MS nº 635, que já está em vigor para instituir, definir e criar incentivo financeiro federal de implantação, custeio e desempenho para as modalidades de equipes multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde – eMulti.
A participação dos nutricionistas também está prevista nas três modalidades existentes para composição das equipes multiprofissionais: eMulti Ampliada, eMulti Complementar e eMulti Estratégica. O atendimento será individual, em grupo ou domiciliar, ainda com apoio matricial para as equipes da Estratégia Saúde da Família, qualificando a gestão da clínica e também prevendo ações de saúde à distância.
Criado em 2008, o Núcleo de Apoio à Saúde (Nasf) era o programa que garantia o atendimento para a população. Agora chamada de eMulti, a estratégia deve abranger 4 mil equipes multiprofissionais em todo o Brasil, de acordo com a expectativa do governo federal.
Para acessar a portaria do Ministério da Saúde na íntegra, clique aqui.
Doar leite materno vai além de ser um gesto de amor e compaixão. A atitude pode salvar vidas. Nem todos bebês conseguem fazer a sucção do alimento. As mães podem passar por situações de saúde, como estresse e ansiedade, que levam à diminuição da produção de leite. Há situações ainda de crianças internadas que, por algum motivo, não podem ser amamentadas diretamente no seio materno. As causas variam e os bancos de leite materno se transformam em uma solução para a amamentação destes bebês.
Neste dia 19 de maio celebra-se o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano. Instituído pela Lei 13.227/2015, a data tem como objetivo estimular a doação de leite materno, divulgar os bancos de leite humano nos municípios e nos estados, além de promover debates sobre a importância do aleitamento materno e sua doação.
O leite materno é considerado o melhor alimento disponível para os bebês. O alimento diminui o risco de infecções e alergias, além de melhorar o desenvolvimento fisiológico do bebê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. Mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.
De acordo com a nutricionista materno-infantil Nádia Rafaela dos Santos, o leite humano é o alimento mais adequado que o bebê pode receber. “O leite é apropriado em calorias, gorduras, proteínas vitaminas e água. Ele é considerado alimento padrão-ouro, já que é o único capaz de promover tudo que o bebê necessita até os seis meses de idade. Além disso, o leite materno é o único leite que promove anticorpos, sendo considerado a primeira vacina do bebê”, explica a nutricionista.
Algumas indústrias oferecem alternativas para as mães que não conseguem amamentar os bebês, porém não supre totalmente a falta do leite. “Embora as indústrias tentem se aproximar cada vez mais da composição do leite humano, dizemos que o leite humano é um alimento vivo, e só ele é capaz de se adaptar às necessidades do bebê, de aumentar a produção de anticorpos, por exemplo, em uma situação de adoecimento”, ressalta Nádia.
SERVIÇO:
Quem Pode doar: Mães com produção de leite em quantidade e que não façam uso de medicamentos que sejam contraindicados durante o período de amamentação.
Como doar: Para doar basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo a agende uma visita. Será feito um cadastro (que pode ser presencial ou por telefone) e a mãe será orientada sobre como fazer a doação de maneira correta. Depois isso, a mãe vai receber os materiais esterilizados necessários para a doação do leite materno.
Alimentação saudável e acompanhamento nutricional são indispensáveis no combate à hipertensão
Uma boa alimentação e o acompanhamento com nutricionista são essenciais para prevenção da hipertensão. Neste dia 26 de abril celebra-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, instituído pela Lei 10.439/2002 com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença. Uma dieta balanceada é uma aliada fundamental para ajudar na regulação dos níveis de pressão e, até mesmo, na prevenção do surgimento da doença.
Cabe ao nutricionista o papel de auxiliar na escolha dos alimentos, nas formas de preparo, na leitura e na interpretação dos rótulos e elaborar um plano individualizado da alimentação. São vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento. A obesidade e o sobrepeso podem aceleram em até 10 anos o aparecimento da doença e seus sintomas. O consumo exagerado de sódio associados a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.
A conselheira e nutricionista do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Letícia Mazepa, alerta para os riscos do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos de pacote, refrigerantes, snacks, molhos prontos, caldos com sabor de carne, frango e legumes, produtos congelados prontos para consumo, entre outros. “Grande parte dos produtos ultraprocessados contém elevados níveis de sódio, uma vez que esse ingrediente serve tanto para aumentar a palatabilidade do produto como estender a sua vida de prateleira”, afirma.
A nutricionista ainda redobra a atenção para o a alimentação de quem já é hipertenso. Deve-se evitar alguns alimentos, como: embutidos e carnes processadas (salames, presunto, mortadela, peito de peru defumado, salsicha, empanado de frango), queijos processados (como o parmesão), salgadinhos, biscoitos, alguns pães, produtos congelados, macarrão instantâneo, molhos prontos (como molhos para salada, shoyu), temperos prontos em tabletes e sachês, conservas e enlatados (sardinha, milho, ervilha, picles), além de evitar a ingestão de álcool.
A doença ocorre com a elevação dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg, ou como é conhecido popularmente, 14/9. A pressão é medida pela força de contração do coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo, quando está alta pode causar danos na sua estrutura.
Para o controle dos níveis de pressão arterial, uma alimentação baseada em alimentos in-natura e minimamente processados, é o ideal. A nutricionista Letícia chama atenção para uma dieta desenvolvida pelo Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue dos Estados Unidos. Segundo ela, a dieta demonstrou eficácia na redução da pressão arterial e é baseada em maior consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura, cereais integrais, e consumo moderado de oleaginosas.
Essa dieta também contempla a redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcar (como sucos ultraprocessados e refrigerantes) e carnes vermelhas. “Esse conjunto de características faz com que o indivíduo consuma alimentos com maiores teores de potássio, cálcio, magnésio e fibras, e quantidades reduzidas de colesterol e gordura total e saturada, fundamentais no controle da pressão.” afirma Letícia.
DICAS
A nutricionista Letícia Mazepa elenca hábitos alimentares que podem auxiliar na prevenção dos altos índices de pressão, confira:
– Insira na rotina alimentos ricos em potássio, pois esse mineral contribui para o controle da pressão arterial: abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, feijão, laranja, ervilha, ameixa, espinafre, tomate, uva-passa e damasco são alguns exemplos.
– Consumir laticínios magros, como leite e iogurte desnatado.
– Mantenha um peso corporal saudável. O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para a hipertensão.
– Não deixe o saleiro na mesa para evitar a adição do sal durante a refeição.
– Dê preferência aos temperos naturais. A combinação de ervas e especiarias é um método excelente de conferir sabor às receitas e reduzir a quantidade de sal. Uma alternativa é substituir o sal pelo sal de ervas:
Ingredientes:
2 colheres (sopa) de salsinha desidratada
2 colheres (sopa) de orégano desidratado
2 colheres (sopa) de manjericão desidratado
2 colheres (sopa) de gergelim tostado
500g de sal marinho ou sal light
Preparo:
Processar todos os ingredientes em mixer ou liquidificador.
Armazenar em pote de vidro e usar nas preparações em substituição ao sal puro.