Como fazer denúncias para o CRN-8

Como fazer denúncias para o CRN-8

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) recebe e apura denúncias contra Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética que descumpram o Código de Ética Profissional. A apuração segue as determinações da Resolução 705/2021 do Conselho Federal de Nutricionistas, que instituiu o Código de Processamento Ético-Disciplinar das categorias. Caso a apuração resulte na detecção de conduta com indícios de infração disciplinar, são tomadas providências para abertura de Processo Ético-disciplinar.

Além dos Técnicos em Nutrição e Dietética e Nutricionistas inscritos no Conselho, a entidade recebe e analisa denúncias contra leigos que fazem o exercício ilegal da profissão, ou seja, que não possuem graduação na área.

No CRN-8, as denúncias de exercício ilegal da profissão de nutricionista são previamente apuradas. Em caso de indícios de exercício ilegal da profissão, as denúncias passam a ser parte integrante do processo que poderá ser encaminhado à instituição de ensino superior (caso denunciado seja um estudante de Nutrição), ao Ministério Público (a quem compete apreciá-las) ou aos demais conselhos de classe profissional nos casos em que o infrator pertença a outra categoria profissional.

A legislação

Segundo a Lei Federal n 8.234, a “designação e o exercício da profissão de Nutricionista, profissional de Saúde, em qualquer de suas áreas, são privativos dos portadores de diploma expedido por escolas de graduação em nutrição, oficiais ou reconhecidas, devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Educação e regularmente inscrito no Conselho Regional de Nutricionistas da respectiva área de atuação profissional”.

A Resolução 596 do Conselho Federal de Nutricionistas, de 2017, considera como nutricionista quem é portador de diploma expedido por escolas de graduação em Nutrição, oficiais ou reconhecidas, devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Educação e regularmente inscrito no CRN da respectiva área de atuação profissional.

PASSO A PASSO DE COMO FAZER UMA DENÚNCIA

1o Passo: Acesse o site do CRN-8

2o Passo: No site, haverá uma janela destinada para realizar sua denúncia

3o Passo: Clique na janela amarela em “Fazer Uma Denúncia!”

4o Passo: Ao fazer isso, aparecerá 3 janelas, essas janelas são destinadas aos 3 diferentes tipos de denúncias são elas: Contra Leigo, Contra Pessoa Física e Contra Pessoa Jurídica.

5o Passo: Selecione o tipo de denúncia que deseja realizar, abrirá uma nova aba com os detalhes.

6o Passo: Nesta aba, abaixo dos detalhes aparecerá uma janela em vermelho escrito Fazer uma denúncia contra o tipo que deseja.

7o Passo: Ao clicar nesta janela, uma nova aba com um formulário de denúncia será aberto, preencha este formulário

8o Passo: Escolha o tipo de denúncia, ela pode ser feita com a identificação do denunciante ou com sigilo na identificação

9o Passo: Complete os dados de identificação do denunciante caso sua denúncia seja com identificação

10o Passo: Complete os dados de identificação do denunciado

11o Passo: Descreva detalhadamente os fatos da denúncia

12o Passo: Anexe provas ou indícios para que sua denúncia seja apurada, elas deverão ser apuradas em um único arquivo zip com limite de 15MB.

13o Passo: Clique em enviar

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

O nutricionista é um profissional indispensável em diversas áreas e o ambiente escolar é uma delas. Um dos principais papéis do profissional é proporcionar educação alimentar e nutricional para garantir o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes. Além disso, ao atuar nas escolas, o nutricionista possibilita uma série de benefícios para todos os atores envolvidos – dos estudantes aos professores, para toda a equipe pedagógica e para as famílias.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. O nutricionista assume um papel ativo como estimulador de hábitos alimentares saudáveis e influenciador na formação do indivíduo”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro.

Ela explica que um dos primeiros atos do nutricionista nas escolas é o de estruturar um cardápio para os estudantes. O cardápio escolar desenvolvido pelo nutricionista visa garantir uma alimentação saudável e adequada, que assegure o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico e também na prevenção de doenças relacionadas à alimentação, como hipertensão, diabetes e obesidade.

“O nutricionista na escola é responsável pela elaboração de um cardápio dentro de todas as premissas voltadas a cada faixa etária que está envolvida nesse ambiente escolar, garantindo assim que esse estudante tenha condições nutricionais adequadas para um bom aprendizado, crescimento e para a não ocorrência de doenças”, explica Cilene.

A atuação do nutricionista nas escolas não se limita apenas na elaboração de cardápios. O profissional, também é responsável por auxiliar e orientar os alunos a consumirem o alimento de uma maneira mais sustentável e equilibrada. “O nutricionista não atua apenas com o cardápio escolar, garantindo macro e micronutrientes para o bom desenvolvimento das pessoas, mas esse profissional também consegue inserir nestes estudantes um conhecimento para um consumo mais adequado, sustentável e equilibrado”, afirma.

A presidente também explica que outra responsabilidade do nutricionista é garantir aos alunos toda a qualidade dos alimentos ofertados pelas escolas. “O nutricionista no ambiente escolar é responsável por toda a condição e qualidade higiênico-sanitária do que é produzido. Ele também é responsável por assegurar toda a qualidade sensorial dos alimentos que os estudantes e toda a comunidade escolar consumirão”, ressalta a presidente do Conselho.

ATENÇÃO ALERTA DE FRAUDE

ATENÇÃO ALERTA DE FRAUDE

E-MAILS COM BOLETOS FALSOS

Informamos que criminosos estão usando dados e o nome do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná para emissão fraudulenta de boletos bancários.

São boletos falsos enviados por e-mail referente a aviso de títulos a vencer ou concessão de descontos/bonificações. Em caso de dúvida, entre em contato com o CRN-8 pelo telefone 41 3224 0008

PRESIDENTE DO CRN-8 PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM DEFESA DOS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO

PRESIDENTE DO CRN-8 PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM DEFESA DOS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO

Presidentes do Sistema CFN/CRN participaram ontem, 4 de dezembro, da Audiência Pública sobre a Proposta de Emenda Constitucional – PEC 108/19 “A Natureza Jurídica dos Conselhos Profissionais”, realizada pela Comissão de Legislação Participativa – CLP, na Câmara Federal, em Brasília, DF. Além da presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), Rita de Cássia Ferreira Frumento – CRN-5 1887, estavam presentes o Presidente do CRN-8 Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, presidente do CRN-6 José Hillário de Souza Damázio CRN-6 7714 e a conselheira do CFN Albaneide Maria Lima Peixinho CRN-1 205. Além do jurídico do Sistema CFN/CRN. O Paraná também se fez presente por meio do Fórum Permanente dos Conselhos Profissionais do Paraná com o CRF, CREFITO, CREFONO, CRP, CRBM, COREN e CRMV.

A PEC 108 pretende mudar a natureza jurídica dos conselhos profissionais de autarquias para entidades de direito privado e desobrigar o registro do profissional. De acordo com Alexsandro Wosniaki, isso coloca em risco a existência dos conselhos profissionais e, no caso da saúde, colocaria também em risco a vida das pessoas. “É o conselho que fiscaliza o profissional, no caso da nutrição estamos colocando em risco a saúde e a Segurança Alimentar Nutricional, pois o nutricionista é o profissional habilitado para trabalhar com a alimentação em todo o seu contexto, desde a produção, compra, distribuição, armazenamento, além da prescrição dietética, atribuição específica do nutricionista”.

A defesa dos conselhos se deu pelos representantes:
Rafael Almada – Presidente do Conselho Regional de Química do Rio de Janeiro e Coordenador do Comitê de Articulação institucional e Governamental do Conselho Federal de Química; Jenner Jane de Morais – Representante do Conselho Federal de Farmácia; Oswaldo Pinheiro Ribeiro Júnior – Representante da Ordem dos Advogados do Brasil; Sirney Braga – Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio de Janeiro;
Luciano C. Gracindo Marques – Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA; e Rogerio Giannini – Conselheiro-presidente do Conselho Federal de Psicologia – CFP.

CRN-8 PARTICIPA DO PROJETO CURITIBA 2035

CRN-8 PARTICIPA DO PROJETO CURITIBA 2035

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) participa do Projeto 2035, uma iniciativa da prefeitura de Curitiba, com o Sistema Deferação das Insdustrias do Estado do Paraná (FIEP) e da sociedade, para a construção de diretrizes, a longo prazo, que nortearão as políticas de desenvolvimento da cidade de Curitiba nos próximos 20 anos.

O propósito do Curitiba 2035 é preparar o município para um crescimento ordenado e em sinergia com os princípios de sustentabilidade, aproveitando de forma consciente as oportunidades e os investimentos inerentes à cidade, priorizando a qualidade de vida e o bem-estar da população.

CRN-8 REÚNE CFN E NUTRICIONISTAS EM DEFESA DO NASF

CRN-8 REÚNE CFN E NUTRICIONISTAS EM DEFESA DO NASF

Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica são essenciais para a saúde básica da população

A diretoria do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) realizou ontem, 08 de junho, reunião virtual da qual participaram o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e o Conselho Estadual de Saúde do Paraná, bem como nutricionistas dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) dos municípios do estado. O objetivo foi a formalização de um documento em defesa do NASF, cujo incentivo financeiro foi extinto pelo Ministério da Saúde (MS) no início deste ano.

Sônia Regina Barbosa, conselheira do CFN, declarou, durante a reunião, que a entidade tem realizado reuniões e encontros virtuais para debater o tema e a preocupação é muito grande, desde o ano passado, com a questão dos NASFs. “Os conselhos regionais precisam do mapeamento do que acontece com os profissionais, do trabalho que estão executando e da conscientização do trabalho do nutricionista dentro do NASF. É preciso reforçar o debate e as ações junto às entidades, instituições e parlamentares, para não perder o que já conquistamos e sedimentar a atuação do nutricionista nos municípios”.

Segundo o presidente do CRN-8 Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, é importante centralizar as ações neste momento. “Vamos reunir as visões dos municípios que têm e que não têm o NASF e embasar a importância do nutricionista na constituição e tentar garantir assim os repasses do governo federal”.

Participaram da reunião membros da diretoria do CRN-8, o presidente Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, a vice-presidente Cilene da Silva Gomes Ribeiro CRN-8 418, a secretária Tatiane Winkler Marques Machado CRN-8 5406, a conselheira do CFN Sônia Regina Barbosa CRN-8 79, a representante do CRN-8 no Conselho Estadual de Saúde, Juliane Bertolin CRN-8 2401, a gerente do CRN-8 Andréa Bonilha CRN-8 926 e as nutricionistas do NASF da grande Curitiba Aline Sobania CRN-8 3567, Ana Paula Zuchi CRN-8 2999, Ana Paula Balemberg CRN-6255, Jhulie Rissato CRN-8 3335, Lilian Tanikawa CRN-8 1183, Karin Will CRN-8 4608, Kari Leise Stelle CRN-8 1439, Karyne Sant’ana CRN-8 1117, Paula Roberta Martins Rodrigues CRN-8 3138, Vanessa Crovador CRN-8 6138, Clarissa Nicoletti CRN-8 3004, Juliana Ceronato CRN-8 2292 e Ana Paula Berebetti CRN-8 4627.

Resguardar os direitos da população

O CFN ajuizou, em fevereiro, uma Ação Civil Pública (ACP) na 13ª Vara Federal do Distrito Federal, com o objetivo de retirar os efeitos da Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, do MS, que modificou os critérios de rateio dos recursos de transferências para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria do MS extingue os NASF-AB, conforme deixa claro a NOTA TÉCNICA Nº 3/2020-DESF/SAPS/MS, assinada pelo diretor do Departamento de Saúde da Família, Otávio Pereira D’Ávila, e pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, ambos integrantes do Ministério da Saúde.

A ação pode ser consultada no portal da justiça federal sob o nº 1005571-51.2020.4.01.3400.

A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA CONTRA A OBESIDADE INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA CONTRA A OBESIDADE INFANTIL

Nutricionistas são essenciais na criação de Políticas Públicas no combate à obesidade infantil

No Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil, 03 de junho, o Conselho de Nutricionistas da 8ª Região reforça a importância da alimentação adequada e saudável, além de incluir atividades físicas no dia a dia. Os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicados em 2017, mostram que há 124 milhões de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo. Já os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avaliam que uma em cada grupo de três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no País. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave.

O CRN-8 conversou com a Nutricionista e professora Marcia Messaggi, CRN-8 7742, que ministra aulas em Dietoterapia Infantil na UFPR, para explicar o porquê da obesidade infantil ser uma doença crônica, o que causa e como a nutrição pode interferir neste processo. O CRN-8 também conversou com a nutricionista responsável pelo setor de alimentação escolar de Curitiba, Maria Rosi Marques Galvão, CRN-8 3093 para citar as políticas públicas realizadas que estabilizaram o número de crianças obesas no município, relatando assim, a importância da presença do nutricionista na criação das políticas públicas referentes a Segurança Alimentar e Nutricional.

O que é Obesidade Crônica

Márcia Messaggi explica que a Obesidade Cônica é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo e é considerada como uma doença crônica por se se manifestar de forma lenta e com duração longa. “A obesidade na infância está associada com a elevação da pressão arterial, resistência à insulina, diabetes mellitus, dislipidemia e com o aumento da morbimortalidade cardiovascular na idade adulta”.

De acordo com a nutricionista, a obesidade infantil pode apresentar diversas causas, uma vez que ocorre por associação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais, sendo que os principais fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento são os hábitos alimentares incorretos e o sedentarismo. Segundo ela, é importante identificar o excesso de gordura corporal nessa população e criar estratégias para prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas no futuro. “Entre os hábitos alimentares observa-se um aumento significativo no consumo de alimentos ricos em gordura, em carboidratos e alimentos ultraprocessados. Estes hábitos têm sido mais frequentes na sociedade devido ao pouco tempo desprendido ao preparo das refeições e consequentemente temos uma menor oferta de alimentos saudáveis as crianças e adolescentes que, assim, têm cinco vezes mais chances de serem obesos quando adultos”.

Desafio Conjunto

Márcia explica que a obesidade infantil pode ser combatida com a incorporação de hábitos de vida relativamente simples. “A reeducação alimentar a partir da adoção de uma alimentação saudável, voltada para a adequação da quantidade de calorias, as preferências alimentares, o aspecto financeiro e o estilo de vida, juntamente com a atividade física são aspectos importantes para o tratamento da obesidade infantil. Desta maneira, a alimentação é um aspecto de relevada importância, assim como a atuação do nutricionista direcionada para este grupo populacional, visto que, a qualidade de vida é dependente da alimentação correta juntamente com a prática de atividade física para garantir um bom estado de saúde”.

Políticas públicas no combate à obesidade infantil

De acordo com o relatório do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Escolar – SISVAN Escolar de 2019 do município de Curitiba, as taxas de obesidade no período 2013-2017 estão estáveis. De acordo com a nutricionista responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar no Município de Curitiba Maria Rosi Marques Galvão, em 2014 houve uma queda na taxa de obesidade, algo que não acontecia desde 2003. “Esta queda, da ordem de 0,7 pontos percentuais quebrou uma tendência de aumento em 10 anos consecutivos da série histórica do SISVAN-Escolar de Curitiba. Em 2015 a taxa de obesidade retorna para 15,66% um aumento de 0,9 pontos percentuais relativamente a 2014. As taxas de obesidade nos anos seguintes estão muito próximas deste pico de 2014, mas mantém uma tendência de leve queda no período de 2015 a 2017, embora sem significância estatística”.

As políticas públicas de Alimentação Escolar podem estar relacionadas a estabilização do números. Um exemplo é o Programa de Reeducação Alimentar e Nutrição Adequada – PRANA, programa oferecido por instituição de ensino parceiras, onde os estudantes de Nutrição, sob supervisão dos nutricionistas professores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação e a de Saúde, realizam atendimentos aos estudantes com obesidade. São realizadas atividades lúdicas envolvendo as famílias e que têm tido impacto significativo sobre as escolhas alimentares e a saúde dos participantes.

Ações e programas

Maria Rosi Marques Galvão explica que as duas secretarias, de Educação e Saúde, atuam desde 1996 no monitoramento anual do estado nutricional dos alunos atendidos na Rede Municipal de Ensino. “Para a coleta desses dados, os professores de Educação Física recebem uma capacitação anual para aprimoramento da técnica. Em 2019 foi possível monitorar 86.499 alunos da Rede Municipal de Ensino. Este estudo possibilita nortear ações de educação nutricional e planejamento de cardápio de acordo com a realidade da clientela”.

Outros programas também são desenvolvidos, com o objetivo de estabilizar ou diminuir o número de crianças obesas em Curitiba, como a Horta nas Escolas, capacitação de professores, material pedagógico e outros, incluindo o Programa Mama Nenê, que incentiva o aleitamento materno, capacitando os profissionais que atuam em berçários nos Centro Municipal Educação Infantil (CMEI) para orientar as mães e acolher nos Cantinhos da Amamentação, local adequado, com oferta de água e utensílios. “Na mesma linha, há o treinamento de lactaristas para o correto armazenamento e manipulação do leite materno e para orientar as mães que optem por levar o leite ordenhado à unidade educativa. Já para as crianças maiores de seis meses a introdução alimentar no berçário é realizada em atividades de estímulo à alimentação saudável. As professoras de berçário também são sensibilizadas acerca da importância dos 1000 primeiros dias de vida dos bebês para a formação de bons hábitos alimentares. Para isso, usamos o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, junto com atividades de reflexão e dinâmicas”, conclui Maria Rosi.

29 DE MAIO – DIA MUNDIAL DA SAÚDE DIGESTIVA RESSALTA IMPORTÂNCIA DA BOA ALIMENTAÇÃO

29 DE MAIO – DIA MUNDIAL DA SAÚDE DIGESTIVA RESSALTA IMPORTÂNCIA DA BOA ALIMENTAÇÃO

Alimentar-se de forma adequada e saudável é a melhor recomendação para promover a saúde. O tema é tão relevante que o dia 29 de maio ficou marcado como o Dia Mundial da Saúde Digestiva, com o objetivo de mobilizar e orientar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo. O Conselho Regional de Nutricionistas da 8º Região conversou com a nutricionista Nathalia Farinha CRN8 4789, Mestre em alimentação e nutrição e Especialista em Fitoterapia (ASBRAN), além de atuar como nutricionista no ambulatório de cirurgia bariátrica.

Natália explica que alimentar-se mal pode afetar todo o organismo e que uma alimentação equilibrada, como recomenda o Guia Alimentar para a População Brasileira, é fundamental. A alimentação deve ser com alimentos “de verdade”, isto é, alimentos in natura ou minimamente processados, rica em vitaminas, minerais e em compostos bioativos. “Esta é a melhor forma de promover saúde ao organismo. Pois nosso corpo precisa desses nutrientes e compostos bioativos para realizar suas funções básicas e imprescindíveis à vida. Na falta desses, as funções de defesa, reparo e geração de energia, ficam comprometidas, deixando o organismo suscetível às doenças”.

Existem diversas doenças que são relacionadas ao trato digestivo, que podem afetar a saúde e também a qualidade de vida das pessoas. Natália conta que as perturbações do trato gastrointestinal mais comuns são azia, dispepsia, refluxo gastroesofágico, gastrite, úlcera, câncer, doença inflamatória intestinal, disfagia, alterações do fluxo intestinal (diarreia ou constipação), esteatose hepática e a mais recentemente estudada e comentada – a disbiose, que é alteração da microbiota intestinal e pode favorecer o desenvolvimento de outras doenças locais ou sistêmicas.

Como manter a saúde digestiva

A ingestão de alimentos saudáveis em horários adequados, sem excesso, além da prática de exercícios são atitudes básicas para se manter a saúde digestiva. Natália também explica que a ingestão de prebióticos, alimentos fermentados ou o uso de suplementos com probióticos podem ser benéficos à saúde. Porém, é necessário que o nutricionista faça a indicação. “Para manter a saúde digestiva deve-se priorizar a prática de hábitos de vida saudáveis. Cada perturbação digestiva tem uma orientação específica a ser feita pelo profissional nutricionista”, diz.

De forma geral, estimula-se a correta mastigação e o consumo de alimentos e bebidas em volumes e horários adequados ao estilo de vida de cada indivíduo. Praticar exercícios físicos, se abster do tabaco, manter o peso corporal dentro dos limites da eutrofia, priorizar o consumo de carnes magras, frutas, verduras, cereais integrais e oleaginosas e evitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans, bebidas alcoólicas, gaseificadas ou ricas em cafeína. “Sabe-se que o consumo de polifenóis e fitoquímicos presentes nas frutas vermelhas, maçãs, brássicas, cogumelos, leguminosas, oleaginosas, entre outros, podem atuar como prebióticos na microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de microrganismos benéficos à saúde. Além disso, o consumo de alimentos fermentados ou o uso de suplementos com probióticos podem ser estratégias interessantes para modular a microbiota e favorecer o estado de eubiose do hospedeiro”, conclui.

CRN-8 IMPLANTA SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÃO

CRN-8 IMPLANTA SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÃO

Desde do dia 26 de maio está funcionando o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) no Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8). Contratos, portabilidade, padronização dos processos e documentos e a transparência das informações serão administrados de forma digital.

A implantação do SEI apresenta inúmeras vantagens, como a diminuição do custo com materiais de expediente, aumento da eficiência administrativa e a simplificação de procedimentos, gerando maior celeridade no atendimento das demandas.

AMAMENTAÇÃO MATERNA NÃO TRANSMITE COVID-19, DIZ OMS

AMAMENTAÇÃO MATERNA NÃO TRANSMITE COVID-19, DIZ OMS

Estudos realizados apontam que, até o momento, o vírus não foi encontrado no leite de mães com suspeita ou confirmação de contaminação. A doação de leite materno é importante e, se neste momento exige cuidados especiais, continua sendo estimulada.

Em tempos de Covid-19 vários assuntos despertam dúvidas e, dentre eles, estão a amamentação e a doação de leite materno. O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) conversou com as nutricionistas Profª Drª Claudia Choma Bettega Almeida CRN-8 320 e Anna Carolina Pinto de Almeida CRN-8 11446 para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto, além de destacar a importância da data de 19 de maio: “Dia Nacional de Doação de Leite Humano”, instituído pela Lei Nº 13.227, de 28 de dezembro de 2015, e que tem como objetivos estimular a doação de leite materno, bem como promover debates, conscientizando sobre a importância do aleitamento materno.

A Profª Drª Claudia Choma é nutricionista, professora do Departamento de Nutrição e do Programa de Pós-graduação em Alimentação e Nutrição da UFPR. Afirma que várias instituições, nacionais e internacionais, como a *OMS, CDC, SBP, IMIP, IS-SP, ABENFO e o IBFAN destacam que os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus por meio do leite materno. “A OMS publicou um documento em 28 de abril de 2020, em que declara que, até aquele momento, o vírus COVID-19 não foi detectado no leite de mães confirmadas ou com suspeita de tê-lo contraído. Parece ser improvável que haja transmissão pela amamentação, no entanto, estudos ainda estão sendo conduzidos”.

Como as pesquisas são recentes, a Profª Drª Claudia recomenda alguns cuidados, pois, por mais que a transmissão não ocorra pela amamentação, pode ocorrer pelo contato. “As mães devem lavar as mãos frequentemente com água e sabão, ou usar álcool, antes de tocar o bebê e usar máscara cirúrgica durante a amamentação, seguindo as recomendações quanto ao descarte, substituição e modo de uso da máscara”.

Alguns estudos estão sendo realizados para descobrir se o leite materno pode proteger a criança, aumentar a imunidade ou até mesmo servir como tratamento para o Covid 19, porém ainda não há comprovação.

“Para você é leite, para a criança é vida. Doe leite, doe vida.”

Anna Carolina Pinto de Almeida CRN-8 11446 nutricionista do Banco de Leite Humano e membro da Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança do CHC, ressalta a importância da doação do Leite Humano com o slogan que celebra o “Dia Nacional de Doação de Leite Humano”: “Para você é leite, para a criança é vida. Doe leite, doe vida”. “É um momento de sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano. Assim como, uma iniciativa a mais para a proteção e promoção do aleitamento materno”, declara.

Anna Carolina conta que o Banco de Leite do Complexo Hospital de Clínicas está funcionando normalmente, exceto pelos cuidados específicos relacionados à pandemia. “O horário de atendimento permanece normal (de segunda a sexta-feira de 8 às 18h) e buscamos sensibilizar possíveis doadoras a buscarem informações no Banco de Leite para fazerem seu cadastro, além de reforçar com as doadoras já cadastradas sobre a importância de manterem as doações, já que a demanda de leite pelas crianças internadas na UTI Neonatal do CHC não para nunca”.

Para adequação ao contexto da pandemia, foram adotados alguns cuidados. “A visita é cancelada se a doadora estiver sintomática (quadro gripal, suspeita de coronavírus ou coronavírus confirmado). Em caso negativo, é realizada a coleta do leite e entrando no domicílio da paciente somente na 1ª visita. A partir da 2ª visita, o leite doado é coletado no portão/hall/portaria do prédio da doadora,

Além destes cuidados, a equipe que realiza as visitas domiciliares utiliza EPIs, como máscara cirúrgica descartável, luva de procedimento e jaleco, além de produto sanitizante nas caixas isotérmicas usadas na coleta de leite nas visitas domiciliares”.

Cuidados recomendados

Para as mães que doam leite, há cuidados de higiene pessoal que devem ser observados antes de realizar a retirada do leite. “A doadora de leite humano poderá retirar o próprio leite através da ordenha manual ou da bomba de extração para tirar leite (esgotadeira manual ou elétrica) e poderá estimular as mamas fazendo massagens, expressão láctea para manter e/ou aumentar a lactação. A doadora é orientada a manter os cabelos presos, de preferência com touca, colocar máscara ou lenço no nariz e boca, lavar as mãos com água e sabão, esfregando uma contra a outra e entre os dedos, e as mamas, somente em água corrente, secando-as com uma toalha limpa”.

O recipiente para condicionar o leite pode ser fornecido pelo Banco de Leite Humano, mas também é possível utilizar um frasco de vidro liso com tampa de plástico. Neste caso, é preciso lavar bem com água corrente e sabão e ferver por 15 minutos, a contar do início da fervura. Em seguida, deixar escorrer em pano limpo até secar e guardar em local limpo e seco até o uso. “O leite materno pode permanecer no congelador ou no freezer por até 10 dias, até ser conduzido ao Banco Leite Humano, e deve chegar congelado, para posteriormente ser pasteurizado. Se a doadora resolver levá-lo, é preciso colocar os recipientes em uma caixa isotérmica com gelo reciclável”, explica Anna Carolina.

Como fazer para doar

Para doar leite, basta, por contato telefônico, se cadastrar no Banco de Leite Humano. São fornecidas instruções acerca de como realizar a ordenha de leite e sobre os cuidados citados para a higiene. Em seguida, é agendada uma visita à residência da doadora, quando são as orientações são reforçadas e são esclarecidas eventuais dúvidas. Neste momento, o Banco de Leite recolhe o leite armazenado na casa da doadora cadastrada, que não precisa levar seu leite até o Banco de Leite Humano. “Algumas mulheres, quando estão amamentando, produzem um volume de leite além da necessidade do bebê. De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente”.  

Serviço:

Banco de Leite Hospital de Clinicas

Telefone: (41) 3360-1800

* Glossário

OMS – Organização Mundial da Saúde

CDC – Centers for Disease Control and Prevention

SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria

IMIP – Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira

IS-SP – Instituto de Saúde de São Paulo

ABENFO – Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras

IBFAN – International Baby Food Action Network