16 de junho – PNAE – Lei nº 11.947 completa 13 anos

16 de junho – PNAE – Lei nº 11.947 completa 13 anos
A partir da Lei nº 11.947 se deu a extensão do Programa para toda a rede pública de Educação Básica

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) comemora um avanço importante. No próximo dia 16 de junho, a Lei nº 11.947 completa 13 anos. Foi a partir dela que se deu a extensão do Programa para toda a rede pública de Educação Básica, inclusive aos alunos participantes do Programa Mais Educação, de jovens e adultos, e a garantia de que, no mínimo, 30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar.

Entende-se como condição para o sucesso desse Programa, o cumprimento da determinação de que os estados e municípios contem com um nutricionista habilitado para a elaboração do cardápio da alimentação escolar. Essa medida consta da Resolução/CD/FNDE nº 32, de 10 de agosto de 2006, e define o nutricionista como o profissional habilitado para atuar como Responsável Técnico pelo Programa, incorporado ao quadro técnico das Entidades Executoras. Isso permite uma melhoria significativa na qualidade do PNAE, quanto ao alcance de seu objetivo.

Torna-se fundamental que essa determinação seja cumprida e que o Poder Público contrate nutricionistas em número suficiente para o acompanhamento do PNAE, seguindo os parâmetros numéricos estabelecidos na Resolução nº 465/2010, do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). A adequação do quadro técnico possibilita as ações contínuas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), essenciais para promoção de hábitos alimentares saudáveis e a melhoria da aceitabilidade dos alimentos ofertados, contribuindo para a redução do desperdício.

Fortalecimento do PNAE

Para presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) Cilene da Silva Gomes Ribeiro (CRN-8 418) a presença do PNAE é fundamental no Brasil, pois contribui para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial dos estudantes, melhora sua aprendizagem, o rendimento escolar e auxilia grandemente na formação de hábitos alimentares saudáveis da população atendida. “A participação efetiva de nutricionistas no programa é essencial para que as ações de educação alimentar e nutricional ocorram, bem como para que se garanta a oferta de refeições que supram as necessidades nutricionais dos estudantes durante o período letivo”.

E, tomando em conta essa conquista da população e dos nutricionistas, o CRN-8, junto a outras instituições, alerta para a necessidade de aumentar o valor repassado pelo FNDE ao PNAE, de R$ 3,9 bi para R$ 7,8 bi. O montante destinado atualmente não é suficiente para garantir alimentação adequada e saudável, com a aquisição de produtos provenientes da agricultura familiar, especialmente os de origem agroecológica, produzidos por assentados da reforma agrária, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Do mesmo modo, é importante a ampliação da oferta de alimentos saudáveis e a restrição da oferta de produtos alimentícios ultraprocessados, bem como o fortalecimento da gestão pública e da participação social.

A reivindicação é encampada pelo CFN e pela secretaria executiva do Observatório da Alimentação Escolar (ÓAÊ), coordenado pela Federação Nacional dos Nutricionistas (FIAN Brasil) e pelo Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN). As entidades que integram o conselho consultivo da ÓAÊ também se posicionam no mesmo sentido, além de outras, como a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

Para saber mais acesse:

Observatório da Alimentação Escolar ÓAÊ

PNAE – home — Português (Brasil) (www.gov.br)

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi criado em 1955 com o nome de Campanha da Merenda Escolar, pelo Decreto 37.106 (31/03/1955), subordinado ao Ministério da Educação (MEC)

CRN-8 participa da Audiência Pública sobre a merenda escolar na ALEP

O Direito à Alimentação e o Direito do Consumidor

O Direito à Alimentação e o Direito do Consumidor

Pensar no direito do consumidor é pensar também nos Direitos à Alimentação Adequada e Saudável. Quando uma empresa ou indústria leva o consumidor ao erro, por informações incompletas ou erradas no rótulo, estão cometendo um crime e é preciso denunciar.

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN completa 23 anos e tem o objetivo de, por meio de um conjunto de políticas públicas, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. Aprovada em 1999, deu início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a se consolidar como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em sua edição publicada em 2011, a PNAN apresenta como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.

Um exemplo de quando o Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas (DHANA) é transgredido, é quando não se tem acesso às informações corretas nos rótulos dos alimentos. E aí também se está ferindo o Direito do Consumidor.

Direito do Consumidor

De acordo com a coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano, alguns produtos vêm com informações que podem induzir o consumidor ao erro. Tanto o leite condensado, quanto o leite em pó, viraram “mistura láctea”. E tem até suco de laranja, que parece, mas não é! Nas Redes Sociais, ela alertou sobre a obrigatoriedade das informações que devem estar no rótulo, além de suas especificações. “O rótulo deve fornecer, na parte principal da embalagem, ou no painel principal da embalagem, os seguintes pontos: que houve alteração na quantidade do produto; qual era a quantidade que tinha antes e qual tem agora; a diminuição em termos absolutos e em termos percentuais”.

Para a nutricionista e mestre em Antropologia Social, Silvana Maria dos Santos, a rotulagem nutricional dos alimentos industrializados é estratégia fundamentada no DHANA. O rótulo frontal, por consequência, representa um avanço nessa regulação e tem potencial de contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), na medida em que deve informar com mais clareza e objetividade. “Isso possibilita avançar e elevar o debate, exatamente porque esclarece que alimentos não são meros produtos na relação de consumo. O rigor do cumprimento das regras de rotulagem pela indústria deve ser observado nessa perspectiva. Estratégias para confundir são danosas, do ponto de vista da saúde e, para além disso, agridem o direito das pessoas a saberem exatamente o que consomem”.

Nova Rotulagem

A comunicação visual dos rótulos de alimentos tem como órgão regulador no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Em 2020 o órgão aprovou uma nova diretiva para as embalagens, que entra em vigor ao final de 2022, no intuito de melhorar a clareza e a legibilidade das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos e auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares de forma consciente.

A Nova Rotulagem Nutricional Frontal consiste na fixação de símbolos na embalagem que esclareçam ao consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde, como açúcares, gorduras saturadas e sódio. De acordo com a ANVISA, a rotulagem nutricional frontal é considerada a maior inovação da norma.

Para tal, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na frente do produto, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo nosso olhar.

Direito humanoO Direito Humano à Alimentação está expresso no artigo 6º da Constituição Federal, que prevê a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.

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Nova Resolução na área de Rotulagem

Como melhorar a imunidade durante o Inverno

inverno e imunidade

Como melhorar a imunidade durante o Inverno

O que a Alimentação Saudável e Adequada, prescrita por um nutricionista, pode fazer por você? Uma dieta rica em vitaminas e minerais e água pode melhorar sua saúde, e quanto maior a imunidade, menor o risco de ficar doente.

Cada época do ano tem suas características e requer cuidados específicos para promover a saúde e prevenir doenças. Com a chegada do inverno, é preciso reforçar a imunidade para combater as doenças sazonais e evitar os exageros alimentares. Deve-se priorizar uma dieta equilibrada, com qualidade nutricional e na quantidade adequada para o gasto de energia.

De acordo com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região, Leticia Mazepa (CRN-8 2911), o sistema imune envolve, de um modo geral, o reconhecimento de um patógeno material estranho ao organismo (bactérias, vírus, fungos, etc) e uma série de reações celulares que trabalham para eliminá-lo. “Além de doenças, fatores relacionados ao estilo de vida podem interferir na função imunológica e, consequentemente, aumentar o risco de infecções. Estresse crônico, sedentarismo ou excesso de exercício físico, privação do sono, tabagismo, etilismo, dietas restritivas e até mesmo a alteração da saúde intestinal são fatores de atenção quando o assunto é imunidade”.

A importância de um intestino saudável para a imunidade

Letícia explica que assim como a pele, o intestino funciona como uma barreira de proteção importante para o corpo humano. Um desequilíbrio nas bactérias que o habitam aumenta eventos pró-inflamatorios, o que consequentemente afeta o sistema imune. “O desequilíbrio pode ser caracterizado por uma redução na diversidade das bactérias e aumento na presença daquelas consideradas patogênicas comparado às não patogênicas”.

E como manter uma dieta que propicie uma microbiota saudável? 

1. Priorizar alimentos in natura e minimamente processados, evitando o consumo de ultraprocessados ricos em açúcares e gorduras.

2. Incluir fontes de fibras alimentares na rotina, como frutas, verduras e hortaliças, grãos e cereais integrais. A aveia, por exemplo, é fonte de beta-glucana, uma fibra prebiótica muito indicada para melhorar a saúde intestinal. 

3. Consuma alimentos ricos em polifenóis, compostos bioativos presentes em diversas plantas que ajudam a manter a integridade do intestino. Frutas vermelhas e roxas, suco de uva integral, cacau, chá verde, folhas verdes escuras (espinafre), além das ervas e especiarias (como cúrcuma, orégano, alecrim, hortelã) são exemplos de fontes alimentares. 

4. Hidrate-se! Consumir a quantidade adequada de água é importante para manter um trânsito intestinal regular. A hidratação torna-se ainda mais importante quando aumentamos o consumo das fibras 

5. Consuma fontes de probióticos como iogurte natural, queijos, kefir, kombucha.

Em alguns casos podem ser indicadas suplementações para reestabelecer a saúde intestinal. Fibras prebióticas, probióticos, compostos bioativos e outros elementos, como glutamina e ômega 3, poderão fazer parte da prescrição realizada pelo nutricionista após uma completa avaliação nutricional. 

Além do cuidado com a saúde intestinal, alguns nutrientes parecem exercer papel importante ao sistema imune. Conheça uma parte deles a seguir:

– Ômega 3: auxilia no controle da inflamação. Encontramos esse nutriente nos peixes, semente de chia, linhaça e, muitas vezes é preciso recorrer à suplementação.

– Proteína: a ingestão diária insuficiente pode ocasionar em redução da concentração de anticorpos. A quantidade deve ser prescrita individualmente e pessoas veganas ou vegetarianas precisam de acompanhamento para garantir um aporte proteico adequado.

– Vitamina A: auxilia na melhora da resposta dos anticorpos e na manutenção da integridade intestinal. Fígado, gema do ovo, leite, cenoura, abóbora, manga, mamão são fontes de vitamina A ou de carotenóides, que poderão ser convertidos nessa vitamina.

– Vitamina D: participa da resposta imune e inflamatória. A exposição diária ao sol é a melhor forma de manter níveis adequados desse nutriente, mas dependendo dos níveis sanguíneos apresentados pelo indivíduo, é necessário suplementar.

– Vitamina C: além da função antioxidante, está presente em células do sistema imune (como nas células fagocíticas). O consumo adequado reduz o risco de infecções. É encontrada nas frutas cítricas, tomate, brócolis, agrião, rúcula, espinafre.

‌- Vitamina E: também atua como antioxidante, participa da proliferação de linfócitos e protege a membrana celular. Fontes alimentares: óleos e azeite, oleaginosas como amêndoa, avelã, castanha e nozes) e o abacate são excelentes fontes alimentares

‌- Zinco: mineral fundamental no crescimento, desenvolvendo e manjericão da função imunológica, especialmente porque as células do sistema imune utilizam muitas enzimas que precisam do zinco. Presente nas oleaginosas, sementes de abóbora e girassol, leguminosas (feijões, lentilha)

‌ – Selênio: exerce função antioxidante dentro das células, além de participar da produção de imunoglobulinas. Presente na carne bovina, peixes, frango e especialmente na castanha do Pará.

– Cobre: participa da proliferação de células do sistema imune (células T e anticorpos). Cuidado com o excesso de zinco, que compete com o cobre pela absorção, podendo ser uma causa de deficiência desse mineral 

– Ferro: fundamental na proliferação de linfócitos. Cabe destacar que o excesso do mineral também pode ser prejudicial para o sistema imune, uma vez que aumenta o estresse oxidativo e favorece o crescimento de patógenos. Carnes, leguminosas, beterraba, folhas verdes escuras são fontes desse mineral.

Também é importante ressaltar que, para evitar severas restrições alimentares, deve-se priorizar uma alimentação baseada em alimentos in natura e minimamente processados. Além disso, é preciso garantir uma boa hidratação e incluir na rotina fontes alimentares dos nutrientes citados acima. Estes são os cuidados nutricionais envolvidos na manutenção da imunidade. Cabe destacar que a avaliação e a prescrição nutricional individual são sempre o melhor caminho. Procure seu/sua nutricionista!

Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil

Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil

03 de junho

O Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil é 03 de junho e o objetivo dessa data é alertar a população sobre os riscos e cuidados necessários para o combate a esse agravo. No Paraná, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), cerca de 95 mil crianças foram diagnosticadas com sobrepeso ou obesidade na rede pública em 2021. O número de casos de crianças obesas acima de 5 anos cresceu durante o período da pandemia de Covid-19, com um aumento percentual de 53,3% em relação a 2019. 

Dados da SESA/PR – 16,7% dos menores de 5 anos e 41,4% entre 5 e 9 anos apresentaram algum grau de excesso de peso, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade. Entre os adolescentes, 40,9% estavam acima da média ideal e 19,4% eram obesas. 

Também houve, no estado, crescimento de 30% na proporção de crianças pequenas com sobrepeso em comparação às que não apresentam a doença. Adicionalmente, a projeção é de que 22,7% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos viverão com obesidade infantil, enquanto a porcentagem é de 15,7% para crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos.

Em âmbito nacional, pelos dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2021, em pesquisa do Ministério da Saúde, 22% da população brasileira adulta já apresentam algum tipo de obesidade. 

Quando o resultado da medição do Índice de Massa Corporal (IMC) fica entre 25 e 30, considera-se que há sobrepeso — condição que atinge 57% da população adulta no país, segundo a Vigitel. Se o IMC for maior que 30, o caso é categorizado como obesidade. Os números da World Obesity Federation também mostram que a condição pode ser, até 2030, uma realidade para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Para efeito de comparação, cabe lembrar que, em 2010, o número era de aproximadamente a metade.

Os primeiros mil dias e a prevenção da obesidade infantil

A nutricionista e conselheira do CRN-8 Veridiane Guimarães Ribas Sirota (CRN-8 nº 10170) destaca a importância dos primeiros 1000 dias do bebê, pois é quando se inicia a fase de concepção, que se prolonga até os 2 anos de idade. “Esse período contempla uma fase crítica de plasticidade, em que o organismo tem a capacidade de se adaptar de acordo com o ambiente que o rodeia. É quando vão sendo definidas as trajetórias em nível anatômico, fisiológico e bioquímico, que moldarão o curso da vida futura”. 

Apesar de a predisposição genética se caracterizar como um forte preditor da saúde a longo prazo, o estilo de vida adotado desde a gestação pode afetar significativamente a saúde do bebê, se estendendo à idade adulta. “Por exemplo, um bebê de uma família com histórico de obesidade carrega consigo as informações genéticas relacionadas. Se o ambiente promove alimentação inadequada, estilo de vida sedentário, pode programar metabolicamente a ativação desses genes no futuro. Por outro lado, se durante os 1000 dias os hábitos são condizentes, reduz-se a chance desse bebê vir a ser obeso”. 

Veridiane enfatiza que a fase inicial da vida da criança abre uma “janela de oportunidades’. Nela, é possível adotar hábitos e atitudes que terão influência no bom funcionamento orgânico no futuro. 

Aleitamento materno e Introdução Alimentar Correta 

É importante destacar que o primeiro passo é a garantia do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, pois previne comorbidades, melhora o desenvolvimento físico e cognitivo. Antes disso, o bebê não deve receber outros líquidos e alimentos e a introdução alimentar deve iniciar após os 6 meses, acompanhada do leite materno. Segundo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), essa introdução deve contemplar todos os grupos alimentares in natura ou minimamente processado, como frutas em geral, verduras, legumes, carnes, ovos, cereais, tubérculos e leguminosas. 

Para Veridiane, também não é aconselhado o consumo de sucos ou água de coco, antes de 1 ano de idade, e de açúcares de qualquer tipo ou alimentos adoçados, antes de completar 2 anos. É importante, principalmente, evitar alimentos ultraprocessados. “Esses produtos, tais como petit suisse, gelatina, pães tipo bisnaguinha, geleia de mocotó, biscoitos e engrossantes de leite, são ricos em conservantes, gorduras e açúcares”. 

Já no campo dos alimentos com potencial risco de desenvolvimento de alergia, a nutricionista informa que a recomendação atual é que sejam incluídos antes de 1 ano de idade, como ovos, peixe, frutos do mar, soja, amendoim, castanhas e trigo. “Dessa forma, aproveitamos o que chamamos “janela imunológica” e diminuímos a chance de a criança vir a ser alérgica”. 

TÓPICOS 

  • O café não deve fazer parte da alimentação da criança até 4 anos de idade, por diminuir a absorção de ferro no organismo. 
  • Todas as frutas estão liberadas sem nenhuma exceção. Podem fazer parte da rotina desde o primeiro dia de alimentação do bebê. 
  • É importante utilizar óleos ou azeite para preparar a alimentação do bebê, pois possuem estreita relação com desenvolvimento cognitivo. 
  • Chás naturais de ervas, como camomila, hortelã, erva cidreira e erva doce, são permitidos após 6 meses de idade, desde que não substituam a água ou as mamadas. 
  • Segundo o Ministério da Saúde o sal pode ser adicionado desde os 6 meses de idade em pequenas quantidades, evitando os temperos prontos ultraprocessados. 
  • O uso de temperos naturais é permitido durante a introdução alimentar, como cebola, alho, açafrão, ervas em geral (frescas ou desidratadas), urucum e louro. O indicado é evitar pimentas, pois podem sensibilizar o sistema gastrointestinal do bebê, causando refluxo e dores abdominais.

CRN-8 nas IES

CRN-8 nas IES

CRN-8 realiza palestras em Instituições de Ensino Superior do Paraná!

O CRN-8 realizou palestras na Unicesumar, em Londrina, e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba, nos dias 12 e 24 de maio, respectivamente.

Na Unicesumar a nutricionista e conselheira do CRN-8, Tatiana Marin CRN-8 nº 1727 participou de uma mesa redonda realizada durante a Semana Acadêmica da Saúde. O evento teve a participação dos Comitês de Ética dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Nutrição e Odontologia. O papel dos conselhos de classe foi exposto e debatido com os estudantes.

Na PUC-PR foi realizada uma atividade prática relacionada ao Código de Ética Profissional, com a participação da coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch (CRN-8 2038). O objetivo foi discutir identidade, missão, organização e ações do CRN-8.

19/05: Dia Mundial da Doação de Leite Humano

19/05: Dia Mundial da Doação de Leite Humano

Doe leite, doe vida!

Em 19 de maio celebra-se o Dia Mundial da Doação de Leite Humano. Diante disso, é necessário ressaltar a importância do aleitamento materno. O leite humano é uma fonte de nutrientes, suas vantagens passam por questões emocionais, psicológicas, hormonais e de prevenção de doenças da mãe e do bebê.

De acordo com o nutricionista Lucas Rain (CRN-8 11543), da equipe do Banco de Leite do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, o leite humano é o alimento mais indicado para os bebês, porque é completo em todos os aspectos nutricionais. “Destacando seus benefícios, temos um vínculo importante entre a mãe e seu bebê, promoção de saúde a ambos, atuando no desenvolvimento físico, cognitivo e imunológico por conter fatores de proteção, anticorpos, imunomoduladores que auxiliam na maturação do sistema imunológico do bebê”.

Lucas ressalta a maior qualidade do leite humano em relação às fórmulas infantis comercializadas. “Compreende-se que o leite humano, além de ser adequando em calorias, é superior quando comparado com as fórmulas infantis nos aspectos nutricionais, que promovem o desenvolvimento físico e imunológico da criança”.

No leite humano há imunobiológicos que auxiliam o desenvolvimento do sistema imunológico da criança, como imunomoduladores, anticorpos, enzimas, citosinas, nucleotídeos e hormônios. É o alimento ideal para toda criança no início de sua vida. Garante boa nutrição e saúde.

Quem pode doar e como fazer?

As mães que desejam fazer a doação, precisam entrar em contato com o banco de leite ou posto de coleta mais próximo de sua casa. Será realizado uma avaliação para saber se está apta a doar, receberá orientação quanto aos cuidados com a mama (higiene adequada), sobre a pega correta (amamentação), a realização da ordenha e armazenamento do leite. 

Segundo o site da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBHL Brasil), para ser doadora é necessário preencher alguns pré-requisitos, conforme a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171). Além de apresentar excesso de leite, ela deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.

Todas as doadoras recebem orientações de como realizar de forma adequada a ordenha, assim como um kit que contém: touca, máscara, frasco de vidro esterilizado e etiqueta de identificação.

•         É importante que a doadora escolha um local limpo e tranquilo.

•         Realizar previamente a higienização das mãos e antebraços, com água e sabão.

•         Fazer uso dos itens de proteção disponibilizados, com destaque para o uso de touca nos cabelos e máscara cobrindo boca e nariz.

•         A higienização dos seios é realizada apenas com água.

•         Para iniciar a ordenha a mãe deve massagear a mama, o que auxiliará na esgota do leite, começando pela região da aréola (bico do peito) com movimentos circulares em toda a região da mama até a costela.

•         Posicionar o dedo indicador e polegar em formato de ‘C’ próximo a aréola e fazer pressões suaves.

•         É importante desprezar os 2 primeiros jatos de leite.

•         O leite ordenhado deve ser armazenado em frasco de vidro estéril e identificar, sendo destinado imediatamente ao freezer.

Lucas explica que todo o leite humano doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade visando garantir a segurança alimentar para os bebês. “Após o leite Humano ser processado e adequado para consumo, é destinado aos recém-nascido internados na UTI-Neo natal, aproximadamente 40% dos recém nascidos recebem Leite humano originado das doações”.

Amamentação Cruzada

Conforme a rBHL Brasil não é recomendável que a mulher com leite excedente amamente a outro bebê diretamente. Essa é uma prática contraindicada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida, traz vários riscos ao bebê, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, como HIV/Aids.

Para verificar os Bancos de Leite Humano no Paraná clique aqui.

Dia Mundial da Hipertensão 2022

Dia Mundial da Hipertensão 2022

A Hipertensão Arterial (HA) é responsável por mais de 50% das Doenças Cardiovasculares (DCV). Com o objetivo de reduzir o índice das DCV, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) criou a Iniciativa HEARTS nas Américas, que vem sendo implementada em quase 1.400 unidades de saúde de 22 países, em toda a região.

De acordo com o Ministério da Saúde, o distúrbio afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo, com mais de 30 milhões de pessoas no Brasil. Segundo dados da OPAS, em 2021, mais de um quarto das mulheres adultas, e quatro em cada dez homens adultos, têm hipertensão no Continente Americano. Assim, deduz que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento e o controle, têm sido ineficazes. Poucos países apresentam uma taxa de controle da hipertensão populacional superior a 50%.

A nutricionista Karin Flemming de Farias (CRN-8 3337) explica que a hipertensão arterial sistêmica – a popular “pressão alta” – é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demência. “Para a prevenção, tratamento e controle de doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica, é necessário um estilo de vida saudável. Deve-se ter uma alimentação equilibrada, com a prática regular de atividade física, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar”.

Plano Alimentar é com nutricionista!

É fundamental, segundo a nutricionista, seguir um plano alimentar saudável e sustentável, baseado em “comida de verdade”, que priorize a ingestão de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e oleaginosas. “O consumo de proteína animal e gorduras saturadas e sódio deve ser controlado. Do mesmo modo, a quantidade do sal de cozinha usado nas preparações e, preferencialmente, sugere-se a utilização de temperos naturais. A maioria dos produtos industrializados, por utilizar o sódio como conservante, costuma conter grandes quantidades desse ingrediente na sua composição”.

Karin também alerta que se deve evitar o consumo de açúcar, gorduras hidrogenadas, produtos refinados e ultraprocessados (industrializados). “O sobrepeso e a obesidade, são fatores de risco, pois o acúmulo de gordura no organismo favorece o depósito de células gordurosas nas artérias, levando ao estreitamento dos vasos e possível aumento da pressão no interior do vaso sanguíneo”. Ela ressalta que essas substâncias, além de não colaborar na prevenção da HA, podem causar diversas outras perturbações no organismo.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão (2017), referencia os valores da pressão arterial em:

Valor ótimo de pressão arterial: 120 x 80 mmHg

Valor normal de pressão arterial: <130/85 mmHg

Valor ideal de pressão arterial para pessoas com risco de diabetes e doença renal: <130 x 80 mmHg

Nutricionista, acesse os documentos na íntegra nos links abaixo:

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Estatística Cardiovascular Brasil

Palestra CRN-8/SEBRAE-SP – empreendedorismo em nutrição

O CRN-8, em parceria com o SEBRAE-SP, oferece três palestras para os empreendedores no segmento de nutrição e alimentação, no mês de junho. Podem participar nutricionistas, técnicos em nutrição e dietética e formandos na área.
Acesse os links abaixo e inscreva-se. Não há limites de inscrições, pode se inscrever em uma, duas ou até nas três opções de palestras.

Importante: É necessário fazer uma inscrição por palestra, separadamente. O certificado só será enviado aos nutricionistas , técnicos em nutrição e dietética e estudantes que estiverem devidamente inscritos na palestra.

É necessário no mínimo 100 inscritos para abrir cada turma. Compartilhe e chame seus colegas.

07/06: Inteligência emocional
08/06: Comece Certo nas Redes Sociais
09/06: Transforme Seguidores em Compradores

Contratação de Nutricionista gera mais benefícios que custos

Contratação de Nutricionista gera mais benefícios que custos

A contratação de nutricionistas gera benefícios ou custos? Para esclarecer esse tema, o Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região (CRN-8) conversou com a nutricionista e conselheira Pietra Oselame da Silva Dohms (CRN-8 5204), também formada em Administração e Mestre em Alimentação e Nutrição na linha de pesquisa “Qualidade de Alimentos”. Com ampla experiência, atuou como assistente de gastronomia em hotéis e em navios de cruzeiro, gerente de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) institucional e em restaurantes comerciais.

A gestão da qualidade e segurança alimentar, além da participação na gestão de custos de produção, é função primordial no dia a dia do nutricionista. Pietra afirma que contar com esse profissional é um diferencial para a empresa ou instituição e traz diversos benefícios. “Reduzimos custos e desperdícios ao planejar um cardápio adequado nutricionalmente, implantando e otimizando processos na produção e treinando e capacitando equipes em técnicas de preparo. Ao adquirir a matéria-prima, o nutricionista busca a melhor cotação com os fornecedores e garante segurança e qualidade no recebimento e armazenamento”.

Os benefícios não são somente econômicos, vão muito além. Incluem a melhoria da qualidade do serviço e do produto. Pietra acredita que o principal é garantir a qualidade e segurança alimentar. “Os estabelecimentos que têm nutricionistas em seu quadro de colaboradores transmitem maior confiança, trabalhando com base na legislação vigente, minimizando riscos e garantindo soluções de qualidade”.

Como contratar um nutricionista?

Há formas de viabilizar e facilitar essa contratação. O proprietário do estabelecimento pode fazer isso por meio de empresas da área de Recursos Humanos. “Essa forma agiliza bastante o processo. Outra opção é utilizar redes sociais para divulgar existência da vaga ou vagas, definindo pré-requisitos, ou mesmo por indicação de amigos, colegas ou grupos de aplicativos”.

Quais os conhecimentos necessários para trabalhar em UAN?

Um grande desafio é integrar e organizar a equipe, principalmente devido à alta rotatividade, por isso é importante que o nutricionista se capacite para isso. Pietra sugere procurar inicialmente um curso de elaboração de Boas Práticas de Manipulação. “Todo nutricionista que atua em UAN precisa ter esse conhecimento. Na sequência, sugiro fazer cursos de gestão de UAN, elaboração de cardápios e fichas técnicas, além de algo voltado para Recursos Humanos”. 

Boa gestão reduz rotatividade na equipe

Em sua experiência profissional ela trabalhou 7 anos em um restaurante comercial e conta que a contratação de pessoal para formar a equipe é uma tarefa que apresenta dificuldades. “Encontrar pessoas capacitadas e comprometidas para trabalhar em finais de semana e feriados não é nada fácil. De certa forma, o turnover é comum em UAN. Acredito que existem algumas estratégias para reduzir a rotatividade, como focar no bem-estar dos funcionários, melhorar os benefícios, desenvolver um plano de carreira e implantar um PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados)”. 

O nutricionista é capaz de planejar ações para a redução de custos e melhoria de todo o processo, desde a aquisição até o produto final. Garantindo assim a segurança alimentar nutricional para a população e também a sustentabilidade da própria empresa. 

Com nutricionista eu confio!

5 de Maio – Dia Mundial da Higienização das Mãos

5 de Maio – Dia Mundial da Higienização das Mãos

Nutricionista é o profissional habilitado para instaurar, implementar e implantar o controle de qualidade na higienização dos responsáveis na manipulação de alimentos

Presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro

Você sabe porque deve lavar as mãos?

A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como o jeito mais simples de prevenir algumas doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), lavar as mãos diminui em 40% o risco de contrair enfermidades como gripe, diarreia, infecção no estômago, conjuntivite e dor de garganta. Tornar isso um hábito é tão importante que a OMS estabeleceu o dia 05 de maio como data para conscientização da prática em todo o mundo. Cuidar da higienização das mãos no momento da alimentação é imprescindível. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no Brasil, anualmente, é registrada uma média de 13 mil doentes por doenças transmitidas por contaminação via alimentos.

Doenças que podem ser causadas pela má higienização

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Nutricionista da 8ª Região, Cilene da Silva Gomes Ribeiro (CRN-8 418), muitas pessoas banalizam a importância da higienização correta das mãos, mas trata-se de um procedimento fundamental para que microrganismos sejam eliminados ou reduzidos em níveis seguros. Segundo ela, as mãos devem ser higienizadas diversas vezes durante o preparo e distribuição de alimentos, seja pelo manipulador de alimentos, seja pelo consumidor. “Antes de iniciar o trabalho de manipular o alimento, ao trocar de atividade e quando estiver manipulando produtos diferentes ou em preparos diferentes, como um alimento cru e outro cozido. É importante, também, antes de colocar e após retirar luvas descartáveis, após manusear dinheiro, imediatamente depois de usar o sanitário, tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz, comer ou fumar. Esses cuidados são necessários porque os microrganismos podem sobreviver em objetos como corrimões, barras de apoio dos ônibus e outras superfícies”.

Presença do nutricionista nos ambientes de manipulação de alimentos

A presidente ressalta a importância da presença de um nutricionista nos estabelecimentos que produzem e distribuem alimentos, pois isso garante a qualidade dos alimentos ofertados, bem como diminui a chance de ocorrer a oferta de comida contaminada aos clientes. “O manipulador, se não for corretamente treinado, pode transmitir inúmeros microrganismos, entre bactérias e vírus, que podem causar diversas patologias, como as citadas pela OMS. O nutricionista é o profissional habilitado para instaurar, implementar e implantar o controle de qualidade na higienização dos responsáveis na manipulação de alimentos”.

Para higienizar corretamente as mãos, siga os seguintes passos:

•             Umedeça mãos e antebraços

•             Use sabonete líquido bactericida

•             lave: 

–        as palmas;

–        os dorsos e antebraços;

–        os espaços entre os dedos;

–        os polegares, unhas e pontas dos dedos;

–        as articulações e punhos.

•             Enxágue as mãos e antebraços.

•             Seque com papel toalha não reciclado.

•             Aplique álcool gel desinfetante nas mãos.

•             Deixe o álcool secar naturalmente.