O PAPEL DA NUTRIÇÃO NO ATENDIMENTO A PESSOAS COM HIV

O papel da nutrição no atendimento a pessoas com HIV

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro, representa uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global. Em 2022, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), aproximadamente 130 mil pessoas adquiriram o vírus e 33 mil perderam a vida por causas relacionadas à AIDS.

No Brasil, mais de um milhão de pessoas vivem com HIV, segundo o Ministério da Saúde. Somente em 2022 houve o registro de mais de 16,7 mil casos da infecção.

Confira abaixo uma entrevista com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli, sobre o papel que o nutricionista exerce na dieta das pessoas com HIV.

Como o nutricionista pode ajudar na dieta de uma pessoa com HIV?

O papel do nutricionista é muito importante, pois podemos elaborar planos alimentares personalizados para atender as necessidades específicas da pessoa e aborda a avaliação nutricional, a manutenção do peso e fortalecimento do sistema imunológico, com recomendações de alimentos ricos em antioxidantes e outros compostos bioativos e nutrientes que ajudem nesse processo. Além da educação alimentar e nutricional a fim de informar sobre os cuidados das práticas seguras na manipulação de alimentos.

Lembrando que essa abordagem é sempre individualizada, considerando os estágios de infecção, os medicamentos utilizados e outros fatores individuais.

Uma das principais preocupações do nutricionista é elaborar uma dieta que vise aumentar a imunidade e suprir as deficiências da pessoa?

Sim, o fortalecimento do sistema imunológico, assim como a suplementação de nutrientes são muito importantes. Para isso, o plano alimentar deve contemplar alimentos ricos em nutrientes antioxidantes, como frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e proteínas. Preservar o estado nutricional dentro do adequado também mantém o sistema imune competente.

Deficiências nutricionais de micronutrientes são comuns nesses casos, como falta de zinco, de selênio, vitamina B12 e vitamina D e deve-se suprir essas deficiências com alimentos fontes de cada um desses nutrientes. Uma dieta equilibrada e personalizada que atenda às necessidades individuais e que promova a saúde geral é essencial para ajudar no enfrentamento dos desafios específicos associados ao HIV e ao tratamento antirretroviral.

Há alimentos que devem ser evitados?

Devem ser evitados alimentos que podem estar contaminados com bactérias ou fungos, como alimentos crus, mal cozidos, frutos do mar crus, ovos crus, carne crua ou mal passada. Também alimentos ultraprocessados que são ricos em açúcares e gorduras saturadas, pois podem contribuir para inflamação. Substâncias como álcool e tabaco também devem ser evitadas, pois podem ter efeitos negativos no sistema imunológico.

Poderia comentar sobre a importância de um nutricionista fazer parte da equipe multiprofissional para cuidar das pessoas com Aids?

É muito importante, pois a gestão dos efeitos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida só pode ser eficiente se a equipe trabalhar em sintonia. Os efeitos colaterais das medicações, os efeitos da supressão do sistema imunológico, a perda de peso com risco grave de desnutrição e, com isso, o aparecimento de deficiências nutricionais pode agravar muito o quadro geral do paciente. Assim, o nutricionista consegue desenvolver um plano alimentar individualizado com base na troca de informações entre os profissionais da equipe multiprofissional, contribuindo para um cuidado abrangente e eficaz.

EM AUDIÊNCIA, CRN-8 DEFENDE COZINHAS SOLIDÁRIAS PARA COMBATE À FOME

EM AUDIÊNCIA, CRN-8 DEFENDE COZINHAS SOLIDÁRIAS PARA COMBATE À FOME

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) defendeu, durante audiência pública realizada na quarta-feira (22) na Assembleia Legislativa do Paraná, a implantação de políticas públicas para combater a fome e a desnutrição no Paraná. A audiência foi proposta pelo deputado estadual Requião Filho. Um dos mecanismos são as Cozinhas Solidárias, medida considerada essencial para o combate à insegurança alimentar em todo o país.

A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, lembrou que a missão do Conselho é “defender o direito humano à alimentação saudável, contribuindo para a promoção da saúde da população”. “É preciso atuar em união e comprometimento para defender o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável e pela busca incessante da Segurança Alimentar e Nutricional”, ressaltou.

Carolina destacou que é necessário existir por parte do poder pública a garantia de recurso financeiros para a organização, implementação e manutenção da proposta e do funcionamento. Além disso, ela ressaltou a importância da lei federal 14.628, de 20 julho de 2023, que instituiu o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Cozinha Solidária.  “É imprescindível que tenhamos nutricionistas nas Cozinhas Solidárias para auxiliar no planejamento, na organização, evitando o desperdício de alimentos e promovendo ações de educação alimentar e nutricional”, avaliou.

Segundo ela, oportunizar acesso a alimentos seguros e saudáveis é fundamental. “Criar e ampliar ações e ferramentas para que a população em vulnerabilidade passe a ter acesso à alimentação em quantidade, qualidade, respeitando a cultura alimentar, é emergencial. A ampliação das hortas urbanas, comunitárias e cozinhas solidárias são algumas das possibilidades”, enfatizou durante a audiência.

Diante deste contexto, a Cozinha Solidária, neste contexto, torna-se uma iniciativa importante e necessário em todo Paraná. “A iniciativa objetiva fornecer alimentação para pessoas em situação de vulnerabilidade social e diminuir a situação de insegurança alimentar e nutricional no Estado. Para isso, se faz necessário planejar a Instalação de cozinhas solidárias em localidades em que a população mais vulnerável tenha acesso”, afirmou.

O EVENTO

O evento reuniu representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério Público, do Conselho Regional de Nutrição, do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional, do Fórum Estadual de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, além de representantes de cozinhas solidárias e integrantes de movimentos sociais. Segundo dados de uma pesquisa divulgada pela FGV Social, a insegurança alimentar no Brasil atingiu 36% da população em 2021. A situação é ainda mais grave entre os 20% mais pobres, onde a insegurança alimentar saltou de 53% para 75%.

Participaram da audiência superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-PR), Walmor Bordin; Ana Carolina de Almeida, do Eixo de Direito Humano à Alimentação Adequada do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o promotor de Justiça do MP-PR, André Luis Araújo; a representante do Fórum Estadual de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Fessan-PR), Elza Campos; e a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), Márcia Stolarski.

De acordo com os participantes, as cozinhas solidárias têm um papel fundamental no combate à pobreza alimentar, proporcionando acesso a alimentos de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Geridas pela sociedade civil, as cozinhas solidárias ganharam destaque durante a pandemia da covid-19, fornecendo alimentos gratuitos durante o cenário de crise socioeconômica.

Participações populares

A líder comunitária da Vila Sambaqui, do Sítio Cercado, Dona Meire, trouxe o exemplo do trabalho voluntário que realiza em Curitiba, e emocionou o público. Além dela, integrantes do MTST e Batuque Formiga, e a nutricionista do programa Mesa Brasil, do SESC também falaram da experiência com os projetos que participam.

CRN-8 participa do Cosems Sul, Sudeste e Centro-Oeste 2023

CRN-8 participa do Cosems Sul, Sudeste e Centro-Oeste 2023

Mais de 3 mil gestores de saúde participaram do Congresso Sul, Sudeste e Centro-Oeste de Secretarias Municipais de Saúde, realizado em Florianópolis (SC) entre os dias 16 e 18 de novembro.  O evento, que reuniu gestoras e gestores municipais de saúde, teve como objetivo fomentar discussões a nível técnico e político com o intuito de renovar as ações de fortalecimento do SUS e a melhoria na resolução das demandas da saúde da população.

Foram realizadas palestras, minicursos, mesas redondas, oficinas e o II Simpósio dos Consórcios Intermunicipais de Saúde. O objetivo do evento é fomentar discursões a nível técnico e político sobre assuntos de grande relevância para a saúde da sociedade, além de compartilhar experiências de gestão, promover a capacitação dos profissionais e renovar as ações que promovam o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) participou do evento por meio da conselheira Veridiane Sirota e da coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch, que representaram os mais de 10 mil profissionais que atuam no estado.

Estiveram presentes na abertura do evento o Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, o coordenador do Sistema de Saúde da OPAS/OMS (Organização Pan Americana em Saúde), Júlio Pedrosa, do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad Hamida, além de outros presidentes de Cosems dos outros estados e prefeitos municipais.

DIABETES: NUTRICIONISTAS EXERCEM PAPEL CENTRAL NO TRATAMENTO

DIABETES: NUTRICIONISTAS EXERCEM PAPEL CENTRAL NO TRATAMENTO

O nutricionista exerce uma função central nos cuidados e na prevenção da diabetes.  O dia 14 de novembro é marcado como o Dia Mundial do Diabetes e foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para conscientizar o mundo sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população. Segundo o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington estima-se que cerca de 529 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença.

Para viver bem com diabetes é necessário manter um bom controle glicêmico, pois isso diminui o risco de complicações. Somado a isso, as escolhas alimentares afetam diretamente o equilíbrio de energia, peso corporal, pressão arterial e níveis de gordura e açúcar no sangue. Atuar nestes fatores é uma maneira de evitar ou retardar o desenvolvimento de complicações associadas à doença.

“Por isso, a abordagem nutricional individualizada requer mudanças no estilo de vida. Esse cenário justifica a recomendação do nutricionista como profissional habilitado para implementar intervenções e educação nutricional para indivíduos com diabetes. A orientação nutricional tem como alicerce uma alimentação variada e equilibrada. Além disso, o foco é atender às necessidades nutricionais em todas as fases da vida”, ressalta Deise Regina Baptista, nutricionista e colaboradora do Conselho Federal de Nutricionistas.

A conduta nutricional direcionada deve ser definida com base em avaliação e diagnóstico nutricional de cada paciente para, com isso, ser planejada uma programação das intervenções nutricionais. “Acompanhamento e avaliações contínuas apoiam mudanças de estilo de vida em longo prazo, bem como possibilitam analisar resultados e modificar intervenções, quando necessário”, saliente Deise.

A prescrição de dietas, indicando os alimentos a serem consumidos por refeição e suas quantidades, é uma atribuição exclusiva dos nutricionistas e é planejada a partir do contexto e da rotina de cada paciente.  “Hábitos como manter a dieta equilibrada, vida ativa e controle constante da glicemia podem garantir bem-estar aos pacientes e prevenção de complicações agudas ou crônicas da diabetes”, afirma Deise.

A doença

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua falta provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente, que podem causar diversas complicações de saúde, como doenças que afetam o sistema cardiovascular, os rins e os olhos.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o diabetes gestacional (DMG). Estima-se, segundo a Federação Internacional de Diabetes, que 90% dos casos de diabetes no mundo são do tipo 2, que resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. “Está frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento. O consumo em excesso de calorias, associado ao sedentarismo, é a combinação perfeita para o ganho de peso. O sobrepeso, por sua vez, é um dos principais fatores de risco do diabetes tipo 2”, explica Deise.

Já a do tipo 1 é causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. “Já a diabetes gestacional é uma condição metabólica exclusiva da gestação e que se deve ao aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais, gerando hiperglicemia”, explica a nutricionista.

Deise afirma ainda que se deve tomar cuidados aos casos   de pré-diabetes. “Pré-diabetes não é propriamente um diagnóstico, mas um estado de risco aumentado para o aparecimento de diabetes tipo 2. Pessoas com níveis elevados de glicose no sangue, obesidade e forte história familiar de diabetes, podem ser consideradas de risco”, salienta.

CRN-8 apresenta e-book a profissionais da rede privada de ensino

CRN-8 apresenta e-book a profissionais da rede privada de ensino

O Conselho de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) apresentou aos profissionais da área o e-book “Manual orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino”. O evento ocorreu na última sexta-feira (10). O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site do CRN-8 .

“Essa atividade teve o objetivo de apresentar o trabalho desenvolvido pelo Conselho, bem como promover um debate sobre a atuação dos nutricionistas nas redes privadas de ensino”, comenta a coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch.

Para a nutricionista Sarina Giongo Antoniassi, o e-book é muito importante para “atualização dos profissionais e para o entendimento das obrigações do nutricionista escolar”. “É fundamental a presença de nutricionistas nas escolas devido a todo papel que eles têm a desempenhar como a educação nutricional, análise da saúde dos estudos, elaboração de cardápio conforme as necessidades nutricionais, entre outras atividades. Assim, o e-book vem para servir como base para o cumprimento da legislação”, ressalta.

Já Ana Paula Remer, também nutricionista, salienta que o e-book vem cumprir uma lacuna voltada ao papel dos nutricionistas na rede privada de ensino. “O e-book tem todo o passo, tem a legislação mastigada e está tudo facilitado e explicado sobre o papel do profissional nas escolas privadas”, complementa.

O e-book possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

O lançamento oficial do livro tinha sido realizado 10/10 na sede da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.

CRN-8 INSTITUI GRUPO DE TRABALHO PARA ATENDER AS DEMANDAS DOS TNDs NO PR

CRN-8 institui Grupo de Trabalho para atender as demandas dos TNDs no estado

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) instituiu um Grupo de Trabalho com o objetivo de atender identificar e atender as demandas dos Técnicos em Nutrição e Dietética (TNDs) do estado do Paraná. A ideia de criação deste grupo foi discutida durante o evento realizado em 27 de junho, no qual foi celebrado o Dia do TND. O grupo é composto pelos técnicos Rafael Marçal, Thaynná Tedesco e Ana Carolina Freitas, além da nutricionista Gerusa Martins Ayres, da conselheira do CRN-8 Kelly Franco e da presidente do Conselho, Cilene da Silva Gomes Ribeiro.

O grupo foi criado com o intuito de identificar as demandas, promover ações, disseminar a importância destes profissionais no mercado de trabalho e na sociedade, e mostrar quais são as atribuições do Técnico em Nutrição e Dietética e a importância deste profissional diante da sociedade. O técnico em nutrição Rafael Marçal classificou o grupo como importante para a colaboração da profissão. “O grupo promove a colaboração e o aperfeiçoamento de práticas relacionadas aos técnicos de nutrição dando voz e visibilidade aos profissionais, seja no contexto de instituições de saúde, educação ou regulamentação profissional”, afirma o profissional.

Já a técnica Ana Carolina Freitas, que compõe o grupo, aponta a importação da iniciativa visando o relacionamento dos profissionais com o Conselho. “Podemos desenvolver ações junto ao CRN e ao CFN, com escolas técnicas, empresas e entidades governamentais voltadas para o TND, fomentando capacitação profissional, além de visibilizar a atividade profissional”, ressalta.

A técnica em nutrição e dietética Thaynná Tedesco também comenta sobre a importância de participar desse grupo. “Acredito que consigo trazer uma maior relevância para a categoria através de ideias e projetos, além de me aproximar desses profissionais afim de orientá-los e acompanhar as suas dores no mercado de trabalho, com o intuito de cumprir com um dos pilares do CRN que é orientar o exercício da profissão”, afirma.

A IMPORTÂNCIA DO TND

O Técnico em Nutrição e Dietética trabalha em estreita colaboração com os nutricionistas, desempenhando um papel essencial na busca por alimentos seguros, em quantidade e qualidade nutricional adequadas – além de serem profissionais fundamentais na prática do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, que é um direito fundamental de todos os indivíduos. Ao assegurar que as refeições atendam aos requisitos nutricionais e de segurança alimentar, esses profissionais contribuem para a saúde geral da sociedade.

“Os Técnicos em Nutrição e Dietética também desempenham um papel crucial em ambientes como hospitais, escolas, restaurantes e empresas, onde sua expertise é vital para garantir que a comida servida seja segura, nutricionalmente equilibrada e atenda às necessidades específicas dos diferentes grupos de pessoas”, explica a técnica Thaynná Tedesco.

Além disso, como ressalta Ana Carolina Freitas, “o profissional auxilia o nutricionista nas diversas atividades de alimentação e nutrição, tornando-se assim fundamental para a divulgação de práticas de alimentação saudável, promovendo saúde e bem-estar para a população”.

O Técnico Rafael Marçal reforça que o profissional tem a missão de assegurar que a nutrição seja praticada com padrões elevados de qualidade e segurança. “Isso tem um impacto direto na saúde e bem-estar das pessoas, garantindo que recebam orientações e serviços nutricionais confiáveis. Além disso, o TND pode contribuir para o avanço da pesquisa e educação na área, melhorando o conhecimento e a conscientização sobre alimentação saudável e nutrição em geral”, salienta o profissional.

CRN-8 REALIZA CONCURSO PÚBLICO

CRN-8 REALIZA CONCURSO PÚBLICO

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) está realizando concurso público para formação de cadastro de reserva para cargos de níveis médio, técnico e superior.  As inscrições seguem até o dia 06/12/2023. O concurso será executado pelo Instituto Quadrix.

O concurso público compreenderá a aplicação das seguintes fases: a) prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos; b) prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos; c) avaliação de títulos, de caráter classificatório, para os cargos de nível superior.

As fases do concurso público serão realizadas nas cidades de Curitiba e Londrina. Os candidatos aprovados serão submetidos ao regime de trabalho da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para o cargo de Nutricionista Fiscal Júnior os candidatos aprovados serão submetidos ao regime de dedicação exclusiva de trabalho.

As vagas ofertadas para o nível médio: são assistente administrativo júnior (lotação em Londrina); assistente administrativo júnior (lotação em Curitiba); e recepcionista júnior. O cadastro de reserva para cada um dos três cargos totaliza 25 vagas, sendo 18 para ampla concorrência, cinco para cotas raciais e dois para cota para candidatos com deficiência.

Os cargos de nível técnico estabelecidos em edital são assistente de tecnologia da informação júnior e assistente financeiro júnior. O cadastro de reserva para cada um dos dois cargos também totaliza 25 vagas, sendo 18 para ampla concorrência, cinco para cotas raciais e dois para cota para candidatos com deficiência.

Já para os cargos de nível superior serão ofertadas vagas para analista administrativo júnior, nutricionista fiscal júnior (lotação em Londrina), nutricionistas fiscal júnior (lotação em Curitiba) e secretário executivo júnior. O cadastro de reserva para cada um dos dois cargos soma 25 vagas, sendo 18 para ampla concorrência, cinco para cotas raciais e dois para cota para candidatos com deficiência.

A divulgação dos locais e horários das provas objetiva discursiva será realizada em 16/01/2024. A aplicação das provas para todos os cargos será no turno da tarde do dia 21/01/2024. Em 12/03/2024 está prevista a divulgação do padrão definitivo de resposta da prova discursiva e do resultado preliminar.

Já a divulgação das respostas de recursos e do resultado definitivo da prova discursiva será em 22/03/2024. A divulgação da convocação para envio de documentos para a avaliação de títulos irá ocorrer em 25/03/2024.

A divulgação das respostas de recursos e do resultado definitivo da avaliação de títulos deve ser realizada em 10/04/2024.

O edital completo pode ser conferido neste link

O cronograma completo está neste endereço.

Dia Nacional da Alimentação nas Escolas: os bons hábitos aprendidos na infância refletem na vida adulta

Dia Nacional da Alimentação nas Escolas: os bons hábitos aprendidos na infância refletem na vida adulta

            No dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas. A celebração da data reforça a importância da introdução de bons hábitos alimentares desde os primeiros anos de vida das crianças. Um dos profissionais que atua diretamente nesta missão é o nutricionista.

            O nutricionista é o profissional habilitado para ofertar uma alimentação saudável e segura. Dentre as atribuições do nutricionista, destacam-se: avaliação, diagnóstico e monitoramento nutricional dos alunos, a realização de teste de aceitabilidade das preparações e a elaboração de cardápio, de acordo com as necessidades nutricionais e hábitos alimentares, levando em consideração a cultura e características da população em questão.

            Além disso, o nutricionista é fundamental no acompanhamento da manipulação dos alimentos que serão oferecidos às crianças, bem como na avaliação das instalações onde são preparados e suas condições sanitárias.

Foto Sérgio Amaral/MDS

            “O ambiente escolar é um ambiente de aprendizado e o nutricionista é o único profissional habilitado e competente para ensinar educação alimentar e nutricional. Os bons hábitos formados na infância vão refletir na fase adulta, na qual esse adulto terá mais chances de não desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, obesidade e demais doenças decorrentes da má alimentação”, ressalta a coordenadora técnica do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Carolina Dratch Bulgacov.

            E-Book Gratuito

            O CRN lançou recentemente o e-book “Manual orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino”. O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site do CRN-8. “O objetivo do material é levar informações e conteúdo de forma prática e objetiva aos nutricionistas que atuam na rede privada de ensino”, destaca Carolina.

O e-book possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

Dessa forma, o primeiro capítulo aborda a avaliação, diagnóstico e monitoramento nutricional dos estudantes e o segundo trata da identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição. A obra ainda aborda a elaboração de cardápios de acordo com as necessidades nutricionais e das informações nutricionais; a identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição; e a elaboração e implantação do manual de boas práticas e dos procedimentos operacionais padronizados.

O sexto capítulo, por exemplo, trata da educação alimentar e nutricional. O e-book também aborda a importância das fichas técnicas das preparações; a implantação e supervisão das atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições e/ou preparações; e teste de aceitabilidade.

            PNAE

O CRN-8 também destaca o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem, entre suas diretrizes, a distribuição gratuita de alimentação adequada e saudável aos seus beneficiários e a inclusão da Educação Alimentar e Nutricional de forma transversal nos currículos escolares, com vistas a garantir práticas pedagógicas contínuas que estimulem escolhas alimentares saudáveis entre os estudantes da educação básica. Para acessar o PNAE é importante observar que o cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos alimentares locais e culturais e atendendo necessidades nutricionais específicas.

Nutricionistas são fundamentais para identificar seletividade alimentar de pacientes autistas

Nutricionistas são fundamentais para identificar seletividade alimentar de pacientes autistas

Os nutricionistas são fundamentais para identificar o grau de seletividade alimentar do indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de orientar para uma dieta adequada e auxiliar a introduzir novos alimentos. Dentre as características de quem tem TEA, está a repetição de padrões e de ter interesses muito específicos. Esse comportamento pode estar presente durante as refeições, gerando o que se chama de “seletividade alimentar”.

Essa realidade pode levar a pessoa autista apresentar sérias deficiências nutricionais. “Em virtude dessa seletividade alimentar, há a necessidade de um acompanhamento contínuo com o nutricionista e outros terapeutas porque, às vezes, a pessoa também pode ter problemas de mastigação e de deglutição”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro. Além disso, quem possui TEA pode apresentar alergias a alguns alimentos o que pode intensificar seletividade alimentar.

“Por isso, é importante um acompanhamento nutricional, tanto para fazer orientações para as famílias quanto para identificar qual é o tipo e grau dessa seletividade alimentar. A partir disso, é possível fazer uma dieta mais equilibrada, além de uma integração progressiva de outros alimentos”, ressalta a presidente.

O tratamento do autismo requer uma equipe multidisciplinar e o nutricionista é fundamental no acompanhamento. Em parceria com outros profissionais, como fonoaudiólogo, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, o nutricionista é essencial para que a pessoa diagnosticada com TEA possa desenvolver de melhor maneira os seus potenciais. “O nutricionista é um profissional essencial desde a infância, pois ele é apto a realizar o acompanhamento clínico e a terapia alimentar dessas pessoas”, ressalta Cilene.

Foto de Freepik

Outra alerta trata-se dos alimentos que o indivíduo diagnosticado com TEA tende a consumir e que podem estar associados a essa dificuldade alimentar. “Algumas pessoas inseridas no espectro autista podem apresentar dificuldades sensoriais que impactam diretamente na alimentação, como a preferência por dietas monocromáticas e com texturas similares. O nutricionista pode ajudar o indivíduo diagnosticado  com o espectro autista a ter uma alimentação de maior qualidade mesmo com as suas seletividades e evitar alimentos ultraprocessados que são causadores de diversas doenças, como obesidade, hipertensão e diabetes”, salienta a presidente do CRN-8.

Código Estadual

Está sendo elaborado o Código Estadual do Transtorno do Espectro Autista que está aberto para receber sugestões por meio do cepteaparana@gmail.com ou por meio do link https://www.assembleia.pr.leg.br/legislacao/codigos.

OBESIDADE ATINGE CERCA DE 59% DA POPULAÇÃO DO PARANÁ

OBESIDADE ATINGE CERCA DE 59% DA POPULAÇÃO DO PARANÁ

O índice da população do Paraná diagnosticada com algum grau de obesidade, entre crianças, adolescentes e adultos, chegou a 59% em 2023. Este dado representa um salto perto de 18% comparado com 2013, quando o percentual era de 40,77%. Os levantamentos são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde.  

O dia 11 de outubro é instituído pela lei 11.721 de 2008 como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de prevenir e conscientizar sobre a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são obesas, sendo 650 milhões adultos, 340 milhões e 39 milhões de crianças. No Paraná, os dados levantados pelo Sisvan até agosto deste ano registraram que a parcela da população mais atingida pela doença são os adultos, com 36% dessa parcela da população sendo acometidos pelos graus 1 ou 2 ou 3 de obesidade.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro, a obesidade é uma doença multifatorial. “A obesidade é uma condição complexa, com causas diversas. A má alimentação, em especial o consumo desenfreado de produtos ultraprocessados e ricos em açúcares, gordura e sódio desempenha um papel significativo nesse cenário. A acessibilidade e o baixo custo desses itens, resultado da produção em larga escala, contribuem para o desafio de conter o avanço da obesidade”, ressalta.

O índice de crianças e adolescentes que se encontram com algum grau de obesidade também é motivo de alerta. Segundo os dados do Sisvan, o número de adolescentes nesta situação praticamente dobrou em 10 anos, passando de 8,4% em 2013 chegando a 16,65% até agosto de 2023. Já em crianças os dados praticamente permaneceram estáveis neste período. Em 2013, o levantamento apontou 6,7% deste público diagnosticados com obesidade e, em 2023, o número é de quase 6%.

Para a presidente do CRN-8, há uma cultura alimentar imposta na sociedade. “Hoje em dia, é comum ver bebês e crianças consumindo refrigerantes em mamadeiras e salgadinhos de pacote e demais lanches não saudáveis. Essa realidade está causando um aumento drástico não apenas na obesidade, mas também em problemas como hipertensão, colesterol alto e diabetes infantil”, afirma Cilene.

Segundo ela, é necessário tomar medidas preventivas, como promover o aleitamento materno como alimento exclusivo dos bebês durante os seis primeiros meses de vida e educar as gestantes sobre a importância da alimentação saudável. Além disso, são necessárias políticas públicas que proíbam escolas e creches de oferecer açúcar e alimentos não saudáveis para crianças de até quatro anos.

“É essencial ainda realizar monitoramentos mais frequentes e regulares para identificar a obesidade precocemente. Embora haja uma ‘linha de cuidado’ para a obesidade no estado do Paraná, infelizmente, ela não é amplamente implementada. Precisamos expandir o atendimento multiprofissional, incluindo mais nutricionistas, aumentar a identificação precoce por meio de treinamentos para agentes comunitários e profissionais da atenção básica em saúde. Isso permite a criação de ações conjuntas para conter essa preocupante doença”, explica Cilene.