CRN-8 inicia novo GT para revisão de manual orientativo para nutrição em escolas particulares

CRN-8 inicia novo GT para revisão de manual orientativo para nutrição em escolas particulares

O principal objetivo é atualizar o manual já existente para alinhá-lo às melhores práticas de atuação do profissional de nutrição em escolas da rede privada


Em março, o Conselho Regional de Nutrição iniciou o novo Grupo de Trabalho para a revisão do Manual Orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino. O objetivo é revisar e atualizar o material, garantindo que esteja alinhado com as diretrizes nutricionais mais recentes e com as melhores práticas para a atuação dos nutricionistas em escolas particulares.

>>>Acesse a Primeira Edição do E-book aqui

O grupo é formado pelas conselheiras Fernanda Manera e Sandy de Fátima Souza, da coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Dratch, e das nutricionistas Joana Wience Gluck e Thatielly Garcia, convidadas devido ao conhecimento e atuação na área.

A nutricionista Thatielly reforça que o material é fundamental para a atuação do nutricionista em ambiente escolar privado. “O trabalho feito pelo CRN-8 vai contribuir para manter o profissional da área sempre atualizado sobre as legislações vigentes, oferecendo a sociedade nossa atuação com a melhor capacitação possível”, explica.

O cronograma de atividades é composto por reuniões periódicas entre os membros do GT. Durante os encontros, serão feitas discussões técnicas sobre os temas abordados no manual. Igualmente, o grupo oferece uma oportunidade de ajustar o conteúdo e garantir que a segunda edição tenha aplicabilidade e efetividades no cotidiano do profissional de nutrição.

Importância da atualização aos profissionais de escolas privadas

A atuação dos nutricionistas em escolas privadas exige constante atualização diante das mudanças legislativas e técnicas da profissão. Desde a publicação do manual pelo CRN-8, em 2023, novas normativas foram implementadas, com destaque para as atualizações sobre Responsabilidade Técnica (RT), essenciais para garantir qualidade e segurança nos serviços prestados.

“Sabemos da importância da alimentação escolar para os estudantes e do papel do nutricionista na rede privada de ensino”, diz Fernanda Manera. “A revisão deste manual vem para somar e auxiliar os profissionais que atuam na alimentação escolar, por meio de atualizações e capacitação técnica, orientando assim as atividades do nutricionista”, finaliza.

Sobre o Manual

Disponível em formato e-book, possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

Curso de Técnico em Nutrição e Dietética é o primeiro a receber o Programa CRN-8 nas IES em 2025

Curso de Técnico em Nutrição e Dietética é o primeiro a receber o Programa CRN-8 nas IES em 2025

Ao todo foram três turmas do Colégio Estadual Julia Wanderley que tiraram dúvidas e conheceram mais sobre a atuação do conselho e do profissional


Na última segunda-feira (24), foi realizada a primeira palestra do Programa CRN-8 nas IES para alunos do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do Colégio Estadual Júlia Wanderley, em Curitiba. Ao todo, três turmas participaram do evento, que teve como objetivo esclarecer a atuação do Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região (CRN-8) e apresentar o amplo leque de possibilidades profissionais para os Técnicos em Nutrição e Dietética.

A palestra foi conduzida pela nutricionista e conselheira do CRN-8, Giovana Regina Ferreira. Durante sua fala, ela explicou dúvidas frequentes dos alunos em relação ao período pós-formatura, incluindo os trâmites para cadastro e inscrição no Conselho. Além disso, contou sobre o papel do Conselho, abordando suas atribuições na fiscalização profissional e sua atuação junto às esferas públicas. Com iniciativas como essa, o CRN-8 reforça sua presença, amplia a visibilidade de suas ações e fomenta uma prática profissional ética, crítica e qualificada.

“Esse momento de aproximação com os alunos é essencial, pois, muitas vezes, representa o primeiro contato deles com o Conselho”, ressalta Giovana. “Aproveitamos essa oportunidade para orientá-los sobre a obtenção do registro profissional, compartilhar detalhes sobre nossa atuação e esclarecer as principais dúvidas que possam ter”, complementa.

Ao final da palestra, os alunos receberam um exemplar impresso do Código de Ética Profissional dos Técnicos em Nutrição e Dietética, documento que detalha as atribuições da categoria conforme a deliberação do Conselho Federal de Nutrição (CFN). “Grande parte das dúvidas dos estudantes gira em torno das áreas em que podem atuar. Por isso, essas palestras, aliadas à entrega do Código de Ética, contribuem para que compreendam melhor seu papel no mercado de trabalho e os motivem a explorar as possibilidades da profissão”, destaca Giovana.

O Técnico em Nutrição e Dietética pode atuar em diversas frentes, como hospitais, clínicas, indústria alimentícia e consultórios de nutrição, sempre auxiliando o trabalho do nutricionista. Suas responsabilidades incluem o acompanhamento nutricional de pacientes, a preparação de refeições, a aplicação de técnicas de higienização e a assistência na elaboração de dietas e cardápios, desde que sob a supervisão de um nutricionista.

“É comum que os alunos do curso técnico acreditem que sua atuação se restringe a lactários ou unidades de alimentação e nutrição. No entanto, há múltiplas possibilidades na carreira, incluindo oportunidades em instituições de saúde, onde podem trabalhar em conjunto com nutricionistas. Além disso, também podem ministrar aulas ou palestras, desde que os temas abordados estejam dentro das atribuições do técnico e não sejam atividades privativas do nutricionista”, explica Giovana.

Atualmente, o CRN-8 possui 228 Técnicos em Nutrição e Dietética devidamente cadastrados no Paraná, demonstrando a crescente relevância desse profissional no cenário da saúde e alimentação.

Instituição da Lei nº 14.924/2024 e a valorização profissional

Desde 12 de julho de 2024, entrou em vigor a Lei nº 14.824/2024, que reconhece o direito de representação dos TNDs. Desta forma, todo o sistema CFN/CRN do Brasil mudou a sua nomenclatura para “Conselho Federal/Regional de Nutrição”, agregando os profissionais em nível de equidade no Conselho.  A alteração está inserida na legislação que regulamentou a profissão de técnico em nutrição e dietética (TND), sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre o CRN-8 nas IES

O Programa CRN-8 nas IES realiza palestra orientativa nas Instituições de Ensino Técnico e Superior em nutrição. Essas palestras têm como foco apresentar as finalidades da entidade, bem como as principais legislações da profissão e os casos éticos mais frequentes. Em média, as palestras têm duração de uma hora.

Para que a instituição de ensino receba a palestra, basta entrar em contato com o Conselho pelo e-mail, que a equipe que trabalha com a formação profissional alinha as datas e horários. Não há custo para as instituições.

Lei Geral de Proteção de Dados e Telenutrição. Quais são os cuidados?

Lei Geral de Proteção de Dados e Telenutrição

A era digital trouxe avanços significativos no atendimento à saúde, mas também impôs a necessidade de adaptações, principalmente no que diz respeito à proteção de dados pessoais. Com o aumento das vídeo-consultas e com a regulamentação da Telenutrição consolidada, a proteção de dados ganha uma importância ainda maior. 

Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em 2018 e em vigor desde 2020, estabelece normas claras para o tratamento de dados pessoais no Brasil. A legislação visa garantir a privacidade, segurança e o controle do indivíduo sobre suas informações, estabelecendo obrigações para profissionais e empresas que lidam com dados sensíveis, como os fornecidos por pacientes em consultas online. A LGPD exige que os dados sejam coletados de maneira transparente, com consentimento explícito, e tratados com segurança, utilizando tecnologias como criptografia e armazenamento em ambientes protegidos.

Para facilitar a compreensão dos profissionais sobre esse tema, Alisson David Silva, vice-presidente do Conselho Regional de Nutrição da 8ª região, enfatiza a importância de entender e aplicar corretamente as normas da LGPD na Telenutrição. “A segurança das informações dos pacientes é essencial, especialmente quando lidamos com dados sensíveis, como histórico de saúde, exames e hábitos alimentares”, ressalta Alisson. 

Para garantir a confidencialidade dos dados, Alisson adota práticas estratégicas durante as vídeo-consultas. Embora solicite as mesmas informações que seriam requeridas em um atendimento presencial, ele faz isso com um foco redobrado na proteção dos dados no ambiente virtual, assegurando que todas as medidas de segurança sejam rigorosamente seguidas. “Escolho plataformas de nutrição com criptografia e que atendem às exigências da LGPD. Além disso, só acessamos os dados em dispositivos protegidos, com antivírus atualizados e senhas fortes”, explica o conselheiro.

Além das medidas de segurança, o nutricionista também toma o cuidado de enviar ao paciente um termo de consentimento detalhado, explicando de forma clara como seus dados serão utilizados. “É fundamental manter a transparência desde o início. Sempre deixo claro que as informações são usadas exclusivamente para o acompanhamento nutricional e estão protegidas por ferramentas confiáveis”, destaca Alisson.

Vale ressaltar que, em relação ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o paciente deverá ser informado a respeito das possibilidades, limitações e fragilidades da Telenutrição. O nutricionista precisa solicitar ciência e acordo do cliente ao conteúdo do TCLE, antes do primeiro atendimento e/ou prestação de serviços em alimentação e nutrição. Um modelo do TCLE foi disponibilizado para os nutricionistas como anexo da Resolução CFN nº 760/2023.

Há, ainda, que considerar que o cuidado com o prontuário eletrônico é outro ponto-chave abordado pelo profissional. A recomendação é registrar todas as informações do paciente de maneira organizada, mantendo um protocolo sólido de proteção de dados na clínica. “Ter um contrato de prestação de serviços também é essencial, pois garante que ambas as partes saibam claramente suas responsabilidades, o que fortalece a confiança no atendimento”, afirma.

Para aqueles que iniciam o atendimento remoto ou buscam aprimorar a segurança no manejo de dados, Alisson compartilha orientações fundamentais. Ele destaca a importância de escolher plataformas seguras e confiáveis para o armazenamento de dados, garantindo que todas as informações sejam tratadas com o máximo de proteção. Além disso, recomenda o uso de dispositivos e e-mails profissionais, separados dos pessoais, para minimizar riscos. A proteção dos dispositivos com senhas fortes e a atualização constante dos sistemas também são essenciais para manter a segurança. 

Ainda, Alisson enfatiza a necessidade de sempre explicar claramente ao paciente como seus dados serão tratados e de obter o consentimento explícito antes de qualquer ação. Por fim, ele sugere que os profissionais se aprofundem no estudo da LGPD, pois isso não só ajuda a evitar problemas legais, mas também garante que os pacientes sejam protegidos de maneira adequada.

O conselheiro também alerta os pacientes sobre a importância de adotar algumas precauções para garantir a segurança no atendimento remoto. “Escolha um ambiente tranquilo e privado para a consulta, use um dispositivo confiável com antivírus atualizado e evite redes Wi-Fi públicas. Além disso, leia atentamente o TCLE e, se tiver dúvidas, pergunte tudo o que precisar.”

Dessa forma, em um mundo cada vez mais digitalizado, a proteção de dados pessoais na Telenutrição se torna um pilar essencial para estabelecer uma relação de confiança entre profissional e paciente. A LGPD desempenha um importante papel nesse processo, garantindo que a segurança e a privacidade sejam priorizadas em todas as interações, assegurando o cumprimento legal, bem como o respeito e a proteção das informações sensíveis dos pacientes.

Para compor seu estudo sobre a LGPD, este link a seguir é o Manual Prático da Telenutrição: https://www.cfn.org.br/manual-telenutricao

Confira dicas para manter a alimentação balanceada no fim de ano

Confira dicas para manter a alimentação balanceada no fim de ano

As festas de fim de ano estão chegando, trazendo com elas as tradicionais reuniões em torno da ceia de Natal e de Ano Novo. Nesse período, é comum relaxar na dieta ou dar uma pausa nas atividades físicas. Para ajudar a manter o equilíbrio sem abrir mão das delícias típicas dessa época, a conselheira do Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região, Ana Paula Garcia, compartilha dicas valiosas para aproveitar as comemorações de forma consciente.

Ela ressalta que as festas de fim de ano não devem ter como foco principal a dieta. “É essencial lembrar que este período não deve ser encarado exclusivamente como um momento de ‘controle’. As festas são marcadas por significados afetivos e simbolismos que vão muito além da alimentação”, afirma. Ela acrescenta que, mesmo para quem segue um plano alimentar ou possui metas dietoterápicas específicas, é possível desfrutar das iguarias da época fazendo escolhas conscientes e equilibradas.

A conselheira compartilha estratégias para uma boa alimentação.

    • Sem compensações: É importante evitar compensações extremas, como restrições severas após um exagero, pois isso pode gerar um ciclo de descontrole. 
    • Planejamentos para o dia: Planeje-se com antecedência e seja estratégico na escolha entre as diversas opções disponíveis na mesa, priorizando aquilo que realmente gosta.
    • Comer antes de comparecer aos eventos: Outra estratégia é não comparecer aos eventos com fome, pois isso aumenta a chance de compulsão alimentar. 
    • Fique atento ao tamanho das porções: Durante as confraternizações, priorize os alimentos que você realmente aprecia, mas sem exageros, prestando atenção às porções.

    É importante reforçar o consumo consciente do álcool durante as comemorações. Para aqueles que não consomem ou desejam substituir, Ana Paula Garcia dá opções. “Aposte nos drinks sem álcool, conhecidos como mocktails. Combine frutas coloridas, ervas aromáticas, especiarias e água com gás para criar opções saborosas, refrescantes e visualmente atraentes”. 

    Para aqueles que praticam atividades físicas, a nutricionista informa sobre as consequências das comidas nas festas. “De forma geral, as festividades — especialmente as alterações na dieta dos atletas — podem ocasionar retenção de líquidos, sensação de cansaço e digestão mais lenta, o que pode afetar temporariamente o desempenho”. A conselheira afirma que é fundamental aproveitar esse momento especial sem culpa e, após as comemorações, retomar a rotina de treinos e uma alimentação equilibrada o quanto antes, para minimizar os impactos e recuperar o ritmo.

    Em um cenário em que a dieta tenha sido comprometida pela falta de controle da alimentação, Ana reforça que o mais importante é retomar o plano alimentar de forma equilibrada na refeição seguinte. “Evite recorrer a restrições alimentares severas ou métodos purgativos como forma de compensação, pois essas práticas podem trazer diversos prejuízos à saúde”. Cultivar a flexibilidade e o equilíbrio é, segundo ela, essencial para manter uma relação saudável com a alimentação.

    Estagiária Manoela Gouvea, sob supervisão

    Reunião estratégica reforça unicidade na fiscalização do Sistema CFN/CRN

    Reunião estratégica reforça unicidade na fiscalização do Sistema CFN/CRN

    Entre os dias 2 e 5 de dezembro, o Conselho Federal de Nutrição (CFN) promoveu uma série de atividades estratégicas voltadas à fiscalização, reunindo representantes do CFN e dos Conselhos Regionais de Nutrição (CRNs). Com a palavra central unicidade, o encontro teve como objetivo alinhar práticas e fortalecer a atuação integrada no Sistema CFN/CRN. A coordenadora do Setor de Fiscalização do CRN-8, Julisse Klemtz Wagner, esteve presente no evento.

    No primeiro momento, foi realizada a reunião de fiscalização, que contou com a participação de fiscais e conselheiros das Comissões de Fiscalização de diferentes regionais. Durante o encontro, os participantes trabalharam em grupos para discutir e promover o alinhamento das atividades, garantindo uma abordagem padronizada e eficiente em todo o Sistema.

    Com os alinhamentos definidos, o próximo passo foi o desenvolvimento de indicadores do sistema, voltados para o cumprimento das metas e objetivos estratégicos. Esses indicadores são fundamentais para monitorar e avaliar as ações de fiscalização, permitindo ajustes e melhorias contínuas para atender às demandas da sociedade e garantir o exercício ético e responsável da profissão de nutricionista e técnico em nutrição e dietética.

    A iniciativa reforça o compromisso do Sistema CFN/CRN com a transparência e a eficiência na fiscalização, buscando aprimorar processos e assegurar a unicidade das ações em todo o território nacional. Esse alinhamento é essencial para fortalecer a Nutrição como ciência e profissão, promovendo saúde e qualidade de vida à população.

    Com Assessoria de Imprensa do CFN

    Conselheira do CRN-8 orienta sobre os impactos do câncer na nutrição

    Conselheira do CRN-8 orienta sobre os impactos do câncer na nutrição

    O Dia Nacional do Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, visa alertar a sociedade sobre a doença e a importância de preveni-la. O câncer ocupa a segunda maior causa entre as principais causas de óbitos no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. A nutricionista do Conselho Regional de Nutrição no Paraná, Ana Paula Garcia, orienta como uma alimentação adequada contribui para o processo de tratamento.

    Ela informa que comumente os tipos de câncer que mais acometem a alimentação são aqueles que afetam o trato gastrointestinal, como os de esôfago, pâncreas, estômago e intestino. Além da enfermidade, o tratamento – como a radioterapia – também pode impactar a saúde alimentar do paciente, em especial dos portadores de câncer na cabeça e no pescoço. Isso gera muitos sintomas na região da boca e garganta, como é o caso da mucosite e de alteração do paladar, além de alterações mecânicas que dificultam a ingestão.

    “O benefício de uma boa alimentação para o tratamento auxilia na prevenção de complicações (mantendo a massa magra, auxiliando no manejo de sintomas e reduzindo o risco de infecções) e contribui para a qualidade de vida dos pacientes”, informa Ana Paula. Quanto aos malefícios de uma má alimentação, ela aponta que são muitos. “Um dos maiores riscos é a desnutrição, que está associada com complicações no tratamento e piora do prognóstico. Além disso, a desnutrição compromete ainda mais o sistema imune e a resposta ao processo”, complementa. 

    A conselheira orienta como o consumo seguro dos alimentos é imprescindível para uma boa nutrição. É fundamental a higienização dos alimentos para todas as pessoas. Porém, ela ressalta que, para aquelas com algum comprometimento no sistema imune, isso se torna ainda mais importante. Desse modo, recomenda-se realizar as refeições em locais confiáveis, optar por alimentos que passam por um processo de cozimento. Manipular e armazenar corretamente os alimentos em casa, etc. A nutricionista destaca que “sobre os cuidados para se manter nutrido, é orientado fracionar mais as refeições em pequenas porções, escolher alimentos com alta densidade energética e realizar o acompanhamento nutricional para verificar a necessidade de suplementação”.

    A principal orientação é consultar um nutricionista, pois muitas particularidades são consideradas ao definir a terapia nutricional. Em alguns casos, pode ser necessário optar pela dieta: com suplementos; enteral método de alimentação que fornece nutrientes e calorias a pacientes que não conseguem se alimentar por via oral; ou parenteral, acesso a elementos nutritivos via intravenosa, ou seja pela veia. Para outros, os ajustes de consistência já auxiliam para realizar a ingestão adequada. É importante identificar os motivos dessa dificuldade de se alimentar (inapetência, tumor sólido/obstrução, enjoos, distensão abdominal, etc) para definir a melhor estratégia nutricional.

    Texto: estagiária Manoela Gouvea com supervisão

    Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

    Conselho realiza último encontro anual do CRN-8 Jovem

    O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) realizou na semana passada o último encontro do CRN-8 Jovem do ano de 2024. O evento contou com a presença da diretoria da instituição: a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Costa Penteado e a tesoureira Lilian Mitsuko Tanikawa. As conselheiras membros da Comissão de Formação Profissional (CFP) Camilla Kapp Fritz, Giovana Regina Ferreira e Tatiana Marin também estiveram presentes.

    A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, a assistente técnica Daiane Carvalho Silva e a gerente Andréa Bonilha participaram do evento. Durante o encontro, realizado em Curitiba, as estudantes representaram suas respectivas faculdades, deram depoimentos pessoais e manifestaram agradecimento ao programa do Conselho.

    A estagiária Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, estudante do sexto período do curso de Nutrição contou como o CRN-8 Jovem auxiliou em sua formação. “Particularmente, eu passei a ver o CRN de forma diferente. Eu vi que o Conselho trabalha para ajudar os nutricionistas a serem profissionais melhores e a terem a ética em vigor. O programa acrescentou muito na minha formação”.

    Durante este ano, participaram alunos das seguintes instituições: UniCesumar, Universidade Positivo, PUCPR, UniBrasil, Centro Universitário Filadélfia (UniFil), Centro Universitário União das Américas Descomplica, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Uniopet, Faculdade Estácio, Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, IES Anhanguera Paranaguá, Colégio Estadual Polivalente de Londrina, Unipar – Francisco Beltrão, Centro Universitário Integrado, Universidade Federal da Fronteira Sul, Faculdades Pequeno Príncipe, Uni Dom Bosco, Claretiano, Uninter, Anhanguera, Universidade Tuiuti do Paraná, Faculdade de Apucarana, Colégio Estadual Julia Wanderley de Curitiba e Universidade Federal do Paraná.

    Para a coordenadora técnica, Carolina Bulgacov Dratch, o programa é um canal que existe entre o CRN-8 e as instituições de ensino por meio dos alunos. “Além de fomentar a troca de experiências entre os estudantes, o Programa atua como um canal de comunicação, com o objetivo de fortalecer a conexão entre as Instituições de Ensino Técnico e Superior em Nutrição e o CRN-8”.

    Durante o ano, o CRN-8 Jovem marcou presença em diversos eventos, como a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Na oportunidade, as estudantes do programa promoveram atividades de sensibilização sobre nutrição com o público. Também houve a caminhada alusiva à campanha do Outubro Rosa. As alunas entregaram materiais informativos e amostras de alimentos funcionais que além de fornecer nutrientes, trazem benefícios extras para a saúde, ajudando a diminuir os riscos de doenças crônicas.

    As orientações trouxeram sugestões práticas para incluir alimentos funcionais, como aveia, linhaça e frutas, na alimentação diária. Houve ainda uma ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa em julho. Para o público de 20 a 60 anos foi aplicado um questionário previsto no Guia Alimentar “Como ter uma alimentação saudável” e também realizado orientações nutricionais.

    Os alunos também participaram das duas audiências públicas realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. Em outubro as estudantes estiveram presentes na audiência pública que abordou o tema “audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”.

    Os alunos também participaram do Encontro dos Coordenadores dos Cursos Técnicos e Superiores em Nutrição do Paraná, realizada em agosto. O evento, que ocorreu de forma híbrida, teve como objetivo promover discussões relevantes e compartilhar conhecimentos sobre a prática da nutrição, com foco nas novas tendências e desafios enfrentados pelos profissionais da área.

    O conselheiro e vice-presidente Alisson David Silva destaca que o CRN-8 Jovem é fundamental para aproximar o estudante do seu conselho de classe, para que o aluno possa entender mais a fundo como funcionam as relações entre a profissão e a sociedade e como que funciona toda a luta para valorização profissional. Alisson também comenta como foi a sua experiência quando estudante e estagiário da primeira turma do programa em 2017. “Lembro que na época não tinha conhecimento de como funcionava realmente o Conselho ou pra que ele servia. Ao participar do CRN-8 Jovem, consegui compreender uma parte da essencialidade dele para a formação profissional.”.

    Tatiane do Santos Brito, estudante do oitavo período de nutrição apontou que “a partir da participação no CRN-8 Jovem eu pude entender melhor a função do Conselho”. “Quando estamos na faculdade pensamos que é algo que só quer nos cobrar anuidade, mas estando aqui no meio, participando, vejo que não é só cobrança. O valor que pagamos é simbólico por tudo que o Conselho faz por nós”, completa.

    Texto: estagiária Manoela Gouvea com supervisão

    Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

    Nutricionista desmitifica cinco fake news sobre diabetes

    O diabetes afeta cerca de 10% de toda população brasileira, conforme dados disponibilizados pela pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 12 milhões de brasileiros convivam com a doença. Em todo o mundo, são 250 milhões de pessoas com a diabetes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que o número de casos dobre até 2030.

    Em meio a tantas informações e orientações propagadas pela internet, não faltam receitas e dicas milagrosas que prometem controlar a doença. Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado neste 14 de novembro, a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Camilla Kapp Fritz esclarece cinco mitos em torno dessa condição.

    Uma das mentiras propagadas é a de que quem tem diabetes não pode comer beterraba e cenoura. Outra fake news é de que a pessoa com diabetes também não pode se alimentar de frutas. “É essencial reforçar que as frutas e algumas verduras, em especial beterraba e cenoura, apesar de possuírem frutose na sua composição, são alternativas saudáveis e podem ser consumidas por pacientes com diabetes em porções adequadas”, esclarece a nutricionista. A média recomendada é de quatro porções de frutas diárias e consumir verduras duas vezes ao dia.

    Camilla ressalta que se deve lembrar de preferir frutas com mais fibras, tais como laranja, maçã, pera ou com alto índice de gordura, como o abacate, para reduzir o impacto glicêmico. 

    Outro mito muito propagado é a de quem possui diabetes pode substituir o açúcar por mel, pois o mel é natural. “Apesar de natural, o mel tem alto teor de frutose e glicose, podendo causar alterações na glicemia e prejudicar o controle do diabetes”, aponta.

    Ainda na linha do açúcar, não se pode trocar seus doces por doces diet e comê-los à vontade. “Os produtos dietéticos, que apesar de serem isentos do açúcar, nem sempre são mais saudáveis e podem, inclusive, ter mais calorias do que o alimento convencional, como é o caso do chocolate diet, por exemplo. Portanto, não se deve ingerir doces diet à vontade, o consumo de doces deve ser realizado com moderação”, aponta Camilla Fritz.

    Também não se recomenda trocar refrigerante por qualquer suco natural. Sugere-se evitar, segundo a nutricionista, o consumo de sucos naturais como de laranja por exemplo, pois o suco não possui as fibras como a fruta in natura, e consequentemente um alto índice glicêmico.

    O QUE É DIABETES 

    O diabetes é uma condição crônica e sem cura, caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo corpo ou pela dificuldade em utilizá-la de forma eficaz. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é fundamental para transformar açúcar, amido e outros nutrientes em energia. Na ausência ou deficiência dessa ação, os níveis de glicose no sangue se elevam, causando a hiperglicemia — principal característica do diabetes. Se não controlada, a doença pode causar complicações graves, como danos aos rins, olhos, coração, nervos, vasos sanguíneos, entre outros órgãos e sistemas.

    O diabetes tipo 1, em resumo, é causado pela destruição autoimune das células do pâncreas que produzem insulina e não está relacionado ao consumo de açúcar. Já o diabetes tipo 2 ocorre por uma redução na produção de insulina e/ou resistência à insulina, sendo influenciado por hábitos de vida inadequados, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo, obesidade e estresse.

    Outro caso comum de diabetes, é a diabetes gestacional.  Quando o nível de açúcar no sangue se eleva, ou seja, quando os hormônios interferem na produção de insulina da gestante. O Ministério da Saúde aponta que afeta de 2% a 4% de todas as gestantes. 

    CUIDADOS NUTRICIONAIS

     O principal objetivo dos cuidados nutricionais em uma pessoa com diabetes é auxiliar no controle da glicemia, pois o açúcar no sangue é proveniente dos alimentos ingeridos, sendo que alguns possuem uma quantidade maior de glicose, como os carboidratos, em comparação com as proteínas e gorduras. Vale ressaltar que pessoas com diabetes não devem excluir completamente os carboidratos da sua alimentação, pois esses alimentos são essenciais para gerar energia e auxiliar no funcionamento adequado do organismo.  

    A conselheira do CRN-8 aponta as orientações nutricionais básicas para tratamento do diabetes é o controle da ingestão de carboidratos, que deve ser dentro do recomendado e preferir os cereais integrais, frutas, verduras e leguminosas, além de evitar os alimentos industrializados ricos em açúcares. 

    O consumo adequado de fibras é essencial para auxiliar a redução dos picos de glicemia, pois diminui a absorção dos açúcares, além de causar sensação de saciedade prolongada. A recomendação de fibras para adultos é de em média 25 a 30 gramas de fibras por dia. “Para garantir uma ingestão adequada é importante incluir fontes diversificadas, que podem ser encontradas nas frutas, principalmente no bagaço das frutas, vegetais diversos, especialmente os folhosos e crus, sementes como as de linhaça e chia, farelo de aveia, feijões e outras leguminosas, como lentilha, ervilha e grão de bico e cereais integrais”, salienta a nutricionista.  

    Camilla ressalta também a dica com o controle do açúcar.  O açúcar de mesa deve ser evitado por pacientes com diabetes, pois é uma substância altamente calórica que não possui nenhum nutriente essencial, mas desencadeia um pico de hiperglicemia. “O uso de adoçantes artificiais pode ser recomendado como uma estratégia para pessoas com diabetes, com intuito de reduzir a ingestão de carboidratos simples e manter o paladar doce, sem esquecer de sempre estar associado a uma dieta saudável com preferência dos alimentos in natura”.

    Com Agência Brasil e portal do Ministério da Saúde

    CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

    CRN-8 realiza palestra sobre segurança dos alimentos em CEIs de Curitiba

    O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) foi convidado a ministrar uma palestra online e ao vivo para profissionais dos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados pela prefeitura de Curitiba, com foco na segurança dos alimentos e nas práticas nutricionais adequadas no ambiente escolar.

    Representado pela coordenadora técnica Carolina Dratch e pela conselheira Andrea Bruginski, o Conselho destacou a importância de uma alimentação equilibrada para o desenvolvimento infantil e apresentou o e-book do CRN-8, Manual Orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino. A abertura do evento foi realizada pela gerente dos CEIs contratados da Secretaria Municipal de Educação, Mariangela Brunetti.

    Carolina Dratch enfatizou as atividades obrigatórias e complementares do nutricionista, conforme previstas na Resolução CFN 600/2018, abordando a importância de seguir as normas que garantem a segurança das refeições oferecidas aos alunos. Segundo ela, assegurar uma alimentação balanceada, com a devida adequação nutricional e observância das regulamentações, é essencial para o bem-estar das crianças e para a prevenção de problemas de saúde desde a infância.

    Andrea Bruginski ressaltou o papel fundamental dos nutricionistas nos CEIs, explicando que a função vai além do preparo das refeições, abrangendo também a educação alimentar dos alunos. Ela abordou tópicos importantes sobre o planejamento de cardápios, destacando como uma dieta equilibrada e bem planejada contribui significativamente para o aprendizado e o desenvolvimento das crianças. Andrea enfatizou a necessidade de garantir que os cardápios atendam às necessidades nutricionais específicas da faixa etária, promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

    O evento proporcionou aos participantes um espaço de atualização e troca de experiências, essencial para a adaptação às exigências diárias dos CEIs. Além disso, reforçou o compromisso do CRN-8 e da prefeitura com a saúde e bem-estar das crianças de Curitiba. Essas iniciativas reforçam a valorização do trabalho dos profissionais de nutrição e o impacto positivo da alimentação saudável no ambiente escolar, promovendo hábitos que beneficiam a saúde desde cedo.

    CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

    CRN-8 participa de evento em alusão ao Novembro Azul

    A Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, ganhou tons de azul na manhã desta segunda-feira (4), durante a caminhada do Novembro Azul, promovida pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do câncer de próstata e promover a saúde masculina, o evento reuniu dezenas de pessoas e contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), incluindo a presidente Deise Regina Baptista, o vice-presidente Alisson David Silva, a secretária Vanessa Penteado e a tesoureira Lilian Tanikawa.

    A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, e a assistente técnica Daiane Carvalho Silva, também estiveram presentes, reforçando a presença do Conselho na ação. Durante a caminhada, alunas do programa CRN-8 Jovem realizaram ações de conscientização nutricional com o público, enfatizando a importância de uma alimentação saudável como parte da prevenção de doenças crônicas, incluindo o câncer de próstata.

    As alunas do CRN-8 Jovem também distribuíram materiais informativos, que abordaram de forma didática como a nutrição pode contribuir para a redução dos riscos de diversas doenças. Com orientações acessíveis, as estudantes incentivaram o público a adotar hábitos alimentares saudáveis, mostrando a importância de incluir alimentos nutritivos no dia a dia como forma de melhorar a qualidade de vida e fortalecer o sistema imunológico.

    A presidente do CRN-8, Deise Baptista, destacou a importância da nutrição como fator preventivo. “Participar de eventos como o Novembro Azul nos permite reforçar a relevância de uma alimentação saudável e preventiva para o público masculino. Esse é um momento oportuno para conscientizar sobre a importância de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico regular”, afirmou Deise.

    Com a presença de sua diretoria e equipe técnica, o CRN-8 reforçou a importância da nutrição na prevenção de doenças e o impacto positivo de escolhas alimentares adequadas na vida dos homens, promovendo bem-estar e longevidade.

    Guide to Million Dollar Success