Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Nutricionistas nas escolas: saúde e educação de mãos dadas

Neste dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas, uma data que reforça a importância de uma alimentação saudável para crianças, jovens e adultos no ambiente escolar. Essa celebração visa conscientizar a população sobre a necessidade de promover bons hábitos alimentares, uma prática que vai além do consumo de alimentos, influenciando o aprendizado, o desenvolvimento físico e mental, e a qualidade de vida dos estudantes.

Nutricionistas desempenham um papel essencial na promoção da saúde e no desenvolvimento das crianças, conforme destaca Fernanda Manera, conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) e nutricionista de alimentação escolar.

Segundo Fernanda, o nutricionista é responsável por uma série de atribuições fundamentais no ambiente escolar, como a elaboração de cardápios que atendam às necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias e a promoção de atividades de educação alimentar e nutricional. “Planejamos refeições adequadas a cada faixa etária, com nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das crianças; e identificando os escolares com necessidades de alimentação especiais, através do diagnóstico nutricional realizado pelo nutricionista”, explica Fernanda.

Além disso, esse profissional atua na criação de manuais de boas práticas e na realização de testes de aceitabilidade entre os alunos, garantindo que a alimentação oferecida seja nutritiva e bem aceita.

A presença de um nutricionista em ambiente escolar é essencial na promoção da saúde e no combate à má nutrição, orientando a escolha de alimentos que atendam às necessidades nutricionais de diferentes faixas etárias e respeitando as particularidades culturais e regionais dos alunos. Ao elaborar cardápios escolares equilibrados, o nutricionista contribui diretamente para a melhora da concentração, do desempenho escolar e da prevenção de doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

“O nutricionista é o profissional capacitado para elaborar e calcular as refeições, adequando as preparações a cada faixa etária, com macro e micronutrientes em quantidades corretas, associado a qualidade sensorial e respeitando a cultura alimentar daquela população”, ressalta a conselheira.

Foto: Sergio-Amaral/MDS

Crescimento e desempenho escolar

A alimentação balanceada influencia diretamente no desempenho escolar e no desenvolvimento cognitivo das crianças. Estudos demonstram que refeições adequadas, planejadas por nutricionistas têm um impacto positivo na concentração e no aprendizado, além de prevenir doenças relacionadas à má alimentação, como obesidade e diabetes.

Fernanda Manera ressalta que é necessário que seja elaborada uma dieta variada, com comida de verdade, com alimentos de todos os grupos alimentares: frutas, verduras e legumes, cereais e tubérculos/raízes (como arroz, mandioca, batata, milho), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) e carnes e ovos (se a família consumir). “Isso deve sempre respeitar a oferta local e a cultura alimentar da população”, complementa a nutricionista.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o nutricionista como figura central no planejamento das refeições servidas nas escolas públicas do Brasil. Ele é responsável por garantir que cada refeição seja nutricionalmente equilibrada, considerando a oferta de alimentos frescos e regionais.

Impacto Duradouro na Saúde e Educação

Além disso, esse profissional tem um papel educativo crucial na formação de hábitos alimentares saudáveis. Ao trabalhar junto com a equipe pedagógica, o nutricionista promove atividades como hortas escolares e oficinas culinárias, proporcionando aos alunos uma vivência prática sobre a importância de uma alimentação equilibrada. “A educação alimentar começa na escola, mas pode ser levada para a casa, envolvendo os pais no processo”, diz Fernanda.

Com isso, a presença do nutricionista nas escolas vai além dos alunos, alcançando toda a comunidade escolar, desde professores e funcionários até as famílias. “Os pais têm um papel fundamental na alimentação dos filhos e, ao se aproximarem da escola, podem ajudar a consolidar bons hábitos alimentares também em casa”, enfatiza Fernanda. Iniciativas como a distribuição do Guia Alimentar Para a População Brasileira também ajuda a disseminar informações sobre alimentação saudável para além dos muros escolares.

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

CRN-8 participa de debate sobre legislação para redução do desperdício de alimentos

O Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que quase 50 milhões de brasileiros vivam em situação de insegurança alimentar grave ou moderada. Para encontrar formas de mudar esta triste realidade e debater a contribuição do Poder Público para modernizar a legislação referente à doação de alimentos, a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu nesta quarta-feira (16) a audiência pública “Como a Legislação Estadual Pode Contribuir Para a Diminuição do Desperdício de Alimentos no Combate à Fome”. O objetivo foi propor iniciativas que trazem bons resultados no combate ao problema, criando mecanismos para que produtores de alimentos possam doar o excedente com segurança, evitando que comida saudável vá para o lixo.

O debate ocorreu no Dia Mundial da Alimentação por iniciativa da Comissão de Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Paulo Gomes (PP), em conjunto com o Conselho Regional de Nutrição (CRN-8). A participação do CRN-8 foi essencial para garantir que a segurança alimentar fosse o foco das discussões, contando com a presença de Deise Regina Baptista, atual presidente do CRN-8, Vanessa Costa Penteado, conselheira do CRN-8, a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch, e alunos do programa CRN-8 Jovem. O evento reuniu representantes do Poder Público e privado da área de alimentação, além de responsáveis por entidades que combatem o problema.

O CRN-8 tem sido ativo em campanhas e iniciativas que promovem a segurança alimentar, atuando como um elo entre a legislação vigente e a prática dos profissionais de nutrição, garantindo que as doações sejam seguras e eficazes. Cilene da Silva Gomes Ribeiro, ex-presidente do CRN-8, também participou e destacou a importância do controle higiênico-sanitário e da segurança alimentar nas doações.

“Existem vários entes da sociedade, como restaurantes comerciais, indústrias e o próprio varejo supermercadista, que podem fazer doação de alimentos bons para consumo, mas não o fazem. Para isso, porém, é necessário que uma série de critérios seja observada, principalmente de controle de qualidade”, afirmou.

O deputado Paulo Gomes ressaltou que o objetivo da audiência é aproximar entidades governamentais e não governamentais, fortalecendo parcerias que possam ampliar projetos de combate ao desperdício de alimentos. Ele afirmou que vai trabalhar para atualizar a legislação e criar mecanismos que incentivem a doação segura de alimentos.

Carolina Dratch, Deise Baptista e Vanessa Penteado ao lado do secretário Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi

Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

Mitos e verdades sobre os diferentes tipos de sal: o que você precisa saber

O consumo excessivo de sal é uma preocupação crescente para a saúde pública, especialmente em relação a complicações cardiovasculares e renais. De acordo com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, o aumento da pressão arterial é uma das consequências mais graves desse hábito. “A pressão alta sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, aumentando significativamente o risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, alerta Ana Paula. Além disso, o excesso de sódio também pode sobrecarregar os rins, resultando em retenção de líquidos e aumentando a probabilidade de formação de pedras nos rins.

Com tantas opções disponíveis no mercado, conhecer os diferentes tipos de sal e suas particularidades pode ser essencial para quem busca um consumo mais consciente. Ana Paula Garcia explica as características de alguns dos principais tipos de sal:

Sal marinho: Obtido pela evaporação da água do mar sem passar por processos de refinamento, este sal preserva uma série de microminerais e possui um sabor mais suave em comparação ao sal refinado.

Sal rosa do Himalaia: Extraído das salinas da região do Himalaia, é valorizado por sua rica composição de minerais, como cálcio e magnésio.

Flor de sal: Colhida manualmente da superfície das salinas, é famosa por sua textura delicada e sabor concentrado, sendo ideal para finalizar pratos.

Sal negro: Conhecido por seu alto teor de enxofre, tem um aroma característico que lembra o da gema de ovo, tornando-se popular em pratos veganos para imitar esse sabor.

Sal light: Uma alternativa com menos sódio, que combina cloreto de sódio com cloreto de potássio, sendo indicado para pessoas que precisam reduzir a ingestão de sódio.

Sal grosso: Utilizado principalmente em churrascos devido à sua granulação rústica e boa aderência aos alimentos.

Sal refinado: O tipo mais comum, passa por processos de refinamento e iodização, sendo amplamente utilizado para prevenir deficiências de iodo na alimentação.

Embora não haja um “melhor” tipo de sal, Ana Paula destaca a importância de reduzir o consumo de sal em geral. “Sais com menor teor de processamento, como o marinho ou o rosa, podem conter pequenas quantidades de minerais além do cloreto de sódio, o que pode ser benéfico em pequenas quantidades”, explica.

Para quem deseja reduzir a ingestão de sal, a nutricionista sugere “adaptar o paladar” para apreciar alimentos com menos sal, sem comprometer o sabor. Ela também recomenda substituir o sal por outros temperos. “Ervas frescas como manjericão, alecrim e salsa não só adicionam sabor, mas também oferecem benefícios nutricionais adicionais. Especiarias como páprica, cominho e pimenta-do-reino são excelentes para temperar sem adicionar sódio. Limão ou vinagre também são ótimas opções para realçar o sabor dos alimentos de forma natural”, sugere Ana Paula.

O consumo de sal no Brasil é preocupante. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é que cada pessoa consuma cerca de 5 gramas de sal por dia. No entanto, a média de consumo do brasileiro é de aproximadamente 9 gramas diárias, quase o dobro do recomendado.

Receita de sal de ervas

Ingredientes:

¼ de xícara de sal marinho

1 colher de sopa de manjericão seco

1 colher de sopa de alecrim seco

1 colher de sopa de salsa desidratada

Modo de preparo: Em um processador de alimentos ou moedor, combine o sal, o manjericão, o alecrim e a salsa. Triture até que as ervas estejam bem misturadas e o sal tenha uma textura fina e uniforme. Transfira o sal de ervas para um frasco limpo e seco e armazene em local fresco e seco.

A receita de sal de ervas é uma ótima alternativa para quem deseja reduzir o consumo de sal convencional, sem abrir mão do sabor nos pratos.

Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

Cuidar da alimentação ajuda a prevenir os sintomas da enxaqueca

O consumo de determinados alimentos e bebidas podem ter influência direta para desencadear crises de enxaqueca, uma doença neurológica crônica que causa dores de cabeça intensas e, geralmente, é acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômito e sensibilidade à luz e ao som. Cuidar da alimentação pode aliviar os sintomas e prevenir novas crises.

            A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Ana Paula Garcia, ressalta que as causas podem variar de pessoa para pessoa, porém existem alguns produtos mais comuns que funcionam como “gatilhos” para desencadear esses sintomas. “Alguns alimentos são considerados mais propensos para provocar uma crise de enxaqueca, como chocolate, carnes processadas, bebidas alcoólicas, cafeína, laticínios, adoçantes artificiais e glutamato monossódico – este último presente em temperos e alimentos industrializados”, afirma.

Ficar em jejum durante muito tempo também pode provocar dor de cabeça, incluindo enxaqueca. “Assim, é importante manter uma alimentação regular e equilibrada para evitar essas oscilações”, ensina a profissional.

Foto: Divulgação/Freepik

            Ela também relata a importância de se procurar um profissional de nutrição para poder fazer um acompanhamento e ter mais controle para evitar as crises. “O apoio de um nutricionista pode ser extremamente importante no manejo da condição, proporcionando uma visão mais completa e eficaz para o controle dos sintomas. Este profissional pode auxiliar a identificar alimentos que desencadeiam crises e elaborando planos alimentares com nutrientes essenciais e alimentos anti-inflamatórios”, salienta.

            Além disso, é essencial a pessoa procurar ajuda médica. “A pessoa deve procurar ajuda de um profissional se as crises forem frequentes ou intensas, afetando a qualidade de vida; se os medicamentos habituais não estiverem controlando adequadamente as crises; se surgirem novos sintomas ou os existentes piorarem; e se os medicamentos causarem efeitos colaterais indesejados” ressalta a nutricionista.

            Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, e 1 bilhão de pessoas no mundo todo. Para diagnosticar o problema existe o médico que é especialista em neurologia.

Ação realizada pelo CRN-8 alerta para cuidados na alimentação dos idosos

Ação realizada pelo CRN-8 alerta para cuidados na alimentação dos idosos

Um levantamento realizado recentemente pelo Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) revela dados preocupantes sobre o estado nutricional e os hábitos alimentares tanto da população idosa quanto de adultos na faixa etária de 20 a 60 anos. A pesquisa, baseada no Instrumento MAN (Mini Avaliações Nutricionais) e no teste “Como está sua alimentação?”, demonstra a importância do acompanhamento nutricional em diferentes fases da vida.

A ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa foi realizada em julho com a participação dos alunos do Programa CRN-8 Jovem, orientados por profissionais do CRN-8. A atividade foi organizada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) e foi realizada de forma gratuita na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba.

A ação apontou que entre os idosos, os resultados mostram que, apesar de 78% dos entrevistados se considerarem livres de problemas nutricionais, 35% estão em risco de desnutrição e 4% já se encontram desnutridos. Isso evidencia a necessidade de um cuidado mais atento com a nutrição desse grupo, especialmente porque muitos não percebem sua real condição de saúde. No entanto, 4% dos idosos realizam apenas uma refeição completa ao dia, um dado que reforça a urgência de intervenções nutricionais.

Para a população entre 20 e 60 anos, o teste “Como está sua alimentação?” revelou que muitos ainda precisam adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Apenas 27% consomem duas porções de frutas por dia, e 47% ingerem menos de quatro copos de líquidos diariamente. Além disso, o consumo de embutidos, frituras e salgadinhos é alarmante, com 27% dos entrevistados relatando o consumo desses alimentos diariamente. Outro dado preocupante é que 47% nunca leem as informações nutricionais nos rótulos dos alimentos industrializados, uma prática que poderia auxiliar na escolha de opções mais saudáveis.

Esses dados reforçam a necessidade de atuação constante dos nutricionistas na promoção de uma alimentação saudável e na prevenção de doenças crônicas. A educação nutricional, combinada com o incentivo à prática de atividade física, pode fazer a diferença na qualidade de vida de ambas as faixas etárias estudadas. Em resumo, o papel do nutricionista se mostra essencial para a promoção da saúde e do bem-estar da população.

Treinamento

Os estudantes do CRN-8 Jovem foram previamente treinados para a atividade. Durante a ação, também foram aferidas medidas antropométricas, como peso, altura, circunferência do braço e da panturrilha. Com essas informações, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e foi possível verificar se é necessário realizar alguma adequação alimentar.

A nutricionista Flávia Cristina Severo Grando participou do evento e foi a responsável por orientar os estudantes. “Com o processo de envelhecimento, naturalmente o idoso passa por alterações de composição corporal, muitas vezes associada a patologias crônicas ou agudas e o ato de alimentar-se requer atenção. A solidão, falta de disposição, falta de estímulos, debilitação, redução do paladar e tantas outras alterações fisiológicas e do contexto social, impactam na alimentação e por vezes no baixo consumo alimentar, além de inadequado nutricionalmente e isso trará impacto na condição nutricional e na qualidade de vida do idoso. Assim, toda a sociedade precisa se mobilizar para o cuidado e importância da assistência nutricional ao idoso, além dos adultos mais jovens”, afirma a profissional.

Os alunos voluntários do CRN-8 Jovem que participaram do evento foram: Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, Elisa de Sousa, Flávia Sansaloni, Gabriele Vitoria Bartos Minoreto, Nicole Flores Pinto, Pamela Peixoto de Oliveira Loroza, Priscila Graunki, Sulamita dos Santos Magno, Tano da Silveira de Assis Bastos, Tatiane Bento da Silva, Tatiane dos Santos Britos, Thais Maria Silva, Maria Eduarda Casini Macedo, Elisa de Souza Oliveira, Patrícia dos Santos.

CRN-8 participa de ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa

CRN-8 participa de ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa

Alunos do Programa CRN-8 Jovem, orientados por profissionais do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), participaram na última segunda-feira (29) de uma ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa evento gratuito, organizado pela Associação Comercial do Paraná (ACP) na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba. O evento foi gratuito.

            Os estudantes foram previamente treinados para a atividade. Para o público de 20 a 60 anos foi aplicado um questionário previsto no Guia Alimentar “Como ter uma alimentação saudável” e também realizado orientações nutricionais.

Para o público acima de 60 anos, os alunos aplicaram uma pesquisa específica para a idade e oferecida orientações nutricionais. Também foram aferidas medidas antropométricas, como peso, altura, circunferência do braço e da panturrilha. Com essas informações, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e foi possível verificar se é necessário realizar alguma adequação alimentar.

            A nutricionista Flávia Cristina Severo Grando participou do evento e foi a responsável por orientar os estudantes. “A demanda foi muito boa. As pessoas vieram sem pressa, as estudantes conseguiram fazer as avaliações e dar a devolutiva para as pessoas de acordo com questionário. Foi muito bom tanto para a população quanto para os estudantes na prática da profissão”.

            Zacarias Lopes, de 63 anos e morador do bairro Tatuquara, passou pela pré-consulta e ficou muito feliz com o atendimento. “Foi um atendimento maravilhoso dos estudantes que me deram muitas dicas importantes sobre o procedimento para a minha alimentação”.

            Os alunos voluntários do CRN-8 Jovem que participaram do evento foram: Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, Elisa de Sousa, Flávia Sansaloni, Gabriele Vitoria Bartos Minoreto, Nicole Flores Pinto, Pamela Peixoto de Oliveira Loroza, Priscila Graunki, Sulamita dos Santos Magno, Tano da Silveira de Assis Bastos, Tatiane Bento da Silva, Tatiane dos Santos Britos, Thais Maria Silva, Maria Eduarda Casini Macedo, Elisa de Souza Oliveira, Patrícia dos Santos.

             Também estiveram presentes no evento do Conselho Regional de Educação Física da 9º Região(Cref9), Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), Conselho Regional de Terapia Ocupacional da 8ª Região (Crefito8) e Conselho Regional de Odontologia do Paraná (CRO-PR). Ainda contou com apoio da Associação de Entidades de Mulheres do Paraná (Assempa), do Conselho de Segurança da Área Central (Conseg) e da Grau Técnico rede de ensino técnico.

Presidente do CRN-8 é eleita secretária do FCras

Presidente do CRN-8 é eleita secretária do Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde

A nutricionista e presidente do Conselho Regional de Nutricionista do Paraná (CRN-8) Cilene da Silva Gomes Ribeiro foi eleita secretária do Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde (FCras). Na reunião realizada na semana passada na sede do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-8), em Curitiba, foram definidos os novos representantes do Fórum.

A coordenação do FCras ficou sob responsabilidade do presidente do Crefito-8, Bruno Gil Aldenucci e o presidente do Conselho Regional de Educação Física, Gustavo Brandão foi escolhido como vice-coordenador.

“O Fórum fortalece as pautas mostrando a necessidade da população. Devemos ter mais debate para ter mais voz e força, levantando pautas administrativas, técnicas e sociais”, ressalta Cilene.

            O FCras realiza encontros mensais com os representantes de todos os Conselhos de Saúde do Paraná. No período da pandemia o Fórum teve papel importante, sendo extremamente ativo e conseguindo importantes audiências com o Ministério Público. Entre suas conquistas, destacou-se a priorização da vacinação para profissionais de saúde e o apoio aos profissionais de enfermagem que estavam na linha de frente e sofreram grandes sobrecargas de trabalho.

O presidente do Crefito-8, Aldenucci, enfatizou a importância do Fórum na fiscalização e na troca de expertises entre os conselhos. “Nosso grande objetivo é trabalhar pelas conquistas das profissões. A união dos conselhos proporciona uma grande harmonia com nosso conselho federal, fortalecendo nossa representatividade e sensibilizando o poder público”, afirmou.

Estiveram presentes no evento:

Crefito-8

Bruno Gil Aldenucci

Cref-9

Emanuelle H. Stutz

CRN-8

Cilene Ribeiro

COREN-PR

Gisele B. Zanlorenzi

CRP-PR

Andrey Santos Souza

CREFONO-3

Talita Todeschini

CREF-9

Eduardo Stremel

Fernando Priess

CRBIO-7

Vinicius Abilhoa

CRMV-PR

Rafael Stedile

CRBM-6

Thiago Massuda

Evento homenageia os TNDs do Paraná

Evento homenageia os TNDs do Paraná

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) realizou uma programação especial para celebrar o Dia do de Técnico de Nutrição e Dietética, comemorado em 27 de junho. O evento “Mercado de Trabalho e Novas Perspectivas: área de atuação do TND e o que se projeta para o futuro” aconteceu na sala de reuniões Praça San Marco do Shopping Itália, em Curitiba. O evento foi transmitido simultaneamente para a Delegacia de Londrina. Atualmente, 426 TNDs estão inscritos no CRN-8 – destes, 233 estão com situação cadastral ativa.

            O evento contou com a presença da Presidente do Sindicato do Técnico em Nutrição e Dietética de São Paulo (Sintenutri), Maria de Lourdes, com a presidente do CRN-8, Cilene Ribeiro, e com a profissional Patrícia de Araújo.

Durante a abertura do evento, Cilene destacou a importância da aprovação do projeto de lei que regulamenta a profissão de TND em cenário nacional. “Um dos pontos bem significativos é que fica assegurada a participação de um representante dos TNDs junto aos Conselhos Regionais”, ressalta a presidente.

De acordo com o PL, os técnicos em Nutrição e Dietética devem atuar no treinamento de pessoal em serviços de alimentação, no acompanhamento da produção de alimentos e na supervisão do trabalho da equipe de cozinha. Os TNDs podem ainda fazer parte de grupos destinados à pesquisa na área e ao acompanhamento da produção e industrialização de alimentos.

O projeto também estabelece que a designação e o exercício da profissão são privativos daqueles com diploma expedido por escolas de nível médio ou de curso profissionalizante de técnico em Nutrição e Dietética. O exercício profissional dos técnicos deve ter supervisão de um nutricionista, que devem estar inscritos no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) de sua respectiva área de atuação.

Experiências

Maria de Lourdes, que preside o Sintenutri, compartilhou suas experiências profissionais à frente do sindicato paulista. Ela relatou como a entidade sindical funciona e visa assegurar os direitos trabalhistas da categoria. O Sintenutri é o primeiro sindicato instituído em território nacional para representar os TNDs.

“Celebrar o Dia do TND é celebrar a saúde. Com a regulamentação da categoria, vamos estar mais fortes no mercado de trabalho. As pessoas vão conhecer mais a categoria”, afirma. “O nascimento do Sindicato em São Paulo nasceu com o propósito de representar a categoria e de estar próximo à categoria. Como somos o primeiro sindicato dos TNDs no Brasil funcionamos como um modelo para que sejam implantados outros sindicatos nos demais estados”, complementa.

Já a Técnica Patrícia de Araújo, que está atualmente à frente de uma empresa do ramo de produção de alimentos, contou sobre suas experiências profissionais no mercado de trabalho. “O técnico tem suas habilidades e competências dentro do ramo. A regulamentação ajudará a abrir mercado de trabalho para quem se formou ou está se formando’, avalia.

            Além do evento, o CRN-8 veiculou uma campanha na TV do Ônibus em Curitiba e na Rádio T de Londrina, Curitiba e Ponta Grossa a fim de enaltecer o papel desempenhado pelo profissional de TND na sociedade.

O Técnico em Nutrição e Dietética é um profissional fundamental na promoção, manutenção e recuperação da saúde individual e coletiva. O TND pode atuar em diversas áreas, tais como: alimentação coletiva, restaurantes, nutrição clínica, saúde pública, em indústrias e comércio de alimentos. É o TND que contribui para garantir a qualidade e a segurança alimentar. O profissional também pode participar de pesquisas e estudos relacionados à sua área de atuação.

Transmissão ao vivo do evento para a Delegacia de Londrina

Inverno exige mudanças nos hábitos alimentares

Inverno exige mudanças nos hábitos alimentares

        A estação mais fria do ano chegou. É neste período que muitas pessoas acabam mudando seus hábitos, em especial na alimentação. As temperaturas mais baixas acabam sendo convidativas para uma comida mais quente e mais calórica, como massas, molhos, queijos, caldos, sopas, fondues, frituras, salgados e carnes em geral. Além de bebidas como vinhos, licores, capuccino e chocolate quente. De uma forma geral, é comum o aumento do consumo destes tipos de alimentos durante o inverno.

            Segundo a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) Ana Garcia, nesse período é normal as pessoas sentirem vontade de alimentos quentes e reconfortantes. “Não há quem resista a um bom buffet de sopas e caldos. Eles ajudam a aquecer o corpo e podem ser preparados com uma variedade de vegetais e proteínas, proporcionando uma refeição nutritiva e saudável”. O ideal, segundo ela, é adotar um padrão alimentar equilibrado composto por todos os grupos de alimentos, variando as opções para evitar a monotonia alimentar e, por consequência, as deficiências nutricionais.

            Mesmo com um cardápio diferenciado, não se pode esquecer que é preciso manter o hábito saudável na alimentação, e usar a criatividade na cozinha. “Podemos optar por cremes de mandioquinha, abóbora, um mix de legumes e incluir uma proteína animal ou vegetal. As opções são inúmeras. Usar a criatividade na cozinha, escolher alimentos sazonais e variar ao máximo as receitas ajudam a evitar uma alimentação monótona e a garantir uma dieta equilibrada e nutritiva”, ressalta a conselheira.

            Ela destaca também que neste período é necessário consumir alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e verduras de folhas escuras, que poderão fortalecer nosso sistema imunológico.

Além disso, é comum as pessoas beberem menos água durante o frio. “Uma dica valiosa é manter sempre uma garrafinha de água por perto, garantindo uma hidratação constante ao longo do dia. Além disso, incluir chás e infusões na rotina diária pode ser uma excelente maneira de aumentar a ingestão de líquidos, aproveitando os diversos benefícios para a saúde que essas bebidas oferecem”, salienta Ana.

Dados e projeções sobre obesidade infantil são preocupantes

Dados e projeções sobre obesidade infantil são preocupantes

Os dados sobre obesidade infantil são preocupantes. Levantamento do Ministério da Saúde revela que, em 2023, 5,7% das crianças entre 0 e 5 anos sofriam com este problema de saúde no Paraná. O dado faz parte de uma análise do Índice de Massa Corporal (IMC) de mais 389.300 crianças. De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério, outras 7,7% já estavam com sobrepeso. No cenário nacional, a situação não é diferente. O Atlas Mundial da Obesidade 2023, lançado em março pela Federação Mundial de Obesidade, projetou que o crescimento anual de crianças obesas pode chegar a 4,4%, o que significa um nível alerta muito alto.

Ainda segundo o Atlas, em 2020 o Brasil tinha 34% (15,58 milhões) do público de 5 a 19 anos convivendo com obesidade ou sobrepeso em 2020. O valor pode saltar para 50% (cerca de 20 milhões) de jovens em 2035. Neste dia 03 de junho celebra-se o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil, que tem o objetivo justamente de dar visibilidade ao tema e informar a população sobre os cuidados necessários para combater a doença.

      Nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná, Ana Paula Garcia ressalta que uma criança que sofre com obesidade pode desenvolver graus mais severos da doença na vida adulta e ainda adquirir diversos problemas de saúde, como doenças respiratórias e ortopédicas, dores nas articulações, disfunções hepáticas, colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial, complicações metabólicas, dermatites, enxaqueca, entre outras. “A criança pode desenvolver depressão, sofrer isolamento social e solidão, enfrentar bullying e disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia, e ter baixa autoestima”, salienta a profissional.

      A obesidade infantil pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. “Entre os fatores comportamentais, destacam-se a má alimentação e o sedentarismo. Além disso, a falta de atividade física regular, aliada ao aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogames, contribui significativamente para o ganho de peso”, alerta Ana Paula.

            Para o tratamento de obesidade recomenda-se uma abordagem que inclui aconselhamento, planejamento alimentar e análise dos hábitos alimentares da criança e da família. “O nutricionista pode auxiliar desde a prevenção até o tratamento da obesidade infantil. Na prevenção, é importante que o nutricionista atue na educação alimentar e nutricional, participando de projetos, programas e políticas envolvidas no combate à obesidade infantil”, salienta. Já na fase do tratamento, o nutricionista deverá prescrever o plano alimentar mais adequado conforme as demandas e individualidades da criança, “além de monitorar e oferecer suporte contínuo, trabalhando dentro de uma equipe multidisciplinar”.

Dicas sobre obesidade infantil

   – Realizar a amamentação durante os dois primeiros anos, ou mais. O leite materno é um alimento completo e está ligado à redução de infecções e doenças, como otites, doenças respiratórias, diabetes e obesidade infantil, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho.

   – A reeducação alimentar para toda a família é um passo fundamental no combate à obesidade infantil. Quando todos unem esforços e praticam hábitos saudáveis há mais chances de as crianças também seguirem estes exemplos.

   – Estimular a prática de exercícios físicos é crucial para aumentar o gasto calórico e ajudar na redução de peso.

  -Quanto mais cedo a criança começar a praticar alguma atividade, maiores são as chances de ela se tornar um adulto ativo. Buscar esportes que a criança se identifique pode transformar o exercício em um hábito divertido. Incentivar brincadeiras que movimentem o corpo, como pega-pega, pular corda, amarelinha, dança e andar de bicicleta, também são excelentes opções.

– Controlar o tempo de exposição às telas é outro aspecto importante. O tempo que a criança passa em frente à televisão, computador, videogame ou celular pode influenciar um estilo de vida mais sedentário e prejudicar os hábitos alimentares. Recomenda-se que crianças até cinco anos não fiquem mais de uma hora em frente às telas.

– A falta de sono adequado pode contribuir para a obesidade. O relógio biológico da criança pode ficar desregulado, afetando hormônios que controlam o apetite.

Fonte: nutricionista e conselheira Ana Paula Garcia