Dicas para manter uma alimentação saudável durante as festas do final de ano

Dicas para manter uma alimentação saudável durante as festas do final de ano

Final do ano é sempre recheado de festas e comemorações, eventos em que comida e bebida são itens normalmente indispensáveis. Por isso, para muita gente essa época se torna um desafio quando o assunto é a manutenção da rotina alimentar saudável. A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Letícia Mazepa, elencou algumas dicas para manter uma alimentação saudável e equilibrada durante esse período. “Mais importante do que estabelecermos regras de alimentação para esses dias comemorativos, precisamos entender que bebidas e comidas que não fazem parte do seu dia a dia, fazem parte de festas – seja Natal, Ano Novo, aniversários, entre outros”, explica.

Confira algumas dicas selecionadas pela nutricionista e conselheira do CRN-8:

A alimentação nesse período
Quando consumimos aves natalinas e a sobremesa de família na ceia do Natal, essa refeição está no contexto dessa comemoração e vai além dos valores nutricionais daquele prato. Envolve aspectos emocionais, afetivos e a próprio significado desse dia tão importante e simbólico para muitas culturas, e isso também faz parte de uma vida saudável. Mas atenção: o fato de não envolver rígidas restrições (e muito menos o sentimento de culpa) com a ceia de Natal não é um sinal verde para exageros.

Quais cuidados se deve ter?
Não é porque a refeição tem vários dos seus pratos favoritos, que você vai se esquecer de incluir opções saudáveis na sua ceia. Capriche na porção de salada, preferencialmente antes dos pratos quentes, e na hora da sobremesa não deixe de dar um espaço para as frutas. Ameixas, pêssego, uvas e até mesmo as frutas secas comumente estão presentes na mesa de Natal.
Quando o assunto são as bebidas alcoólicas, o cuidado é redobrado. Além do alto teor calórico, o excesso prejudica a saúde intestinal, a hidratação corporal e diversas outras funções do metabolismo. Por isso, evite exceder duas doses e não esqueça de se hidratar. É fundamental intercalar a bebida alcoólica com muita água.

Como equilibrar o consumo de açúcar, carboidrato e gordura?
Além de não se esquecer dos legumes, frutas, hortaliças e água, evite o pensamento de que essa será a sua “última oportunidade” para comer aquela farofa ou aquela sobremesa. É comum para algumas pessoas que eventos envolvendo alimentação sirvam como uma “despedida dos pratos saborosos” e isso, normalmente, faz com que elas se sirvam de quantidades exageradas. Outro fator importante é não fazer jejum ao longo do dia e esperar pelo jantar. O excesso de apetite certamente te levará a comer grandes quantidades.

Se a pessoa abusou durante as festas, há como ter uma “compensação” nos dias seguintes?
A melhor estratégia para o dia seguinte é: retome a sua rotina. Isso vale para a alimentação, hidratação e para a atividade física. Mantenha-se em movimento, porque esse gasto de energia também é uma ótima forma de te ajudar a manter o controle da balança.

O PAPEL DA NUTRIÇÃO NO ATENDIMENTO A PESSOAS COM HIV

O papel da nutrição no atendimento a pessoas com HIV

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro, representa uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global. Em 2022, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), aproximadamente 130 mil pessoas adquiriram o vírus e 33 mil perderam a vida por causas relacionadas à AIDS.

No Brasil, mais de um milhão de pessoas vivem com HIV, segundo o Ministério da Saúde. Somente em 2022 houve o registro de mais de 16,7 mil casos da infecção.

Confira abaixo uma entrevista com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli, sobre o papel que o nutricionista exerce na dieta das pessoas com HIV.

Como o nutricionista pode ajudar na dieta de uma pessoa com HIV?

O papel do nutricionista é muito importante, pois podemos elaborar planos alimentares personalizados para atender as necessidades específicas da pessoa e aborda a avaliação nutricional, a manutenção do peso e fortalecimento do sistema imunológico, com recomendações de alimentos ricos em antioxidantes e outros compostos bioativos e nutrientes que ajudem nesse processo. Além da educação alimentar e nutricional a fim de informar sobre os cuidados das práticas seguras na manipulação de alimentos.

Lembrando que essa abordagem é sempre individualizada, considerando os estágios de infecção, os medicamentos utilizados e outros fatores individuais.

Uma das principais preocupações do nutricionista é elaborar uma dieta que vise aumentar a imunidade e suprir as deficiências da pessoa?

Sim, o fortalecimento do sistema imunológico, assim como a suplementação de nutrientes são muito importantes. Para isso, o plano alimentar deve contemplar alimentos ricos em nutrientes antioxidantes, como frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e proteínas. Preservar o estado nutricional dentro do adequado também mantém o sistema imune competente.

Deficiências nutricionais de micronutrientes são comuns nesses casos, como falta de zinco, de selênio, vitamina B12 e vitamina D e deve-se suprir essas deficiências com alimentos fontes de cada um desses nutrientes. Uma dieta equilibrada e personalizada que atenda às necessidades individuais e que promova a saúde geral é essencial para ajudar no enfrentamento dos desafios específicos associados ao HIV e ao tratamento antirretroviral.

Há alimentos que devem ser evitados?

Devem ser evitados alimentos que podem estar contaminados com bactérias ou fungos, como alimentos crus, mal cozidos, frutos do mar crus, ovos crus, carne crua ou mal passada. Também alimentos ultraprocessados que são ricos em açúcares e gorduras saturadas, pois podem contribuir para inflamação. Substâncias como álcool e tabaco também devem ser evitadas, pois podem ter efeitos negativos no sistema imunológico.

Poderia comentar sobre a importância de um nutricionista fazer parte da equipe multiprofissional para cuidar das pessoas com Aids?

É muito importante, pois a gestão dos efeitos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida só pode ser eficiente se a equipe trabalhar em sintonia. Os efeitos colaterais das medicações, os efeitos da supressão do sistema imunológico, a perda de peso com risco grave de desnutrição e, com isso, o aparecimento de deficiências nutricionais pode agravar muito o quadro geral do paciente. Assim, o nutricionista consegue desenvolver um plano alimentar individualizado com base na troca de informações entre os profissionais da equipe multiprofissional, contribuindo para um cuidado abrangente e eficaz.

DIABETES: NUTRICIONISTAS EXERCEM PAPEL CENTRAL NO TRATAMENTO

DIABETES: NUTRICIONISTAS EXERCEM PAPEL CENTRAL NO TRATAMENTO

O nutricionista exerce uma função central nos cuidados e na prevenção da diabetes.  O dia 14 de novembro é marcado como o Dia Mundial do Diabetes e foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para conscientizar o mundo sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população. Segundo o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington estima-se que cerca de 529 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença.

Para viver bem com diabetes é necessário manter um bom controle glicêmico, pois isso diminui o risco de complicações. Somado a isso, as escolhas alimentares afetam diretamente o equilíbrio de energia, peso corporal, pressão arterial e níveis de gordura e açúcar no sangue. Atuar nestes fatores é uma maneira de evitar ou retardar o desenvolvimento de complicações associadas à doença.

“Por isso, a abordagem nutricional individualizada requer mudanças no estilo de vida. Esse cenário justifica a recomendação do nutricionista como profissional habilitado para implementar intervenções e educação nutricional para indivíduos com diabetes. A orientação nutricional tem como alicerce uma alimentação variada e equilibrada. Além disso, o foco é atender às necessidades nutricionais em todas as fases da vida”, ressalta Deise Regina Baptista, nutricionista e colaboradora do Conselho Federal de Nutricionistas.

A conduta nutricional direcionada deve ser definida com base em avaliação e diagnóstico nutricional de cada paciente para, com isso, ser planejada uma programação das intervenções nutricionais. “Acompanhamento e avaliações contínuas apoiam mudanças de estilo de vida em longo prazo, bem como possibilitam analisar resultados e modificar intervenções, quando necessário”, saliente Deise.

A prescrição de dietas, indicando os alimentos a serem consumidos por refeição e suas quantidades, é uma atribuição exclusiva dos nutricionistas e é planejada a partir do contexto e da rotina de cada paciente.  “Hábitos como manter a dieta equilibrada, vida ativa e controle constante da glicemia podem garantir bem-estar aos pacientes e prevenção de complicações agudas ou crônicas da diabetes”, afirma Deise.

A doença

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua falta provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente, que podem causar diversas complicações de saúde, como doenças que afetam o sistema cardiovascular, os rins e os olhos.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2), o diabetes gestacional (DMG). Estima-se, segundo a Federação Internacional de Diabetes, que 90% dos casos de diabetes no mundo são do tipo 2, que resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. “Está frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento. O consumo em excesso de calorias, associado ao sedentarismo, é a combinação perfeita para o ganho de peso. O sobrepeso, por sua vez, é um dos principais fatores de risco do diabetes tipo 2”, explica Deise.

Já a do tipo 1 é causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. “Já a diabetes gestacional é uma condição metabólica exclusiva da gestação e que se deve ao aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais, gerando hiperglicemia”, explica a nutricionista.

Deise afirma ainda que se deve tomar cuidados aos casos   de pré-diabetes. “Pré-diabetes não é propriamente um diagnóstico, mas um estado de risco aumentado para o aparecimento de diabetes tipo 2. Pessoas com níveis elevados de glicose no sangue, obesidade e forte história familiar de diabetes, podem ser consideradas de risco”, salienta.

Dia Nacional da Alimentação nas Escolas: os bons hábitos aprendidos na infância refletem na vida adulta

Dia Nacional da Alimentação nas Escolas: os bons hábitos aprendidos na infância refletem na vida adulta

            No dia 21 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Alimentação nas Escolas. A celebração da data reforça a importância da introdução de bons hábitos alimentares desde os primeiros anos de vida das crianças. Um dos profissionais que atua diretamente nesta missão é o nutricionista.

            O nutricionista é o profissional habilitado para ofertar uma alimentação saudável e segura. Dentre as atribuições do nutricionista, destacam-se: avaliação, diagnóstico e monitoramento nutricional dos alunos, a realização de teste de aceitabilidade das preparações e a elaboração de cardápio, de acordo com as necessidades nutricionais e hábitos alimentares, levando em consideração a cultura e características da população em questão.

            Além disso, o nutricionista é fundamental no acompanhamento da manipulação dos alimentos que serão oferecidos às crianças, bem como na avaliação das instalações onde são preparados e suas condições sanitárias.

Foto Sérgio Amaral/MDS

            “O ambiente escolar é um ambiente de aprendizado e o nutricionista é o único profissional habilitado e competente para ensinar educação alimentar e nutricional. Os bons hábitos formados na infância vão refletir na fase adulta, na qual esse adulto terá mais chances de não desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, obesidade e demais doenças decorrentes da má alimentação”, ressalta a coordenadora técnica do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Carolina Dratch Bulgacov.

            E-Book Gratuito

            O CRN lançou recentemente o e-book “Manual orientativo para Nutricionistas Atuantes no Ambiente Escolar da Rede Privada de Ensino”. O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site do CRN-8. “O objetivo do material é levar informações e conteúdo de forma prática e objetiva aos nutricionistas que atuam na rede privada de ensino”, destaca Carolina.

O e-book possui 10 capítulos divididos em 100 páginas. Os textos do material foram escritos pelas nutricionistas Cilene da Silva Gomes Ribeiro; Thatielly Schwarzbach de Souza Garcia; Juliana Guedes; Veridiane Sirota; Thais Bordenowski da Silva; e Carolina Bulgacov Dratch.

Cada capítulo é baseado nas atribuições obrigatórias do nutricionista conforme “Resolução CFN n° 600, de 25 de fevereiro de 2018, segmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar: subsegmento – Alimentação e Nutrição no Ambiente Escolar – Rede Privada de Ensino”.

Dessa forma, o primeiro capítulo aborda a avaliação, diagnóstico e monitoramento nutricional dos estudantes e o segundo trata da identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição. A obra ainda aborda a elaboração de cardápios de acordo com as necessidades nutricionais e das informações nutricionais; a identificação de escolares com doenças e deficiências associadas à nutrição; e a elaboração e implantação do manual de boas práticas e dos procedimentos operacionais padronizados.

O sexto capítulo, por exemplo, trata da educação alimentar e nutricional. O e-book também aborda a importância das fichas técnicas das preparações; a implantação e supervisão das atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições e/ou preparações; e teste de aceitabilidade.

            PNAE

O CRN-8 também destaca o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem, entre suas diretrizes, a distribuição gratuita de alimentação adequada e saudável aos seus beneficiários e a inclusão da Educação Alimentar e Nutricional de forma transversal nos currículos escolares, com vistas a garantir práticas pedagógicas contínuas que estimulem escolhas alimentares saudáveis entre os estudantes da educação básica. Para acessar o PNAE é importante observar que o cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos alimentares locais e culturais e atendendo necessidades nutricionais específicas.

OBESIDADE ATINGE CERCA DE 59% DA POPULAÇÃO DO PARANÁ

OBESIDADE ATINGE CERCA DE 59% DA POPULAÇÃO DO PARANÁ

O índice da população do Paraná diagnosticada com algum grau de obesidade, entre crianças, adolescentes e adultos, chegou a 59% em 2023. Este dado representa um salto perto de 18% comparado com 2013, quando o percentual era de 40,77%. Os levantamentos são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde.  

O dia 11 de outubro é instituído pela lei 11.721 de 2008 como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de prevenir e conscientizar sobre a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são obesas, sendo 650 milhões adultos, 340 milhões e 39 milhões de crianças. No Paraná, os dados levantados pelo Sisvan até agosto deste ano registraram que a parcela da população mais atingida pela doença são os adultos, com 36% dessa parcela da população sendo acometidos pelos graus 1 ou 2 ou 3 de obesidade.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro, a obesidade é uma doença multifatorial. “A obesidade é uma condição complexa, com causas diversas. A má alimentação, em especial o consumo desenfreado de produtos ultraprocessados e ricos em açúcares, gordura e sódio desempenha um papel significativo nesse cenário. A acessibilidade e o baixo custo desses itens, resultado da produção em larga escala, contribuem para o desafio de conter o avanço da obesidade”, ressalta.

O índice de crianças e adolescentes que se encontram com algum grau de obesidade também é motivo de alerta. Segundo os dados do Sisvan, o número de adolescentes nesta situação praticamente dobrou em 10 anos, passando de 8,4% em 2013 chegando a 16,65% até agosto de 2023. Já em crianças os dados praticamente permaneceram estáveis neste período. Em 2013, o levantamento apontou 6,7% deste público diagnosticados com obesidade e, em 2023, o número é de quase 6%.

Para a presidente do CRN-8, há uma cultura alimentar imposta na sociedade. “Hoje em dia, é comum ver bebês e crianças consumindo refrigerantes em mamadeiras e salgadinhos de pacote e demais lanches não saudáveis. Essa realidade está causando um aumento drástico não apenas na obesidade, mas também em problemas como hipertensão, colesterol alto e diabetes infantil”, afirma Cilene.

Segundo ela, é necessário tomar medidas preventivas, como promover o aleitamento materno como alimento exclusivo dos bebês durante os seis primeiros meses de vida e educar as gestantes sobre a importância da alimentação saudável. Além disso, são necessárias políticas públicas que proíbam escolas e creches de oferecer açúcar e alimentos não saudáveis para crianças de até quatro anos.

“É essencial ainda realizar monitoramentos mais frequentes e regulares para identificar a obesidade precocemente. Embora haja uma ‘linha de cuidado’ para a obesidade no estado do Paraná, infelizmente, ela não é amplamente implementada. Precisamos expandir o atendimento multiprofissional, incluindo mais nutricionistas, aumentar a identificação precoce por meio de treinamentos para agentes comunitários e profissionais da atenção básica em saúde. Isso permite a criação de ações conjuntas para conter essa preocupante doença”, explica Cilene.

Como fazer denúncias para o CRN-8

Como fazer denúncias para o CRN-8

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) recebe e apura denúncias contra Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética que descumpram o Código de Ética Profissional. A apuração segue as determinações da Resolução 705/2021 do Conselho Federal de Nutricionistas, que instituiu o Código de Processamento Ético-Disciplinar das categorias. Caso a apuração resulte na detecção de conduta com indícios de infração disciplinar, são tomadas providências para abertura de Processo Ético-disciplinar.

Além dos Técnicos em Nutrição e Dietética e Nutricionistas inscritos no Conselho, a entidade recebe e analisa denúncias contra leigos que fazem o exercício ilegal da profissão, ou seja, que não possuem graduação na área.

No CRN-8, as denúncias de exercício ilegal da profissão de nutricionista são previamente apuradas. Em caso de indícios de exercício ilegal da profissão, as denúncias passam a ser parte integrante do processo que poderá ser encaminhado à instituição de ensino superior (caso denunciado seja um estudante de Nutrição), ao Ministério Público (a quem compete apreciá-las) ou aos demais conselhos de classe profissional nos casos em que o infrator pertença a outra categoria profissional.

A legislação

Segundo a Lei Federal n 8.234, a “designação e o exercício da profissão de Nutricionista, profissional de Saúde, em qualquer de suas áreas, são privativos dos portadores de diploma expedido por escolas de graduação em nutrição, oficiais ou reconhecidas, devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Educação e regularmente inscrito no Conselho Regional de Nutricionistas da respectiva área de atuação profissional”.

A Resolução 596 do Conselho Federal de Nutricionistas, de 2017, considera como nutricionista quem é portador de diploma expedido por escolas de graduação em Nutrição, oficiais ou reconhecidas, devidamente registrado no órgão competente do Ministério da Educação e regularmente inscrito no CRN da respectiva área de atuação profissional.

PASSO A PASSO DE COMO FAZER UMA DENÚNCIA

1o Passo: Acesse o site do CRN-8

2o Passo: No site, haverá uma janela destinada para realizar sua denúncia

3o Passo: Clique na janela amarela em “Fazer Uma Denúncia!”

4o Passo: Ao fazer isso, aparecerá 3 janelas, essas janelas são destinadas aos 3 diferentes tipos de denúncias são elas: Contra Leigo, Contra Pessoa Física e Contra Pessoa Jurídica.

5o Passo: Selecione o tipo de denúncia que deseja realizar, abrirá uma nova aba com os detalhes.

6o Passo: Nesta aba, abaixo dos detalhes aparecerá uma janela em vermelho escrito Fazer uma denúncia contra o tipo que deseja.

7o Passo: Ao clicar nesta janela, uma nova aba com um formulário de denúncia será aberto, preencha este formulário

8o Passo: Escolha o tipo de denúncia, ela pode ser feita com a identificação do denunciante ou com sigilo na identificação

9o Passo: Complete os dados de identificação do denunciante caso sua denúncia seja com identificação

10o Passo: Complete os dados de identificação do denunciado

11o Passo: Descreva detalhadamente os fatos da denúncia

12o Passo: Anexe provas ou indícios para que sua denúncia seja apurada, elas deverão ser apuradas em um único arquivo zip com limite de 15MB.

13o Passo: Clique em enviar

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

Nutricionista é indispensável para o ambiente escolar

O nutricionista é um profissional indispensável em diversas áreas e o ambiente escolar é uma delas. Um dos principais papéis do profissional é proporcionar educação alimentar e nutricional para garantir o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes. Além disso, ao atuar nas escolas, o nutricionista possibilita uma série de benefícios para todos os atores envolvidos – dos estudantes aos professores, para toda a equipe pedagógica e para as famílias.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. O nutricionista assume um papel ativo como estimulador de hábitos alimentares saudáveis e influenciador na formação do indivíduo”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro.

Ela explica que um dos primeiros atos do nutricionista nas escolas é o de estruturar um cardápio para os estudantes. O cardápio escolar desenvolvido pelo nutricionista visa garantir uma alimentação saudável e adequada, que assegure o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um elemento pedagógico e também na prevenção de doenças relacionadas à alimentação, como hipertensão, diabetes e obesidade.

“O nutricionista na escola é responsável pela elaboração de um cardápio dentro de todas as premissas voltadas a cada faixa etária que está envolvida nesse ambiente escolar, garantindo assim que esse estudante tenha condições nutricionais adequadas para um bom aprendizado, crescimento e para a não ocorrência de doenças”, explica Cilene.

A atuação do nutricionista nas escolas não se limita apenas na elaboração de cardápios. O profissional, também é responsável por auxiliar e orientar os alunos a consumirem o alimento de uma maneira mais sustentável e equilibrada. “O nutricionista não atua apenas com o cardápio escolar, garantindo macro e micronutrientes para o bom desenvolvimento das pessoas, mas esse profissional também consegue inserir nestes estudantes um conhecimento para um consumo mais adequado, sustentável e equilibrado”, afirma.

A presidente também explica que outra responsabilidade do nutricionista é garantir aos alunos toda a qualidade dos alimentos ofertados pelas escolas. “O nutricionista no ambiente escolar é responsável por toda a condição e qualidade higiênico-sanitária do que é produzido. Ele também é responsável por assegurar toda a qualidade sensorial dos alimentos que os estudantes e toda a comunidade escolar consumirão”, ressalta a presidente do Conselho.

Participação de instituições de ensino no CRN-8 Jovem aumenta 35,7% em um ano

Participação de instituições de ensino no CRN-8 Jovem aumenta 35,7% em um ano

Neste ano, a participação de instituições de ensino técnico e superior no programa CRN-8 Jovem aumentou em 35,7% quando comparado a 2022. Se no ano passado participaram alunos de 14 entidades, neste ano o projeto conta com estudantes de 19 instituições.

Durante o primeiro semestre deste ano, o CRN-8 Jovem já realizou quatro reuniões. Durante os encontros foram abordados diferentes temas que visaram complementar a formação dos estudantes, tais como: Guia de Ética e Conduta do Acadêmico de Nutrição, atuação do nutricionista nas políticas públicas de saúde e segurança alimentar e nutricional. A conselheira do CRN-8 Veridiane Sirota apresentou, em uma dessas reuniões, exemplos de casos práticos que infringiam o Guia do Acadêmico.

Além disso, os alunos participaram de uma atividade externa em 31/03, data em que se celebra o Dia da Saúde e Nutrição. Os estudantes participaram de uma ação social com o objetivo de orientar a população de Curitiba sobre a importância de uma alimentação saudável. As atividades foram realizadas em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC) e aconteceram no Sesc da Esquina, no centro da capital paranaense.

O projeto CRN-8 Jovem tem como objetivo aproximar o acadêmico de graduação em Nutrição e o acadêmico do curso técnico em Nutrição e Dietética do Paraná com o Sistema “Conselho Federal de Nutricionistas/Conselho Regional de Nutricionistas” (CFN/CRN).

“Essa aproximação traz diversos benefícios para o aluno. Com isso, o estudante passa a conhecer as resoluções e normas que são apresentadas em reuniões e, também, promove um senso da importância de valorizar a categoria profissional”, ressalta a coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch.

Confira as instituições que participam do projeto neste ano:

UniCuritiba

PUC-PR

UniBrasil EAD

Universidade Federal da Fronteira Sul

UniCesumar – NEAD – Maringá (PR)

Centro Universitário Internacional Uninter

Centro Universitário Integrado de Campo Mourão

Unipar

Faculdade Claretiano

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Centro Universitário Filadélfia – UniFil

Universidade Positivo

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Uniopet

Unicesumar Maringá

Centro Universitário Univel

Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil

FAP-Faculdade de Apucarana

UniDomBosco

CRN-8 integra o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná

CRN-8 integra o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) é o único representante do setor de saúde no Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná (Copedh). Os novos membros tomaram posse em cerimônia realizada no Palácio das Araucárias, em Curitiba, com a participação de representantes de organizações da sociedade civil, do governo estadual, da Assembleia Legislativa e órgãos do Sistema Judiciário.

“Somos a única entidade dentro do Conselho que representa o setor de saúde. Levamos a bandeira para que sejam discutidos mecanismos de erradicar a fome e fornecer segurança nutricional e alimentar para toda sociedade paranaense”, afirma a coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, que é a representante do Conselho no Copedh.

A presidente é Bruna Ravena, da Associação de Travestis e Transexuais de Foz do Iguaçu, e o vice-presidente é Santin Roveda, secretário da Justiça e Cidadania. Dezesseis entidades foram eleitas como titulares e suplentes para representar a sociedade civil na composição do Conselho de 2023 a 2025. O CRN-8 ficou com uma cadeira de suplente.

“O Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná é de fundamental importância e relevância para que tenhamos uma sociedade mais justa, igualitária e que assegure, de fato, os direitos humanos a todos os paranaenses”, afirma Carolina.

O Conselho tem por finalidade auxiliar na implementação e acompanhamento das políticas públicas na área de direitos humanos, em todas as esferas da administração pública estadual, a fim de garantir a promoção e proteção de toda a população paranaense.

O período eleitoral ocorreu entre abril, com a instalação da comissão eleitoral, até junho, com a nomeação dos membros eleitos. A votação foi de forma virtual durante a Assembleia do Copedh, no dia 16 de junho. Além das entidades, foram empossados membros do governo estadual, da Assembleia Legislativa e órgãos do Sistema Judiciário, que também compõem o colegiado.

Em audiência pública, presidente do CRN-8 sugere ações para o combate à obesidade

Em audiência pública, presidente do CRN-8 sugere ações para o combate à obesidade

Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná na última quinta-feira (22), a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro, apontou diversas ações que devem ser implementadas de forma conjunta para que medidas de prevenção e tratamento ao sobrepeso e à obesidade ocorram na sociedade.

         A audiência, intitulada “Ações Integradas para o Combate à Obesidade no Paraná”, foi proposta pelo presidente da Frente Parlamentar da Medicina, o deputado Ney Leprevost. O encontro reuniu diversos especialistas para abordar essa doença crônica, progressiva e que possui dados alarmantes: 70,71% de paranaenses então com sobrepeso e 36,79% são obesos. Os números estão acima dos nacionais, que apontam 68,6% de pessoas com sobrepeso e 33,98% com obesidade. Os dados foram apresentados à Assembleia Legislativa pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), uma das entidades que solicitou a audiência.

“O CRN-8 atua na garantia de Segurança Alimentar e Nutricional da população, e por ser a obesidade uma doença multifatorial, é que a pauta da obesidade se faz tão cara para todos os nutricionistas deste estado e do Brasil”, afirmou a presidente.

Cilene ressaltou que o alimento e a alimentação são fatores fundamentais para a prevenção e tratamento de várias doenças, inclusive da obesidade. “Esta escolha refere-se tanto as condições que definem as escolhas, quanto ao acesso aos alimentos saudáveis. Além de se fazer necessário implementar dispositivos legais para a regulação e a tributação de alimentos ultraprocessados”, ressaltou. Os ultraprocessados são os produtos cuja fabricação envolve várias etapas e técnicas de processamento e contêm muitos ingredientes, como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, snacks e macarrão instantâneo.

A presidente defendeu ainda a necessidade de se regular a publicidade de alimentos ultraprocessados para o público infantil, bem como instituir mecanismos legais para a regulamentação das cantinas escolares. “É necessário incentivar desde cedo a alimentação saudável”, aponta.

Cilene ainda sugeriu que se deve fortalecer as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional em escolas e Unidades Básicas de Saúde e também o Programa de Atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade. “É necessário o fortalecimento da Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, com ações e programas que garantam sua existência e realização. Ao mesmo tempo, são imprescindíveis ações de promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física”, salienta a presidente do Conselho.

De acordo com ela, é fundamental estabelecer um plano de cuidado para o alcance de peso recomendado na Atenção Primária à Saúde (APS). “Isso exige atenção especializada de nutricionistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Soma-se a isso, a necessidade de implementar planos terapêuticos individualizados na APS a partir da presença de nutricionistas”, reforça.

         Após a audiência pública, foi formado um grupo de trabalho com o objetivo de coletar informações e sugestões para um projeto de lei visando à saúde dos paranaenses, com a prevenção e o tratamento da obesidade.