CRN-8 assegura a aprovação do Estado para a reabertura de turmas do curso de TND em Londrina

CRN-8 assegura a aprovação do Estado para a reabertura de turmas do curso de TND em Londrina

Nos últimos dois semestres o Curso Técnico em Nutrição e Dietética no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, não teve autorização para abrir novas turmas. Diante desta situação, o Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) protocolou um ofício junto à Secretaria Estadual de Educação solicitando que fosse realizada a abertura de novas turmas ainda neste ano.

         Em resposta, a Secretaria emitiu um ofício no qual autorizou a abertura de uma turma para o 2º semestre de 2023. “Foi uma conquista não só do Conselho, mas de toda comunidade de Londrina e região”, salienta a presidente do CRN-8, Cilene Gomes Ribeiro.

Diante da importância do profissional Técnico em Nutrição e Dietética para Londrina e região e da grande procura pelo Curso, o Colégio percebeu que seria um prejuízo enorme a não abertura de novas turmas.

“Por isso, entendemos a necessidade de solicitar ao CRN-8 reivindicar junto à Secretaria a permissão para a abertura de novas turmas e a manutenção de tão importante curso gratuito aos alunos, no Colégio Estadual Polivalente”, explica a coordenadora do Curso, Gerusa Ayres.

“Nossa solicitação ao CRN8, para que intercedesse junto à SEED pela autorização de novas turmas do Curso Técnico em Nutrição e Dietética, foi frutífera. O CRN-8 prontamente nos atendeu e isto foi fundamental”, complementa.

Gerusa relata que o curso de TND no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, está em funcionamento desde o ano de 2016. Nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia da Covid-19, o curso sofreu com as dificuldades apresentadas pelos estudantes no acompanhamento das aulas no sistema remoto, e também após o retorno, no sistema presencial.

“Alunos que iniciaram no sistema remoto tiveram dificuldades no retorno presencial e isso gerou elevado índice de evasão, fazendo com que a Secretaria de Estado da Educação não autorizasse a abertura de novas turmas nos dois últimos semestres”, enfatiza a coordenadora.

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram com o deputado estadual Paulo Gomes, sua equipe e técnicos da Comissão da Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná para debater melhorias na legislação sobre alimentação nas escolas públicas e privadas do Paraná.

“Pretendemos atualizar a lei em vigor, conscientizando a população sobre a necessidade de uma alimentação saudável nas cantinas das escolas particulares e públicas do estado”, salienta Cilene. Durante a reunião, ficou definido que será agendada uma audiência pública para debater o tema junto à sociedade civil organizada. Provavelmente, a audiência irá ocorrer em agosto nas dependências da Assembleia Legislativa.

A partir de então, serão debatidos quais pontos poderão ser aperfeiçoados nas legislações já existentes. O CRN-8 defende que seja proibida a comercialização, no ambiente escolar, de alimentos e bebidas ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos e refrigerantes.  O Conselho também acredita que deve ser revista a comercialização, no ambiente escolar, de preparações à base de frituras e de preparações com a adição de gordura hidrogenada em seu preparo.

A cantina escolar também deveria disponibilizar pelo menos uma opção de alimento ou preparação e uma opção de bebida aos escolares portadores de necessidades alimentares especiais, tais como diabetes, doença celíaca, intolerância à lactose e outras alergias e intolerâncias alimentares.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. Neste ambiente de educação é que se encontra a Cantina Escolar, a quem cabe também um papel ativo muito importante como estimuladora de hábitos alimentares saudáveis e influenciadora na formação do indivíduo, dentro do ambiente escolar que serão exercidos também fora daquele ambiente”, ressalta a presidente.

Atualmente o Paraná conta com a Lei 14.423/2004, que dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas e com a Lei 14.855/2005, que trata sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. O CRN-8 defende que ambas as legislações precisam ser atualizadas.

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

Durante este mês é realizada a campanha Junho Laranja, que tem o objetivo de difundir informações sobre o diagnóstico e prevenção de anemia e leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.

ANEMIA      

A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.

Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro.  O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Os principais sinais e sintomas são: cansaço generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças e apatia.

LEUCEMIA

Já a leucemia é causada pela produção desenfreada de glóbulos brancos pela medula óssea. As células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis do corpo e resultando na queda brusca da imunidade corporal. Entre os sintomas estão palidez, cansaço, infecções persistentes, hematomas, fraqueza, febre, dores nas articulações e anemia.

                 Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO

A nutricionista Fernanda Fugolar explica que a anemia por carência de nutrientes pode ser prevenida com alimentação saudável. “Deve-se ingerir alimentos que são fontes de ferro, como: carne, peixe, frango e leguminosas. Também deve-se consumir alimentos fonte de vitamina B12: peixes, carnes, ovos leite e derivados; e de ácido fólico: vegetais folhosos verde escuro, oleaginosas e sementes, leguminosas, grãos integrais e cereais enriquecidos”, aponta.

            Em relação à leucemia, a alimentação não tem relação com a origem da doença, portanto não há como prevenir através da nutrição. “Porém, sabemos que indivíduos que possuem uma alimentação saudável e que são bem nutridos, se tiverem o diagnóstico de leucemia terão menos fatores de risco durante o tratamento. Ou seja, apesar da alimentação não ter relação com origem da doença, o paciente nutricionalmente mais saudável tende a ter mais sucesso durante o tratamento”, ressalta.

TRATAMENTO

Durante o tratamento de anemia, o nutricionista deve estabelecer estratégias para a oferta adequada de nutrientes, sempre de acordo com as recomendações por faixa etária e sexo. “Além de estabelecer no plano alimentar condutas a fim de otimizar a absorção de nutrientes”, salienta Fernanda.

No caso da leucemia, o nutricionista é essencial em todas as etapas do tratamento, que pode ser longo. Cabe ao profissional sempre adequar a oferta de nutrientes para cada fase específica do tratamento da doença. “O profissional deve estar apto a identificar os efeitos colaterais que podem surgir em cada período do tratamento e afetar tanto a ingestão alimentar como o estado nutricional do paciente, assim como ajustar a conduta dietoterápica, verificar a necessidade de suplementar ou fazer uso de via alternativa de alimentação conforme o estado nutricional do paciente e sintomas apresentados”, explica a nutricionista.

Ela ressalta que, em ambos os casos, o papel do nutricionista é principalmente trabalhar com a alimentação, com “comida de verdade”, sem restrições desnecessárias, mas sempre conforme a ciência e as recomendações de órgãos oficiais. “Quando necessário, deve-se suplementar ou fazer uso de via alimentar alternativa, sempre segundo as recomendações específicas”, salienta Fernanda.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Com a participação de diretores, conselheiros federais, colaboradores do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), presidentes e conselheiros dos 11 Conselhos Regionais de Nutricionistas, representando o Sistema CFN/CRN,  foi lançada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, na terça-feira (30), a Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista. O evento também marcou a divulgação da agenda legislativa, com as pautas acompanhadas pelo CFN, em Brasília (DF).

Para o coordenador da Frente, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), os nutricionistas são profissionais essenciais para a sociedade brasileira. “Na legislatura passada realizamos diversos eventos para traduzir o sentimento de vocês para esta Casa. Vamos trabalhar ainda mais, de forma incansável pela valorização da profissão de vocês. Contem com a gente e viva a Nutrição”.

O presidente do CFN, nutricionista Élido Bonomo destacou a importância da instalação da Frente Parlamentar com a participação das entidades de Nutrição. “Temos um conjunto de projetos para debater com o Congresso Nacional, visando garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e o nosso compromisso com a categoria para fortalecer cada vez mais a nossa profissão”.

Também participaram da solenidade os deputados federais Erika Kokay (PT-DF) e Delegado da Cunha (PP-SP); Glaucia Medeiros, diretora da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran); Alexandra Silva, diretora da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN) e Alice Beatriz, representante da Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição (ENEN). A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, esteve presente no evento.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso. Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

Doar leite materno vai além de ser um gesto de amor e compaixão. A atitude pode salvar vidas. Nem todos bebês conseguem fazer a sucção do alimento. As mães podem passar por situações de saúde, como estresse e ansiedade, que levam à diminuição da produção de leite. Há situações ainda de crianças internadas que, por algum motivo, não podem ser amamentadas diretamente no seio materno. As causas variam e os bancos de leite materno se transformam em uma solução para a amamentação destes bebês.

            Neste dia 19 de maio celebra-se o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano. Instituído pela Lei 13.227/2015, a data tem como objetivo estimular a doação de leite materno, divulgar os bancos de leite humano nos municípios e nos estados, além de promover debates sobre a importância do aleitamento materno e sua doação.

            O leite materno é considerado o melhor alimento disponível para os bebês. O alimento diminui o risco de infecções e alergias, além de melhorar o desenvolvimento fisiológico do bebê.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. Mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.

            De acordo com a nutricionista materno-infantil Nádia Rafaela dos Santos, o leite humano é o alimento mais adequado que o bebê pode receber. “O leite é apropriado em calorias, gorduras, proteínas vitaminas e água. Ele é considerado alimento padrão-ouro, já que é o único capaz de promover tudo que o bebê necessita até os seis meses de idade. Além disso, o leite materno é o único leite que promove anticorpos, sendo considerado a primeira vacina do bebê”, explica a nutricionista.

Algumas indústrias oferecem alternativas para as mães que não conseguem amamentar os bebês, porém não supre totalmente a falta do leite. “Embora as indústrias tentem se aproximar cada vez mais da composição do leite humano, dizemos que o leite humano é um alimento vivo, e só ele é capaz de se adaptar às necessidades do bebê, de aumentar a produção de anticorpos, por exemplo, em uma situação de adoecimento”, ressalta Nádia.

SERVIÇO:

Quem Pode doar: Mães com produção de leite em quantidade e que não façam uso de medicamentos que sejam contraindicados durante o período de amamentação.

Como doar: Para doar basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo a agende uma visita. Será feito um cadastro (que pode ser presencial ou por telefone) e a mãe será orientada sobre como fazer a doação de maneira correta. Depois isso, a mãe vai receber os materiais esterilizados necessários para a doação do leite materno.

Nutricionistas podem atuar com práticas  integrativas como possibilidades terapêuticas

Nutricionistas podem atuar com práticas  integrativas como possibilidades terapêuticas

Os nutricionistas podem atuar com o uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como possibilidades terapêuticas. As Resoluções 679 e 680, ambas de 2021, normatizaram as PICS e a Fitoterapia como ferramentas profissionais para complementar o atendimento aos pacientes. No entanto, para atuar nessas áreas, é necessário registrar a documentação de habilitação destas especialidades junto aos Conselhos Regionais de Nutrição e Conselho Federal de Nutrição (CFN). O paciente também pode conferir os nutricionistas habilitados para adoção da Fitoterapia e demais PICS no site.

Segundo o Ministério da Saúde, as PICS são tratamentos que fazem uso de recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e utilizados na prevenção de diversas doenças, como hipertensão e depressão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas. É importante ressaltar que as PICS não substituem o tratamento tradicional, mas, sim, funcionam como um complemento no tratamento.

As PICS autorizadas pela Resolução 679/2021 do CFN são: apiterapia (exceto apitoxina); aromaterapia; Arteterapia; ayurveda; biodança; bioenergética; cromoterapia; dança circular; homeopatia; imposição de mãos/reiki; medicina antroposófica; medicina tradicional chinesa (como, auriculoterapia e práticas corporais; meditação; musicoterapia; reflexoterapia; shantala; terapia comunitária integrativa; terapia de florais; e yoga.

 Na Resolução CFN nº 680, os nutricionistas encontram informações sobre a regulamentação da prática de fitoterapia na assistência nutricional e dietoterápica. A aplicação da fitoterapia pelo nutricionista trata do uso de plantas medicinais em suas diferentes preparações, englobando plantas medicinais in natura, drogas vegetais e derivados vegetais, com exceção de substâncias ativas isoladas ou altamente purificadas, administradas exclusivamente pelas vias oral e enteral. A resolução prevê ao profissional a necessidade de incluir no prontuário do paciente a justificativa do uso do fitoterápico. Vale lembrar que a Resolução CFN 681/2021, que regulamenta a prática de acupuntura pelo nutricionista foi suspensa por determinação judicial.

Nutricionista, conselheira e delegada do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Kelly Franco é especialista em Fitoterapia e utiliza, quando necessário, o tratamento em seus pacientes. “A fitoterapia traz estratégias antioxidantes e anti-inflamatórias devido ao suporte nutricional na riqueza de fitoquímicos e compostos bioativos, tendo como finalidade auxiliar na prevenção e no tratamento de diversas patologias”, explica.

Kelly ressalta que, aliado ao tratamento nutricional convencional, “o uso de fitoterápicos alivia os sintomas de doenças crônicas, além de possuírem aplicações para todo o sistema corporal. Com isso, complementa-se a ação do nutricionista através da inclusão dos compostos bioativos e os fitoquímicos ajudam na melhora da saúde humana em conjunto com ação das vitaminas e dos sais minerais do metabolismo primário da planta”.

Leia as Resoluções:

679/2021

680/2021

Conselho Regional de Nutricionistas publica Relatório de Gestão de 2022

Conselho Regional de Nutricionistas publica Relatório de Gestão de 2022

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região publicou o Relatório de Gestão do ano de 2022. O Relatório tem como objetivo apresentar um balanço das atividades institucionais desenvolvidas pelo CRN-8 no último ano. O documento foi publicado em 30 de março no Portal de Transparência da entidade. O Relatório também apresenta aos órgãos de controle interno e externo a prestação de contas anual da qual as autarquias federais estão obrigadas, como previsto nos termos do artigo 70 da Constituição Federal, de acordo com as deliberações da Decisão Normativa do Tribunal de Contas da União 84/2020 e das orientações do órgão de controle interno.

O documento foi estruturado para facilitar a compreensão sobre a utilização dos recursos financeiros na fiscalização e na normatização e orientação do exercício profissional do Nutricionista e do Técnico em Nutrição e Dietética (TND), assim como na defesa do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequada. O material está dividido em seis capítulos incluindo a Mensagem da Presidente e Apresentação. O documento conta com 94 páginas. Os demais capítulos são: Visão Geral Organizacional e Ambiente Externo; Riscos, Oportunidades e Perspectivas; Governança, Estratégia e Desempenho; Informações Orçamentárias, Financeiras e Contábeis. 

O Relatório de 2022 marca o primeiro ano da nova gestão, cujo mandato segue até 2024. A Presidente do Conselho, Cilene Gomes Ribeiro, destaca a importância do ano para a reconstrução e o desenvolvimento de novas ações do CRN-8. “Tivemos uma necessidade de reconstrução de muitas estruturas, de pensamentos de alguns processos e de estratégias. Foi um ano que houve uma reorganização devido ao novo mundo pós-pandemia da Covid-19, com novas ações e atividades que trouxeram novas responsabilidades”, afirma.

A presidente ainda ressalta a importância da atuação do Conselho junto ao profissional, ao mercado e a sociedade. “O período pós-pandemia da Covid-19 gerou várias necessidades de organização, releitura de todos os fatos e processos, uma busca maior sobre o que o mercado quer e o que ele precisa e a busca para solucionar os desafios para os nutricionistas e os técnicos em nutrição e dietética”, assinala.

Para o ano de 2023, o Conselho visa iniciar novos projetos para o nutricionista, a sociedade e o mercado e também objetiva a manutenção das bases de reestruturação realizadas no ano anterior. “Projetamos para 2023 uma série de ações para realmente conseguirmos nos aproximar cada vez mais do mercado, auxiliando o profissional e a população. Como é o segundo ano da gestão, pretendemos fazer com que todos os nossos projetos sejam aprimorados e outros sejam iniciados para que a gente possa dar encaminhamento até 2024 a fim de deixar para a próxima gestão algo consolidado e construído”, ressalta Cilene.

Comer chocolate com moderação pode ser benéfico para a saúde

Comer chocolate com moderação pode ser benéfico para a saúde

Comer chocolate com moderação pode ser benéfico para a saúde e trazer prazer e felicidade para muitas pessoas. Isso porque o chocolate contém antioxidantes que ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, além de aumentar a produção de serotonina no cérebro, o que melhora o humor e alivia o estresse.

“Mas, é importante lembrar que o chocolate é um alimento rico em calorias e gorduras e o consumo excessivo pode levar ao ganho de peso e outros problemas de saúde”, alerta a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro. Além disso, alguns chocolates contêm aditivos e açúcares adicionais que podem ser prejudiciais à saúde se consumidos em grandes quantidades.

Por isso, ela ressalta que a recomendação é comer apenas uma porção de chocolate diariamente, em torno de 30 gramas – o que equivale a uma barrinha pequena. “Isso para aquelas pessoas que têm uma boa saúde, um peso adequado e que praticam exercício físico. As pessoas sedentárias, com obesidade ou doenças, como diabetes, devem tomar cuidado com a ingestão de chocolate”, alerta Cilene.

Dessa forma, é importante consumir chocolate com moderação e escolher opções de alta qualidade: com maior teor de cacau e menos açúcares adicionados. “Se você tem alguma preocupação em relação à sua saúde, consulte um profissional de saúde antes de fazer grandes mudanças em sua dieta”, afirma a presidente do Conselho.

NOVA ROTULAGEM

Nesta Páscoa, o consumidor pode utilizar a nova rotulagem de alimentos, que entrou em vigor em 2022, para fazer suas escolhas. “Os novos rótulos podem ajudar na escolha de alimentos mais saudáveis, já que devem fornecer informações sobre o conteúdo nutricional dos produtos. Isso torna mais fácil para os consumidores entenderem o que estão comprando e fazer as suas escolhas”, ressalta Cilene.

A nova rotulagem de alimentos é composta por um conjunto de informações padronizadas, que incluem a lista de ingredientes, a tabela nutricional e um selo que indica se o produto é rico em nutrientes importantes ou contém quantidades elevadas de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.

Ao ler o rótulo de um produto de chocolate, por exemplo, os consumidores podem verificar a quantidade de açúcares adicionados e gorduras saturadas presentes no produto. “Além disso, eles podem escolher produtos com um selo de nutrientes, como o de alto teor de cacau, que indica que o produto contém um teor mais elevado de cacau, que é rico em antioxidantes e pode gerar vários benefícios para a saúde” salienta a presidente do Conselho.

Você sabe como escolher chocolate?

Os principais pontos que podem ser considerados:


Teor de cacau:quanto maior a quantidade de cacau, melhor! Os potenciais benefícios do consumo moderado de chocolate, como a capacidade antioxidante, cardioprotetora e anti-inflamatória, estão associados aos polifenóis do cacau. Logo, dê preferência aos chocolates que apresentam maior percentual de cacau, como os chocolates intensos, que possuem 70% de cacau ou mais.


Açúcar: evite o açúcar como primeiro ingrediente! Na lista de ingredientes, os componentes estão listados em ordem decrescente, ou seja, o primeiro está presente em maior quantidade no alimento. Opte por produtos compostos essencialmente por cacau e cuja lista de ingredientes inicie com “cacau”, “massa de cacau”, “pasta de cacau” ou “cacau em pó”.


Gordura: prefira aqueles que utilizam apenas “manteiga de cacau” como fonte de gordura a aqueles com gorduras advindas de outras fontes como “gordura vegetal”, “gordura láctea” ou “gordura hidrogenada”.


Clean Label: procure por opções Clean Label (rótulo limpo), compostas apenas por ingredientes que reconhecemos e que podemos encontrar em nossas cozinhas.


Tipos  de chocolate:
Extra Amargo:
 contém algo entre 76% e 90% de cacau, além de manteiga de cacau. Há opções sem ou com pouquíssimo açúcar. O cacau possui propriedades que beneficiam as funções cardíacas, equilibram o colesterol bom e ruim e aliviam o estresse. Contém teobromina, que melhora o humor e funciona de forma semelhante à cafeína (é devido a esta substância que o chocolate é tão viciante!) e também apresenta antioxidantes, que previnem doenças e o envelhecimento precoce, além de fibras.


Amargo: com o percentual de 51% a 75% de cacau (sólidos de cacau e manteiga de cacau), essa opção normalmente vem com mais açúcar do que o Extra Amargo, mas possui ótimas quantidades de cacau e todas as suas qualidades e benefícios.


Meio Amargo: tem em torno de 35% a 50% de cacau. Sua composição é bem diversificada, conforme a marca do chocolate, mas é comum que contenha bastante açúcar, a exemplo do chocolate ao leite, e gordura. No entanto, é uma opção muito boa para aqueles que não apreciam o sabor forte do Extra Amargo e do Amargo.


Ao Leite: contém aproximadamente de 10% a 25% de cacau, que inclui cacau sólido, manteiga de cacau e mais de 12% de leite e açúcar. Um dos mais doces que existem, portanto representa um incremento bem grande de calorias na dieta, provenientes principalmente do açúcar, mas também da gordura do leite, da manteiga de cacau e de outras gorduras adicionadas. Aumenta as chances de engordar, se consumido em grande quantidade, ainda mais se sua dieta já for rica em outros carboidratos.


Branco: seus componentes principais são: leite, manteiga de cacau e açúcar. E, muitas vezes, a manteiga de cacau é quase totalmente substituída por gordura vegetal hidrogenada (a de pior qualidade biológica). Sendo assim, não traz benefícios relevantes para a saúde e deve ser consumido com bastante moderação.


Diet: é aquele que não contém algum nutriente. Usualmente, os chocolates diet são assim chamados por não possuírem o açúcar.


Light: Contém algum nutriente em menor quantidade. Sua composição pode variar muito. Por isso, fique atento ao rótulo e veja qual nutriente ele tem a menos e se possui algum em altas quantidades, em comparação a um chocolate normal.

Nutricionistas exercem papel fundamental no combate à obesidade

Nutricionistas exercem papel fundamental no combate à obesidade

Neste 4 de março celebra-se o Dia Mundial da Obesidade. O combate a essa doença, que afeta quase 1 bilhão de pessoas no mundo, exige a atuação de um nutricionista. Será esse profissional que irá adequar e adaptar a alimentação do indivíduo, atuando na prevenção e no tratamento de pessoas com obesidade.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 apontou que a cada dez brasileiros, seis apresentavam problemas de excesso de peso ou obesidade, o que aumenta o risco de ter problemas de saúde como infarto, diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas em todo o planeta – adultos e crianças – ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas.

São diversos fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença, como predisposição genética, uso de determinados medicamentos, condições socioeconômicas, questões comportamentais, entre outros. A conselheira e nutricionista do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Letícia Mazepa classifica o estilo de vida como uma das principais causas da doença.

“Sem dúvidas o estilo de vida é um dos principais responsáveis pelo aumento do risco dessa patologia, o que inclui uma alimentação com excesso de calorias, rica em produtos ultraprocessados, açúcar, gordura saturada e o sedentarismo”, afirma.

Como a doença possui várias causas é necessário que o tratamento seja realizado através de uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, profissionais de educação física e psicólogos, por exemplo. Cabe ao nutricionista identificar e avaliar as mudanças que podem ser implementadas na rotina do paciente para melhorar a qualidade da alimentação e o aporte de nutrientes. Trata-se de uma reeducação alimentar.

“O nutricionista auxilia nos ajustes quantitativos e qualitativos do padrão alimentar. Além dos ajustes na dieta em si, o nutricionista trabalha com a percepção do indivíduo frente à alimentação, especialmente na presença de distúrbios alimentares”, afirma Letícia. Com isso, o foco é ajudar na mudança do comportamento alimentar do paciente.

“A partir da primeira conversa com o nutricionista já é possível aplicar mudanças que vão contribuir com o emagrecimento. Os reflexos dessas mudanças são individuais, ou seja, depende das características metabólicas, da conduta que foi definida e especialmente da adesão ao tratamento”, completa a conselheira do CRN-8.

O acompanhamento nutricional para pessoas com obesidade é imprescindível, principalmente quando se identifica a presença de uma relação conturbada com o alimento, como: apetite excessivo, dificuldade em controlar a saciedade e aumento significativo do peso corporal. “O acompanhamento nutricional é sempre bem-vindo, afinal, a ausência da obesidade não representa, necessariamente, boa saúde. Quanto antes iniciar o tratamento, menores os riscos de agravar o ganho de gordura corporal e as possíveis consequências da patologia”, alerta Letícia.

         ESPAÇOS COLETIVOS

A conselheira ressalta ainda a importância dos nutricionistas em espaços públicos e coletivos. Segundo ela, para uma prevenção mais efetiva da obesidade, o nutricionista deve estar presente em ambientes coletivos, como escolas, unidades de saúde, hospitais, instituições de longa permanência para idosos e em órgãos de gestão da saúde.

“A presença do nutricionista nesses ambientes é essencial no processo de educação alimentar e nutricional. Com isso, é possível agir frente aos indicadores associados à saúde e obesidade e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas na busca do acesso da população ao atendimento especializado e, principalmente, à uma alimentação adequada e saudável”, ressalta Letícia.

         A DATA

Desde 2020, a Federação Internacional da Obesidade celebra o Dia Mundial da Obesidade em 04 de março. O objetivo é coordenar os esforços para reconhecer a obesidade como uma doença multifatorial e crônica, que se tornou um dos maiores problemas de saúde pública. Até 2019, a data adotada para celebrar o Dia Mundial da Obesidade era 11 de outubro.

Plataforma e-Nutricionista permite consultas por videoconferência

Plataforma e-Nutricionista permite consultas por videoconferência

A plataforma ‘e-Nutricionista’ permite que os nutricionistas realizem consultas por videoconferência. Essa prática passou a ser autorizada durante a pandemia da Covid-19 devido à necessidade de atender pacientes de modo não presencial.

Autorizada pela Resolução 666, de setembro de 2020 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), a teleconsulta só pode ser realizada por profissionais devidamente cadastrados no portal ‘e-Nutricionista’ e que estejam com a inscrição ativa no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN).  

Para efetuar a inscrição na plataforma, o profissional deve acessar o site https://enutricionista.cfn.org.br/. De acordo com a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região, Letícia Mazepa, a inscrição na plataforma auxilia na segurança tanto do cliente quanto do nutricionista. “É uma forma de proteger e valorizar a categoria, especialmente no momento em que profissionais não habilitados, bem como leigos, são constantemente deflagrados vendendo serviços inerentes à prática do nutricionista e consequentemente, colocando em risco a vida da população”, ressalta.

A inscrição no portal deve ser realizada antes do nutricionista iniciar a prática de teleconsultas. O nutricionista que prestar teleconsultas sem estiver cadastrado no e-Nutricionista estará sujeito às penalidades previstas nas normas do Sistema CFN/CRN.

A conselheira Letícia ainda elenca alguns benefícios do teleatendimento na assistência nutricional ao paciente, como redução de custo e a facilidade no acesso ao serviço. “A teleconsulta pode ser realizada na inviabilidade de deslocamento do paciente e o profissional deve estar atento na realização de uma avaliação mais completa possível, especialmente devido à dificuldade de aplicação de algumas ferramentas para o diagnóstico nutricional, como a avaliação física”, alerta.

Portal e-Nutricionista