CRN-8 participa do debate para criação de Políticas Públicas em Londrina

CRN-8 participa do debate para criação de Políticas Públicas em Londrina

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro, participou de uma reunião pública que teve como tema a criação de Políticas Públicas para prevenção de doenças crônicas e degenerativas no Sistema Único de Saúde. O evento aconteceu na semana passada na Câmara Municipal de Londrina.

            Cilene ressaltou que a alimentação adequada é um caminho para a prevenção e destacou que 54,7% das mortes no Brasil em 2019 foram causados por doenças crônicas não-transmissíveis, como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes, se referindo a dados do Ministério da Saúde. “De alguma maneira a gente tem sim que pensar em políticas de prevenção. Outra coisa que queria reforçar é que, pelos dados do SUS (Sistema Único de Saúde) de 2018, o Brasil gastou R$ 3,4 bilhões com hipertensão, diabetes e obesidades. São dados muito significativos”, afirmou Cilene.

            No evento estavam presentes também profissionais de saúde e educação física, de conselhos de classe, conselhos municipais, universidades e órgãos públicos. O evento foi organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos e Bem-Estar da Pessoa Idosa, formada pelos vereadores Lu Oliveira, Eduardo Tominaga, e Beto Camabará. Além dos convidados presentes, o evento foi transmitido pelo Youtube e Facebook.

            A presidente da comissão vereadora Lu Oliveira (Republicanos) defendeu que, o SUS possa ofertar serviços de prevenção a doenças como a hipertensão arterial e diabetes tipo 2, principalmente em idosos.

            “Essas doenças poderiam ser prevenidas, existem tantas outras doenças que poderiam ser evitadas, e quando não são acabam evoluindo e aumentam os custos de internações. Segundo dados do Ministério da Saúde, a internação de um idoso custa 30% a mais para o SUS, do que de um adulto com idade entre 25 e 59 anos. Essa conta vai aumentar e vai exigir investimentos para que o SUS se adapte ao novo perfil da população brasileira”, ressaltou.

            A secretária municipal do Idoso de Londrina, Andrea Bastos Ramondini Danelon, relata que 18% da população londrinense está acima dos 60 anos. Andrea diz que já existe na cidade uma política pública para os idosos, porém ainda tem muito que se avançar. Um exemplo que ela cita é os Centros de Convivência dos Idosos (CCIs) que possui atividades de prevenção a doenças.

            “A gente faz a prevenção, porque os centros de convivências não deixam de fazer prevenção com atividades físicas, atividades cognitivas e todas as ações, mas a gente também trabalha com aquele idoso que já está doente”, afirma a secretária.