ENCONTRO REGIONAL DEBATE ENSINO À DISTÂNCIA NA ÁREA DE NUTRIÇÃO

ENCONTRO REGIONAL DEBATE ENSINO À DISTÂNCIA NA ÁREA DE NUTRIÇÃO

Ao final, a Comissão de Formação Profissional do CRN-8 ressaltou que existem vários desafios para a construção de uma formação profissional na área da saúde com qualidade

O Encontro das Comissões de Formação Profissional – Região Sul, realizado em outubro pelo Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), teve a participação de membros das Comissões de Formação Profissional do CRN-2 (RS), CRN-10 (SC) e CRN-8 e debateu o ensino à distância (EAD) da área e suas implicações. Além disso, o evento visou criar estratégias e mecanismos para aperfeiçoar a formação profissional dos universitários.

O professor universitário do curso de Nutrição Alisson David relata que cerca de 69% dos alunos optam pelo ensino à distância pela flexibilidade dos horários. A situação se intensificou durante a pandemia da Covid-19. “A pandemia nos obrigou a sair da zona de conforto e a buscar ferramentas para melhorar para o aluno e também para o professor”, afirma.

A professora de ensino superior Rubia Daniela Thieme concorda que a pandemia acelerou o processo de EAD, o que forçou o professor a se adaptar para ministrar aulas à distância. “Houve um aumento no número de estudantes de EAD”, constata.

Entretanto, ela alerta para pontos que precisam ser avaliados criteriosamente. Rubia aponta que esse modelo ao mesmo que tempo que ajuda na democratização do ensino pode levar a uma desvalorização do próprio professor. “Os docentes ministram aulas nos cursos EAD para várias turmas durantes vários finais de semana, ou durante a semana, com um número excessivo de estudantes, gerando mais trabalhos para serem corrigidos, por exemplo, ocorrendo um barateamento da mão de obra e uma desvalorização do profissional”, ressalta.

A professora afirma que a instituição de ensino deve oferecer suporte técnico para o professor. “Muitas vezes, o ambiente doméstico acaba se tornando o ambiente de trabalho. Por isso, algumas universidades começaram a arcar com os custos da internet e equipamentos, mostrando, assim, outra maneira de valorização deste profissional”, aponta Rubia.

Ao final, a Comissão de Formação Profissional do CRN-8 ressaltou que existem vários desafios para a construção de uma formação profissional na área da saúde com qualidade e que essa realidade se estende tanto para os cursos presenciais quanto os à distância.