Eleição dos novos conselheiros do CRN-8 acontece em setembro
O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) irá realizar eleição para decidir os novos conselheiros que assumirão as vagas de 2024 até 2027. A eleição vai acontecer nos dias 3 e 4 de setembro. A votação poderá ser realizada de forma presencial ou online. Neste ano, o CRN-8 registrou apenas a inscrição de uma chapa.
O voto é obrigatório para todos os nutricionistas com inscrição definitiva ou provisória, sob pena de pagar multa correspondente a 20% no ano da anuidade vigente. Para poder votar o nutricionista deve estar em ordem com o cadastro e a questão financeira junto ao CRN-8.
Para quem deseja votar presencialmente, é possível se dirigir até a sede do Conselho, em Curitiba (Rua Marechal Deodoro, 630, sala 203, no Edifício Centro Comercial Itália) ou na Delegacia de Londrina (Rua Dr. Elias Cesar, 55 – sala 1003, Jardim Caiçaras, Paraná Edifício City Hall Center). O horário de votação de forma presencial será das 8h30 às 16h30. Na forma remota o horário de votação inicia meia-noite do dia 3 e segue até 23h59 do dia 4.
Para quem tiver alguma dúvida sobre o processo eleitoral, devem encaminhar para o seguinte e-mail: comissaoeleitoral@crn8.org.br.
CRN-8 realiza evento em comemoração ao Dia do Nutricionista
O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) prepara uma programação especial para celebrar o Dia do Nutricionista, comemorado no dia 31 de agosto. As atividades contarão com a presença de representantes da diretoria do Conselho e também com membros do Conselho Federal de Nutricionistas. Além disso, será realizada uma palestra sobre saúde, tecnologia e inteligência artificial ministrada por Rafael Travisan, profissional com mais de 15 anos de experiência nas áreas de inovação, novos negócios, inteligência artificial e tecnologia e que atua na Escola Conquer in Company.
O evento comemorativo irá acontecer no dia 30 de agosto a partir das 19h30 no Hotel Mabu, rua XV de Novembro n° 830, no centro de Curitiba. A atividade será gratuita e já consta com mais de 180 inscritos – capacidade máxima do espaço. Para os profissionais que residem em Londrina, será transmitido o evento ao vivo e online na Delegacia de Londrina. Na oportunidade, também será realizada a entrega do Prêmio ‘Mila’ 2024. O Prêmio Maria Emília Daudt von der Heyde foi instituído em 2020 pelo CRN-8 em homenagem à Nutricionista que dá nome ao Prêmio por sua participação ativa na luta pelo reconhecimento da classe.
O Dia do Nutricionista foi instituído em referência à data de criação da primeira associação da categoria, a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), no Rio de Janeiro, em 1949, que deu origem à Federação Brasileira de Nutrição (Febran) e, posteriormente, à atual Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).
Atualmente, segundo o Conselho Federal de Nutricionistas, são mais de 200 mil profissionais atuando intensamente em prol da nossa população – sendo que mais de 11 mil atuam no Paraná.
O nutricionista é um profissional de extrema importância e relevância para garantir o direito à alimentação adequada e saudável que respeite a dignidade, os valores humanos e culturais. O nutricionista contribui diretamente para a promoção da saúde da população, mediante a garantia do exercício profissional competente, crítico e ético.
XV Encontro dos Coordenadores de Nutrição do Paraná reúne especialistas para discutir avanços e desafios da área
O Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8) realizou em 16/08 o XV Encontro dos Coordenadores dos Cursos de Graduação em Nutrição e Técnico em Nutrição e Dietética do Paraná. O evento, que ocorreu de forma híbrida, teve como objetivo promover discussões relevantes e compartilhar conhecimentos sobre a prática da nutrição, com foco nas novas tendências e desafios enfrentados pelos profissionais da área.
A abertura oficial do encontro foi conduzida por Cilene da Silva Gomes Ribeiro, presidente do CRN-8, que deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do evento para o fortalecimento da profissão no estado. A coordenadora da Comissão de Formação Profissional e Capacitação (CFPC) do CRN-8, Tatiana Marin discorreu sobre o tema central do encontro, além de apresentar os objetivos e a estrutura do evento.
A conselheira do Conselho Federal de Nutricionistas, Liliana Paula Bricarello, ministrou a palestra “Telenutrição: Da Teoria à Prática”. Foram discutidas as nuances e a aplicabilidade da telenutrição, uma área em crescimento que se tornou ainda mais relevante com o advento da pandemia e a necessidade de adaptações na prestação de serviços de saúde.
O Manual de Telenutrição foi elaborado com objetivo de orientar os nutricionistas de todo o Brasil quanto ao atendimento nutricional via Teleconsulta, e todos os demais serviços, a fim de fomentar uma atuação profissional comprometida com a ética e a bioética, visando à proteção da saúde da população.
Para ter acesso ao Manual tanto na versão em ebook interativo ou em PDF para baixar. Basta acessar o site do CFN: http://www.cfn.org.br. Para realizar a Telenutrição é necessário o cadastro na plataforma e-Nutricionista!
A coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, apresentou o “Guia Orientativo do Exercício Ilegal”. Esse guia visa esclarecer dúvidas e fornecer orientações para evitar a prática ilegal na nutrição, um tema de grande importância para a integridade e a ética da profissão. Além das palestras, os participantes puderam interagir e trocar experiências sobre as práticas e os desafios do dia a dia na nutrição. O Encontro proporcionou um espaço para a discussão de questões pertinentes ao evento e permitindo que os participantes compartilhem suas visões e experiências.
Leite em excesso, ‘pouco leite’, dores, demora na descida do leite, bebês com dificuldade inicial para sugar. Essas são algumas dificuldades e desafios que as mães enfrentam durante a amamentação. O aleitamento, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, não é um processo fácil. “Às vezes a gestante não é preparada para saber como funciona a amamentação. Tem alguns casos que a mãe pode sentir dor ou desconforto e, em outros casos, a criança pode sugar de forma errada. Isso pode causar fissuras e até provocar sangramento do mamilo”, afirma a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli Raymundo.
Esse assunto ganha ainda mais importância durante o mês de agosto, que é conhecido como “Agosto Dourado” por justamente simbolizar a luta pelo incentivo ao aleitamento humano. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. A Lei nº 13.435/2017 determina que no decorrer do mês de agosto serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
Há casos em que a mãe pode produzir leite em excesso e isso pode causar o chamado “ingurgitamento mamário”, que ocorre quando há o acúmulo de leite nas mamas, levando ao surgimento de sintomas como dor, rigidez, vermelhidão ou aumento do volume das mamas. Existem ainda casos em que ocorre uma infecção que é chamada de mastite, o nome dado à inflamação da mama, que pode progredir ou não para uma infecção. Nessa situação, uma parte da mama fica inchada, quente, avermelhada e dolorida, o que costuma causar dores no corpo, febre e mal-estar. Pode acontecer quando o leite fica muito tempo parado no peito ou por causa de rachadura no mamilo, que funciona como uma porta de entrada para bactérias.
Outra questão que surge é quando a mãe acredita ter “pouco leite”. É importante saber que a maioria das mulheres produz uma quantidade suficiente de leite, desde que a criança sugue com frequência, por tempo e pega adequados, estimulando a produção do leite e o esvaziamento da mama. Além disso, é fundamental que a mulher esteja tranquila e segura na amamentação.
“As mulheres precisam ser bem orientadas durante o pré-natal, quer seja pelo obstetra, equipe de enfermagem ou nutricionista, mostrando para ela os desafios que ela vai ter e quais são as alternativas que vai encontrar”, salienta Gisele.
Benefícios
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. O leite materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita durante este período, sem a necessidade de se introduzir outros alimentos líquidos. O leite materno é necessário para suprir todas as necessidades da criança. “Ele tem todas as quantidades exatas de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e de outros compostos como os anticorpos para que o bebê seja saudável e tenha uma nutrição completa. Com o leite humano, as chances de a criança ter alergias também é reduzido”, aponta a nutricionista.
Ela ensina que a produção do leite materno é a partir do consumo de água. Então, é necessário que a mãe se hidrate muito enquanto estiver se amamentando. “É importante ter uma alimentação mais saudável possível porque os nutrientes que tem no leite são tirados do corpo da mãe”.
Além disso, segundo a nutricionista, a rede de apoio para a mulher é muito importante. “A mãe precisa de uma rede de apoio, pois ela leva muito tempo amamentando. Afinal, a mãe precisa se alimentar corretamente, descansar e fazer demais atividades”, ressalta Gisele.
Curitiba sedia três importantes encontros do Sistema CFN/CRN
Na última semana, o Sistema Conselho Federal de Nutrição/Conselhos Regionais de Nutrição (CFN/CRN) organizou importantes encontros em Curitiba, capital do Paraná. Durante quatro dias aconteceram três eventos reunindo os setores de ética e fiscalização de todo o Sistema. Foram realizados o X Seminário Nacional de Ética, o Encontro de Ética e Fiscalização (EtiFisc) e a XII Jornada de Atualização Técnicas dos Fiscais. As atividades foram realizadas no Hotel Mabu, no centro da cidade. A presidente Cilene da Silva Gomes Ribeiro, a coordenadora técnica Carolina Dratch, a coordenadora de Fiscalização Julisse Wagner e a conselheira Kelly Franco foram algumas das representantes do CRN-8 nos eventos. Também participaram fiscais e assistentes técnicos.
O Seminário abordou questões cruciais relacionadas à ética profissional na nutrição, enquanto o EtiFisc proporcionou um espaço para discussão e troca de experiências entre os profissionais de ética e fiscalização. A jornada técnica, por sua vez, focou na atualização das práticas e procedimentos dos fiscais, garantindo que estivessem alinhados com as mais recentes normativas e técnicas do setor.
Esse conjunto de atividades destacou-se não apenas pela relevância dos temas abordados, mas também pela oportunidade de promover a integração e o aprimoramento contínuo dos profissionais envolvidos.
No primeiro dia (06/08) foi a vez do Seminário de Ética, que contou com a presença da Coordenadora da Comissão de Ética do Profissional do CFN, a conselheira Lorena Chaves. Durante o evento foi realizada a apresentação dos CRNs, que apontaram os avanços e desafios da implementação dos setores de ética. Também foram realizados debates sobre as principais dificuldades da implementação da Resolução CFN 705/2021, que instituiu o Código de Processamento Ético-Disciplinar de nutricionista e de técnico em nutrição e dietética. Além disso, foi realizada uma mesa redonda a respeito da telenutrição a fim de fomentar uma atuação profissional comprometida com a ética e a bioética, visando à proteção da saúde da população.
O evento continuou na quarta-feira (07/08), com o Seminário EtiFisc CFN/CRN. A abertura contou com as participações de Élido Bonomo, Presidente do CFN, Maria Cristina Bignardi Pessôa, Coordenadora da Comissão de Fiscalização do CFN, e Lorena Chaves. O dia foi marcado por uma mesa redonda sobre o papel transformador do Sistema CFN/CRN na ética profissional, abordando casos de conflito de interesse e os limites do empreendedorismo, com contribuições de especialistas como Caroline Filla Rosaneli e Selma de Brito Gonçalves.
A programação também incluiu discussões sobre a interface entre ética e fiscalização, com a participação de Lorena Gonçalves Chaves Medeiros e Amilton Feitosa da Silva, além de um debate sobre as expectativas e realidades dessa interface. A inteligência artificial no contexto da ética e fiscalização profissional foi outro tema central, com palestra da Drª Rejane Frozza e moderação de Ivete Barbisan.
O evento também contemplou uma mesa redonda sobre a denúncia de exercício ilegal, com apresentações de Mario Thadeu Leme de Barros Filho e Elisa Alves Dias e Álvares, moderada por Deise Regina Baptista, conselheira do CFN. Essas atividades destacaram a importância da atualização contínua e da integração entre ética e fiscalização no campo da nutrição, reafirmando o compromisso do Sistema CFN/CRN com a excelência profissional e a conformidade regulatória.
O evento avançou para a XII Jornada de Atualização Técnica dos Fiscais do Sistema CFN/CRN, que ocorreu de 8 a 9 de agosto. No dia 8, as atividades começaram com uma discussão sobre “O Papel Social do Fiscal do Sistema CFN/CRN”, seguida pela apresentação das “Diretrizes da Alimentação Escolar II” e um debate sobre o tema. A tarde contou com uma oficina abordando as dificuldades da prática fiscal e a construção de estratégias para superá-las. Além disso, a programação incluiu uma sessão sobre “Cuidado da Saúde Mental do Fiscal e Estratégias de Comunicação e Inteligência Emocional na Ação Fiscal”.
O dia 9 de agosto completou a jornada com atividades voltadas para a prática da fiscalização. O dia começou com um World Café sobre a fiscalização da telenutrição e seguiu com uma mesa redonda discutindo a atuação do nutricionista em diferentes setores, incluindo a indústria de alimentos, supermercados e bancos de leite.
CRN-8 participa de ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa
Alunos do Programa CRN-8 Jovem, orientados por profissionais do Conselho Regional de Nutrição do Paraná (CRN-8), participaram na última segunda-feira (29) de uma ação sobre saúde e segurança alimentar para população idosa evento gratuito, organizado pela Associação Comercial do Paraná (ACP) na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba. O evento foi gratuito.
Os estudantes foram previamente treinados para a atividade. Para o público de 20 a 60 anos foi aplicado um questionário previsto no Guia Alimentar “Como ter uma alimentação saudável” e também realizado orientações nutricionais.
Para o público acima de 60 anos, os alunos aplicaram uma pesquisa específica para a idade e oferecida orientações nutricionais. Também foram aferidas medidas antropométricas, como peso, altura, circunferência do braço e da panturrilha. Com essas informações, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e foi possível verificar se é necessário realizar alguma adequação alimentar.
A nutricionista Flávia Cristina Severo Grando participou do evento e foi a responsável por orientar os estudantes. “A demanda foi muito boa. As pessoas vieram sem pressa, as estudantes conseguiram fazer as avaliações e dar a devolutiva para as pessoas de acordo com questionário. Foi muito bom tanto para a população quanto para os estudantes na prática da profissão”.
Zacarias Lopes, de 63 anos e morador do bairro Tatuquara, passou pela pré-consulta e ficou muito feliz com o atendimento. “Foi um atendimento maravilhoso dos estudantes que me deram muitas dicas importantes sobre o procedimento para a minha alimentação”.
Os alunos voluntários do CRN-8 Jovem que participaram do evento foram: Ana Kelly Pereira do Nascimento Bueno, Elisa de Sousa, Flávia Sansaloni, Gabriele Vitoria Bartos Minoreto, Nicole Flores Pinto, Pamela Peixoto de Oliveira Loroza, Priscila Graunki, Sulamita dos Santos Magno, Tano da Silveira de Assis Bastos, Tatiane Bento da Silva, Tatiane dos Santos Britos, Thais Maria Silva, Maria Eduarda Casini Macedo, Elisa de Souza Oliveira, Patrícia dos Santos.
Também estiveram presentes no evento do Conselho Regional de Educação Física da 9º Região(Cref9), Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), Conselho Regional de Terapia Ocupacional da 8ª Região (Crefito8) e Conselho Regional de Odontologia do Paraná (CRO-PR). Ainda contou com apoio da Associação de Entidades de Mulheres do Paraná (Assempa), do Conselho de Segurança da Área Central (Conseg) e da Grau Técnico rede de ensino técnico.
CRN-8 passa a se chamar “Conselho Regional de Nutrição”
A lei 14.924, que entrou em vigor neste mês, renomeou os então Conselhos de Nutricionistas regionais e federal para “Conselho Regional de Nutrição” e “Conselho Federal de Nutrição”. Com isso, o então Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região passa a se chamar “Conselho Regional de Nutrição da 8ª Região”.
O CRN, como outros conselhos profissionais, é uma autarquia especial formada por profissionais da área para registrar, fiscalizar e disciplinar a profissão. A alteração está inserida na legislação que regulamentou a profissão de técnico em nutrição e dietética (TND), sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a nova legislação, os TNDs terão direito a um representante entre os conselheiros regionais, desde que o número de técnicos inscritos no CRN seja maior que 10% do total. A taxa a ser paga pelos técnicos ao CRN será a metade do valor arcado pelos nutricionistas.
Entre outras regras, a norma exige que o técnico tenha nível médio de ensino e seja inscrito no Conselho Regional de Nutrição (CRN). A inscrição no CRN do respectivo local de atuação será feita mediante comprovação de conclusão tanto do ensino médio (ou curso equivalente) quanto do curso profissionalizante de técnico em nutrição e dietética. O curso profissionalizante deve ter carga mínima entre 800 e 1.500 horas de aula.
No entanto, os profissionais sem esses requisitos que já atuam na área há pelo menos 12 meses, contados da publicação da lei, também poderão se inscrever no conselho.
Exercício profissional
Segundo a nova lei, os técnicos deverão atuar sob a supervisão de um nutricionista e poderão exercer as seguintes atividades, entre outras funções:
– Atuação técnica nos serviços de alimentação, como compra, armazenamento e avaliação de custos, quantidades e aceitabilidade dos alimentos;
– Treinamentos e supervisão de pessoal de cozinha e outros serviços de alimentação;
– Supervisão da manutenção dos equipamentos e do ambiente de trabalho;
– Assistência técnica em pesquisas na área.
Tramitação
A nova lei teve origem no Projeto de Lei (PL) 4.147/2023 , da Câmara dos Deputados. No Senado, a proposta recebeu ajustes no texto (emendas de redação) feitos pelo senador licenciado Efraim Filho (União-PB), que foi relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na avaliação dele, o exercício da profissão deve ter regras, por ser da área da saúde.
Além da CCJ, o PL 4.147/2023 foi aprovado nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), sob relatoria dos senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), respectivamente. Em Plenário, foi acatado no dia 19 de junho.
O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) realizou uma programação especial para celebrar o Dia do de Técnico de Nutrição e Dietética, comemorado em 27 de junho. O evento “Mercado de Trabalho e Novas Perspectivas: área de atuação do TND e o que se projeta para o futuro” aconteceu na sala de reuniões Praça San Marco do Shopping Itália, em Curitiba. O evento foi transmitido simultaneamente para a Delegacia de Londrina. Atualmente, 426 TNDs estão inscritos no CRN-8 – destes, 233 estão com situação cadastral ativa.
O evento contou com a presença da Presidente do Sindicato do Técnico em Nutrição e Dietética de São Paulo (Sintenutri), Maria de Lourdes, com a presidente do CRN-8, Cilene Ribeiro, e com a profissional Patrícia de Araújo.
Durante a abertura do evento, Cilene destacou a importância da aprovação do projeto de lei que regulamenta a profissão de TND em cenário nacional. “Um dos pontos bem significativos é que fica assegurada a participação de um representante dos TNDs junto aos Conselhos Regionais”, ressalta a presidente.
De acordo com o PL, os técnicos em Nutrição e Dietética devem atuar no treinamento de pessoal em serviços de alimentação, no acompanhamento da produção de alimentos e na supervisão do trabalho da equipe de cozinha. Os TNDs podem ainda fazer parte de grupos destinados à pesquisa na área e ao acompanhamento da produção e industrialização de alimentos.
O projeto também estabelece que a designação e o exercício da profissão são privativos daqueles com diploma expedido por escolas de nível médio ou de curso profissionalizante de técnico em Nutrição e Dietética. O exercício profissional dos técnicos deve ter supervisão de um nutricionista, que devem estar inscritos no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) de sua respectiva área de atuação.
Experiências
Maria de Lourdes, que preside o Sintenutri, compartilhou suas experiências profissionais à frente do sindicato paulista. Ela relatou como a entidade sindical funciona e visa assegurar os direitos trabalhistas da categoria. O Sintenutri é o primeiro sindicato instituído em território nacional para representar os TNDs.
“Celebrar o Dia do TND é celebrar a saúde. Com a regulamentação da categoria, vamos estar mais fortes no mercado de trabalho. As pessoas vão conhecer mais a categoria”, afirma. “O nascimento do Sindicato em São Paulo nasceu com o propósito de representar a categoria e de estar próximo à categoria. Como somos o primeiro sindicato dos TNDs no Brasil funcionamos como um modelo para que sejam implantados outros sindicatos nos demais estados”, complementa.
Já a Técnica Patrícia de Araújo, que está atualmente à frente de uma empresa do ramo de produção de alimentos, contou sobre suas experiências profissionais no mercado de trabalho. “O técnico tem suas habilidades e competências dentro do ramo. A regulamentação ajudará a abrir mercado de trabalho para quem se formou ou está se formando’, avalia.
Além do evento, o CRN-8 veiculou uma campanha na TV do Ônibus em Curitiba e na Rádio T de Londrina, Curitiba e Ponta Grossa a fim de enaltecer o papel desempenhado pelo profissional de TND na sociedade.
O Técnico em Nutrição e Dietética é um profissional fundamental na promoção, manutenção e recuperação da saúde individual e coletiva. O TND pode atuar em diversas áreas, tais como: alimentação coletiva, restaurantes, nutrição clínica, saúde pública, em indústrias e comércio de alimentos. É o TND que contribui para garantir a qualidade e a segurança alimentar. O profissional também pode participar de pesquisas e estudos relacionados à sua área de atuação.
Transmissão ao vivo do evento para a Delegacia de Londrina
Dados e projeções sobre obesidade infantil são preocupantes
Os dados sobre obesidade infantil são preocupantes. Levantamento do Ministério da Saúde revela que, em 2023, 5,7% das crianças entre 0 e 5 anos sofriam com este problema de saúde no Paraná. O dado faz parte de uma análise do Índice de Massa Corporal (IMC) de mais 389.300 crianças. De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério, outras 7,7% já estavam com sobrepeso. No cenário nacional, a situação não é diferente. O Atlas Mundial da Obesidade 2023, lançado em março pela Federação Mundial de Obesidade, projetou que o crescimento anual de crianças obesas pode chegar a 4,4%, o que significa um nível alerta muito alto.
Ainda segundo o Atlas, em 2020 o Brasil tinha 34% (15,58 milhões) do público de 5 a 19 anos convivendo com obesidade ou sobrepeso em 2020. O valor pode saltar para 50% (cerca de 20 milhões) de jovens em 2035. Neste dia 03 de junho celebra-se o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil, que tem o objetivo justamente de dar visibilidade ao tema e informar a população sobre os cuidados necessários para combater a doença.
Nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná, Ana Paula Garcia ressalta que uma criança que sofre com obesidade pode desenvolver graus mais severos da doença na vida adulta e ainda adquirir diversos problemas de saúde, como doenças respiratórias e ortopédicas, dores nas articulações, disfunções hepáticas, colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial, complicações metabólicas, dermatites, enxaqueca, entre outras. “A criança pode desenvolver depressão, sofrer isolamento social e solidão, enfrentar bullying e disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia, e ter baixa autoestima”, salienta a profissional.
A obesidade infantil pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. “Entre os fatores comportamentais, destacam-se a má alimentação e o sedentarismo. Além disso, a falta de atividade física regular, aliada ao aumento do tempo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogames, contribui significativamente para o ganho de peso”, alerta Ana Paula.
Para o tratamento de obesidade recomenda-se uma abordagem que inclui aconselhamento, planejamento alimentar e análise dos hábitos alimentares da criança e da família. “O nutricionista pode auxiliar desde a prevenção até o tratamento da obesidade infantil. Na prevenção, é importante que o nutricionista atue na educação alimentar e nutricional, participando de projetos, programas e políticas envolvidas no combate à obesidade infantil”, salienta. Já na fase do tratamento, o nutricionista deverá prescrever o plano alimentar mais adequado conforme as demandas e individualidades da criança, “além de monitorar e oferecer suporte contínuo, trabalhando dentro de uma equipe multidisciplinar”.
Dicas sobre obesidade infantil
– Realizar a amamentação durante os dois primeiros anos, ou mais. O leite materno é um alimento completo e está ligado à redução de infecções e doenças, como otites, doenças respiratórias, diabetes e obesidade infantil, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho.
– A reeducação alimentar para toda a família é um passo fundamental no combate à obesidade infantil. Quando todos unem esforços e praticam hábitos saudáveis há mais chances de as crianças também seguirem estes exemplos.
– Estimular a prática de exercícios físicos é crucial para aumentar o gasto calórico e ajudar na redução de peso.
-Quanto mais cedo a criança começar a praticar alguma atividade, maiores são as chances de ela se tornar um adulto ativo. Buscar esportes que a criança se identifique pode transformar o exercício em um hábito divertido. Incentivar brincadeiras que movimentem o corpo, como pega-pega, pular corda, amarelinha, dança e andar de bicicleta, também são excelentes opções.
– Controlar o tempo de exposição às telas é outro aspecto importante. O tempo que a criança passa em frente à televisão, computador, videogame ou celular pode influenciar um estilo de vida mais sedentário e prejudicar os hábitos alimentares. Recomenda-se que crianças até cinco anos não fiquem mais de uma hora em frente às telas.
– A falta de sono adequado pode contribuir para a obesidade. O relógio biológico da criança pode ficar desregulado, afetando hormônios que controlam o apetite.
Fonte: nutricionista e conselheira Ana Paula Garcia
Com o objetivo de estimular a doação de leite humano, sensibilizar a sociedade, promover debates sobre a importância da amamentação da doação de leite humano, foi celebrado no último dia 19/05 o Dia Mundial e Nacional de Doação do Leite Humano. No Brasil, a Lei nº 13.227, de 2015, instituiu o Dia e a Semana Nacional de Doação de Leite Humano.
A prática do aleitamento está relacionada a inúmeros benefícios. O leite materno tem todos os nutrientes de que o bebê precisa até os seis meses de vida, protegendo-o contra diversas doenças. Após a amamentação exclusiva, uma alimentação complementar adequada e saudável deve ser oferecida e a amamentação deve continuar em paralelo até, pelo menos, o segundo ano de vida.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o aleitamento materno de longa duração também contribui para a saúde e o bem-estar das mães, reduzindo o risco de câncer de ovário e de mama e ajudando a espaçar gestações. Segundo dados da OPAS, no mundo, apenas quatro em cada dez (44%) crianças são amamentadas exclusivamente nos primeiros 6 meses de vida. Uma das metas globais de amamentação é de 50% de amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida até 2025.
DOAÇÃO
A doação de leite humano para recém-nascidos aumentou 8% em 2023, em relação ao ano anterior, o maior aumento registrado nos últimos cinco anos, segundo reportagem da Agência Brasil. Entre janeiro e dezembro, foram doados 253 mil litros de leite humano, beneficiando 225.762 bebês. A meta para 2024 é ampliar em 5% a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais do país.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. São 231 bancos em todos os estados e 240 postos de coleta. O leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade por causas evitáveis.
O Brasil disponibiliza hoje cerca de 160 mil litros de leite humano distribuídos todos os anos a recém-nascidos de baixo peso. A nutricionista Marina Amaro Matuguma, ressalta que o ato de doar o leite materno ajuda a salvar vidas de diversas crianças prematuras que estão em unidades de terapia intensiva.
O leite materno é um alimento completo, pois ele possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento e crescimento adequado do bebê até os seis meses de vida da criança. Ele possui efeito protetor de doenças gastrointestinais como diarreias, além de prevenir infecções respiratórias e alergias. Pelo seu efeito protetor, o aleitamento materno permite a redução do risco de mortalidade e, desenvolvimento de doenças não transmissíveis na fase adulta como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros”, afirma a profissional.
As doações ocorrem desde 1943, quando foi implantado o primeiro Banco de Leite Humano no então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acesse rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs para descobrir o BLH mais próximo de você.