CRN-8 luta para que pacientes com câncer recebam acompanhamento nutricional

CRN-8 luta para que pacientes com câncer recebam acompanhamento nutricional

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) defende a urgência da implementação de programas de atendimento nutricional à população em tratamento oncológico na saúde pública do estado. Após reuniões entre a diretoria do CRN-8 e o deputado estadual Paulo Gomes e sua equipe técnica, foi enviado um requerimento à Secretaria Estadual de Saúde e ao governador do Paraná solicitando medidas para que pacientes oncológicos tenham direito ao atendimento nutricional domiciliar e que seja ampliada a oferta de suplementação nutricional a essas pessoas.

A presidente do Conselho, Cilene Gomes Ribeiro, ressalta a importância desta medida. “Durante o próprio tratamento oncológico, o paciente é submetido a diversas condições que podem trazer vulnerabilidades. A quimioterapia, por exemplo, pode causar perda de apetite, dificuldade de ingerir alimentos, vômitos, náuseas, diarreia. Tudo isso intensifica quadros de desnutrição destes pacientes”, afirma.

Ela destaca ainda que o estado nutricional do paciente influencia diretamente no tratamento. “Com um acompanhamento nutricional adequado, o paciente pode responder de melhor maneira ao tratamento da doença, melhorando sua saúde e propiciando impactos positivos na qualidade de vida desse indivíduo”, salienta.

Cilene reforça que é o nutricionista o profissional responsável para elaborar prescrições dietoterápicas individualizadas e para indicar a necessidade de suplementação alimentar. “Por isso, se faz necessária a obrigatoriedade da presença do nutricionista no acompanhamento de pacientes oncológicos”, ressalta.

Atuação do nutricionista na Saúde Pública

A importância da atuação do nutricionista na saúde pública vai além do auxílio no tratamento oncológico. O nutricionista e o papel que ele exerce são peças fundamentais para a manutenção de um sistema básico de saúde pública. “O nutricionista se dedica em elevar a saúde nutricional, além de ajudar a promover o bem-estar e o direito humano à alimentação adequada da população”, aponta a presidente do Conselho.

A inserção do nutricionista no dia a dia da saúde pública ajuda a respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos dedicados à saúde e à alimentação. “A partir do momento em que o indivíduo tem acesso a um profissional capaz de adequar sua dieta às suas necessidades específicas, a qualidade de vida melhora inevitavelmente. O nutricionista, por meio de atendimento especializado, consegue aprimorar a saúde dessa população, tanto na prevenção quanto no tratamento e acompanhamento de patologias”, explica Cilene.

Além disso, uma má alimentação pode causar diversas doenças, como obesidade, hipertensão e diabetes. “A atuação do nutricionista na saúde pública é fundamental para que possamos criar programas tanto individuais quanto coletivos para a prevenção dessas doenças por meio de uma boa educação alimentar e nutricional a partir do mapeamento de todos os riscos e da implementação de ações preventivas”, assinala a presidente do CRN-8.

Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

A campanha Agosto Dourado, celebrado neste mês, visa estimular e promover informações sobre a importância do aleitamento humano. A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli Raymundo, destaca que a campanha é fundamental para incentivar e desmistificar a amamentação. “A ideia da campanha é que possamos disseminar informações importantes sobre o aleitamento materno para o maior número possível de pessoas. Além disso, buscamos quebrar alguns mitos, preconceitos e lendas e empoderar as mulheres para que possam tomar as suas próprias decisões em relação à alimentação de seus filhos”, afirma.

O nome “Agosto Dourado” faz referência ao leite materno, que é considerado um alimento padrão ouro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. O leite materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita durante este período, sem a necessidade de se introduzir outros alimentos líquidos.

“O bebê nasce com o sistema digestório muito imaturo, incapaz de fazer a digestão de qualquer tipo de alimento sólido, e o leite materno contém todos os nutrientes necessários para seu contínuo crescimento. Assim, o bebê receberá a quantidade exata de proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais de que necessita”, explica a conselheira. O leite materno também é um aliado à imunidade, pois nele são encontradas imunoglobulinas, que fortalecem o sistema imunológico.

Importante destacar que mesmo após a introdução da alimentação sólida, deve-se continuar amamentado até o segundo ano de vida. Além disso, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mãe que amamenta corre menos risco de desenvolver câncer de mama. Isso porque durante a amamentação as taxas de hormônios que favorecem o avanço desse tipo de doença caem na mulher.

ALIMENTAÇÃO

Durante a fase de amamentação e gestação alguns cuidados devem ser tomados em relação à alimentação materna. É essencial manter uma dieta equilibrada e saudável, com alimentos mais naturais possíveis e rica em frutas, legumes, verduras, e, se possível, com grãos integrais e alimentos ricos em proteínas de boa qualidade. Deve-se evitar alimentos ultraprocessados e não exagerar na gordura saturada.

 “É importante incluir na dieta boas fontes de cálcio que podem ser tanto leite e derivados, como também cereais, tofu, alguns peixes enlatados, como acontece com a sardinha e o atum, e grãos integrais como boas quantidades de cálcio, principalmente para as mulheres que têm algum tipo de intolerância à lactose ou não podem tomar leite por algum motivo”, destaca a nutricionista e conselheira Gisele.

Segundo ela, é essencial que a lactante seja orientada pra evitar alimentos alergênicos, pois alguns bebês podem desenvolver sensibilidade a alguns alimentos, como leite de vaca, ovos amendoim, glúten, frutos do mar e carne de porco. Caso o bebê apresente sintomas de alergia ou algum tipo de intolerância é necessário que seja consultado um nutricionista para ajustar a dieta da mãe, caso seja necessário. “Se, porventura, a mãe tiver algum tipo de deficiência nutricional, o ideal é que ela faça uma suplementação orientada pelos nutricionistas, dos nutrientes necessários”, alerta Gisele. 

Em algumas circunstâncias, a amamentação pode não ser possível, como em caso de adoção ou em situações que a mãe necessita fazer uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação natural. “Nesses casos, é importante que o pediatra ou o nutricionista indique uma fórmula infantil, que consiste em um leite de vaca modificado para se aproximar ao máximo dos nutrientes presentes no leite humano. É fundamental garantir o uso correto da fórmula, seguindo a quantidade adequada e a diluição correta para que o bebê obtenha o efeito mais próximo possível do leite materno”, explica a nutricionista.

CRN-8 NAS IES JÁ REALIZOU 24 PALESTRAS NO PRIMEIRO SEMESTRE

CRN-8 NAS IES JÁ REALIZOU 24 PALESTRAS NO PRIMEIRO SEMESTRE

O Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) realizou 24 palestras dentro do programa CRN-8 nas Instituições de Ensino Superior (IES) no primeiro semestre de 2023. O objetivo do programa CRN-8 nas IES é aproximar os estudantes de Nutrição e os futuros técnicos em nutrição e dietética do Conselho, levando informações importantes acerca da prática profissional. Com isso, o Conselho amplia a visibilidade de suas ações e incentiva a prática profissional ética, crítica e competente.

Durante as atividades, conselheiras e, também, funcionárias do CRN-8 abordaram temas sobre a ética profissional, fiscalização do exercício profissional e como o Conselho atua no sentido orientativo e na fiscalização dos nutricionistas em todo o Paraná. Também são explicadas as legislações que normatizam a profissão e debatidos casos éticos a fim de provocar a reflexão dos estudantes.

Até o momento, diferentes turmas de 13 instituições de ensino do estado foram contempladas com as atividades do CRN-8 nas IES. A primeira palestra deste ano foi realizada em 14 de fevereiro para os estudantes do 9º período do curso de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A coordenadora técnica do Conselho, Carolina Dratch, afirma que o contato entre os profissionais do CRN-8 e estudantes é extremamente benéfico para ambas as partes. “Os acadêmicos passam, por exemplo, a entender a função do Conselho, que sempre estará de portas abertas para atendê-los. As palestram têm o objetivo de proporcionar um momento extremamente oportuno para provocar a reflexão sobre a importância da profissão de nutricionista para a saúde da população”, salienta.   

Confira as palestras já realizadas:

PALESTRAS REALIZADAS NO MÊS DE FEVEREIRO/2023:

– Dia 14/02: UFPR: funcionárias Julisse Wagner e Carolina Dratch

PALESTRAS REALIZADAS NO MÊS DE MARÇO/2023:

– Dia 01/03: Uniopet (noturno)- funcionária Carolina Dratch

– Dia 09/03: Unicesumar Ead – Conselheira Veridiane Sirota

– Dia 22/03: Colégio Estadual Julia Wanderley – Conselheira Gisele Pontaroli Raymundo

– Dia 23/03: Uniopet (diurno) – funcionária Fabiola Machado

– Dia 24/03: UniBrasil – Ana Paula Garcia Fernandes dos Santos

PALESTRAS REALIZADAS NO MÊS DE ABRIL/2023

– Dia 03/04: UNIFATEC (DIA) – Conselheira Ana Paula Garcia

– Dia 04/04: UFFS – Conselheira Veridiane Sirota

– Dia 04/04: PUC – Conselheira Cilene da Silva Gomes Ribeiro

– Dia 06/04: UNIFATEC (NOITE) – Conselheira Veridiane Sirota

– Dia 06/04: UNICESUMAR (MARINGÁ) – Conselheira Tatiana Marin

– Dia 12/04: TUIUT – Conselheira Gisele Pontaroli Raymundo

– Dia 19/04: UNICESUMAR – Conselheira Veridiane Sirota

– Dia 27/04: UNICESUMAR (MARINGÁ): Conselheira Tatiana Marin

PALESTRAS REALIZADAS EM MAIO/23:

– Dia 04/05: Palestra virtual UDC. Conselheira Tatiana Marin.

– Dia 30/05: PALESTRA PRESENCIAL: UNIVERSIDADE POSITIVO. Conselheira Ana Paula Garcia.

– Dia 30/05: PALESTRA PRESENCIAL: PUC CURITIBA. Funcionária Carolina Bulgacov Dratch.

PALESTRAS REALIZADAS NO MÊS DE JUNHO/23:

– Dia 01/06: Unicesumar Curitiba: Palestra presencial. Conselheira Veridiane Sirota

– Dia 06/06: Puc PR: Palestra presencial. Funcionária Carolina Dratch

– Dia 07/06: Universidade Positivo: Palestra presencial. Conselheira Veridiane Sirota

-Dia 07/06: Univel. Palestra virtual: Conselheira Tatiana Marin

– Dia 15/06: Unibrasil. Palestra virtual: Conselheira Ana Paula Garcia.

– Dia 20/06: UFPR: Palestra presencial. Funcionárias Carolina Dratch e Nayara Medeiros

– Dia 22/06: Uninter. Palestra virtual: Conselheira Tatiana Marin

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

Durante este mês é realizada a campanha Junho Laranja, que tem o objetivo de difundir informações sobre o diagnóstico e prevenção de anemia e leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.

ANEMIA      

A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.

Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro.  O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Os principais sinais e sintomas são: cansaço generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças e apatia.

LEUCEMIA

Já a leucemia é causada pela produção desenfreada de glóbulos brancos pela medula óssea. As células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis do corpo e resultando na queda brusca da imunidade corporal. Entre os sintomas estão palidez, cansaço, infecções persistentes, hematomas, fraqueza, febre, dores nas articulações e anemia.

                 Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO

A nutricionista Fernanda Fugolar explica que a anemia por carência de nutrientes pode ser prevenida com alimentação saudável. “Deve-se ingerir alimentos que são fontes de ferro, como: carne, peixe, frango e leguminosas. Também deve-se consumir alimentos fonte de vitamina B12: peixes, carnes, ovos leite e derivados; e de ácido fólico: vegetais folhosos verde escuro, oleaginosas e sementes, leguminosas, grãos integrais e cereais enriquecidos”, aponta.

            Em relação à leucemia, a alimentação não tem relação com a origem da doença, portanto não há como prevenir através da nutrição. “Porém, sabemos que indivíduos que possuem uma alimentação saudável e que são bem nutridos, se tiverem o diagnóstico de leucemia terão menos fatores de risco durante o tratamento. Ou seja, apesar da alimentação não ter relação com origem da doença, o paciente nutricionalmente mais saudável tende a ter mais sucesso durante o tratamento”, ressalta.

TRATAMENTO

Durante o tratamento de anemia, o nutricionista deve estabelecer estratégias para a oferta adequada de nutrientes, sempre de acordo com as recomendações por faixa etária e sexo. “Além de estabelecer no plano alimentar condutas a fim de otimizar a absorção de nutrientes”, salienta Fernanda.

No caso da leucemia, o nutricionista é essencial em todas as etapas do tratamento, que pode ser longo. Cabe ao profissional sempre adequar a oferta de nutrientes para cada fase específica do tratamento da doença. “O profissional deve estar apto a identificar os efeitos colaterais que podem surgir em cada período do tratamento e afetar tanto a ingestão alimentar como o estado nutricional do paciente, assim como ajustar a conduta dietoterápica, verificar a necessidade de suplementar ou fazer uso de via alternativa de alimentação conforme o estado nutricional do paciente e sintomas apresentados”, explica a nutricionista.

Ela ressalta que, em ambos os casos, o papel do nutricionista é principalmente trabalhar com a alimentação, com “comida de verdade”, sem restrições desnecessárias, mas sempre conforme a ciência e as recomendações de órgãos oficiais. “Quando necessário, deve-se suplementar ou fazer uso de via alimentar alternativa, sempre segundo as recomendações específicas”, salienta Fernanda.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Com a participação de diretores, conselheiros federais, colaboradores do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), presidentes e conselheiros dos 11 Conselhos Regionais de Nutricionistas, representando o Sistema CFN/CRN,  foi lançada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, na terça-feira (30), a Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista. O evento também marcou a divulgação da agenda legislativa, com as pautas acompanhadas pelo CFN, em Brasília (DF).

Para o coordenador da Frente, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), os nutricionistas são profissionais essenciais para a sociedade brasileira. “Na legislatura passada realizamos diversos eventos para traduzir o sentimento de vocês para esta Casa. Vamos trabalhar ainda mais, de forma incansável pela valorização da profissão de vocês. Contem com a gente e viva a Nutrição”.

O presidente do CFN, nutricionista Élido Bonomo destacou a importância da instalação da Frente Parlamentar com a participação das entidades de Nutrição. “Temos um conjunto de projetos para debater com o Congresso Nacional, visando garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e o nosso compromisso com a categoria para fortalecer cada vez mais a nossa profissão”.

Também participaram da solenidade os deputados federais Erika Kokay (PT-DF) e Delegado da Cunha (PP-SP); Glaucia Medeiros, diretora da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran); Alexandra Silva, diretora da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN) e Alice Beatriz, representante da Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição (ENEN). A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, esteve presente no evento.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso. Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

Presidente do CRN-8 reúne-se com parlamentares para debater políticas de segurança alimentar

Presidente do CRN-8 reúne-se com parlamentares para debater políticas de segurança alimentar

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram nos últimos meses com parlamentares do estado e da capital do Paraná para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional.

            Em encontro com o deputado estadual Paulo Gomes foram debatidas políticas públicas voltadas ao combate à fome, ao desperdício de alimentos, alimentação escolar e ao respeito ao direito do consumidor.

Já em reunião com deputada estadual Cristina Silvestri discutiu-se a necessidade de criar mecanismos legais para assegurar a presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.

Essa mesma pauta foi tema do encontro com a vereadora de Curitiba, Amália Tortato. Também se debateu alternativas e soluções para garantir a segurança alimentar e nutricional no ensino infantil da capital do estado. A presidente ainda se reuniu com Pascoal Muzeli Neto, Chefe de Gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco. Na oportunidade, dialogaram a respeito de implementação de políticas públicas que fortalecem o papel do nutricionista na comunidade paranaense.

Outra importante reunião ocorreu com deputado estadual Batatinha, autor do Projeto de Lei nº 248/2023, que dispõe sobre a inserção do nutricionista como agente fundamental nas políticas públicas de alimentação e nutrição.

Na oportunidade Batatinha comunicou que tentará agendar uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o assunto e para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional e à presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.

Esses encontros foram resultado de uma ação do CRN-8 que encaminhou a todos os 54 parlamentares estaduais e aos prefeitos dos 399 municípios do Paraná ofícios ressaltando a necessidade de inserir os profissionais de Nutrição nas políticas públicas de saúde e alimentação.

Conselheira do CRN-8 lança livro que reúne os principais conceitos e pilares da Nutrição 

Conselheira do CRN-8 lança livro que reúne os principais conceitos e pilares da Nutrição 

A conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) e professora universitária, Ana Paula Garcia, lançou o livro “Bases nutricionais: conceitos básicos para o profissional da saúde”, pela Editora InterSaberes. A obra foi escrita em parceria com o também professor e coordenador do Curso de Nutrição e Gastronomia do Centro Universitário Internacional Uninter, Alisson David Silva e tem como objetivo reunir os principais conceitos e pilares da Nutrição. 

         “Procuramos trazer a parte introdutória da Nutrição e toda a sua base teórica, mas com uma linguagem mais clara mais fácil. Esse é um dos problemas que a gente vê, geralmente, em livros com muitos termos científicos, com assuntos mais complexos. As pessoas que estão começando na área e que são leigas acabam não entendendo e não interpretando da forma correta”, explica Ana.

         A obra é voltada principalmente para alunos de Nutrição, mas também é direcionado e profissionais que desejam manter-se atualizados na área. “É um livro que também ajuda o profissional a revisar determinados temas. Procuramos as referências mais atuais e as mais robustas para que o nutricionista possa rapidamente ler o nosso livro e se atualizar”, ressalta a conselheira.

         Segundo Alisson, a obra também pode ser indicada para as pessoas leigas na área. “A gente escreveu de uma forma didática, em uma linguagem simples para que essa pessoa possa compreender”, complementa.

         O lançamento do livro cumpre papel determinante para o profissional se mantenha atualizado e possa revisar conceitos básicos e fundamentais da categoria. “Tanto a nutrição quanto qualquer outra área da saúde não tem como a gente não se atualizar, todo dia praticamente a gente tem alguma publicação nova, algum detalhe a mais que precisamos nos atentar”, reforça Ana.

“A área da saúde sempre tem que se atualizar. Sempre vai estar saindo um artigo novo ou algo novo. O profissional que quer se manter no mercado de trabalho atuando não tem outra opção: tem que se atualizar”, ressalta Alisson.

O livro “Bases nutricionais: conceitos básicos para o profissional da saúde” pode ser adquirido via site da editora (https://livrariaintersaberes.com.br/produto/bases-nutricionais-conceitos-basicos-para-o-profissional-da-saude/).

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO PODE SALVAR VIDAS

Doar leite materno vai além de ser um gesto de amor e compaixão. A atitude pode salvar vidas. Nem todos bebês conseguem fazer a sucção do alimento. As mães podem passar por situações de saúde, como estresse e ansiedade, que levam à diminuição da produção de leite. Há situações ainda de crianças internadas que, por algum motivo, não podem ser amamentadas diretamente no seio materno. As causas variam e os bancos de leite materno se transformam em uma solução para a amamentação destes bebês.

            Neste dia 19 de maio celebra-se o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano. Instituído pela Lei 13.227/2015, a data tem como objetivo estimular a doação de leite materno, divulgar os bancos de leite humano nos municípios e nos estados, além de promover debates sobre a importância do aleitamento materno e sua doação.

            O leite materno é considerado o melhor alimento disponível para os bebês. O alimento diminui o risco de infecções e alergias, além de melhorar o desenvolvimento fisiológico do bebê.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. Mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.

            De acordo com a nutricionista materno-infantil Nádia Rafaela dos Santos, o leite humano é o alimento mais adequado que o bebê pode receber. “O leite é apropriado em calorias, gorduras, proteínas vitaminas e água. Ele é considerado alimento padrão-ouro, já que é o único capaz de promover tudo que o bebê necessita até os seis meses de idade. Além disso, o leite materno é o único leite que promove anticorpos, sendo considerado a primeira vacina do bebê”, explica a nutricionista.

Algumas indústrias oferecem alternativas para as mães que não conseguem amamentar os bebês, porém não supre totalmente a falta do leite. “Embora as indústrias tentem se aproximar cada vez mais da composição do leite humano, dizemos que o leite humano é um alimento vivo, e só ele é capaz de se adaptar às necessidades do bebê, de aumentar a produção de anticorpos, por exemplo, em uma situação de adoecimento”, ressalta Nádia.

SERVIÇO:

Quem Pode doar: Mães com produção de leite em quantidade e que não façam uso de medicamentos que sejam contraindicados durante o período de amamentação.

Como doar: Para doar basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo a agende uma visita. Será feito um cadastro (que pode ser presencial ou por telefone) e a mãe será orientada sobre como fazer a doação de maneira correta. Depois isso, a mãe vai receber os materiais esterilizados necessários para a doação do leite materno.

Nutricionistas podem atuar com práticas  integrativas como possibilidades terapêuticas

Nutricionistas podem atuar com práticas  integrativas como possibilidades terapêuticas

Os nutricionistas podem atuar com o uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como possibilidades terapêuticas. As Resoluções 679 e 680, ambas de 2021, normatizaram as PICS e a Fitoterapia como ferramentas profissionais para complementar o atendimento aos pacientes. No entanto, para atuar nessas áreas, é necessário registrar a documentação de habilitação destas especialidades junto aos Conselhos Regionais de Nutrição e Conselho Federal de Nutrição (CFN). O paciente também pode conferir os nutricionistas habilitados para adoção da Fitoterapia e demais PICS no site.

Segundo o Ministério da Saúde, as PICS são tratamentos que fazem uso de recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e utilizados na prevenção de diversas doenças, como hipertensão e depressão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas. É importante ressaltar que as PICS não substituem o tratamento tradicional, mas, sim, funcionam como um complemento no tratamento.

As PICS autorizadas pela Resolução 679/2021 do CFN são: apiterapia (exceto apitoxina); aromaterapia; Arteterapia; ayurveda; biodança; bioenergética; cromoterapia; dança circular; homeopatia; imposição de mãos/reiki; medicina antroposófica; medicina tradicional chinesa (como, auriculoterapia e práticas corporais; meditação; musicoterapia; reflexoterapia; shantala; terapia comunitária integrativa; terapia de florais; e yoga.

 Na Resolução CFN nº 680, os nutricionistas encontram informações sobre a regulamentação da prática de fitoterapia na assistência nutricional e dietoterápica. A aplicação da fitoterapia pelo nutricionista trata do uso de plantas medicinais em suas diferentes preparações, englobando plantas medicinais in natura, drogas vegetais e derivados vegetais, com exceção de substâncias ativas isoladas ou altamente purificadas, administradas exclusivamente pelas vias oral e enteral. A resolução prevê ao profissional a necessidade de incluir no prontuário do paciente a justificativa do uso do fitoterápico. Vale lembrar que a Resolução CFN 681/2021, que regulamenta a prática de acupuntura pelo nutricionista foi suspensa por determinação judicial.

Nutricionista, conselheira e delegada do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Kelly Franco é especialista em Fitoterapia e utiliza, quando necessário, o tratamento em seus pacientes. “A fitoterapia traz estratégias antioxidantes e anti-inflamatórias devido ao suporte nutricional na riqueza de fitoquímicos e compostos bioativos, tendo como finalidade auxiliar na prevenção e no tratamento de diversas patologias”, explica.

Kelly ressalta que, aliado ao tratamento nutricional convencional, “o uso de fitoterápicos alivia os sintomas de doenças crônicas, além de possuírem aplicações para todo o sistema corporal. Com isso, complementa-se a ação do nutricionista através da inclusão dos compostos bioativos e os fitoquímicos ajudam na melhora da saúde humana em conjunto com ação das vitaminas e dos sais minerais do metabolismo primário da planta”.

Leia as Resoluções:

679/2021

680/2021

Nutricionista orienta como a alimentação pode ser aliada no tratamento da endometriose

Nutricionista orienta como a alimentação pode ser aliada no tratamento da endometriose

Uma dieta equilibrada combinada com uma profunda avaliação nutricional é uma aliada fundamental no tratamento de pacientes com endometriose, uma doença inflamatória que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Trata-se da presença de células do endométrio (uma mucosa que reveste a parede interna do útero) fora da cavidade uterina, podendo atingir ovários, intestino, bexiga. Com isso, em vez de serem expelidas, elas migram para o sentido oposto, voltando a multiplicar-se e a sangrar.

Durante o mês de março acontece campanha “Março Amarelo”, uma ação para conscientização da endometriose com a missão de aumentar o conhecimento sobre uma doença que afeta cerca de 200 milhões de mulheres em todo o mundo. Dentre os sintomas da endometriose estão: dor pélvica crônica, dor ao urinar ou evacuar, dor durante a relação sexual e uma razão comum para a infertilidade.

A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Letícia Mazepa, explica que o acompanhamento com um nutricionista ajuda a melhorar a qualidade de vida das mulheres acometidas por esta patologia. “O monitoramento do peso corporal e os ajustes qualitativos da dieta poderão melhorar a qualidade de vida dessas mulheres. Dessa forma, o nutricionista conduz a avaliação nutricional para identificar a necessidade de redução de gordura corporal, verificar os hábitos alimentares atuais dessa paciente, analisar exames laboratoriais e sinais e sintomas que, em conjunto, irão ajudar o profissional a uma prescrição com foco em uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, redução da gordura corporal quando necessário e, ainda, avaliar a demanda  de suplementações, como vitamina D, vitaminas e compostos bioativos com atividade antioxidante”, afirma.

Letícia, que trabalha na área de saúde da mulher e fertilidade, ressalta a importância da saúde intestinal para o controle de processos inflamatórios da doença. “Para isso, é importante ter um aporte adequado de fibras e suplementação de probiótico, quando necessária. O objetivo é contribuir para o equilíbrio da microbiota intestinal e, consequentemente, reduzir o risco do aumento da inflamação”, completa.

Segundo ela, o consumo de frutas, vegetais, gorduras poli-insaturadas (como o ômega 3), a ingestão adequada de cálcio e aporte adequado de antioxidantes devem ser encorajados tanto para redução do risco como na estratégia complementar ao tratamento da doença. “Por outro lado, um excesso de ingestão de carne vermelha, gordura saturada, gorduras trans, álcool, cafeína e alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura são citados com fatores que podem aumentar o risco da endometriose”, alerta a nutricionista. Há estudos que indicam que a suplementação de nutrientes e compostos bioativos antioxidantes, a exemplo de vitaminas C e E, minerais como selênio e zinco, fitoquímicos e resveratrol são benéficos no tratamento e prevenção da doença.