Pregão Eletrônico nº 001/2021 – contratação de serviços continuados de telefonia móvel pessoal (SMP) e de dados (internet móvel)

Pregão Eletrônico nº 001/2021 – contratação de serviços continuados de telefonia móvel pessoal (SMP) e de dados (internet móvel)

Objeto: O presente Pregão Eletrônico tem como objeto a contratação de serviços continuados de telefonia móvel pessoal (SMP) e de dados (internet móvel), com fornecimento de aparelhos em comodato, de modo a atender as demandas do Conselho Regional de Nutricionistas – 8ª Região, conforme as condições e especificações constantes no Edital e seus Anexos.

Número da UASG: 926091
Recebimento das Propostas: até as 10 horas do dia 10/03/2021
Data de abertura da Sessão: 10/03/2021
Horário: 10 horas
Endereço Eletrônico: www.comprasgovernamentais.gov.br
Referência de tempo: Para todas as referências de tempo, será observado o horário de Brasília – DF, em conformidade com o art. 53 do Decreto nº 10.024/19.

A importância da alimentação no retorno às aulas presenciais

Imagem FNDE-PNAE

A importância da alimentação no retorno às aulas presenciais

Escolas particulares de várias cidades retornaram às atividades e nutricionistas têm o desafio das novas demandas que vieram junto com a Pandemia de Covid-19. Para o ensino público, o PNAE garante os kits no ensino híbrido e orienta à volta ao presencial por meio de cartilha.

O ano de 2021 será diferente dos anos passados. Além dos protocolos sanitários já sabidos com relação à Pandemia de Covid-19, as questões de Segurança Alimentar e Nutricional, também é necessário assegurar o bem estar emocional das crianças e adolescentes que estão passando por dificuldades devido ao isolamento, ao receio de precisar voltar ao ensino presencial e tantos outros problemas que apareceram devido ao quadro social e sanitário atual.

A nutricionista e membro da diretoria do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região – CRN-8, Thatielly Schwarzbach – CRN-8 1705 trabalha com alimentação escolar em escolas particulares. Para a nutricionista, o retorno às aulas presenciais envolve um rígido protocolo de saúde e higiene. Mas mais que isso, essa volta requer que toda a equipe escolar tenha um olhar especial para o acolhimento. “A escola, naturalmente, já tem o papel de acolher. Será necessário apoiar os alunos com seus sentimentos, que neste momento estão bem aflorados, existe ansiedade em rever os colegas, medo em relação ao vírus, uma mistura de sensações e vontades. Ser ouvinte deles será bem importante. E a alimentação em meio a tudo tem papel essencial”.

Alimentação, afeto e comensalidade

Distribuição nos refeitórios – distanciamento e higiene

Durante o ano passado, relatos de saudades da alimentação da cozinha da escola foram comuns. De acordo com Thatielly, estudantes que antes passavam o dia na escola, sentiram faltadas preparações. “Conversei com algumas pessoas da comunidade escolar e escutei frases como “que saudades daquele feijão que só a tia da cozinha faz”, ou “aquele sabor da carne moída só tem na minha escola”, ” minha mãe não sabe fazer esse arroz soltinho daqui”. O alimento também vai acolher com certeza nesse momento de mudança de rotina”, relata.

Thatielly destaca que depois de quase 12 meses longe da escola, a nutricionista que trabalha com esse público terá um grande desafio. “Durante esse período os hábitos alimentares mudaram, tudo mudou. O profissional precisará buscar alternativas para envolver novamente a criança ou adolescente a ter uma alimentação equilibrada. A educação nutricional é fundamental. É preciso entender que o momento é outro e que as mudanças irão acontecer gradativamente. Fazer com que o aluno, que anteriormente tinha uma alimentação adequada a ter aquelas mesmas escolhas é o objetivo, porém entender as mudanças que a rotina dele está tendo será de grande sabedoria para fazer as estratégias corretas e necessárias para buscar o equilíbrio”.

Recomendações para o retorno às aulas presenciais – PNAE

O Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE – produziu uma cartilha com o objetivo de orientar sobre o retorno ao ensino presencial, considerando as condições especiais de segurança sanitária que a pandemia por Covid-19, promovendo a segurança alimentar e nutricional e as ações de Educação Alimentar e Nutricional.

Clique aqui para baixar a cartilha

Entrega de kits no ensino híbrido – educação pública

A alimentação escolar nos espaços públicos depende do protocolo que cada município ou estado definiu. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, por meio do PNAE, reafirma que os entes federativos podem manter a entrega de alimentos comprados aos estudantes.

A comunidade escolar de todo o Brasil precisa estar atenta. Em matéria recente publicada no site do FNDE, o órgão reafirma que a regra que permitiu a entrega de alimentos do PNAE diretamente aos estudantes durante a pandemia de coronavírus continua valendo.

Com isso, permanece em vigor a modificação realizada na Lei nº 11.947/2009, de 7 de abril de 2020, que autoriza os entes federativos (estados, municípios e Distrito Federal), durante o período de suspensão das aulas presenciais devido a pandemia de Covid-19, a distribuir os gêneros alimentícios adquiridos com recursos do PNAE a estudantes ou responsáveis.

Informações sobre o Plano de Imunização – Covid 19

imunizacao

INFORMAÇÕES PARA NUTRICIONISTAS E TNDS
SOBRE O PLANO DE IMUNIZAÇÃO DE CURITIBA

Integrante do Fórum dos Conselhos Profissionais da Saúde do Estado do Paraná (FCRAS), o CRN-8 participou de reunião virtual, convocada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, com a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS). O encontro aconteceu no dia 09/02 e foram tratados temas de relevância no momento atual, como a suspensão da vacinação de profissionais das categorias de saúde na primeira fase do Plano Municipal de Vacinação de Curitiba e a quantidade de vacinas para atender aos critérios do Plano de Vacinação Estadual.

O presidente do CRN-8, Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, assim como os dos demais conselhos profissionais, evidenciou, durante a reunião, que a solicitação da Prefeitura para envio da lista de profissionais ativos foi prontamente atendida e essas informações já estão em posse do Poder Público Municipal. O objetivo de auxiliar e oferecer todas as informações necessárias foi reiterado pelo CRN-8.

O FCRAS propôs que a SMS, autoridade responsável pela execução do plano de vacinação no município de Curitiba, retome a vacinação, ainda que de forma escalonada, dos profissionais inscritos nos conselhos profissionais e incluídos por estes em listagens encaminhadas à SMS, conforme solicitação desta. Foi destacada a necessidade de investimentos na compra de vacinas para a imunização da população, da forma mais rápida possível, e defendida a tese de que a vacinação de profissionais de saúde pode ocorrer paralelamente a de outros grupos de risco, como o de idosos.

Além dos conselhos de classe, estiveram presentes representantes do Ministério Público Federal, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, da Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública da União, da Defensoria Regional de Direitos Humanos e da Defensoria Pública do Estado.

O Ministério da Saúde lança materiais baseados no Guia Alimentar para a População Brasileira

guia_alimentação

MS lançou dois são fascículos com protocolos para uso do Guia Alimentar para a População Brasileira e a Versão Resumida do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos

Acesse os materiais aqui:

1 – Bases teóricas, metodológicas e protocolo para a população adulta
2 – Orientação alimentar da pessoa idosa
3 – E a terceira é a Versão Resumida do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos

Os protocolos em saúde reúnem orientações com base em evidências científicas, com a finalidade de aprimorar a atenção à saúde ou à organização de serviços. Auxiliam na incorporação de novas tecnologias ou orientação do uso em condutas de saúde e têm como foco qualificar a prática profissional e a gestão do cuidado, incluindo recomendações para aperfeiçoar o atendimento ao usuário e auxiliar na escolha da conduta mais adequada, sendo um importante material de consulta na rotina dos profissionais da área. Favorecem os profissionais de todo o país com diretrizes e exploram o potencial de toda a equipe de Atenção Primária à Saúde (APS) na promoção do cuidado integral.

COMO UTILIZAR O PROTOCOLO?
De acordo com o material elaborado pelo MS, são cinco passos para utilização do protocolo:

1) Preencher o formulário Marcadores de Consumo Alimentar para uso na Atenção Primária (SISVAN e/ou e-SUS);

2) A partir da identificação dos marcadores de alimentação saudável (consumo de frutas, verduras, legumes e feijão) e não-saudável (consumo de ultraprocessados), siga para o fluxograma;

3) Faça as orientações alimentares sugeridas no fluxograma seguindo as etapas;

4) Quando o usuário apresentar uma prática alimentar adequada, valorize a prática alimentar baseando-se nas justificativas presentes na orientação correspondente e estimule a continuidade desses hábitos;

5) Ao longo das consultas, avance nas etapas da orientação alimentar.

GUIA ALIMENTAR
O Guia Alimentar Para a População Brasileira é um documento oficial do Ministério da Saúde elaborado para ser um instrumento capaz de subsidiar políticas, programas e ações para incentivo, apoio, proteção e promoção da saúde e segurança alimentar e nutricional (SAN) da população.

Busca incentivar ações de educação alimentar e nutricional no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e em outros setores mediante abordagem de princípios e recomendações de alimentação adequada e saudável. A edição atualizada, de 2014, apresentou uma nova abordagem para a relação alimentação-saúde, considerando a complexidade de fatores que envolvem o consumo de alimentos, diversidade cultural brasileira e hábitos tradicionais.

A LEITURA DE RÓTULOS E A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ADEQUADA

A LEITURA DE RÓTULOS E A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ADEQUADA

Saber ler rótulos é essencial para quem deseja ter uma alimentação saudável e adequada

No último trimestre de 2020 a Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou novas normas para a rotulagem nutricional de alimentos embalados. A medida tem como objetivo melhorar a clareza e a legibilidade das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos e visa auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes.   As novas normas devem entrar em vigor até o dia 9 de outubro de 2022.

A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região – CRN-8 Letícia Mazepa CRN-8 2911 explica que as novas normas surgiram de uma proposta desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), fundamentada nas pesquisas científicas e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). “A principal mudança será a criação de um painel de informações simplificadas a respeito da composição do produto na parte frontal da embalagem, que indicará se ele contém alta concentração de nutrientes que requerem maior atenção para a saúde humana (como açúcares, gordura trans, gordura saturada, sódio)”.

Outra mudança importante está relacionada à tabela nutricional, como a obrigatoriedade de impressão em letras pretas em fundo branco, e a informação da composição em 100 gramas ou 100 mililitros do produto. “Essas mudanças servem para facilitar a legibilidade das informações, bem como facilitar que o consumidor compare produtos de forma prática para fazer a sua escolha de compra”, explica Letícia.

Importância dos rótulos para as escolhas alimentares

Os rótulos trazem informações importantes para a escolha de uma alimentação adequada e saudável e, de acordo com Letícia, não há como falar de boas escolhas alimentares sem destacar a importância da leitura e interpretação dos rótulos dos alimentos. “A indústria desse setor cresce a cada ano, da mesma forma que aumenta a oferta de produtos com apelos saudáveis para conquistar o consumidor. Mas será que tudo o que compramos e acreditamos serem escolhas melhores, de fato o são? Um exemplo clássico, que nós nutricionistas sempre reforçamos, é a escolha do pão integral. Há uma infinidade de opções nos supermercados que causam dúvidas ao consumidor. Se o pão é integral, o primeiro ingrediente da lista do rótulo deverá ser uma farinha integral, pois os ingredientes estão descritos de forma decrescente – o primeiro ingrediente listado é aquele em maior quantidade no produto.”

Atenção!

É preciso ter muita atenção para ler os rótulos. Letícia conta que uma situação frequente é a publicidade do produto dizer ser elaborado apenas com ingredientes saudáveis, mas quando a lista de ingredientes é analisada, encontra-se uma infinidade de aditivos alimentares (como adoçantes artificiais, corantes e estabilizantes, entre outros). “Nesse caso já vale atentar para uma dica básica: quanto menos ingredientes o produto tiver, melhor! Faça a leitura dessa lista e verifique quantos itens listados você não reconhece como alimentos. Um público que precisa ficar ainda mais atento à leitura dos rótulos são as pessoas que apresentam doenças que requerem alguma restrição na alimentação (como hipertensão, diabetes, obesidade) ou aquelas com alergias e intolerâncias alimentares. A avaliação do rótulo será fundamental para evitar o consumo de ingredientes que devem ser evitados ou, por ventura, excluídos da rotina.”

Saiba mais:

No Brasil, a regulamentação dos rótulos de alimentos é feita pela Anvisa. Essa regulamentação tem como objetivo garantir a qualidade do produto e a saúde da população, por meio de informações adequadas. O rótulo deve conter minimamente as seguintes informações: lista de ingredientes, a tabela nutricional e o prazo de validade.

Quer contribuir para campanhas que visem uma alimentação mais saudável para todos? Acompanhe a Aliança para uma Alimentação Adequada e Saudável em: https://alimentacaosaudavel.org.br/

CRN-8 solicita que todos os NUTRICIONISTAS e TNDs sejam imunizados

Imunização nutricionistas e TNDs

CRN-8 solicita que todos os NUTRICIONISTAS e TNDs sejam imunizados

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região enviou à Secretaria de Estado da Saúde – SESA, o Ofício nº 127/2021/CRN8-SD, no dia 18 de janeiro, solicitando a imunização da Covid-19 para os Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética (TND) na Primeira Fase. Estes profissionais são da área da saúde, designados pela Lei nº 8.234/1991 e Resolução CFN nº 604/2018, em todas as suas áreas de atuação, conforme as Resoluções CFN nº 600/2018 e 605/2018, respectivamente.

Reforçamos que tanto o Nutricionista quanto o Técnico em Nutrição e Dietética (TND) foram incluídos como profissionais da área da saúde na ação “O Brasil Conta Comigo-Profissionais de Saúde”, do Ministério da Saúde, que proporcionou capacitação nos protocolos clínicos para enfrentamento da Covid-19.

Independente da área da atuação, os 9.053 profissionais inscritos neste Regional atuam na prevenção e promoção da saúde e do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAAS) e necessitam da imunização da Covid-19 nesta primeira fase, e assim, requeremos autorização expressa para tanto.

Informamos que, até a presente data, a SESA não respondeu ao ofício.

NUTRIÇÃO É UM DOS PILARES ESSENCIAIS NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES COM COVID-19

NUTRIÇÃO É UM DOS PILARES ESSENCIAIS NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES COM COVID-19

“Ter sido vacinada como nutricionista da linha de frente também mostrou que a nossa profissão é essencial!”

Caroline Hoffmann

Uma boa alimentação tem repercussões na melhoria do bem-estar, fortalecendo o organismo e ajudando a garantir a eficiência do sistema imunológico. No caso da covid-19, uma doença que pode deixar sequelas graves ou mesmo levar à morte, alimentar-se de forma adequada e saudável pode fazer a diferença, fornecendo ao organismo recursos para o combate ao coronavírus Sars-CoV-2. É nesse momento que se reafirma a importância do nutricionista como o profissional habilitado para prescrever dietas.

Um bom exemplo é dado por Eli Souza Rolim, que tem 76 anos e esteve internado no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, com covid-19, no final de 2020. Ele afirma que a alimentação foi um dos principais fatores para sua recuperação. “Cuidar da minha alimentação foi fundamental. Senti uma melhora significativa quando estava sendo acompanhado por uma nutricionista, pois uma alimentação adequada, saudável, nutritiva é a base da nossa saúde”.

Eli diz que guardou os selinhos que vinham com as refeições, pois, de acordo com ele, a alimentação trazia junto o afeto. “Eram de 4 a 5 refeições diárias, todas elas muito completas, arroz, feijão, alguma carne ou peixe, legumes e saladas. A comida era boa, eu sentia o afeto nela. Também tinha a equipe, eram muito unidos e conversavam muito conosco. Essa atenção foi fundamental no tratamento”.

ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA LINHA DE FRENTE

A nutricionista Caroline Louise Benvenutti Hoffmann, de 33 anos, está na linha de frente da assistência à saúde na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Hospital do Trabalhador, em Curitiba, e foi a primeira nutricionista do Paraná a ser vacinada contra a covid-19. Segundo ela, este último ano foi desafiador. “Precisei rever a forma de prescrever para os pacientes, tanto em pacientes com dieta via oral, quanto em pacientes com nutrição enteral. Precisamos reduzir o volume da dieta ofertada, pois é muito comum os pacientes ficarem pronados (de bruços) por longos períodos. Também nos deparamos com alteração importante de paladar e olfato e grande desconforto respiratório. Antes do Covid, a restrição de volume existia, mas não era para um número tão grande de pacientes.”

Ela acrescenta que o papel do nutricionista é essencial para a reabilitação. “Apesar do nosso esforço extremo na UTI, não conseguimos frear o catabolismo proteico e os pacientes saem com fraqueza importante. As horas mais difíceis desde o início da pandemia foram as perdas de pacientes jovens, o nervosismo das famílias e a minha distância dos meus familiares, pois não posso expô-los”.

Sendo a primeira nutricionista paranaense a tomar a vacina, Caroline sente-se esperançosa e ressalta a importância da Ciência. “Enxergamos uma luz no fim do túnel. Para mim é uma honra representar a nossa classe nesta vacinação simbólica do dia 18/01, meu sentimento é de gratidão a Deus e à Ciência, que está tendo o lugar de destaque que sempre mereceu. Ter sido vacinada como nutricionista da linha de frente também mostrou que a nossa profissão é essencial! Só tenho a agradecer pelo reconhecimento da nossa profissão, porém sinto que é preciso destacar mais nutricionistas e outras classes assistenciais que atuam agora na linha de frente, e já atuavam antes da pandemia, como fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, tão poucas vezes citadas. A percepção é que quando mencionam a dificuldade de abertura de novos leitos de UTI, falam mais da ausência de médicos e enfermeiros.”.

REGULAMENTAÇÃO DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA INTENSIVISTA

Em agosto de 2020 o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) publicou a Resolução nº 663, que regulamenta as atribuições do nutricionista para garantir a assistência adequada a todos os pacientes internados na UTI. Para o Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8), Alexsandro Wosniaki, CRN-8 3823, o trabalho do nutricionista intensivo é essencial para a recuperação de pacientes com covid-19 e contar com protocolos e uma legislação específica garante a integridade do profissional e do paciente. “Até então o profissional não tinha parâmetros e nem amparo legal para sua atuação, com a Resolução, as atividades obrigatórias estão descritas, tais como estabelecer e executar protocolos técnicos do serviço, de acordo com a legislação vigente e as diretrizes atuais relacionadas à assistência nutricional”.

A Resolução também aponta para as atividades complementares e oferece parâmetros para garantir a qualidade do serviço prestado à saúde e à recuperação do estado nutricional do paciente, tal como o critério numérico mínimo de referência, ou seja, quantos nutricionistas a unidade deve possuir por leito de UTI.

Distribuição de kits da alimentação escolar continua vigente

Distribuição de kits da alimentação escolar continua vigente

Entes federativos podem manter a entrega de alimentos comprados com recursos do Pnae aos estudantes

A regra que permitiu a entrega de alimentos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) diretamente aos estudantes durante a pandemia de coronavírus continua valendo. Ou seja, permanece em vigor a modificação realizada na Lei nº 11.947/2009, de 7 de abril de 2020, que autoriza os entes federativos, durante o período de suspensão das aulas presenciais, a distribuir os gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Pnae a estudantes ou responsáveis.

​“É importante que os alimentos do Pnae continuem a ser entregues aos estudantes para garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes da educação básica pública. Essa tem sido uma iniciativa louvável do FNDE e do Ministério da Educação juntamente com o Governo Federal diante da situação em que vivemos”, afirma o presidente do FNDE, Marcelo Ponte.

Mudança – A Lei nº 13.987/2020, de 7 abril de 2020, modificou a Lei nº 11.947/2009 para permitir a entrega dos produtos da alimentação escolar diretamente aos estudantes durante o período da situação de emergência no país. O normativo determina, porém, que essa distribuição está autorizada apenas em localidades em que haja suspensão das aulas. Caso contrário, a alimentação escolar deve ser ofertada nas próprias unidades de ensino.

Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações do FNDE

NUTRIÇÃO NA SAÚDE DIGESTIVA

NUTRIÇÃO NA SAÚDE DIGESTIVA

O sistema digestório é responsável pela absorção de nutrientes, desintoxicação do organismo, síntese de hormônios e neurotransmissores, possuindo, ainda, função imunológica. É formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, reto e órgãos anexos (glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar).

As etapas da digestão incluem mastigação, deglutição, o movimento do alimento ao longo do trato gastrointestinal, a mistura do bolo alimentar com as secreções hepáticas e pancreáticas para formação do quimo (moléculas pequenas o suficiente que podem ser absorvidas), para então haver a distribuição para o corpo, pelo sangue ou linfa, e posterior excreção dos dejetos.

Pensando que os nutrientes são o “combustível” do nosso organismo sabe-se a importância vital do correto funcionamento de todo o trato gastrointestinal para manutenção da nossa saúde.

Desse modo, o cuidado da nossa saúde digestiva se inicia na boca, mais precisamente pela mastigação. A ineficiência deste processo predispõe a problemas de má digestão, uma vez que a etapa inicial não foi concluída, chegando aos outros órgãos como moléculas mal digeridas e prejudicando todo a sequência do processo digestivo.

Dica nutricional: É importante ter calma e paciência na hora das refeições e mastigar muito bem os alimentos. Além de otimizar o processo de digestão, o momento da refeição será mais prazeroso.

Em seguida, os alimentos parcialmente digeridos passam pelo esôfago, um tubo de 25 a 30 cm. Esse órgão possui uma estrutura chamada Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), que funciona como uma válvula, relaxando para que o alimento passe para o estômago e contraindo para que o conteúdo ácido do estômago não retorne ao esôfago. Porém, o uso de alguns medicamentos, o excesso de peso, a ingestão de grande volume alimentar em uma única refeição e o consumo alimentar frequente de doces, frituras, café, refrigerantes e bebidas alcóolicas propiciam o relaxamento do EEI e, consequentemente, a perda do movimento de contração, facilitando o retorno do conteúdo ácido ao esôfago, desencadeando, assim, os sintomas de azia e refluxo gastroesofágico. Além disso, a ingestão destes alimentos favorecem a ocorrência de uma inflamação aguda ou crônica na mucosa do estômago, conhecida como gastrite.

Nesse contexto, grande parte da população, para aliviar os sintomas de dor e queimação, utiliza os medicamentos antiácidos e/ou inibidores de bomba de prótons, que proporcionam rápido alívio, pois neutralizam a acidez estomacal. Vale ressaltar que o uso prolongado dessa classe de medicamentos pode trazer consequências, uma vez que a acidez do suco gástrico é essencial para a digestão de proteínas e de alguns nutrientes, como, por exemplo, ferro e vitamina B12. Consequentemente, o alimento permanece por um tempo maior no estômago, gerando desconforto e sensação de empachamento. Sendo assim, não é recomendada a automedicação. No caso de haver esses sintomas, a melhor solução é procurar um médico para correto diagnóstico e tratamento.

Dicas nutricionais: É aconselhável evitar frituras, café, refrigerantes, bebidas alcóolicas e alimentos ultraprocessados. Além disso, é importante incluir alimentos ricos em nutrientes reparadores e de crescimento da mucosa como vitaminas A, B12, C e E, ácido fólico e zinco.

Para não sobrecarregar o sistema digestório, faça refeições pequenas e equilibradas ao longo do dia.

Outra dica seria consumir, como sobremesa do almoço e/ou jantar, abacaxi ou mamão papaia, pois essa frutas favorecem o processo digestivo, devido às enzimas digestivas bromelina e papaína, respectivamente, encontradas nestes alimentos. Alguns chás também possuem ação digestiva: alecrim, erva-cidreira, erva-doce e hortelã.

No intestino, a má alimentação altera a barreira de proteção contra toxinas, gerando a lesão da mucosa intestinal. Além disso, temos a microbiota intestinal, a qual é dividida em microbiota probiótica, composta por bactérias que possuem ações benéficas para o organismo, e microbiota patogênica. O desequilíbrio entre esse ecossistema microbiológico pode propiciar alterações inflamatórias e imunológicas, desencadeando alguns sintomas como diarreia, dor abdominal, flatulência, obstipação e doenças inflamatórias intestinais (por exemplo, síndrome do intestino irritável). Sendo assim, o consumo de probióticos, presentes, por exemplo, em iogurtes, estimulam o crescimento e reprodução de bactérias intestinais da microbiota probiótica. Vale lembrar que o consumo de fibras, encontrada em frutas, vegetais, cereais integrais é fundamental para manter a saúde intestinal.

Em conclusão, a saúde digestiva é fortemente influenciada pelo padrão alimentar e uma dieta equilibrada é essencial para a integridade e o bom funcionamento de todo o trato gastrointestinal. Sendo assim, é recomendado reduzir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, sal e açúcares, e priorizar a ingestão de alimentos minimamente processados, como por exemplo frutas, vegetais, cereais integrais.

Mais informações: Early effects of Roux-en-Y gastric bypass on peptides and hormones involved in the control of energy

Gisele Farias – CRN-8 4626

Doutoranda em Clínica Cirúrgica, HC-UFPR

Especialização em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional (2018)

Mestre em Medicina Interna pela UFPR (2014)

Especialização em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional (2010)

Nutricionista graduada pela UFPR (2007)

Guide to Million Dollar Success