Já conhece o novo programa do CRN-8?
O CRN-8 criou o Programa “Fiscalização Orienta” para atender os nutricionistas e técnicos em nutrição e dietética (tnd) durante o período de pandemia da Covid 19 por meio remoto.
A equipe da fiscalização do CRN-8 está disponível pelo e-mail fiscalizacao@crn8.org.br.
Telefônico:
segunda à sexta-feira (exceto feriado)
das 8h30 às 12h00 e das 13h00 às 16h30
(41) 3224-0008
E-mails:
Setor de Cadastro: cadastro@crn8.org.br ou cadastro1@crn8.org.br
Setor de Fiscalização: fiscalizacao@crn8.org.br
Setor de Pessoa Jurídica: pessoajuridica@crn8.org.br
Setor Financeiro: financeiro@crn8.org.br
Ou por meio das Redes Sociais
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Para denúncias acesse: https://www.crn8.org.br/denuncias/
O sistema digestório é responsável pela absorção de nutrientes, desintoxicação do organismo, síntese de hormônios e neurotransmissores, possuindo, ainda, função imunológica. É formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, reto e órgãos anexos (glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar).
As etapas da digestão incluem mastigação, deglutição, o movimento do alimento ao longo do trato gastrointestinal, a mistura do bolo alimentar com as secreções hepáticas e pancreáticas para formação do quimo (moléculas pequenas o suficiente que podem ser absorvidas), para então haver a distribuição para o corpo, pelo sangue ou linfa, e posterior excreção dos dejetos.
Pensando que os nutrientes são o “combustível” do nosso organismo sabe-se a importância vital do correto funcionamento de todo o trato gastrointestinal para manutenção da nossa saúde.
Desse modo, o cuidado da nossa saúde digestiva se inicia na boca, mais precisamente pela mastigação. A ineficiência deste processo predispõe a problemas de má digestão, uma vez que a etapa inicial não foi concluída, chegando aos outros órgãos como moléculas mal digeridas e prejudicando todo a sequência do processo digestivo.
Dica nutricional: É importante ter calma e paciência na hora das refeições e mastigar muito bem os alimentos. Além de otimizar o processo de digestão, o momento da refeição será mais prazeroso.
Em seguida, os alimentos parcialmente digeridos passam pelo esôfago, um tubo de 25 a 30 cm. Esse órgão possui uma estrutura chamada Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), que funciona como uma válvula, relaxando para que o alimento passe para o estômago e contraindo para que o conteúdo ácido do estômago não retorne ao esôfago. Porém, o uso de alguns medicamentos, o excesso de peso, a ingestão de grande volume alimentar em uma única refeição e o consumo alimentar frequente de doces, frituras, café, refrigerantes e bebidas alcóolicas propiciam o relaxamento do EEI e, consequentemente, a perda do movimento de contração, facilitando o retorno do conteúdo ácido ao esôfago, desencadeando, assim, os sintomas de azia e refluxo gastroesofágico. Além disso, a ingestão destes alimentos favorecem a ocorrência de uma inflamação aguda ou crônica na mucosa do estômago, conhecida como gastrite.
Nesse contexto, grande parte da população, para aliviar os sintomas de dor e queimação, utiliza os medicamentos antiácidos e/ou inibidores de bomba de prótons, que proporcionam rápido alívio, pois neutralizam a acidez estomacal. Vale ressaltar que o uso prolongado dessa classe de medicamentos pode trazer consequências, uma vez que a acidez do suco gástrico é essencial para a digestão de proteínas e de alguns nutrientes, como, por exemplo, ferro e vitamina B12. Consequentemente, o alimento permanece por um tempo maior no estômago, gerando desconforto e sensação de empachamento. Sendo assim, não é recomendada a automedicação. No caso de haver esses sintomas, a melhor solução é procurar um médico para correto diagnóstico e tratamento.
Dicas nutricionais: É aconselhável evitar frituras, café, refrigerantes, bebidas alcóolicas e alimentos ultraprocessados. Além disso, é importante incluir alimentos ricos em nutrientes reparadores e de crescimento da mucosa como vitaminas A, B12, C e E, ácido fólico e zinco.
Para não sobrecarregar o sistema digestório, faça refeições pequenas e equilibradas ao longo do dia.
Outra dica seria consumir, como sobremesa do almoço e/ou jantar, abacaxi ou mamão papaia, pois essa frutas favorecem o processo digestivo, devido às enzimas digestivas bromelina e papaína, respectivamente, encontradas nestes alimentos. Alguns chás também possuem ação digestiva: alecrim, erva-cidreira, erva-doce e hortelã.
No intestino, a má alimentação altera a barreira de proteção contra toxinas, gerando a lesão da mucosa intestinal. Além disso, temos a microbiota intestinal, a qual é dividida em microbiota probiótica, composta por bactérias que possuem ações benéficas para o organismo, e microbiota patogênica. O desequilíbrio entre esse ecossistema microbiológico pode propiciar alterações inflamatórias e imunológicas, desencadeando alguns sintomas como diarreia, dor abdominal, flatulência, obstipação e doenças inflamatórias intestinais (por exemplo, síndrome do intestino irritável). Sendo assim, o consumo de probióticos, presentes, por exemplo, em iogurtes, estimulam o crescimento e reprodução de bactérias intestinais da microbiota probiótica. Vale lembrar que o consumo de fibras, encontrada em frutas, vegetais, cereais integrais é fundamental para manter a saúde intestinal.
Em conclusão, a saúde digestiva é fortemente influenciada pelo padrão alimentar e uma dieta equilibrada é essencial para a integridade e o bom funcionamento de todo o trato gastrointestinal. Sendo assim, é recomendado reduzir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, sal e açúcares, e priorizar a ingestão de alimentos minimamente processados, como por exemplo frutas, vegetais, cereais integrais.
Mais informações: Early effects of Roux-en-Y gastric bypass on peptides and hormones involved in the control of energy
Gisele Farias – CRN-8 4626
Doutoranda em Clínica Cirúrgica, HC-UFPR
Especialização em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional (2018)
Mestre em Medicina Interna pela UFPR (2014)
Especialização em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional (2010)
Nutricionista graduada pela UFPR (2007)
E saiu do forno a 2ª Edição do Livro de Receitas CRN-8 na Quarentena. Confira!
É importante ressaltar que cada receita é de responsabilidade do seu autor(a). O CRN-8 também destaca a importância de consultar o Guia Alimentar para a População Brasileira com as recomendações do Ministério da Saúde para uma alimentação saudável e adequada.
Nas últimas semanas atravessamos momentos peculiares. O isolamento social por conta da pandemia do Coronavírus (Covid-19) nos levou para dentro de casa. Com isso, percebemos que muitas pessoas voltaram para a cozinha, algumas sozinhas, outras em família.
O objetivo do CRN-8 é lembrar que, mesmo em situações difíceis como esta, existem momentos de leveza e alegria, que podem ser melhor aproveitados com o delicioso sabor da comida caseira.
Acesse aqui 2ª Edição do Livro de Receitas CRN-8 na Quarentena
Aviso de Licitação – Pregão Eletrônico nº 003/2020
Objeto: Fornecimento de cartões eletrônicos, na qualidade refeição, para a disponibilização de créditos de natureza alimentar pelo CRN-8, mensalmente, aos seus funcionários, cuja quantia atual estima-se em 19 (dezenove) cartões de refeição, com repasses e recargas por meios eletrônicos dos respectivos créditos, e de modo que possam ser utilizados em uma rede ampla de estabelecimentos que se localizem em no mínimo 75 cidades do Estado do Paraná, e nas cidades em que o CRN-8 possui instalações, sendo estas Curitiba e Londrina, estejam localizados num raio máximo de 01 (um) quilômetro de distância das mesmas, conforme as condições e especificações constantes no Edital e seus Anexos.
Recebimento das propostas: até as 14h30 min do dia 20 de outubro de 2020.
Data de abertura da sessão: 20/10/2020
Horário: 14h30min – Horário de Brasília
Endereço eletrônico: http://www.gov.br/compras/pt-br/
Dúvidas pelo e-mail: comissaolicitacao@crn8.org.br
Acesse o EDITAL
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Como manter-se saudável é, sempre, um dos questionamentos mais recorrentes, ainda mais em tempos de pandemia. Aumentar a imunidade por meio da alimentação, mantendo o corpo e a mente sãos, transformou-se em um objetivo primordial para muitas pessoas. Estudos e falas referentes à vitamina D, sobre alimentos que aumentam a imunidade e a prática de esportes, invadiram as redes sociais. Mas, como saber o que realmente faz bem?
O Conselho de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) conversou com a nutricionista Tatiane Winkler, com o profissional de Educação Física Gustavo Nogas e com o psicólogo Paulo Penha para falar sobre este momento de isolamento social motivado pela pandemia do COVID-19. O alerta é para fazer atividades físicas e cuidar dos hábitos alimentares e da saúde mental, mantendo a postura crítica em relação às informações duvidosas, as famosas fake news.
Vitamina D
Segundo a nutricionista Tatiane Winkler Marques Machado (CRN-8 5406) a quantidade de Vitamina D suficiente para o bom funcionamento do organismo é obtida por meio de alimentos e pela exposição ao sol. A suplementação, sem a orientação de um profissional, pode ser tóxica, pois a ingestão excessiva causa o aumento dos níveis de cálcio no organismo. “Os primeiros sintomas são perda de apetite, náuseas, vômito. E esse excesso de cálcio, que é causado pelo excesso de vitamina D, pode levar à perda da função renal. Por isso, é importante não fazer a suplementação por conta própria, apenas com a indicação de um profissional adequado”.
Tatiane explica que essa vitamina é produzida na pele a partir da exposição ao sol, por isso é importante também uma exposição de mais ou menos 15 a 20 minutos por dia, durante três vezes na semana e diz que diversos alimentos são fonte de vitamina D. “A gente tem alguns alimentos que são fontes de vitamina D, principalmente ovos, atum, sardinha, cogumelos. Outros alimentos são fortificados com vitamina D, como os leites e queijos e alguns tipos de manteiga. A dica é a mesma de sempre: hábito de vida saudável acima de tudo”.
Alimentação e rotina
A rotina deve ser mantida da melhor forma possível. Realize as principais refeições do seu dia, de forma regular. Segundo o “Guia Alimentar para a População Brasileira” do Ministério da Saúde, comer de forma regular, devagar e com atenção é uma boa maneira de controlar naturalmente o quanto comemos.
Nos lanches, dê preferência aos alimentos in natura, ou minimamente processados, limitando o consumo de processados e evitando os ultraprocessados. Frutas frescas ou secas, castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas, sem sal ou açúcar, são excelentes alternativas, além de prático.
Exercícios Físicos e bem-estar
É muito importante manter a rotina de exercícios físicos. O Professor de Educação Física Gustavo Nogas (CREF 12986/G-PR) se preocupa quanto ao excesso de informações e afirma que é preciso buscar orientação profissional para evitar problemas. “A informação, assim como uma prescrição de treinos, pode estar na palma da sua mão, através de aplicativos para o celular, na TV ou em pesquisas da internet. Neste momento é que as pessoas precisam tomar muito cuidado e saber como filtrar essas informações. Busque a orientação de um profissional para adequar os exercícios aos seus próprios objetivos, respeite seu condicionamento físico atual e suas características”, aconselha.
Gustavo lista os benefícios da atividade física e do exercício, com a melhora das funções fisiológicas do organismo no sistema cardiorrespiratório, circulação sanguínea e pressão arterial. Além disso, há perda de peso e fortalecimento de músculos, ossos e tendões, com a melhoria da qualidade de vida, mais disposição e energia, menos ansiedade e estresse e regulação do sono.
Os exercícios devem ser realizados em intensidade adequada e de maneira regular. Segundo Gustavo, dessa forma é possível maximizar os benefícios e manter uma boa imunidade. Ele entende que o exercício pode aumentar a função das células imunes, visto que o aumento da frequência cardíaca através do exercício faz com que essas células sejam liberadas em maior número da corrente sanguínea. “Para quem já é ativo fisicamente (pratica mais de 150 min de exercícios por semana) a sugestão é manter a rotina normal de exercícios, procurando apenas não desenvolver numa intensidade alta demais, para que não haja uma depleção muito grande de nutrientes e consequente degradação muscular. Para as pessoas sedentárias, o ideal é começar a se exercitar o quanto antes, mas como uma progressão segura, tanto na quantidade de exercícios: primeiro 2 vezes na semana, depois de adaptação, 3 vezes, e assim sucessivamente. Isso também se aplica à intensidade, pois é importante começar mais leve e saber dosar o aumento de acordo com a evolução nos treinos”.
Saúde Mental na quarentena
Além de se alimentar de forma adequada e saudável e de fazer exercícios físicos regulares, é necessário manter a saúde mental. O psicólogo Paulo Penha (CRP-8 13139) diz que, nesse período de quarentena, é importante estar atento às suas condições físicas, nutricionais, psíquicas e financeiras. “O perigo, nessa fase, é a falta de adaptação, estruturação e programação das atividades diárias. É importante tomar cuidado com a enxurrada de fake News, com o excesso de informações de profissionais que, na maioria das vezes, não são capacitados e/ou não estão a par das suas necessidades específicas, fatores que podem levar ao comprometimento de seu desempenho diário e, consequentemente, da sua qualidade de vida”.
A dica principal é sentir a importância da vida e motivar-se a continuar. “A quarentena não pode ser sua desculpa e você deve se responsabilizar por suas ações, readaptando o consumo calórico diário, assim como a atividade física necessária para a manutenção do bem-estar físico. No convívio com familiares, tente solucionar os possíveis problemas que podem dificultar o convívio, influenciando diretamente na sua autoestima e motivação. Mantenha o equilíbrio interno para executar o que for necessário no seu dia a dia e, para isso, use técnicas de respiração, relaxamento, visualização e mentalização das ações. Caso seja necessário, procure acompanhamento psicológico online”.
Mais informações
Para mais informações, entre em contato com os conselhos profissionais de saúde. Os sites e redes sociais destes conselhos estão disponíveis e atualizados para manter os profissionais e a população informados.
Aviso de Licitação – Pregão Eletrônico nº 003/2020
Objeto: Fornecimento de cartões eletrônicos, na qualidade refeição, para a disponibilização de créditos de natureza alimentar pelo CRN-8, mensalmente, aos seus funcionários, cuja quantia atual estima-se em 19 (dezenove) cartões de refeição, com repasses e recargas por meios eletrônicos dos respectivos créditos, e de modo que possam ser utilizados em uma rede ampla de estabelecimentos que se localizem em no mínimo 75 cidades do Estado do Paraná, e nas cidades em que o CRN-8 possui instalações, sendo estas Curitiba e Londrina, estejam localizados num raio máximo de 01 (um) quilômetro de distância das mesmas, conforme as condições e especificações constantes no Edital e seus Anexos.
Recebimento das propostas: até as 14h30 min do dia 20 de outubro de 2020.
Data de abertura da sessão: 20/10/2020
Horário: 14h30min – Horário de Brasília
Endereço eletrônico: http://www.gov.br/compras/pt-br/
Dúvidas pelo e-mail: comissaolicitacao@crn8.org.br
Está confirmado. O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (2) uma portaria que estabelece o cadastro obrigatório de profissionais da área da saúde para capacitação emergencial. Essa força-tarefa vai atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao novo coronavírus. Nutricionistas ativos no Sistema CFN/CRN estão na lista de convocação.
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) reforça a importância dos nutricionistas no combate ao novo coronavírus e reitera que o cadastro na plataforma do Ministério da Saúde é obrigatório. Desta forma, a categoria atuará garantindo o Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequada (DHANA), bem como a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) da população brasileira.
Os nutricionistas também irão exercer intervenções nutricionais fundamentais em hospitais para recuperação do estado nutricional, como: identificar o risco nutricional precoce e realizar a intervenção nutricional adequada; mitigar a desnutrição e sarcopenia se apresentadas; garantir o aporte calórico proteico adequado para evitar complicações infecciosas; prevenir a síndrome de realimentação; auxiliar na redução do prolongamento da internação hospitalar e reduzir a fraqueza muscular adquirida, após terapia intensiva.
CADASTRO
Os profissionais de saúde devem, obrigatoriamente, preencher um cadastro online no site Registra RH Saúde. Após o preenchimento dos dados, o profissional receberá um link para o curso de capacitação a distância, baseado nos protocolos oficiais de combate ao coronavírus. O curso é obrigatório.
Vale destacar que, ao fazer o cadastro, os profissionais preencherão um campo sobre o seu interesse em prestar o serviço. Os possíveis recrutamentos serão realizados pelas secretarias de saúde (estaduais ou municipais), que seguirão critérios locais para contratação.
O profissional que não finalizar o cadastro, bem como não realizar a capacitação, terá seu nome reportado ao Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), de acordo com a portaria do MS.
O CFN esclarece que está em contato com o MS para outras informações e manterá os profissionais sempre informados e atualizados pelos nossos canais de comunicação.
Matéria atualizada às 18h51
“Os rins estão diretamente envolvidos com o equilíbrio nutricional e o metabolismo de nutrientes” – Dra. Cristina Martins
O Dia Mundial do Rim é comemorado na segunda quinta-feira do mês de março. Neste ano o tema central é “Saúde dos rins para todos. Ame seus rins. Dose sua creatinina!”. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima-se que 850 milhões de pessoas em todo o mundo tenham doenças renais de várias causas. Até um em cada dez adultos em todo o mundo tem doença renal crônica, que é invariavelmente irreversível e progressiva.
O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região conversou com a nutricionista Profª. Dra. Cristina Martins sobre como a nutrição impacta na prevenção e tratamento da insuficiência renal. De acordo com a cientista, carnes e o excesso de sal estão como os vilões da doença e devem ser evitados. “O sal e a carne vermelha (ingestão elevada) estão associados com o desenvolvimento da doença renal crônica. Portanto, carnes processadas (embutidos), que combina ambos, seriam alimentos com alto risco para doença renal”, afirma.
E o que é Creatinina?
O exame de creatinina é usado para avaliar a função dos rins. A creatinina é um resíduo produzido pela quebra de uma proteína chamada creatina fosfato. Segundo a Dra. Cristina a creatinina é um metabólito (resto) do metabolismo muscular. “No músculo há a creatina, que quando se desintegra e precisa sair do corpo, através dos rins, se transforma em creatinina. Quando os rins não estão eficientes, eles não excretam diversos metabólitos, entre eles, a creatinina, que se eleva no sangue. Os níveis elevados de creatinina no sangue são indicadores de doença renal”.
A nutrição e a prevenção da insuficiência renal
Além do consumo excessivo de carnes vermelhas e sal, Dra. Cristina destaca a obesidade como uma das causas das doenças renais. “Outro aspecto muito importante da nutrição na prevenção da doença renal crônica é evitar a obesidade. Esta está independentemente e diretamente ao desenvolvimento da doença. Portanto, a escolha de estilo de vida saudável, com ingestão energética adequada e atividade física regular, para manter o peso ideal, são estratégias essenciais. A escolha de alimentos naturais e vegetais, não processados, e pouca ingestão de carne vermelha e sal, são atitudes significativas para a prevenção da doença renal crônica”.
E as proteínas?
O consumo elevado de proteínas encontradas em alimentos ou suplementos alimentares também podem estar associados às doenças renais. Dra. Cristina afirma que ainda não há estudos claros sobre o uso de suplementos proteicos e o desenvolvimento da doença renal crônica. “Esses estudos são difíceis de serem realizados, pois demandam o acompanhamento durante cinco ou mais anos, e a ingestão total, de suplementos e de alimentos, além de outros fatores, deve ser acompanhada. Porém, como há fortes evidências de que o excesso de ingestão de proteínas, particularmente de carne vermelha, está associada ao desencadeamento da doença renal crônica, assume-se que o excesso de ingestão de suplementos proteicos, ao longo de anos, aumenta significativamente o risco de desenvolvimento da doença”, explica.
A nutricionista acrescenta que o excesso de proteínas, vindo de alimentos ou suplementos, aumenta a filtração glomerular. “Ou seja, força a função renal, que pode se esgotar com o tempo e perder suas unidades filtrantes, que são os néfrons. Quando um néfron morre, não há regeneração; ele não é substituído. Portanto, após anos, a diminuição das unidades filtrantes do rim pode desencadear a insuficiência renal”.
O CRN-8 Jovem realizou, nesta segunda-feira (02/03), o primeiro encontro de 2020. Estiveram presentes a Comissão de Formação Profissional, a Diretoria do CRN-8, representantes das instituições de ensino superior e técnico em nutrição e dietética do Paraná, além de participações por vídeo conferência.
O programa foi criado para aproximar o acadêmico de graduação em nutrição do Paraná do Sistema CFN/CRN. Os integrantes do CRN-8 jovem participam de atividades como campanhas externas realizadas pelo CRN-8, cursos e eventos promovidos pelo Conselho, voltados aos profissionais da área. O aluno é um agente de integração entre o CRN-8 e a IES.
Para o presidente do CRN-8 Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, participar do CRN-8 Jovem é uma boa oportunidade para o amadurecimento profissional. “Os participantes agregam conhecimentos práticos aos já adquiridos durante as aulas nas instituições de ensino. Durante o encontro foram apresentados o programa e o calendário de reuniões para o ano de 2020, além de debaterem os desafios e propostas para o ano”, disse.
Além do presidente Alexsandro Wosniaki, também coordenador do curso de nutrição da faculdade Espírita, estiveram presentes a vice presidente do CRN-8 Cilene da Silva Gomes Ribeiro CRN-8 418, representando a PUC, a conselheira Deise Regina Baptista CRN-8 699, a coordenadora técnica do CRN-8 Carolina Bulgacov Dratch CRN-8 2038 e as nutricionistas coordenadoraras do curso de nutrição: Juliana Bertolin CRN-8 2401 – FAPAR, Thais Mezzomo CRN-8 3526 – Uninter, Ana Lucia Ribeiro CRN-8 2198 – Unicesumar, Edilceia Domingues CRN-8 211 – Unibrasil, Lenice Bussoloto CRN-8 120 – Uniandrade, Tatiana Marin CRN-8 1727 – FAP, Nanci Berto CRN-8 2127 – FAG e Paula Rodrigues CRN-8 3138 – Colégio Estadual Júlia Wanderlley. E representando a coordenação dos cursos de nutrição: Rubia Thieme CRN-8 5724 – Universidade Positivo, Louise Turcatel CRN-8 3819 – TUIUTI, Monica Nicolosi CRN-8 192 – Senac Centro e Thanise De Nigro CRN-8 7337 – Unifil.
