Doação de leite humano ajuda a salvar vidas

Doação de leite humano ajuda a salvar vidas

Com o objetivo de estimular a doação de leite humano, sensibilizar a sociedade, promover debates sobre a importância da amamentação da doação de leite humano, foi celebrado no último dia 19/05 o Dia Mundial e Nacional de Doação do Leite Humano. No Brasil, a Lei nº 13.227, de 2015, instituiu o Dia e a Semana Nacional de Doação de Leite Humano.

A prática do aleitamento está relacionada a inúmeros benefícios. O leite materno tem todos os nutrientes de que o bebê precisa até os seis meses de vida, protegendo-o contra diversas doenças. Após a amamentação exclusiva, uma alimentação complementar adequada e saudável deve ser oferecida e a amamentação deve continuar em paralelo até, pelo menos, o segundo ano de vida.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o aleitamento materno de longa duração também contribui para a saúde e o bem-estar das mães, reduzindo o risco de câncer de ovário e de mama e ajudando a espaçar gestações. Segundo dados da OPAS, no mundo, apenas quatro em cada dez (44%) crianças são amamentadas exclusivamente nos primeiros 6 meses de vida. Uma das metas globais de amamentação é de 50% de amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida até 2025.

DOAÇÃO

A doação de leite humano para recém-nascidos aumentou 8% em 2023, em relação ao ano anterior, o maior aumento registrado nos últimos cinco anos, segundo reportagem da Agência Brasil. Entre janeiro e dezembro, foram doados 253 mil litros de leite humano, beneficiando 225.762 bebês. A meta para 2024 é ampliar em 5% a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais do país.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. São 231 bancos em todos os estados e 240 postos de coleta. O leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade por causas evitáveis.

O Brasil disponibiliza hoje cerca de 160 mil litros de leite humano distribuídos todos os anos a recém-nascidos de baixo peso.  A nutricionista Marina Amaro Matuguma, ressalta que o ato de doar o leite materno ajuda a salvar vidas de diversas crianças prematuras que estão em unidades de terapia intensiva.   

O leite materno é um alimento completo, pois ele possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento e crescimento adequado do bebê até os seis meses de vida da criança. Ele possui efeito protetor de doenças gastrointestinais como diarreias, além de prevenir infecções respiratórias e alergias. Pelo seu efeito protetor, o aleitamento materno permite a redução do risco de mortalidade e, desenvolvimento de doenças não transmissíveis na fase adulta como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros”, afirma a profissional.

As doações ocorrem desde 1943, quando foi implantado o primeiro Banco de Leite Humano no então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acesse rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs para descobrir o BLH mais próximo de você.

CRN-8 anuncia novos profissionais do RepresentAÇÃO

CRN-8 anuncia novos profissionais do RepresentAÇÃO

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) anunciou três novos profissionais selecionados para integrar o programa RepresentAÇÃO. O projeto tem o objetivo de ampliar e fortalecer a representatividade dos nutricionistas e técnicos em nutrição e dietética em todo o estado do Paraná, além de aproximar a entidade de estudantes, profissionais, instituições de ensino e gestores públicos.

A partir disso, o projeto visa ampliar a participação do Conselho junto à sociedade, viabilizar a realização de eventos científicos nas instituições de ensino superior e técnico do estado, viabilizar as ações políticas na região e nos canais de comunicação com os inscritos. O RepresentAÇÃO objetiva ainda valorizar o nutricionista e técnico em nutrição, incentivando a prática profissional ética, crítica e competente, além de divulgar a missão do Conselho.

O representante participará de reuniões de orientações com o CRN-8, além de encontros virtuais com apresentação do relatório e discussão das ações a serem realizadas. Cada representante ocupará a vaga durante um ano – sendo possível a prorrogação por mais um ano. A nutricionista Bruna Malinoski, representante da mesorregião Sudeste, relata a importância de desempenhar essa função na região. “Ser uma representante implica principalmente em entender, escutar e fortalecer os laços entre os profissionais nutricionistas, facilitando a comunicação, inspirando a atuação dos colegas, conhecendo suas demandas e dificuldades”, afirma a nutricionista.

A representante da mesorregião Centro-Oriental, Sabrina Geus, menciona a aproximação que o projeto traz para a região. “Essa aproximação do CRN-8 com os nutricionistas, TNDs e toda a comunidade é fundamental para que nossa categoria assuma o protagonismo que merece”, salienta a nova representante. Já a representante do Norte Pioneiro, Carla Druzini, destaca a importância do projeto para divulgar a importância do Conselho e “fomentar o diálogo entre os profissionais e instituições”.

Conheça os novos representantes:

SUDESTE

Bruna Malinoski

Nutricionista formada pela Unicentro em 2016, pós-graduada em Nutrição Clínica e Gestão em Alimentação Coletiva.

Área de atuação: Nutricionista de produção em frigorífico; produção e clínica em Instituição de longa permanência para idosos.

NORTE PIONEIRO

Carla Cristina Druzini

Nutricionista pós-graduada em Saúde e Bem-Estar, além de formação em Administração com Habilitação em Marketing.

Área de atuação: Alimentação Escolar

CENTRO-ORIENTAL

Sabrina Geus

Nutricionista formada pela PUC-PR (2010) com especialização em Nutrição clínica funcional e fitoterapia também pela PUC (2011).

Área de atuação: Nutrição clínica e de produção hospitalar e docência de ensino superior.

Projeto de lei que regulamenta técnicos em Nutrição é aprovado na CCJ do Senado Federal

Projeto de lei que regulamenta técnicos em Nutrição é aprovado na CCJ do Senado Federal

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto de lei (PL) 4.147/2023, que regula a profissão de técnico em Nutrição e Dietética. O projeto de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) recebeu relatório favorável do senador Efraim Filho (União-PB) – lido pelo ad hoc (escolhido para esta finalidade) senador Marcos Rogério (PL-RO) – e segue para Comissão de Assuntos Sociais (CAS), finalizando sua tramitação no Senado Federal.

“A aprovação desse projeto de lei representa um avanço na valorização e reconhecimento desses profissionais. E também uma conquista significativa para área da saúde e Nutrição no Brasil”, destacou a diretora do CFN, Manuela Dolinsky, que a acompanhou a votação.

Pelo texto, os técnicos devem atuar no treinamento de pessoal em serviços de alimentação, no acompanhamento da produção de alimentos e na supervisão do trabalho do pessoal de cozinha. Eles também podem integrar equipes destinadas à pesquisa na área, bem como equipes de acompanhamento da produção e industrialização de alimentos.

O projeto estabelece que a designação e o exercício da profissão são privativos dos portadores de diploma expedido por escolas de nível médio, oficiais ou reconhecidas, registrado no órgão de ensino competente. Os técnicos também devem estar inscritos no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) do respectivo território onde atua.

A inscrição só pode ser feita mediante comprovação de conclusão de ensino médio ou equivalente, ou de curso profissionalizante de técnico em nutrição e dietética. O exercício profissional dos técnicos deve ter supervisão de um nutricionista.

O projeto também altera a Lei 6.583, de 1978, que trata dos conselhos federal e regionais de nutricionistas. Eles passam a ser designados conselhos federal e regionais de Nutrição. A anuidade dos técnicos no Conselho será a metade do valor da taxa para os nutricionistas.

“Com a regulamentação, os Técnicos em Nutrição terão seus direitos e deveres profissionalmente definidos, o que contribuirá para a melhoria das condições de trabalho e para o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados. Essa conquista é um passo importante para o fortalecimento da área da Nutrição no Brasil e para a construção de um país mais saudável e com menos desigualdades.” opinou o relator.

Agora, o próximo passo é acompanhar a tramitação do projeto de lei na última comissão do Senado e em seguida sua sanção presidencial, para que a regulamentação dos técnicos em nutrição seja efetivamente implementada.

CRN-8 se reúne com membros do MP-PR para discutir políticas nutricionais

CRN-8 se reúne com membros do MP-PR para discutir políticas nutricionais

Buscar mecanismos legais para garantir segurança alimentar e nutricional à população dos 399 municípios do Paraná. Esse foi o propósito de encontros realizados na semana passada entre diretores e funcionários do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) e membros do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Estiveram presentes nas reuniões a presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro, a vice-presidente Thatielly Schwarzbach, a coordenadora técnica Carolina Bulgacov Dratch e o representante do Conselho Federal de Nutricionistas, Alexsandro Wosniaki, que também é servidor na Prefeitura de Araucária.

As reuniões foram realizadas com o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (CAOP) de Proteção à Saúde Pública, procurador de Justiça Marco Antonio Teixeira, e com o coordenador do CAOP de Proteção aos Direitos Humanos, procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Foram tratadas de questões, como obesidade, fome, falta de políticas públicas e a escassez de assistência nutricional para a sociedade.

Reunião com procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto

“São poucos os nutricionistas que atuam na saúde básica em todos os municípios do Paraná”, ressalta a presidente. Em Curitiba, por exemplo, são apenas 20 nutricionistas que atuam na saúde primária – conforme levantamento do CRN-8. Além disso, há uma escassez de profissionais atuando em hospitais e em instituições de longa permanência para idosos, por exemplo. “Isso afeta diretamente a saúde da população. Procuramos o Ministério Público para que, juntos, possamos assegurar políticas públicas municipais que garantam segurança alimentar e nutricional para a população mais vulnerável”, salienta Cilene.

Reunião com procurador de Justiça Marco Antonio Teixeira

Conselho Regional de Nutricionistas apresenta Relatório de Gestão de 2023

Conselho Regional de Nutricionistas apresenta Relatório de Gestão de 2023

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8a Região divulgou o Relatório de Gestão do ano de 2023. O Relatório tem como objetivo tornar público as atividades institucionais realizadas pelo Conselho no último ano. Além disso, o documento também apresenta aos órgãos de controle interno e externo a prestação de contas anual da qual as autarquias federais estão obrigadas, conforme previsto em lei nos termos do artigo 70 da Constituição Federal, de acordo com as deliberações da Decisão Normativa do Tribunal de Contas da União 84/2020 e das orientações do órgão de controle interno. O documento pode ser acessado via Portal da Transparência do Conselho.

A estrutura do documento foi feita para facilitar a compreensão sobre a utilização de recursos financeiros na fiscalização e na normatização e orientação do exercício profissional do Nutricionista e do Técnico em Nutrição e Dietética (TND), assim como na defesa do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequada. O Relatório está dividido em quatro capítulos, e conta com 44 páginas. Os capítulos são: “Visão Organizacional”; “Riscos, Oportunidades e Perspectivas”, “Governança, Estratégia e Desempenho”; “Informações Orçamentárias, Financeiras e Contábeis”.

A Presidente do Conselho, Cilene Gomes Ribeiro, destaca a importância que o Relatório oferece com uma forma de prestação de contas e de comunicação com a sociedade. “O Relatório é fundamental para tornar transparentes os processos administrativos, financeiros e políticos do Conselho, divulgando para a sociedade, nutricionistas e instâncias de avaliação os gastos, resultados e contribuições em conformidade com a missão do Conselho”, ressalta.

Durante o ano de 2023, o CRN-8 realizou diversas ações em prol da sociedade, como destaca a presidente. “Buscamos, junto aos Poderes Executivo e Legislativo, estratégias para aprimorar a segurança alimentar e nutricional da população por meio de projetos de lei e debates”, aponta. O Relatório compila ainda dados de fiscalizações, processos ético-disciplinares, contábeis, atividades de formação continuada, entre outras.

. “Realizamos, ainda, melhorias significativas em termos administrativos, instauramos processos e promovemos realinhamentos internos. Além disso, promovemos o reconhecimento do Conselho e da atuação do nutricionista em várias esferas, estabelecendo aproximações políticas e legislativas para promover e ampliar a atuação profissional”, explica. 

CRN-8 Jovem terá suas atividades retomadas em abril

CRN-8 Jovem terá suas atividades retomadas em abril

O programa CRN-8 Jovem terá as suas atividades de 2024 retomadas em abril. O primeiro encontro será realizado no dia 15. O objetivo do programa é aproximar o acadêmico de graduação em Nutrição e o acadêmico do curso Técnico em Nutrição e Dietética do Paraná com o Sistema Conselho Federal de Nutricionistas/Conselho Regional de Nutricionistas (CFN/CRN).

A coordenadora da Comissão de Formação Profissional do CRN-8, Tatiana Marin, ressalta a importância da participação do corpo acadêmico no programa. “É importante que o representante do CRN-8 Jovem compartilhe as informações nas instituições de ensino e desenvolva estratégias para multiplicar as informações para todos os alunos, professores e demais envolvidos no processo de formação profissional”, ressalta.

Para participar do programa, a instituição de ensino interessada deverá indicar dois acadêmicos, sendo um titular e um suplente. As reuniões ocorrerão de modo híbrido: presencial na sede do CRN-8, em Curitiba, e de modo virtual. Ao todo, deverão ser realizadas oito reuniões no ano. Esses encontros serão agendados de acordo com o cronograma de eventos e reuniões da Comissão de Formação Profissional do CRN-8 e terão duração de uma hora, em média.

Os integrantes do CRN-8 Jovem poderão participar das seguintes atividades: campanhas externas realizadas pelo CRN-8, discussão sobre temas atuais e polêmicos inerentes à profissão, que estiverem sendo debatidos pelo Sistema CFN/CRN e outras atividades a serem definidas no decorrer do programa. Os acadêmicos receberão certificado anual da participação no CRN-8 Jovem.

O convite para as reuniões do CRN-8 Jovem será encaminhado aos participantes por meio do grupo de WhatsApp do programa.

Confira dicas e orientações para consumir chocolates

Como consumir chocolates de maneira saudável na Páscoa

Os chocolates costumam adoçar os paladares na época da Páscoa e, se consumidos com moderação, podem trazer uma série de benefícios à saúde. Por conter antioxidantes, ajudam a reduzir o risco de câncer e doenças cardiovasculares, além de aumentar a produção de serotonina no cérebro, o que melhora o humor e alivia o estresse.

No entanto, para se obter esses benefícios, o indicado é consumir produtos com alta concentração de cacau: quanto maior o teor, mais propriedades benéficas o chocolate trará ao nosso organismo. O alerta é da nutricionista Graziela Beduschi, profissional inscrita junto ao Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8). “O cacau contribui para a diminuição da pressão arterial e contribui para a flexibilidade dos vasos sanguíneos” aponta.  “Além de efeito antioxidante, anti-inflamatório e neuroprotetor, o cacau apresenta efeitos positivos na inibição do crescimento de células cancerosas, exercidas pelos flavonoides”, salienta profissional.

Os grãos de cacau ainda contêm xantina e teofilina, que atuam no relaxamento dos brônquios podendo ajudar a combater alergias, asma e falta de ar. O chocolate também pode apresentar uma série de vantagens à mente. “Estudos mostram que os flavonoides do cacau colaboram na melhora do humor, no combate à depressão e na promoção de atividades cognitivas. Citam-se também efeitos positivos no tratamento de enfermidades neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer”, afirma Graziela.

Porém, alguns cuidados devem ser tomados em relação ao consumo excessivo de chocolate. A nutricionista alerta que, se consumidos em excesso, podem provocar cólicas estomacais e intestinais, diarreia, refluxo, náuseas, dor de cabeça, acne e até processos alérgicos (coceiras, vermelhidão ou bolhas na pele, entre outros).

“A longo prazo a ingestão exagerada de chocolate acelera o ganho de peso. O chocolate é um alimento de altíssima densidade calórica, além de sobrecarregar o pâncreas, alterando assim o funcionamento da insulina no corpo. As consequências disso são muitas e a mais perigosa delas é a diabetes, doença que ocorre quando há elevação de glicose no sangue”, ressalta Graziela. 

A água é aliada fundamental para uma vida saudável

A água é aliada fundamental para uma vida saudável

A água é imprescindível para a manutenção de uma vida saudável. Ela é responsável por regular a temperatura corporal, transportar nutrientes e eliminar resíduos, além de lubrificar as articulações e participar de processos metabólicos essenciais, como a absorção de nutrientes e a eliminação de resíduos. A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) Ana Paula Garcia explica que assegurar uma ingestão hídrica adequada é o ponto de partida para uma vida saudável.

Neste dia 22 de março é celebrado o Dia Mundial da Água. A data foi instituída em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância da água para a nossa sobrevivência.

A quantidade de água necessária que uma pessoa deve beber durante o dia para garantir uma boa hidratação varia de pessoa para pessoa. “Estimar a quantidade diária de água necessária envolve diversas fórmulas e abordagens. A regra geral de 2 litros nem sempre é aplicável. Podemos calcular entre 30 a 35 ml por quilo de peso corporal ou estimar 1 ml para cada caloria consumida, embora isso possa variar em casos de déficit calórico ou situações específicas”, explica Ana Paula.

No entanto, a falta da quantidade ideal de água é refletida diretamente em nosso corpo, que sinaliza a necessidade do líquido de maneiras inteligentes. “A sede é um alerta, indicando que o corpo já pode estar começando a desidratar. Observar a cor da urina é outra indicação: cores mais intensas e odor mais forte podem sugerir uma ingestão insuficiente”, ressalta a nutricionista.

Quem não tem o hábito frequente de tomar água precisa recorrer a algumas táticas, “Carregar uma garrafinha de água consigo é uma prática eficaz”, recomenda a conselheira do CRN-8. Para esses casos, a nutricionista também indica o consumo de águas saborizadas naturalmente com frutas ou ervas, além do uso de aplicativos instalados no celular para lembrar o consumo. “Experimentar água saborizada ou com gás pode tornar o processo mais agradável. Aplicativos de lembrete também são úteis para criar consistência no consumo diário”, destaca.

Além do consumo direto do líquido, outros alimentos e nutrientes ricos em água são indicados para manter um bom nível de hidratação. “Dois grupos destacam-se: frutas, hortaliças e vegetais, ricos em água, como melancia e pepino. Além disso, eletrólitos presentes em alimentos como bananas e laranjas desempenham um papel crucial no equilíbrio hídrico”, aponta Ana Paula.

O Dia Mundial da Água também é uma ocasião para lembrar sobre a importância do consumo sustentável deste recurso natural. A nutrição pode promover práticas sustentáveis, como explica Ana, “orientando escolhas alimentares com menor impacto ambiental, especialmente diante da escassez de água’. Para isso, a nutrição, por exemplo, pode “conscientizar sobre o impacto de grandes operações industriais e a produção de gado no consumo hídrico, incentivar a compra de pequenos produtores e participar de feiras locais”.

CRN-8 debate medidas para ampliar quadro de nutricionistas na saúde pública de Curitiba

CRN-8 debate medidas para ampliar quadro de nutricionistas na saúde pública de Curitiba

A presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro, acompanhada da coordenadora técnica, Carolina Dratch, e da coordenadora do Setor de Fiscalização, Julisse Wagner, se reuniram recentemente com a equipe da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba para debater medidas e estratégias para aumentar o número de nutricionistas atuando na saúde pública da capital do estado e para que sejam implantadas novas linhas de ação para garantir atendimento nutricional adequado à população.

Estiveram presentes no encontro Patricia Pinheiro, que é Coordenadora de Apoio à Atenção Primária à Saúde na Secretaria, Cleverson Fragoso, da Diretoria do Centro de Informação em Saúde, e Juliano Schmidt Gevaerd, Superintendente executivo da pasta.

Durante a reunião, o poder público municipal informou que existe a tendência de o quadro de vagas de nutricionistas ser ampliado para a realização futura de um concurso público. Estas medidas já estão, segundo a pasta, em trâmite. Também ficou estabelecido que as relações entre CRN-8 e a Secretaria de Saúde serão estreitadas a fim de discutir conjuntamente novas estratégias de atendimento na área nutricional.

Obesidade atinge cerca de 36% da população adulta no Paraná

Obesidade atinge cerca de 36% da população adulta no Paraná

Levantamento do Ministério da Saúde revela que 36% da população adulta do Paraná sofre com algum grau de obesidade. O dado faz parte de uma análise realizada em 2023 do Índice de Massa Corporal (IMC) de mais de 1,6 milhão de homens e mulheres do estado. Neste dia 4 de março é celebrado o Dia Mundial da Obesidade. A data foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população a respeito da doença, melhorar políticas de combate a esse problema de saúde e promover o debate entre agentes e organizações especializadas na prevenção e tratamento da obesidade. Além disso, a data também é uma forma de tentar diminuir o estigma social a respeito da enfermidade.

            De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério, a incidência dos graus 1, 2 e 3 de obesidade é maior nas mulheres paranaenses: cerca de 38% da população feminina é atingida por algum grau de obesidade. O universo avaliado é de 1,1 milhão de mulheres. Já nos homens o percentual da população masculina diagnosticada com algum grau da doença é de 30%.

            A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade um dos mais graves problemas de saúde. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com IMC acima de 30. A doença pode ser porta de entrada para outros problemas de saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.

            Para a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, é fundamental estabelecer políticas públicas eficazes para controlar a doença e conscientizar a população. “A falta de regulação na oferta de alimentos ultraprocessados para crianças em escolas, a falta de regulação da publicidade desses alimentos e a própria falta de educação alimentar e nutricional da população contribuem para esse cenário. As políticas públicas têm que envolver questões de acesso a alimentos mais saudáveis, bem como o acompanhamento real da saúde para que se tenha o monitoramento e o atendimento de quem sofre de obesidade”, aponta

            Ela aponta ainda que o índice de obesidade no Paraná é um sinal de alerta para a sociedade. “A obesidade é uma doença multifatorial. Aliada aos fatores fisiológicos e metabólicos, existem fatores de ordem sociais, como acesso exacerbado a alimentos ultraprocessados que possuem muito açúcar, gordura e sódio. Além disso, são alimentos, em geral, mais baratos, com sabores e odores atrativos. Soma-se a isso, o consumo intenso de fast food que, em geral, são ricos em gorduras e em calorias”, aponta Cilene. 

            Desde 2020, a OMS instituiu o dia 4 de março como o Dia Mundial da Obesidade. Anteriormente celebrada no dia 11 de outubro, a data foi alterada para coincidir com a Semana de Cuidados com a Obesidade, que acontece do dia 1 ao dia 7 de março.