Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

Agosto Dourado – Conselho de Nutricionistas destaca a importância do aleitamento humano

A campanha Agosto Dourado, celebrado neste mês, visa estimular e promover informações sobre a importância do aleitamento humano. A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Gisele Pontaroli Raymundo, destaca que a campanha é fundamental para incentivar e desmistificar a amamentação. “A ideia da campanha é que possamos disseminar informações importantes sobre o aleitamento materno para o maior número possível de pessoas. Além disso, buscamos quebrar alguns mitos, preconceitos e lendas e empoderar as mulheres para que possam tomar as suas próprias decisões em relação à alimentação de seus filhos”, afirma.

O nome “Agosto Dourado” faz referência ao leite materno, que é considerado um alimento padrão ouro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. O leite materno oferece todos os nutrientes que o bebê necessita durante este período, sem a necessidade de se introduzir outros alimentos líquidos.

“O bebê nasce com o sistema digestório muito imaturo, incapaz de fazer a digestão de qualquer tipo de alimento sólido, e o leite materno contém todos os nutrientes necessários para seu contínuo crescimento. Assim, o bebê receberá a quantidade exata de proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais de que necessita”, explica a conselheira. O leite materno também é um aliado à imunidade, pois nele são encontradas imunoglobulinas, que fortalecem o sistema imunológico.

Importante destacar que mesmo após a introdução da alimentação sólida, deve-se continuar amamentado até o segundo ano de vida. Além disso, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mãe que amamenta corre menos risco de desenvolver câncer de mama. Isso porque durante a amamentação as taxas de hormônios que favorecem o avanço desse tipo de doença caem na mulher.

ALIMENTAÇÃO

Durante a fase de amamentação e gestação alguns cuidados devem ser tomados em relação à alimentação materna. É essencial manter uma dieta equilibrada e saudável, com alimentos mais naturais possíveis e rica em frutas, legumes, verduras, e, se possível, com grãos integrais e alimentos ricos em proteínas de boa qualidade. Deve-se evitar alimentos ultraprocessados e não exagerar na gordura saturada.

 “É importante incluir na dieta boas fontes de cálcio que podem ser tanto leite e derivados, como também cereais, tofu, alguns peixes enlatados, como acontece com a sardinha e o atum, e grãos integrais como boas quantidades de cálcio, principalmente para as mulheres que têm algum tipo de intolerância à lactose ou não podem tomar leite por algum motivo”, destaca a nutricionista e conselheira Gisele.

Segundo ela, é essencial que a lactante seja orientada pra evitar alimentos alergênicos, pois alguns bebês podem desenvolver sensibilidade a alguns alimentos, como leite de vaca, ovos amendoim, glúten, frutos do mar e carne de porco. Caso o bebê apresente sintomas de alergia ou algum tipo de intolerância é necessário que seja consultado um nutricionista para ajustar a dieta da mãe, caso seja necessário. “Se, porventura, a mãe tiver algum tipo de deficiência nutricional, o ideal é que ela faça uma suplementação orientada pelos nutricionistas, dos nutrientes necessários”, alerta Gisele. 

Em algumas circunstâncias, a amamentação pode não ser possível, como em caso de adoção ou em situações que a mãe necessita fazer uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação natural. “Nesses casos, é importante que o pediatra ou o nutricionista indique uma fórmula infantil, que consiste em um leite de vaca modificado para se aproximar ao máximo dos nutrientes presentes no leite humano. É fundamental garantir o uso correto da fórmula, seguindo a quantidade adequada e a diluição correta para que o bebê obtenha o efeito mais próximo possível do leite materno”, explica a nutricionista.

Participação de instituições de ensino no CRN-8 Jovem aumenta 35,7% em um ano

Participação de instituições de ensino no CRN-8 Jovem aumenta 35,7% em um ano

Neste ano, a participação de instituições de ensino técnico e superior no programa CRN-8 Jovem aumentou em 35,7% quando comparado a 2022. Se no ano passado participaram alunos de 14 entidades, neste ano o projeto conta com estudantes de 19 instituições.

Durante o primeiro semestre deste ano, o CRN-8 Jovem já realizou quatro reuniões. Durante os encontros foram abordados diferentes temas que visaram complementar a formação dos estudantes, tais como: Guia de Ética e Conduta do Acadêmico de Nutrição, atuação do nutricionista nas políticas públicas de saúde e segurança alimentar e nutricional. A conselheira do CRN-8 Veridiane Sirota apresentou, em uma dessas reuniões, exemplos de casos práticos que infringiam o Guia do Acadêmico.

Além disso, os alunos participaram de uma atividade externa em 31/03, data em que se celebra o Dia da Saúde e Nutrição. Os estudantes participaram de uma ação social com o objetivo de orientar a população de Curitiba sobre a importância de uma alimentação saudável. As atividades foram realizadas em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC) e aconteceram no Sesc da Esquina, no centro da capital paranaense.

O projeto CRN-8 Jovem tem como objetivo aproximar o acadêmico de graduação em Nutrição e o acadêmico do curso técnico em Nutrição e Dietética do Paraná com o Sistema “Conselho Federal de Nutricionistas/Conselho Regional de Nutricionistas” (CFN/CRN).

“Essa aproximação traz diversos benefícios para o aluno. Com isso, o estudante passa a conhecer as resoluções e normas que são apresentadas em reuniões e, também, promove um senso da importância de valorizar a categoria profissional”, ressalta a coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch.

Confira as instituições que participam do projeto neste ano:

UniCuritiba

PUC-PR

UniBrasil EAD

Universidade Federal da Fronteira Sul

UniCesumar – NEAD – Maringá (PR)

Centro Universitário Internacional Uninter

Centro Universitário Integrado de Campo Mourão

Unipar

Faculdade Claretiano

Colégio Estadual Júlia Wanderley

Centro Universitário Filadélfia – UniFil

Universidade Positivo

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Uniopet

Unicesumar Maringá

Centro Universitário Univel

Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil

FAP-Faculdade de Apucarana

UniDomBosco

CRN-8 integra o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná

CRN-8 integra o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) é o único representante do setor de saúde no Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná (Copedh). Os novos membros tomaram posse em cerimônia realizada no Palácio das Araucárias, em Curitiba, com a participação de representantes de organizações da sociedade civil, do governo estadual, da Assembleia Legislativa e órgãos do Sistema Judiciário.

“Somos a única entidade dentro do Conselho que representa o setor de saúde. Levamos a bandeira para que sejam discutidos mecanismos de erradicar a fome e fornecer segurança nutricional e alimentar para toda sociedade paranaense”, afirma a coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch, que é a representante do Conselho no Copedh.

A presidente é Bruna Ravena, da Associação de Travestis e Transexuais de Foz do Iguaçu, e o vice-presidente é Santin Roveda, secretário da Justiça e Cidadania. Dezesseis entidades foram eleitas como titulares e suplentes para representar a sociedade civil na composição do Conselho de 2023 a 2025. O CRN-8 ficou com uma cadeira de suplente.

“O Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná é de fundamental importância e relevância para que tenhamos uma sociedade mais justa, igualitária e que assegure, de fato, os direitos humanos a todos os paranaenses”, afirma Carolina.

O Conselho tem por finalidade auxiliar na implementação e acompanhamento das políticas públicas na área de direitos humanos, em todas as esferas da administração pública estadual, a fim de garantir a promoção e proteção de toda a população paranaense.

O período eleitoral ocorreu entre abril, com a instalação da comissão eleitoral, até junho, com a nomeação dos membros eleitos. A votação foi de forma virtual durante a Assembleia do Copedh, no dia 16 de junho. Além das entidades, foram empossados membros do governo estadual, da Assembleia Legislativa e órgãos do Sistema Judiciário, que também compõem o colegiado.

CRN-8 realiza evento em homenagem aos TNDs do Paraná

CRN-8 realiza evento em homenagem aos TNDs do Paraná

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) realizou nesta terça-feira (27) o evento “Novas conquistas, novas oportunidades: a regulamentação do TND e o que se projeta para o futuro” em homenagem aos cerca de 200 técnicos em Nutrição e Dietética que atuam no Paraná. No dia 27 de junho é celebrado o Dia dos TNDs em todo o território nacional.

         A atividade contou com palestras da cientista política e assessora parlamentar do Conselho Federal de Nutricionistas, Gerlane Alves, e do TND Rafael Marçal, que é pós-graduado em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos. A atividade foi realizada na Sala de Reuniões da Praça San Marco, no Shopping Itália, em Curitiba.

O espaço ficou completamente lotado. Além disso, as palestras foram transmitidas ao vivo pela internet. A Delegacia do CRN-8 de Londrina veiculou o evento em tempo real.

A presidente do CRN-8, Cilene da Silva Gomes Ribeiro, realizou a abertura do evento enaltecendo o papel fundamental que os TNDs exercem em prol da segurança alimentar e nutricional. “A profissão existe há mais de 80 anos, exercendo papeis fundamentais em unidades de saúde, escolas, restaurantes, centros de acolhimento, projetos sociais, pesquisas e produção de alimentos para alimentação segura e saudável”, afirmou.

Além disso, a presidente anunciou que o Conselho irá criar uma comissão provisória para atender as demandas dos TNDs do Paraná. Essa proposta será levada ao plenário para que seja debatida e a expectativa é que seja aprovada ainda este ano.

REGULAMENTAÇÃO

A assessora parlamentar do CFN, Gerlane Alves, explicou sobre os impactos do projeto que regulamenta a profissão de técnico em Nutrição e Dietética. Essa proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. A matéria será apreciada no Senado Federal e deve ser sancionada ainda este ano.

“Foi um grande avanço conseguirmos fazer tramitar esse projeto na Câmara dos Deputados. No final do ano de 2021, o CFN conseguiu sugerir alterações ao projeto inicial e colocá-lo na pauta da Câmara dos Deputados”, contou.

Por meio do projeto foram sugeridas duas alterações. A primeira é que os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas passarão a ser denominados, respectivamente, Conselho Federal de Nutrição (CFN) e Conselhos Regionais de Nutrição (CRN).

Além disso, ficará assegurada a participação de um representante dos TND, efetivo e suplente, na Composição dos Conselhos Regionais, de forma não cumulativa, quando o número de TND inscritos ativos for maior que 10% do total de profissionais nutricionistas. Além disso, a anuidade dos técnicos em Nutrição e Dietética corresponderá a, no máximo, 50% do valor estipulado para o nutricionista.

Com a aprovação do projeto, será regulamentada legalmente a fiscalização da categoria permitindo, por exemplo, a implantação de um Conselho de Ética específico para os TNDs.

UNIÃO

O técnico em Nutrição e Dietética Rafael Marçal ressaltou a importância da categoria se manter unida para pleitear melhorias para a profissão. “Além disso, a nossa profissão não é apenas um curso técnico. Temos que entender que por meio do nosso trabalho podemos levar qualidade de vida, conhecimento e uma vida saudável às pessoas”, afirmou Marçal, que atua como TND desde 2011.

Ele destacou ainda que o mercado de trabalho da categoria que é amplo. “A gama de oportunidades é muito grande. Podemos atuar em hospitais, empresas de alimentação, apoio em fiscalizações. Existe campo para a nossa categoria. O mais importante de tudo é que categoria se mantenha unida e que um colega ajude o outro”, salientou.

Em audiência pública, presidente do CRN-8 sugere ações para o combate à obesidade

Em audiência pública, presidente do CRN-8 sugere ações para o combate à obesidade

Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná na última quinta-feira (22), a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene da Silva Gomes Ribeiro, apontou diversas ações que devem ser implementadas de forma conjunta para que medidas de prevenção e tratamento ao sobrepeso e à obesidade ocorram na sociedade.

         A audiência, intitulada “Ações Integradas para o Combate à Obesidade no Paraná”, foi proposta pelo presidente da Frente Parlamentar da Medicina, o deputado Ney Leprevost. O encontro reuniu diversos especialistas para abordar essa doença crônica, progressiva e que possui dados alarmantes: 70,71% de paranaenses então com sobrepeso e 36,79% são obesos. Os números estão acima dos nacionais, que apontam 68,6% de pessoas com sobrepeso e 33,98% com obesidade. Os dados foram apresentados à Assembleia Legislativa pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), uma das entidades que solicitou a audiência.

“O CRN-8 atua na garantia de Segurança Alimentar e Nutricional da população, e por ser a obesidade uma doença multifatorial, é que a pauta da obesidade se faz tão cara para todos os nutricionistas deste estado e do Brasil”, afirmou a presidente.

Cilene ressaltou que o alimento e a alimentação são fatores fundamentais para a prevenção e tratamento de várias doenças, inclusive da obesidade. “Esta escolha refere-se tanto as condições que definem as escolhas, quanto ao acesso aos alimentos saudáveis. Além de se fazer necessário implementar dispositivos legais para a regulação e a tributação de alimentos ultraprocessados”, ressaltou. Os ultraprocessados são os produtos cuja fabricação envolve várias etapas e técnicas de processamento e contêm muitos ingredientes, como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, snacks e macarrão instantâneo.

A presidente defendeu ainda a necessidade de se regular a publicidade de alimentos ultraprocessados para o público infantil, bem como instituir mecanismos legais para a regulamentação das cantinas escolares. “É necessário incentivar desde cedo a alimentação saudável”, aponta.

Cilene ainda sugeriu que se deve fortalecer as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional em escolas e Unidades Básicas de Saúde e também o Programa de Atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade. “É necessário o fortalecimento da Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, com ações e programas que garantam sua existência e realização. Ao mesmo tempo, são imprescindíveis ações de promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física”, salienta a presidente do Conselho.

De acordo com ela, é fundamental estabelecer um plano de cuidado para o alcance de peso recomendado na Atenção Primária à Saúde (APS). “Isso exige atenção especializada de nutricionistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Soma-se a isso, a necessidade de implementar planos terapêuticos individualizados na APS a partir da presença de nutricionistas”, reforça.

         Após a audiência pública, foi formado um grupo de trabalho com o objetivo de coletar informações e sugestões para um projeto de lei visando à saúde dos paranaenses, com a prevenção e o tratamento da obesidade.

CRN-8 assegura a aprovação do Estado para a reabertura de turmas do curso de TND em Londrina

CRN-8 assegura a aprovação do Estado para a reabertura de turmas do curso de TND em Londrina

Nos últimos dois semestres o Curso Técnico em Nutrição e Dietética no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, não teve autorização para abrir novas turmas. Diante desta situação, o Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8) protocolou um ofício junto à Secretaria Estadual de Educação solicitando que fosse realizada a abertura de novas turmas ainda neste ano.

         Em resposta, a Secretaria emitiu um ofício no qual autorizou a abertura de uma turma para o 2º semestre de 2023. “Foi uma conquista não só do Conselho, mas de toda comunidade de Londrina e região”, salienta a presidente do CRN-8, Cilene Gomes Ribeiro.

Diante da importância do profissional Técnico em Nutrição e Dietética para Londrina e região e da grande procura pelo Curso, o Colégio percebeu que seria um prejuízo enorme a não abertura de novas turmas.

“Por isso, entendemos a necessidade de solicitar ao CRN-8 reivindicar junto à Secretaria a permissão para a abertura de novas turmas e a manutenção de tão importante curso gratuito aos alunos, no Colégio Estadual Polivalente”, explica a coordenadora do Curso, Gerusa Ayres.

“Nossa solicitação ao CRN8, para que intercedesse junto à SEED pela autorização de novas turmas do Curso Técnico em Nutrição e Dietética, foi frutífera. O CRN-8 prontamente nos atendeu e isto foi fundamental”, complementa.

Gerusa relata que o curso de TND no Colégio Estadual Polivalente, de Londrina, está em funcionamento desde o ano de 2016. Nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia da Covid-19, o curso sofreu com as dificuldades apresentadas pelos estudantes no acompanhamento das aulas no sistema remoto, e também após o retorno, no sistema presencial.

“Alunos que iniciaram no sistema remoto tiveram dificuldades no retorno presencial e isso gerou elevado índice de evasão, fazendo com que a Secretaria de Estado da Educação não autorizasse a abertura de novas turmas nos dois últimos semestres”, enfatiza a coordenadora.

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

CRN-8 se reúne com deputado para discutir projetos de lei sobre alimentação escolar

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram com o deputado estadual Paulo Gomes, sua equipe e técnicos da Comissão da Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná para debater melhorias na legislação sobre alimentação nas escolas públicas e privadas do Paraná.

“Pretendemos atualizar a lei em vigor, conscientizando a população sobre a necessidade de uma alimentação saudável nas cantinas das escolas particulares e públicas do estado”, salienta Cilene. Durante a reunião, ficou definido que será agendada uma audiência pública para debater o tema junto à sociedade civil organizada. Provavelmente, a audiência irá ocorrer em agosto nas dependências da Assembleia Legislativa.

A partir de então, serão debatidos quais pontos poderão ser aperfeiçoados nas legislações já existentes. O CRN-8 defende que seja proibida a comercialização, no ambiente escolar, de alimentos e bebidas ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos e refrigerantes.  O Conselho também acredita que deve ser revista a comercialização, no ambiente escolar, de preparações à base de frituras e de preparações com a adição de gordura hidrogenada em seu preparo.

A cantina escolar também deveria disponibilizar pelo menos uma opção de alimento ou preparação e uma opção de bebida aos escolares portadores de necessidades alimentares especiais, tais como diabetes, doença celíaca, intolerância à lactose e outras alergias e intolerâncias alimentares.

“A escola é uma instituição responsável pela formação de pessoas que estão em processo de desenvolvimento. Neste ambiente de educação é que se encontra a Cantina Escolar, a quem cabe também um papel ativo muito importante como estimuladora de hábitos alimentares saudáveis e influenciadora na formação do indivíduo, dentro do ambiente escolar que serão exercidos também fora daquele ambiente”, ressalta a presidente.

Atualmente o Paraná conta com a Lei 14.423/2004, que dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas e com a Lei 14.855/2005, que trata sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. O CRN-8 defende que ambas as legislações precisam ser atualizadas.

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

JUNHO LARANJA CONSCIENTIZA SOCIEDADE SOBRE ANEMIA E LEUCEMIA

Durante este mês é realizada a campanha Junho Laranja, que tem o objetivo de difundir informações sobre o diagnóstico e prevenção de anemia e leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.

ANEMIA      

A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.

Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro.  O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Os principais sinais e sintomas são: cansaço generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças e apatia.

LEUCEMIA

Já a leucemia é causada pela produção desenfreada de glóbulos brancos pela medula óssea. As células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis do corpo e resultando na queda brusca da imunidade corporal. Entre os sintomas estão palidez, cansaço, infecções persistentes, hematomas, fraqueza, febre, dores nas articulações e anemia.

                 Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO

A nutricionista Fernanda Fugolar explica que a anemia por carência de nutrientes pode ser prevenida com alimentação saudável. “Deve-se ingerir alimentos que são fontes de ferro, como: carne, peixe, frango e leguminosas. Também deve-se consumir alimentos fonte de vitamina B12: peixes, carnes, ovos leite e derivados; e de ácido fólico: vegetais folhosos verde escuro, oleaginosas e sementes, leguminosas, grãos integrais e cereais enriquecidos”, aponta.

            Em relação à leucemia, a alimentação não tem relação com a origem da doença, portanto não há como prevenir através da nutrição. “Porém, sabemos que indivíduos que possuem uma alimentação saudável e que são bem nutridos, se tiverem o diagnóstico de leucemia terão menos fatores de risco durante o tratamento. Ou seja, apesar da alimentação não ter relação com origem da doença, o paciente nutricionalmente mais saudável tende a ter mais sucesso durante o tratamento”, ressalta.

TRATAMENTO

Durante o tratamento de anemia, o nutricionista deve estabelecer estratégias para a oferta adequada de nutrientes, sempre de acordo com as recomendações por faixa etária e sexo. “Além de estabelecer no plano alimentar condutas a fim de otimizar a absorção de nutrientes”, salienta Fernanda.

No caso da leucemia, o nutricionista é essencial em todas as etapas do tratamento, que pode ser longo. Cabe ao profissional sempre adequar a oferta de nutrientes para cada fase específica do tratamento da doença. “O profissional deve estar apto a identificar os efeitos colaterais que podem surgir em cada período do tratamento e afetar tanto a ingestão alimentar como o estado nutricional do paciente, assim como ajustar a conduta dietoterápica, verificar a necessidade de suplementar ou fazer uso de via alternativa de alimentação conforme o estado nutricional do paciente e sintomas apresentados”, explica a nutricionista.

Ela ressalta que, em ambos os casos, o papel do nutricionista é principalmente trabalhar com a alimentação, com “comida de verdade”, sem restrições desnecessárias, mas sempre conforme a ciência e as recomendações de órgãos oficiais. “Quando necessário, deve-se suplementar ou fazer uso de via alimentar alternativa, sempre segundo as recomendações específicas”, salienta Fernanda.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso

Com a participação de diretores, conselheiros federais, colaboradores do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), presidentes e conselheiros dos 11 Conselhos Regionais de Nutricionistas, representando o Sistema CFN/CRN,  foi lançada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, na terça-feira (30), a Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista. O evento também marcou a divulgação da agenda legislativa, com as pautas acompanhadas pelo CFN, em Brasília (DF).

Para o coordenador da Frente, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), os nutricionistas são profissionais essenciais para a sociedade brasileira. “Na legislatura passada realizamos diversos eventos para traduzir o sentimento de vocês para esta Casa. Vamos trabalhar ainda mais, de forma incansável pela valorização da profissão de vocês. Contem com a gente e viva a Nutrição”.

O presidente do CFN, nutricionista Élido Bonomo destacou a importância da instalação da Frente Parlamentar com a participação das entidades de Nutrição. “Temos um conjunto de projetos para debater com o Congresso Nacional, visando garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e o nosso compromisso com a categoria para fortalecer cada vez mais a nossa profissão”.

Também participaram da solenidade os deputados federais Erika Kokay (PT-DF) e Delegado da Cunha (PP-SP); Glaucia Medeiros, diretora da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran); Alexandra Silva, diretora da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN) e Alice Beatriz, representante da Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição (ENEN). A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, esteve presente no evento.

Frente Parlamentar em Defesa do Nutricionista é lançada no Congresso. Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

Presidente do CRN-8 reúne-se com parlamentares para debater políticas de segurança alimentar

Presidente do CRN-8 reúne-se com parlamentares para debater políticas de segurança alimentar

A presidente do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná (CRN-8), Cilene Gomes Ribeiro, e a coordenadora técnica da instituição, Carolina Bulgacov Dratch, se reuniram nos últimos meses com parlamentares do estado e da capital do Paraná para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional.

            Em encontro com o deputado estadual Paulo Gomes foram debatidas políticas públicas voltadas ao combate à fome, ao desperdício de alimentos, alimentação escolar e ao respeito ao direito do consumidor.

Já em reunião com deputada estadual Cristina Silvestri discutiu-se a necessidade de criar mecanismos legais para assegurar a presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.

Essa mesma pauta foi tema do encontro com a vereadora de Curitiba, Amália Tortato. Também se debateu alternativas e soluções para garantir a segurança alimentar e nutricional no ensino infantil da capital do estado. A presidente ainda se reuniu com Pascoal Muzeli Neto, Chefe de Gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco. Na oportunidade, dialogaram a respeito de implementação de políticas públicas que fortalecem o papel do nutricionista na comunidade paranaense.

Outra importante reunião ocorreu com deputado estadual Batatinha, autor do Projeto de Lei nº 248/2023, que dispõe sobre a inserção do nutricionista como agente fundamental nas políticas públicas de alimentação e nutrição.

Na oportunidade Batatinha comunicou que tentará agendar uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o assunto e para debater políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional e à presença de nutricionistas em escolas públicas e particulares, em instituições de longa permanência para idosos, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.

Esses encontros foram resultado de uma ação do CRN-8 que encaminhou a todos os 54 parlamentares estaduais e aos prefeitos dos 399 municípios do Paraná ofícios ressaltando a necessidade de inserir os profissionais de Nutrição nas políticas públicas de saúde e alimentação.