DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO NUTRITIVA COM BAIXO CUSTO

Com a pandemia do Covid 19, a sociedade está também passando por problemas econômicos graves. A alimentação saudável e adequada é um direito humano básico, porém, em momentos de crise, esse direito está ameaçado e é necessário planejamento para garantir comida de qualidade na mesa. É importante saber aproveitar os alimentos de forma integral para extrair alto valor nutricional com o menor custo possível.

A nutricionista Andrea Tarzia (CRN-8 1540) garante que, para comer de maneira saudável, não é preciso gastar muito. Ela, que é coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e já atuou como nutricionista responsável técnica do Restaurante Universitário da UFPR, explica que uma alimentação saudável é aquela preparada com alimentos variados e nutritivos. “Por meio da escolha adequada dos alimentos durante as compras, pode-se fazer uma alimentação saudável com baixo custo. Foque em alimentos saudáveis e nutritivos, deixando de lado os ultraprocessados, como salgadinhos, bolachas, refrigerantes e enlatados. Prefira produtos in natura ou minimamente processados, de origem vegetal, como arroz, feijão, macarrão, farinhas, batata, aipim, frutas, verduras e legumes, e animal, ou seja, carnes, ovos, leites e derivados”.

Andrea alerta para a necessidade de priorizar produtos da época, ajuda muito na relação custo/benefício, pois são mais baratos e nutritivos, e lembra que, para montar uma refeição saudável, a regra básica é colorir bem o prato e não repetir sempre o mesmo alimento. “Quanto mais colorido for o prato, maior a variedade de nutrientes, antioxidantes e fibras”.

Planejar é importante – Outra dica é conseguir tempo para preparar a própria comida e fazer um planejamento básico. “Planeje as refeições da semana toda e faça as compras necessárias de acordo com esse cardápio. Para isso, faça uma lista de compras contendo a relação dos alimentos que você vai usar e as quantidades que precisa de cada produto. Quando estiver fazendo a lista, verifique o que você tem em casa, isto facilita na hora de comprar e também na hora de preparar a comida. Na hora das compras, compre somente o que está na lista e o que irá utilizar em curto período de tempo, pois os alimentos podem estragar, levando ao desperdício”.

Evitar desperdício – A forma mais comum de desperdício na alimentação é o descarte de partes como talos, cascas, sementes, folhas e flores de frutas, verduras e legumes. Todas as partes desses alimentos, contém algum tipo de nutriente e, às vezes, são até mais nutritivos do que as partes que estamos habituados a comer. “Vitaminas, minerais, fibras e até proteínas acabam indo para o lixo por falta de conhecimento do consumidor. O aproveitamento integral dos alimentos é uma alternativa que pode contribuir para melhorar o valor nutricional e econômico dos alimentos, desse modo, é possível alimentar um número maior de pessoas e enriquecer nutricionalmente o cardápio”, afirma a nutricionista.

O fato é que o aproveitamento integral de alimentos, como prática de promoção de saúde, é possível por meio da criação de novas receitas como sucos, doces, geleias e farinhas. “Para o uso integral dos alimentos, só é preciso um pouco menos de preconceito e mais imaginação! Podemos aproveitar o todo das frutas, verduras e legumes nas preparações. Cascas, talos, sementes, folhas e flores podem ser utilizadas em preparações como saladas, docinhos, doces em pasta, arroz, nhoque, croquetes, pães, torta salgada, bolos, refogados, farofas, feijão, petiscos, panquecas, picles, macarrão etc.”, ensina Andrea.

Composição do cardápio – O cardápio diário deve ser composto por cinco a seis refeições, sendo duas principais, o almoço e o jantar, e três a quatro pequenos lanches, café da manhã, colação, merenda e ceia. Nas refeições principais, a combinação arroz e feijão é uma ótima opção. “Esses dois alimentos formam uma combinação nutritiva e proteica. O arroz pode ser substituído pelo macarrão, batata doce, batata inglesa, mandioquinha, aipim, fubá, farinhas, cará, inhame, etc. E, no lugar do feijão, também podemos incluir outras leguminosas como lentilha, grão-de-bico e ervilha.”

Carnes magras e baratas podem render refeições deliciosas e nutritivas, como ensopados, cozidos, assados e grelhados e atender a necessidade de proteínas. O ovo é um alimento mais barato do que a carne e, como é rico em proteínas, vitaminas e minerais, pode ser uma opção em relação à carne, diz Andrea, que chama a atenção para a inclusão diária de frutas, verduras e legumes na alimentação. “Durante o ano, entre as frutas com menor preço encontram-se a banana, a maçã, a laranja e o mamão. Porém, no mês de julho, podemos aproveitar para incluir na nossa alimentação as frutas, verduras e legumes que estão com boa oferta e tendência de queda de preço como abacate, mexerica, tangerina, kiwi, laranja, morango, pera, agrião, alho-poró, chicória, couve, couve-flor, espinafre, mostarda, brócolis, salsão, batata-doce, mandioca, rabanete, cenoura, abóbora, cará, mandioquinha, milho-verde, nabo, palmito e pepino”.

Tomando em conta as importantes dicas oferecidas pela nutricionista Andrea Tarzia, podemos perceber que a boa alimentação, com potencial nutritivo e variedade de sabor, é possível. Com um planejamento básico, sabendo escolher bem os produtos a serem consumidos e aproveitando integralmente os alimentos, ninguém fica com fome ou gasta demais. E nunca é demais lembrar que uma boa alimentação é fundamental para o bem estar, com um organismo saudável e protegido contra os adoecimentos e seus males diversos.

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL PARA PROMOVER A SAÚDE DO TRABALHADOR

Hoje, 27 de julho, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho e a proposta desta data é propor uma reflexão sobre a saúde do trabalhador.

A atenção aos processos de trabalho, bem como aos ambientes em que se desenvolvem, é fundamental para o desenvolvimento de práticas cada vez mais efetivas que garantam a qualidade de vida no ambiente laboral. Essa tarefa é responsabilidade tanto dos empregadores quanto dos trabalhadores e os cuidados necessários para isso dizem respeito a diversos aspectos, entre eles, com evidente importância, está o da alimentação adequada e saudável.

Com base nas recomendações do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Guia Alimentar para a População Brasileira e da Organização Mundial da Saúde, a nutricionista Pietra Oselame da Silva Dohms, do Programa de Pós Graduação em Alimentação e Nutrição da Universidade Federal do Paraná (PPGAN-UFPR), desenvolveu estudo preliminar e elaborou um instrumento para avaliar qualitativamente as preparações das refeições ofertadas a trabalhadores em Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs),

Nutricionista é o responsável técnico

O estudo foi desenvolvido sob orientação da Profª. Drª. Lize Stangarlin Fiori e da Profª. Drª. Caroline Opolski Medeiros e faz parte de um projeto maior, intitulado “Preparações ofertadas a trabalhadores atendidos pelo PAT”, que recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Em 2018 e 2019, acompanhamos o processo produtivo de três UANs e observamos que é possível priorizar a oferta de alimentos in natura e minimamente processados em preparações, ou seja, o estudo reforça a importância da atuação do nutricionista para ofertar refeições de qualidade nutricional aos trabalhadores”, explica Pietra.

Segundo a pesquisadora, a Portaria Interministerial Nº 66, de agosto de 2006, estabelece os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador e determina o nutricionista como responsável técnico para executar as ações do PAT. “Por isso, as empresas beneficiárias do PAT, fornecedoras e prestadoras de serviço de alimentação coletiva, devem contratar um nutricionista para garantir a alimentação adequada e segurança alimentar e nutricional dos trabalhadores. Entre as atribuições do nutricionista destacam-se a elaboração de cardápios nutricionalmente equilibrados e a execução de ações de educação nutricional voltada à promoção a saúde”. 

PAT: prevenção de risco e promoção da saúde

O PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991. Tem um papel fundamental na prevenção de risco e na promoção da saúde, atendendo, conforme dados do Ministério da Economia, a mais de 20 milhões de trabalhadores, que realizam refeições fora de casa, principalmente em restaurantes institucionais ou comerciais.

POSICIONAMENTO DO FÓRUM DOS PRESIDENTES DOS CRN LEI FEDERAL N°14.023

POSICIONAMENTO DO FÓRUM DOS PRESIDENTES DOS CRN LEI FEDERAL N°14.023

Confira a nota do Fórum de Presidentes dos Conselhos Regionais de Nutricionistas sobre a necessidade de inclusão das profissões de Nutricionista e TND em decreto regulamentador na Lei Federal nº 14.023, de 8 de julho de 2020, como profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à manutenção da saúde pública.

O Fórum de Presidentes dos Conselhos Regionais de Nutricionistas emite nota sobre a necessidade de inclusão das profissões de Nutricionista e TND em decreto regulamentador na Lei Federal nº 14.023, de 8 de julho de 2020, como profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública. Ressalta-se que o Fórum está articulando e acompanhando o trâmite desde o início do processo.

CRN-8 REÚNE CFN E NUTRICIONISTAS EM DEFESA DO NASF

CRN-8 REÚNE CFN E NUTRICIONISTAS EM DEFESA DO NASF

Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica são essenciais para a saúde básica da população

A diretoria do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) realizou ontem, 08 de junho, reunião virtual da qual participaram o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e o Conselho Estadual de Saúde do Paraná, bem como nutricionistas dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) dos municípios do estado. O objetivo foi a formalização de um documento em defesa do NASF, cujo incentivo financeiro foi extinto pelo Ministério da Saúde (MS) no início deste ano.

Sônia Regina Barbosa, conselheira do CFN, declarou, durante a reunião, que a entidade tem realizado reuniões e encontros virtuais para debater o tema e a preocupação é muito grande, desde o ano passado, com a questão dos NASFs. “Os conselhos regionais precisam do mapeamento do que acontece com os profissionais, do trabalho que estão executando e da conscientização do trabalho do nutricionista dentro do NASF. É preciso reforçar o debate e as ações junto às entidades, instituições e parlamentares, para não perder o que já conquistamos e sedimentar a atuação do nutricionista nos municípios”.

Segundo o presidente do CRN-8 Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, é importante centralizar as ações neste momento. “Vamos reunir as visões dos municípios que têm e que não têm o NASF e embasar a importância do nutricionista na constituição e tentar garantir assim os repasses do governo federal”.

Participaram da reunião membros da diretoria do CRN-8, o presidente Alexsandro Wosniaki CRN-8 3823, a vice-presidente Cilene da Silva Gomes Ribeiro CRN-8 418, a secretária Tatiane Winkler Marques Machado CRN-8 5406, a conselheira do CFN Sônia Regina Barbosa CRN-8 79, a representante do CRN-8 no Conselho Estadual de Saúde, Juliane Bertolin CRN-8 2401, a gerente do CRN-8 Andréa Bonilha CRN-8 926 e as nutricionistas do NASF da grande Curitiba Aline Sobania CRN-8 3567, Ana Paula Zuchi CRN-8 2999, Ana Paula Balemberg CRN-6255, Jhulie Rissato CRN-8 3335, Lilian Tanikawa CRN-8 1183, Karin Will CRN-8 4608, Kari Leise Stelle CRN-8 1439, Karyne Sant’ana CRN-8 1117, Paula Roberta Martins Rodrigues CRN-8 3138, Vanessa Crovador CRN-8 6138, Clarissa Nicoletti CRN-8 3004, Juliana Ceronato CRN-8 2292 e Ana Paula Berebetti CRN-8 4627.

Resguardar os direitos da população

O CFN ajuizou, em fevereiro, uma Ação Civil Pública (ACP) na 13ª Vara Federal do Distrito Federal, com o objetivo de retirar os efeitos da Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, do MS, que modificou os critérios de rateio dos recursos de transferências para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria do MS extingue os NASF-AB, conforme deixa claro a NOTA TÉCNICA Nº 3/2020-DESF/SAPS/MS, assinada pelo diretor do Departamento de Saúde da Família, Otávio Pereira D’Ávila, e pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, ambos integrantes do Ministério da Saúde.

A ação pode ser consultada no portal da justiça federal sob o nº 1005571-51.2020.4.01.3400.

A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA CONTRA A OBESIDADE INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA CONTRA A OBESIDADE INFANTIL

Nutricionistas são essenciais na criação de Políticas Públicas no combate à obesidade infantil

No Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil, 03 de junho, o Conselho de Nutricionistas da 8ª Região reforça a importância da alimentação adequada e saudável, além de incluir atividades físicas no dia a dia. Os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicados em 2017, mostram que há 124 milhões de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo. Já os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avaliam que uma em cada grupo de três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no País. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave.

O CRN-8 conversou com a Nutricionista e professora Marcia Messaggi, CRN-8 7742, que ministra aulas em Dietoterapia Infantil na UFPR, para explicar o porquê da obesidade infantil ser uma doença crônica, o que causa e como a nutrição pode interferir neste processo. O CRN-8 também conversou com a nutricionista responsável pelo setor de alimentação escolar de Curitiba, Maria Rosi Marques Galvão, CRN-8 3093 para citar as políticas públicas realizadas que estabilizaram o número de crianças obesas no município, relatando assim, a importância da presença do nutricionista na criação das políticas públicas referentes a Segurança Alimentar e Nutricional.

O que é Obesidade Crônica

Márcia Messaggi explica que a Obesidade Cônica é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo e é considerada como uma doença crônica por se se manifestar de forma lenta e com duração longa. “A obesidade na infância está associada com a elevação da pressão arterial, resistência à insulina, diabetes mellitus, dislipidemia e com o aumento da morbimortalidade cardiovascular na idade adulta”.

De acordo com a nutricionista, a obesidade infantil pode apresentar diversas causas, uma vez que ocorre por associação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais, sendo que os principais fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento são os hábitos alimentares incorretos e o sedentarismo. Segundo ela, é importante identificar o excesso de gordura corporal nessa população e criar estratégias para prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas no futuro. “Entre os hábitos alimentares observa-se um aumento significativo no consumo de alimentos ricos em gordura, em carboidratos e alimentos ultraprocessados. Estes hábitos têm sido mais frequentes na sociedade devido ao pouco tempo desprendido ao preparo das refeições e consequentemente temos uma menor oferta de alimentos saudáveis as crianças e adolescentes que, assim, têm cinco vezes mais chances de serem obesos quando adultos”.

Desafio Conjunto

Márcia explica que a obesidade infantil pode ser combatida com a incorporação de hábitos de vida relativamente simples. “A reeducação alimentar a partir da adoção de uma alimentação saudável, voltada para a adequação da quantidade de calorias, as preferências alimentares, o aspecto financeiro e o estilo de vida, juntamente com a atividade física são aspectos importantes para o tratamento da obesidade infantil. Desta maneira, a alimentação é um aspecto de relevada importância, assim como a atuação do nutricionista direcionada para este grupo populacional, visto que, a qualidade de vida é dependente da alimentação correta juntamente com a prática de atividade física para garantir um bom estado de saúde”.

Políticas públicas no combate à obesidade infantil

De acordo com o relatório do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Escolar – SISVAN Escolar de 2019 do município de Curitiba, as taxas de obesidade no período 2013-2017 estão estáveis. De acordo com a nutricionista responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar no Município de Curitiba Maria Rosi Marques Galvão, em 2014 houve uma queda na taxa de obesidade, algo que não acontecia desde 2003. “Esta queda, da ordem de 0,7 pontos percentuais quebrou uma tendência de aumento em 10 anos consecutivos da série histórica do SISVAN-Escolar de Curitiba. Em 2015 a taxa de obesidade retorna para 15,66% um aumento de 0,9 pontos percentuais relativamente a 2014. As taxas de obesidade nos anos seguintes estão muito próximas deste pico de 2014, mas mantém uma tendência de leve queda no período de 2015 a 2017, embora sem significância estatística”.

As políticas públicas de Alimentação Escolar podem estar relacionadas a estabilização do números. Um exemplo é o Programa de Reeducação Alimentar e Nutrição Adequada – PRANA, programa oferecido por instituição de ensino parceiras, onde os estudantes de Nutrição, sob supervisão dos nutricionistas professores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação e a de Saúde, realizam atendimentos aos estudantes com obesidade. São realizadas atividades lúdicas envolvendo as famílias e que têm tido impacto significativo sobre as escolhas alimentares e a saúde dos participantes.

Ações e programas

Maria Rosi Marques Galvão explica que as duas secretarias, de Educação e Saúde, atuam desde 1996 no monitoramento anual do estado nutricional dos alunos atendidos na Rede Municipal de Ensino. “Para a coleta desses dados, os professores de Educação Física recebem uma capacitação anual para aprimoramento da técnica. Em 2019 foi possível monitorar 86.499 alunos da Rede Municipal de Ensino. Este estudo possibilita nortear ações de educação nutricional e planejamento de cardápio de acordo com a realidade da clientela”.

Outros programas também são desenvolvidos, com o objetivo de estabilizar ou diminuir o número de crianças obesas em Curitiba, como a Horta nas Escolas, capacitação de professores, material pedagógico e outros, incluindo o Programa Mama Nenê, que incentiva o aleitamento materno, capacitando os profissionais que atuam em berçários nos Centro Municipal Educação Infantil (CMEI) para orientar as mães e acolher nos Cantinhos da Amamentação, local adequado, com oferta de água e utensílios. “Na mesma linha, há o treinamento de lactaristas para o correto armazenamento e manipulação do leite materno e para orientar as mães que optem por levar o leite ordenhado à unidade educativa. Já para as crianças maiores de seis meses a introdução alimentar no berçário é realizada em atividades de estímulo à alimentação saudável. As professoras de berçário também são sensibilizadas acerca da importância dos 1000 primeiros dias de vida dos bebês para a formação de bons hábitos alimentares. Para isso, usamos o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, junto com atividades de reflexão e dinâmicas”, conclui Maria Rosi.

SUPERAÇÃO NA PANDEMIA É TEMA CENTRAL EM REUNIÃO DO CRN-8 JOVEM

SUPERAÇÃO NA PANDEMIA É TEMA CENTRAL EM REUNIÃO DO CRN-8 JOVEM

2ª reunião de 2020 do CRN-8 Jovem é realizada virtualmente

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região realizou a 2ª reunião de 2020 do CRN-8 Jovem na última terça-feira, 02 de junho, em ambiente virtual, devido as recomendações da Organização Mundial de Saúde em relação aos procedimentos na pandemia da doença Covid-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2

A reunião contou com 12 participantes, incluindo os membros da Comissão de Formação Profissional (CFP), Deise Regina Baptista CRN-8 699, Nanci Rouse Teruel Berto CRN-8 2127 e Camila Brandão Polakowski CRN-8 6951, além da coordenadora técnica do CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch CRN-8 2038. Mônica Dupas Nicolosi CRN-8 192, professora do curso de Técnico em Nutrição e Dietética (TND) do SENAC Centro (Curitiba) também esteve presente, além de alunos e alunas das Instituições de Ensino Técnico e Superior em Nutrição (Faculdades Integradas Espírita, FAPAR, UNICENTRO, FAG, UNIANDRADE, Colégio Estadual Julia Wanderley, Senac Centro, UNNISOCIESC e UNINTER).

O CRN-8 apresentou as ações desenvolvidas pelo Sistema CFN/CRN e pelo CRN-8 e discutiu as experiências dos alunos e professores referente ao processo de ensino-aprendizagem neste momento de isolamento social que estamos vivenciando.

Segundo a coordenadora da CFP, a professora Deise, o período de adaptação tem sido desafiador, “São muitos desafios e superação para alunos e professores continuarem o ensino neste momento de isolamento social. Relatam-se casos de superação, adequação da casa, equipamentos adequados e plataformas para prosseguir com as aulas. As instituições optaram por atividades teóricas neste momento de isolamento, o que não configura Educação a Distância. Houve uma aluna que relatou que a interação não presencial tem sido fenomenal, pois as videoconferências são intensas e aproximaram alunos e professores, que estão interagindo mais. O desafio foi a adaptação às plataformas”.

Durante a reunião relatou-se a importância da prática presencial, como nos estágios, sendo que alunos dos últimos períodos não podem realizar os estágios obrigatórios neste momento, além de se conciliar a situação doméstica. “Algumas alunas são mães e precisam conciliar as atividades de ser mãe, esposa, aluna com as atividades de ensino. Os professores também estão trabalhando mais. É um momento de resiliência e capacidade de adaptação para professores e alunos, além de muita solidariedade nas turmas”, concluiu Deise.

O CRN-8 Jovem

O programa foi criado para aproximar o acadêmico de graduação em Nutrição do Sistema CFN/CRN. Os integrantes do CRN-8 jovem participam de atividades, como campanhas externas realizadas pelo CRN-8, cursos e eventos voltados aos profissionais da área. O aluno é o agente de integração entre o CRN-8 e as Instituições de Ensino Superior.

29 DE MAIO – DIA MUNDIAL DA SAÚDE DIGESTIVA RESSALTA IMPORTÂNCIA DA BOA ALIMENTAÇÃO

29 DE MAIO – DIA MUNDIAL DA SAÚDE DIGESTIVA RESSALTA IMPORTÂNCIA DA BOA ALIMENTAÇÃO

Alimentar-se de forma adequada e saudável é a melhor recomendação para promover a saúde. O tema é tão relevante que o dia 29 de maio ficou marcado como o Dia Mundial da Saúde Digestiva, com o objetivo de mobilizar e orientar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo. O Conselho Regional de Nutricionistas da 8º Região conversou com a nutricionista Nathalia Farinha CRN8 4789, Mestre em alimentação e nutrição e Especialista em Fitoterapia (ASBRAN), além de atuar como nutricionista no ambulatório de cirurgia bariátrica.

Natália explica que alimentar-se mal pode afetar todo o organismo e que uma alimentação equilibrada, como recomenda o Guia Alimentar para a População Brasileira, é fundamental. A alimentação deve ser com alimentos “de verdade”, isto é, alimentos in natura ou minimamente processados, rica em vitaminas, minerais e em compostos bioativos. “Esta é a melhor forma de promover saúde ao organismo. Pois nosso corpo precisa desses nutrientes e compostos bioativos para realizar suas funções básicas e imprescindíveis à vida. Na falta desses, as funções de defesa, reparo e geração de energia, ficam comprometidas, deixando o organismo suscetível às doenças”.

Existem diversas doenças que são relacionadas ao trato digestivo, que podem afetar a saúde e também a qualidade de vida das pessoas. Natália conta que as perturbações do trato gastrointestinal mais comuns são azia, dispepsia, refluxo gastroesofágico, gastrite, úlcera, câncer, doença inflamatória intestinal, disfagia, alterações do fluxo intestinal (diarreia ou constipação), esteatose hepática e a mais recentemente estudada e comentada – a disbiose, que é alteração da microbiota intestinal e pode favorecer o desenvolvimento de outras doenças locais ou sistêmicas.

Como manter a saúde digestiva

A ingestão de alimentos saudáveis em horários adequados, sem excesso, além da prática de exercícios são atitudes básicas para se manter a saúde digestiva. Natália também explica que a ingestão de prebióticos, alimentos fermentados ou o uso de suplementos com probióticos podem ser benéficos à saúde. Porém, é necessário que o nutricionista faça a indicação. “Para manter a saúde digestiva deve-se priorizar a prática de hábitos de vida saudáveis. Cada perturbação digestiva tem uma orientação específica a ser feita pelo profissional nutricionista”, diz.

De forma geral, estimula-se a correta mastigação e o consumo de alimentos e bebidas em volumes e horários adequados ao estilo de vida de cada indivíduo. Praticar exercícios físicos, se abster do tabaco, manter o peso corporal dentro dos limites da eutrofia, priorizar o consumo de carnes magras, frutas, verduras, cereais integrais e oleaginosas e evitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans, bebidas alcoólicas, gaseificadas ou ricas em cafeína. “Sabe-se que o consumo de polifenóis e fitoquímicos presentes nas frutas vermelhas, maçãs, brássicas, cogumelos, leguminosas, oleaginosas, entre outros, podem atuar como prebióticos na microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de microrganismos benéficos à saúde. Além disso, o consumo de alimentos fermentados ou o uso de suplementos com probióticos podem ser estratégias interessantes para modular a microbiota e favorecer o estado de eubiose do hospedeiro”, conclui.

CRN-8 IMPLANTA SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÃO

CRN-8 IMPLANTA SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÃO

Desde do dia 26 de maio está funcionando o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) no Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8). Contratos, portabilidade, padronização dos processos e documentos e a transparência das informações serão administrados de forma digital.

A implantação do SEI apresenta inúmeras vantagens, como a diminuição do custo com materiais de expediente, aumento da eficiência administrativa e a simplificação de procedimentos, gerando maior celeridade no atendimento das demandas.

AMAMENTAÇÃO MATERNA NÃO TRANSMITE COVID-19, DIZ OMS

AMAMENTAÇÃO MATERNA NÃO TRANSMITE COVID-19, DIZ OMS

Estudos realizados apontam que, até o momento, o vírus não foi encontrado no leite de mães com suspeita ou confirmação de contaminação. A doação de leite materno é importante e, se neste momento exige cuidados especiais, continua sendo estimulada.

Em tempos de Covid-19 vários assuntos despertam dúvidas e, dentre eles, estão a amamentação e a doação de leite materno. O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) conversou com as nutricionistas Profª Drª Claudia Choma Bettega Almeida CRN-8 320 e Anna Carolina Pinto de Almeida CRN-8 11446 para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto, além de destacar a importância da data de 19 de maio: “Dia Nacional de Doação de Leite Humano”, instituído pela Lei Nº 13.227, de 28 de dezembro de 2015, e que tem como objetivos estimular a doação de leite materno, bem como promover debates, conscientizando sobre a importância do aleitamento materno.

A Profª Drª Claudia Choma é nutricionista, professora do Departamento de Nutrição e do Programa de Pós-graduação em Alimentação e Nutrição da UFPR. Afirma que várias instituições, nacionais e internacionais, como a *OMS, CDC, SBP, IMIP, IS-SP, ABENFO e o IBFAN destacam que os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus por meio do leite materno. “A OMS publicou um documento em 28 de abril de 2020, em que declara que, até aquele momento, o vírus COVID-19 não foi detectado no leite de mães confirmadas ou com suspeita de tê-lo contraído. Parece ser improvável que haja transmissão pela amamentação, no entanto, estudos ainda estão sendo conduzidos”.

Como as pesquisas são recentes, a Profª Drª Claudia recomenda alguns cuidados, pois, por mais que a transmissão não ocorra pela amamentação, pode ocorrer pelo contato. “As mães devem lavar as mãos frequentemente com água e sabão, ou usar álcool, antes de tocar o bebê e usar máscara cirúrgica durante a amamentação, seguindo as recomendações quanto ao descarte, substituição e modo de uso da máscara”.

Alguns estudos estão sendo realizados para descobrir se o leite materno pode proteger a criança, aumentar a imunidade ou até mesmo servir como tratamento para o Covid 19, porém ainda não há comprovação.

“Para você é leite, para a criança é vida. Doe leite, doe vida.”

Anna Carolina Pinto de Almeida CRN-8 11446 nutricionista do Banco de Leite Humano e membro da Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança do CHC, ressalta a importância da doação do Leite Humano com o slogan que celebra o “Dia Nacional de Doação de Leite Humano”: “Para você é leite, para a criança é vida. Doe leite, doe vida”. “É um momento de sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano. Assim como, uma iniciativa a mais para a proteção e promoção do aleitamento materno”, declara.

Anna Carolina conta que o Banco de Leite do Complexo Hospital de Clínicas está funcionando normalmente, exceto pelos cuidados específicos relacionados à pandemia. “O horário de atendimento permanece normal (de segunda a sexta-feira de 8 às 18h) e buscamos sensibilizar possíveis doadoras a buscarem informações no Banco de Leite para fazerem seu cadastro, além de reforçar com as doadoras já cadastradas sobre a importância de manterem as doações, já que a demanda de leite pelas crianças internadas na UTI Neonatal do CHC não para nunca”.

Para adequação ao contexto da pandemia, foram adotados alguns cuidados. “A visita é cancelada se a doadora estiver sintomática (quadro gripal, suspeita de coronavírus ou coronavírus confirmado). Em caso negativo, é realizada a coleta do leite e entrando no domicílio da paciente somente na 1ª visita. A partir da 2ª visita, o leite doado é coletado no portão/hall/portaria do prédio da doadora,

Além destes cuidados, a equipe que realiza as visitas domiciliares utiliza EPIs, como máscara cirúrgica descartável, luva de procedimento e jaleco, além de produto sanitizante nas caixas isotérmicas usadas na coleta de leite nas visitas domiciliares”.

Cuidados recomendados

Para as mães que doam leite, há cuidados de higiene pessoal que devem ser observados antes de realizar a retirada do leite. “A doadora de leite humano poderá retirar o próprio leite através da ordenha manual ou da bomba de extração para tirar leite (esgotadeira manual ou elétrica) e poderá estimular as mamas fazendo massagens, expressão láctea para manter e/ou aumentar a lactação. A doadora é orientada a manter os cabelos presos, de preferência com touca, colocar máscara ou lenço no nariz e boca, lavar as mãos com água e sabão, esfregando uma contra a outra e entre os dedos, e as mamas, somente em água corrente, secando-as com uma toalha limpa”.

O recipiente para condicionar o leite pode ser fornecido pelo Banco de Leite Humano, mas também é possível utilizar um frasco de vidro liso com tampa de plástico. Neste caso, é preciso lavar bem com água corrente e sabão e ferver por 15 minutos, a contar do início da fervura. Em seguida, deixar escorrer em pano limpo até secar e guardar em local limpo e seco até o uso. “O leite materno pode permanecer no congelador ou no freezer por até 10 dias, até ser conduzido ao Banco Leite Humano, e deve chegar congelado, para posteriormente ser pasteurizado. Se a doadora resolver levá-lo, é preciso colocar os recipientes em uma caixa isotérmica com gelo reciclável”, explica Anna Carolina.

Como fazer para doar

Para doar leite, basta, por contato telefônico, se cadastrar no Banco de Leite Humano. São fornecidas instruções acerca de como realizar a ordenha de leite e sobre os cuidados citados para a higiene. Em seguida, é agendada uma visita à residência da doadora, quando são as orientações são reforçadas e são esclarecidas eventuais dúvidas. Neste momento, o Banco de Leite recolhe o leite armazenado na casa da doadora cadastrada, que não precisa levar seu leite até o Banco de Leite Humano. “Algumas mulheres, quando estão amamentando, produzem um volume de leite além da necessidade do bebê. De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente”.  

Serviço:

Banco de Leite Hospital de Clinicas

Telefone: (41) 3360-1800

* Glossário

OMS – Organização Mundial da Saúde

CDC – Centers for Disease Control and Prevention

SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria

IMIP – Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira

IS-SP – Instituto de Saúde de São Paulo

ABENFO – Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras

IBFAN – International Baby Food Action Network

CRN-8 DISPONIBILIZA FORMULÁRIOS PARA VERIFICAR AS CONDIÇÕES DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO TND

CRN-8 DISPONIBILIZA FORMULÁRIOS PARA VERIFICAR AS CONDIÇÕES DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO TND

A pandemia do novo coronavírus está envolvendo todos os profissionais de saúde. Para assegurar o exercício profissional e a sociedade, o Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) disponibiliza o formulário “Verificação das condições de trabalhos dos técnicos em nutrição e dietética no período de enfrentamento da pandemia do COVID-19”, com o objetivo de conhecer a realidade dos TNDs neste momento.

Semana passada, no dia 07 de maio, o CRN-8 lançou um Formulário para a “Verificação das condições de trabalhos dos nutricionistas no período de enfrentamento da pandemia do COVID-19“, com o objetivo de conhecer a realidade de nutricionistas.

DENÚNCIAS

No final do formulário há um link para denúncias. Além da valorização do profissional, o CRN-8 estabelece possíveis ações que visem assegurar a saúde e a segurança dos inscritos durante o exercício profissional.

Participe aqui.