Edital Chamamento Público – Programa de Benefícios do CRN-8

Edital Chamamento Público – Programa de Benefícios do CRN-8

O Programa de Benefícios do Conselho Regional de Nutricionistas da 8Região (CRN-8), instituído pela Portaria nº 12/2021, tem por objetivo realizar o credenciamento de pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviços e fornecedoras de bens, para a concessão de benefícios e descontos para:

  • Profissionais regularmente registrados e em situação regular perante o Conselho, mediante a apresentação da carteira válida de identificação profissional ou documento equivalente.
  • Colaboradores regularmente registrados no CRN-8, comprovado o vínculo funcional mediante apresentação de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

As pessoas jurídicas que se interessarem em participar do presente credenciamento deverão realizar a leitura atenta do Edital de Credenciamento, observando todas as condições para a participação.

A proposta contendo os descontos assumidos pela Credenciada deve ser elaborada nos moldes apresentados no Anexo B do Edital e encaminhada juntamente com os documentos de habilitação (item 3.1), por meio desta plataforma virtual. Não será aceita outra forma de envio.

A documentação será analisada pela Comissão de Licitação do CRN-8 e, posteriormente, remetida à Presidência do CRN-8 para apreciação. 

No caso de deferimento, será disponibilizado o Termo de Credenciamento a ser assinado pelas partes, com vigência de 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, prorrogável sucessivamente.

Ressaltamos que o CRN-8 não se responsabilizará por nenhum pagamento ou nenhuma insolvência de crédito de seus jurisdicionados junto à Credenciada. Não se estabelece, por força do credenciamento, nenhum tipo de sociedade, associação, consórcio, agenciamento, responsabilidade solidária ou subsidiária entre as partes.

Em caso de dúvidas, entre em contato com a Comissão de Licitação do CRN-8, por e-mail: comissaolicitacao@crn8.org.br.

1 a 7 de agosto – Semana Mundial de Aleitamento Materno – SMAM

1 a 7 de agosto – Semana Mundial de Aleitamento Materno – SMAM – PROTEGER A AMAMENTAÇÃO: UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS

A Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) é celebrada anualmente de 1º a 7 de agosto. O tema deste ano tem como foco as políticas de proteção à prática da amamentação: PROTEGER A AMAMENTAÇÃO: UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS. Segundo o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias ao aleitamento materno. Os bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite até os seis meses de idade e todas as mães têm o direito de amamentar seus filhos.

A nutricionista Caryna Eurich Mazur CRN-8 7919, é defensora da amamentação, mas não a idealiza, porque nem sempre a amamentação é agradável, especialmente no início. Além de questões pessoais, há também a relação com o emprego, a falta de tempo, entre outras dificuldades. Por isso é importante o apoio de toda a sociedade. “Nunca romantizei a amamentação, pois pode ser um momento de muitas dores também. Amo minha filha, independente da via pela qual eu a alimente. Amamentar não depende de amor, é fisiológico, está na fisiologia da lactante, no processo de sucção do bebê para produzir mais leite e é hormonal”.

Dados Enani 2019

De acordo com os resultados preliminares dos indicadores de aleitamento materno no Brasil, contidos no Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil de 2019 (Enani-2019), a prevalência de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de quatro anos aumentou de 4,7%, em 1986, para 60%, em 2020. Nos bebês menores de seis meses, o aumento foi de 2,9% para 45,7%. Caryna defende a criação de políticas públicas para aumento da prevalência da amamentação. “Amamentar é ter paciência, doar tempo. Há questões trabalhistas relacionadas, logo a sociedade precisa se conscientizar da importância de apoiar a mulher que está amamentando. Tanto o Ministério da Saúde como a Sociedade Brasileira de Pediatria preconizam seis meses de aleitamento materno exclusivo e dois anos para amamentação complementar e é preciso muita resistência por parte da mulher, resiliência também, porque amamentar a priva de várias coisas. Muitas vezes a dor vai além da parte física, atinge o psicológico também.” 

Nutricionista e Mãe

A nutricionista Caryna também está amamentando, sua filha está com 7 meses, e reforça que a rede de Apoio à Amamentação é fundamental. “Tive muitas dores no início do processo da amamentação, fiquei de licença por 4 meses e mantive a amamentação devido ao trabalho remoto. Como sou professora estou on-line e consigo amamentar. Mesmo assim, precisei da rede de apoio. Contratei uma pessoa para me auxiliar, tive minha mãe presente e também meu esposo. A rede de apoio estava bem consolidada, entretanto tive várias dificuldades com relação à pega da mama, rachaduras, apojaduras, candidíase, mastites, confusão de bico pois precisei ordenhar e dar na mamadeira. O apoio de todos é fundamental, não apenas dentro de casa, mas da sociedade como todo”.

Declaração de Innocenti

A SMAM surgiu em 1990, em comemoração à Declaração de Innocenti, e deu impulso à discussão de temas como sistemas de saúde, mulheres e trabalho, bem como apoio comunitário, ecologia, economia, ciência, educação e direitos humanos. Desde 2016, a SMAM está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

O PNAE na Pandemia – a nutrição como força motriz

O PNAE na Pandemia – a nutrição como força motriz

O Programa Nacional de Alimentação Escolar defende os direitos à alimentação, garante saúde e educação aos estudantes e promove o desenvolvimento econômico e social local

O acesso à alimentação adequada como um direito básico do ser humano está presente no Artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e, da mesma forma, na Constituição Federal de 1988. Tanto o Sistema CFN, no qual o Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) está integrado, quanto o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, têm a missão de defender esse direito, cuja efetivação depende diretamente do nutricionista.

De acordo com a Resolução CFN n° 465/2010, “compete ao nutricionista responsável técnico (RT) assumir as atividades de planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação de todas as ações de alimentação e nutrição no âmbito da alimentação escolar. O nutricionista é o profissional com conhecimento técnico responsável pela Segurança Alimentar e Nutricional – SAN da população”.

O PNAE foi criado pelo Decreto 37.106, em 1955, como “Campanha da Merenda Escolar”, subordinada ao Ministério da Educação. Em 1979 ganhou o nome tem até hoje e, em 2009, a Lei 11.947, instituiu a universalidade do programa, com cobertura de toda a Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), incluindo a Educação de Jovens e Adultos. Seu objetivo é a garantia do aporte nutricional mínimo das necessidades diárias dos estudantes, de acordo com sua faixa etária e tempo de permanência na escola.

A Lei 11.947/09 também definiu diretrizes nutricionais para aquisição dos alimentos, estabelecendo inclusive categorias de restrição e proibição do consumo de determinados produtos. Incluiu também a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no currículo escolar e determinou que 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação (FNDE/MEC) às entidades executoras sejam gastos com a compra de alimentos produzidos diretamente pela agricultura familiar, privilegiando comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e assentados da Reforma Agrária.

Mais recentemente a Resolução Nº 6 de 2020, do FNDE/MEC, deu um novo passo para a qualificação das orientações nutricionais do PNAE, ao adotar as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, com destaque para a restrição de alimentos ultraprocessados nos cardápios, de modo que a alimentação escolar colabore cada vez mais para a melhoria das condições alimentares e nutricionais dos estudantes.

Cilene da Silva Gomes Ribeiro (CRN-8 418), Vice-Presidente no Exercício da Presidência do CRN-8, defende o PNAE e destaca a importância do nutricionista na elaboração dos cardápios a serem produzidos e distribuídos nas escolas. Segundo ela, os cardápios devem ser elaborados para as diferentes faixas etárias, uma vez que a escolha dos alimentos e suas combinações dependem de cada fase da vida do escolar, do desenvolvimento e necessidades específicas. “As ofertas devem estar em adequação, não apenas com as necessidades e os preceitos nutricionais, mas também com os hábitos da cultura alimentar de cada grupo populacional, sendo necessário o respeito a esses aspectos para que ocorra aceitabilidade e reconhecimento dos alimentos ofertados, garantindo seu consumo. Os nutricionistas devem possibilitar a valorização de alimentos locais, garantindo a sustentabilidade regional e a melhoria da qualidade dos produtos ofertados, prioritariamente alimentos in natura e minimamente processados”.

Distribuição de kits durante a pandemia

Em abril de 2020, a Lei nº 13.987, modificou a Lei nº 11.947/2009, permitindo a entrega dos produtos da alimentação escolar diretamente aos estudantes durante o período da situação de emergência sanitária no país, por conta da pandemia da Covid-19. Com essa mudança, nutricionistas responsáveis pela alimentação, tanto nos estados quanto nos municípios, precisaram readequar a aquisição e distribuição dos alimentos, de acordo com a realidade de cada local, porém mantendo a garantia do direito à alimentação adequada dos estudantes.

Ao estabelecer que no mínimo 30% dos recursos advindos do FNDE/MEC sejam direcionados à agricultura familiar, o PNAE fomentou a promoção do desenvolvimento econômico e social local, garantindo produtos de qualidade e o sustento das famílias que desenvolvem essa modalidade de cultivo de alimentos em pequenas propriedades. “Se não fosse o PNAE, certamente haveria grandes perdas para os agricultores rurais, pois sem essas entregas perderíamos grande número de alimentos plantados, já que as encomendas municipais foram canceladas”, explica Vânia Mara Moreira dos Santos, presidente da Associação de Agricultura Sustentável de Prudentópolis e Região (Aasprud).

A nutricionista RT do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Paraná, Andréa Bruginski (CRN-8 444), conta que em 2020 foram 19 etapas de distribuição, com periodicidade quinzenal, tendo como público beneficiário as famílias dos alunos cadastradas no Programa Bolsa Família. “Foram utilizados, de forma intercalada, alimentos não perecíveis contratados para atendimento em período presencial, bem como foi realizada a aquisição de ‘kits merenda’ (minicesta básica). O fornecimento da agricultura familiar ocorreu de forma contínua, segundo quantidades e grupos de alimentos contratados”.

Os recursos federais transferidos mensalmente pela União totalizam, em média, R$ 7,20 (sete reais e vinte centavos) mensais por aluno. Esses valores são complementados pelo estado, representando em média, um adicional de 90% sobre o recurso federal, totalizando, em 2020, uma previsão orçamentária de aproximadamente R$ 13,60 (treze reais e sessenta centavos) por aluno/mês.

Imagem – Encontros Técnicos para Nutricionistas do PNAE 2021_Paraná – ANDREA BRUGINSKI

Esses recursos permitem fornecer uma refeição por dia aos alunos, durante 20 dias letivos mensais. “Diante desse cenário, se optou por eleger prioritariamente as famílias de alunos em reconhecida situação de vulnerabilidade (beneficiários do Programa Bolsa Família em 2020 e Inscritos no CadÚnico em 2021), garantindo a segurança alimentar e nutricional necessária, visto que toda e qualquer ampliação inviabilizaria o atendimento, porque não existem estoques, contratos e orçamento para suprir um aumento de demanda tão expressivo”, diz Andréa.

Kit merenda nos municípios

As escolas municipais de Curitiba atenderam todos os alunos com os kits merenda, abrangendo crianças e estudantes matriculados em escolas, CMEIs e Centros de Educação Infantil (CEIs). Em 2020, foram fornecidos 952 mil kits de alimentação e, de acordo com a nutricionista gerente da alimentação escolar de Curitiba, Maria Rosi Marques Galvão (CRN-8 3093), a ação foi pautada primariamente pelo Direito Humano à Alimentação Adequada e na autorização, em caráter excepcional, da distribuição de gêneros alimentícios aos estudantes da escola pública em todo o país, via PNAE. “O plano de ação utilizado foi a entrega de ‘kits alimentação’, cuja composição atendeu às normas vigentes e especificações do Guia Alimentar para a População Brasileira, priorizando alimentos in natura e minimamente processados. Contemplou-se a distribuição de gêneros adquiridos da agricultura familiar e a adaptação de alguns alimentos presente no kit para atendimento às Necessidades Alimentares Especiais”.

Já no município de Pontal do Paraná a secretaria de Educação atendeu alunos em situação de vulnerabilidade, assim como no estado. Thais Bordenowski da Silva (CRN-8 3821), nutricionista RT da secretaria municipal de Educação, os kits atenderam as famílias inseridas no Bolsa Família, mas quem solicitasse o kit, também receberia. “Atendemos mais de 2.100 famílias, garantindo a SAN dos escolares e também a economia familiar dos agricultores, que, além de vender os produtos in natura, também forneceram alimentos artesanais, como pães, biscoitos e doces. Sabemos da importância de oferecer esses alimentos, o que atraía as famílias dos alunos a se locomoverem até as escolas para pegar o kit pedagógico”.

Para a Vice-Presidente do Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE) do Paraná, a nutricionista Juliana Bertolin (CRN-8 2401), a entrega dos kits nas escolas transcorreu bem e quase não houve reclamações. “Essas ações emergenciais dependeram muito do conhecimento das nutricionistas responsáveis nos seus municípios, mostraram a importância das políticas públicas para uma alimentação adequada e saudável dos alunos e alunas, mas que também garantem a economia local por meio do sustento das famílias que dependem da venda desses alimentos. Cada nutricionista RT em seu município analisou as necessidades da região e de suas características, para, a partir disso, planejar junto com o comando do poder executivo, quais seriam os critérios para a aquisição e distribuição dos alimentos”.

Nutrição adequada é essencial na pós infecção pelo Covid

Nutrição adequada é essencial na pós infecção pelo Covid

A alimentação adequada e saudável é uma ferramenta importante para combater o déficit nutricional, ampliar a imunidade e fortalecer o organismo de quem passou pela Covid 19.

Uma das características da Covid-19 é a ampla variedade de sequelas ou manifestações prolongadas e persistentes após a recuperação do paciente. Muitas delas são relacionadas à nutrição, como perda de peso, dificuldade de se alimentar e diarreia, entre outros sintomas. Por isso, é essencial garantir o atendimento nutricional aos pacientes pós-covid.

A nutricionista Tatiane Winkler Marques Machado CRN-8 5406, responsável pelo acompanhamento dos pacientes com necessidades alimentares especiais no Programa Municipal de Atenção Nutricional do município de Colombo, conta que houve um aumento de solicitações de fórmulas comerciais para alimentação via sonda, suplementação para recuperação do estado nutricional e suplementos voltados para o auxílio na recuperação das lesões por pressão. “De maneira geral, os pacientes são avaliados de forma individual e, após isso, de acordo com avaliação, é realizado o diagnóstico e a prescrição nutricional, dentro dos protocolos estabelecidos em cada município, para fornecimento das fórmulas e suplementos comerciais, quando necessário. Como principal objetivo de trabalho, o nutricionista deverá sempre priorizar as orientações contendo os alimentos que possam contribuir para a melhor recuperação do paciente”.

Principais sequelas

Tatiana conta que o que mais se observa em pacientes acometidos pela forma grave da doença, que tenham passado longo período de internamento e/ou intubação é:

  • perda de peso intensa;
  • dificuldade de se alimentar;
  • disfagia: os pacientes que passaram por intubação por longos períodos podem ter dificuldade de voltar a se alimentar via oral, sendo indicada a manutenção da sonda por algum tempo;
  • úlceras (ou lesões) por pressão, devido ao longo período em que o paciente fica deitado no internamento;
  • inapetência (falta de apetite), náuseas e vômitos persistentes;
  • perda ou alteração do paladar e olfato;
  • diarreia “crônica”.

A recomendação para melhorar a ingestão alimentar é priorizar a oferta da alimentação conforme a aceitação, podendo iniciar com alimentos pastosos e retornar gradativamente, também conforme aceitação, à consistência sólida. “Fracionar as refeições e diminuir o volume pode contribuir para melhor aceitação frente a queixas de inapetência e náuseas, com a oferta de preparações hipercalóricas e hiperproteicas. Para pacientes com disfagia, deve-se adaptar a consistência e o volume da dieta, preferindo alimentos cozidos e macios, como purês, frutas tenras e sem casca, carne moída ou desfiada, macarrão, sopas e cremes, arroz mais cozido, entre outras opções”.

É importante recuperar o peso e, para isso, Tatiana recomenda alimentos calóricos, como ovos, leite, iogurtes, queijos, açaí, abacate, preparações com acréscimo de azeite de oliva, creme de leite, leite em pó, mel e geleias, entre outros. “Além de trabalhar com as estratégias para aumentar o valor calórico das refeições, adicionando leite em pó no leite, na vitamina, no café com leite ou sobre as frutas. Acrescentar frutas no iogurte e granola nas frutas. E, para recuperação da massa muscular, aumentar a oferta de proteínas, variar os pratos à base de carne, frango, peixe, ovos, miúdos, vísceras e leguminosas como feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha”.

Outras dicas

  • É importante estimular a hidratação. Além da água, beba sucos e chás naturais (camomila, erva doce, erva cidreira, hortelã).
  • Para estimular o paladar, use ervas, especiarias e outros temperos naturais, que realçam o sabor e o aroma dos alimentos: hortelã, gengibre, manjericão, orégano, alecrim, salsinha, coentro, canela, açafrão e outros. As frutas ácidas (acerola, abacaxi, laranja, limão, kiwi, mexerica, limão, morango, goiaba) também podem auxiliar no estímulo ao paladar, além de serem fontes de vitamina C.
  • Mastigar pequenos pedaços de gengibre no decorrer do dia.
  • Investir nos outros sentidos para estimular o prazer em comer. Alimentos de diferentes cores e cortes, bem distribuídos em um prato visualmente bonito, colorido e com alimentos bem organizados, é muito mais atrativo. No caso da audição, o organismo pode ser estimulado a partir, por exemplo, do som do alho com cebola sendo refogados. Aposte em alimentos com textura crocante e/ou que promova sons que tragam boas sensações.
  • Para pacientes com graves lesões por pressão, selecionar alimentos ricos em proteína, vitamina C, zinco, arginina, considerando a biodisponibilidade e a interação com outros nutrientes ou fármacos em uso pelo paciente.

Queda de cabelo, mastigação e densidade energéticaQuais tratamentos estão sendo realizados para amenizar esses sintomas?

A nutricionista Luísa Volpe CRN-8 3958, mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde, explica que a Covid-19 é uma doença que acomete os alvéolos pulmonares e causa a liberação de uma série de citocinas inflamatórias. Essas citocinas são responsáveis por edemas nos alvéolos, dificultando a troca gasosa e a liberação do oxigênio, podendo levar à hipóxia. Esse quadro ocasiona na diminuição da chegada de oxigênio e nutrientes aos tecidos, principalmente aos periféricos, com consequências como o enfraquecimento das unhas e a queda do cabelo. “Há ainda a febre, que está relacionada ao estado catabólico do paciente, aumento de diurese, calafrio, sensação de mal estar, quando é importante aumentar a ingestão hídrica e consumo de eletrólitos. A perda do olfato e do paladar também altera o consumo de nutrientes, pela falta de apetite, além do estresse causado pela doença”.

Para conter as inflamações é preciso aumentar os nutrientes na alimentação, pois a Covid-19 é uma doença catabólica e aumenta o gasto energético. Como a alimentação foi alterada, o organismo acaba gastando os nutrientes que estavam reservados e, por isso, é comum a sarcopenia, ou perda de musculatura. “O tratamento consiste em, durante o adoecimento, tentar fazer uma boa hidratação do paciente. Se for preciso, inserir água de coco, sucos de frutas e isotônicos. Tentar usar de estratégias para que o paciente faça suas refeições e, ao longo do dia, feche suas necessidades de macro e micronutrientes, nem que para isso se tenha que usar um módulo de proteínas para melhorar o sistema imunológico. E, obviamente, consumir frutas e verduras, alimentos de verdade, e reduzir a ingestão de alimentos inflamatórios”.

AVISO DE LICITAÇÃO: PREGÃO ELETRÔNICO Nº 4/2021

AVISO DE LICITAÇÃO: PREGÃO ELETRÔNICO Nº 4/2021

Contratação de empresa especializada em serviços de comunicação visual, incluindo criação de artes, templates, projetos gráficos, diagramação, entre outros.

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região torna público que realizará no dia 14 de julho de 2021, às 14h no site: www.comprasgovernamentais.gov.br, o Pregão Eletrônico nº 004/2021, do tipo menor preço global, referente à contratação de empresa especializada em serviços de comunicação visual, incluindo criação de artes, templates, projetos gráficos, diagramação, entre outros.
Edital e Anexos disponíveis aqui

CRN-8 participa da reunião da CORESAN

CRN-8 participa da reunião da CORESAN

A adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, foi o tema principal da reunião da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional – CORESAN – Curitiba e Região Metropolitana, realizada hoje, 10 de junho, por teleconferência. Os outros assuntos expostos foram a Compra Direta Paraná e a Conferência Popular de Segurança Alimentar Nutricional.

Segundo a coordenadora do CORESAN, Tammy Kochanny Teixeira, a regional tem 29 municípios, incluindo Curitiba, mas é a que tem, proporcionalmente, menor adesão ao SISAN no Paraná. “Estamos na força tarefa de nos reunir com representantes, tanto do governo como da sociedade civil dos municípios para conscientizar sobre a importância de aderirem ao SISAN. Há duas semanas já fizemos algumas reuniões, essas experiências foram citadas hoje, para otimizar o atendimento aos municípios, que agendaremos a partir de agora”.

Compra Direta Paraná

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento – SEAB – investiu R$ 27 milhões na compra de alimentos produzidos ou processados por agricultores familiares, por meio do Compra Direta Paraná. Representantes da SEAB participaram da reunião para instruir as cooperativas e associações habilitadas para fazer este atendimento. O Compra Direta Paraná tem a finalidade de promover o acesso à informação e incentivar a agricultura familiar. O programa compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino.

Conferência Popular de SAN

A Conferência Popular de Segurança Alimentar Nutricional foi divulgada durante a reunião. Quem quiser participar deve preencher o formulário https://pt.surveymonkey.com/r/EncontrosRegionais. Para mais informações acesse https://conferenciassan.org.br/convocacao-para-os-encontros-regionais/

Participantes

Também participaram da reunião o nutricionista e presidente licenciado do CRN-8, Alexsandro Wosniaki, como representante do CRN-8; a secretária executiva da CORESAN de Curitiba e Região, Alzimara Bacellar; representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e do SIESPAR – Sistema Integrado de Entidades Sociais do Paraná; além de nutricionistas da Alimentação Escolar de Pinhais e de Almirante Tamandaré, da Ação Social de Colombo e da Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento do município de Rio Branco do Sul e o Instituto Gt3 – Grupo de Trabalho do Terceiro Setor.

CRN-8 participa de Reunião com CIAMP

CRN-8 participa de Reunião com CIAMP

A Coordenadora Técnica do Conselho Regional de Nutricionistas – CRN-8, Carolina Bulgacov Dratch CRN-8 2038, participou ontem, 08 de junho, da reunião com o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política da População em Situação de Rua do Estado do Paraná – CIAMP RUA/PR. O objetivo é contribuir para a Construção de Nota Técnica Conjunta, de orientação para o fornecimento e distribuição de alimentos para a população em situação de rua nos municípios do Estado do Paraná.

Além do CRN-8, participaram da reunião o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, Conselho Estadual da Assistência Social – CEAS e Instituto Nacional da População em Situação de Rua – INRUA.

Conselhos de Fiscalização Profissional da Saúde solicitam apoio para imunização de inscritos ativos

Conselhos de Fiscalização Profissional da Saúde solicitam apoio para imunização de inscritos ativos

A nutricionista Cilene da Silva Gomes Ribeiro, Vice-Presidente no Exercício da Presidência do Conselho Regional de Nutriocionistas da 8ª Região (CRN-8), participou, hoje, 07 de junho, de reunião com a Frente Parlamentar de Acompanhamento do Plano de Vacinação de Curitiba Covid-19 – da Câmara Municipal de Curitiba. O objetivo foi solicitar aos vereadores da Frente para interceder junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no sentido de garantir a imunização dos profissionais inscritos e ativos no CRN-8 e em outros conselhos de regulação e fiscalização profissional da área da Saúde. Participaram do encontro representantes desses conselhos (CREFITO, CRP, CRMBIO e CRESS), incluindo a Presidente do Fórum dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde do Paraná (FCRAS-PR), Dra. Patricia Rossafa Branco.

Durante a reunião, os conselhos explicaram que estão atendendo todas as solicitações da SMS, porém, a secretaria não informa sequer o recebimento dos e-mails, listas e ofícios, ignorando as tentativas de diálogo. Também foi relatado que a Prefeitura tem divulgado à imprensa convencional, assim como nas suas mídias eletrônicas, que os responsáveis por inserir nomes nas listas da imunização são os conselhos de regulação e fiscalização profissional, quando isso não acontece. Essa informação tem causado grande desgaste nas equipes que trabalham nesses conselhos, pois é alta a demanda de questionamentos, além da depreciação da atuação dessas equipes.

A Frente Parlamentar deu os seguintes encaminhamentos:

  • envio de documento único de todos os conselhos para o Ministério Público;
  • encaminhamento de solicitação de informações oficiais sobre o tema;
  • convocação da SMS para reunião com a Frente, ainda nesta semana;
  • participação da Frente em reunião com a SESA.

CRN-8 propõe Frente Parlamentar de SAN na ALEP

CRN-8 propõe Frente Parlamentar de SAN na ALEP

O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) participou, no dia 01° de junho, da reunião remota ordinária do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR). Na ocasião, foi proposta a criação da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar da Assembléia Legislativa do Paraná ao Deputado Goura Nataraj (PDT).

Adesão ao Sisan Estadual

O CRN-8 também participa, junto ao CONSEA e entidades de SAN, do Termo de Cooperação firmado entre o Ministério Público do Paraná e o Consea-PR, para auxiliar na adesão dos municípios paranaenses ao Sistema Estadual de Segurança Alimentar, estabelecido pela Lei n° 16565/2010. O procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Olympio de Sá Sotto Maior Neto, participou da reunião e explicou que o MP auxiliará nos municípios para a adesão ao Sisan Estadual.

Importância dos nutricionistas nas Políticas de SAN

A diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), Márcia Cristina Stolarski, falou sobre a importância das políticas de SAN e dos municípios acessarem as políticas públicas para assegurar os direitos de alimentação saudável e adequada. A Desan é vinculada à Secretaria de Abastecimento do Estado do Paraná.
A vice-presidente do Consea-PR, Maria Isabel Côrrea, reforçou a importância de nutricionistas na equipe técnica dos municípios para participar dos programas estaduais e nacionais de Alimentação, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil – 03 de junho

Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil – 03 de junho

03 de junho é o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Infantil. O Conselho de Nutricionistas da 8ª Região reforça a importância da alimentação adequada e saudável, além de incluir atividades físicas no dia a dia.

A nutricionista Clarissa G. N. Aliski – CRN-8 3004 escreveu sobre a importância da nutrição infantil. Confira!

Sabemos que a obesidade é uma doença multifatorial, extremamente complexa, que acomete um número significativo de crianças e adolescentes. Como consequência pode provocar complicações a curto e a longo prazo, tais como doenças cardiovasculares, impacto negativo na resposta imunológica, diabetes, hipertensão arterial, alteração no perfil lipídico e consequências psicossociais negativas.

A obesidade é uma condição de saúde associada a diversas causas, estando entre elas o aumento do consumo de alimentos ultra processados, o sedentarismo, falta de uma rotina familiar e condições emocionais como a ansiedade. Todos estes fatores contribuem diretamente para as mudanças nos padrões do comportamento alimentar das crianças.

Durante a pandemia que estamos vivendo, aumentaram o número de relatos de Pais dizendo que seus filhos estão comendo mais do que o “normal”. Com o isolamento social, as crianças ficaram mais dentro de casa, tendo mais acesso à televisão, tablet e eletrônicos em geral. Além disso, muitas apresentaram desequilíbrios emocionais importantes, que contribuíram diretamente para o aumento da ingestão alimentar. São necessários estudos que nos mostrem quais foram e estão sendo o impacto desta pandemia no comportamento alimentar das crianças.

Uma das condutas bem importantes durante essa fase que estamos vivendo é ajudar a criança a nomear seus sentimentos, para mostra-la que existem outras formas de resolvê-los que não seja pela comida. Para que ela não peça alimentos a todo momento, devemos oferecer refeições que incluam todos os grupos alimentares e que aumentarão a saciedade, e incluir lanches saudáveis nos intervalos, que podem ser compostos por carboidratos (pão, panquecas, bolos caseiros), proteínas (leite, iogurte, ovos, queijos) e frutas. Além disso, devemos ensiná-las sobre as diferenças que existem entre fome e vontade de comer.

Outras estratégias que podem ajudar muito nesse processo é que a família tenha uma rotina estabelecida dentro de casa, ofereça alimentos saudáveis, respeite o apetite e nunca force a criança a comer ou experimentar algum alimento, torne o momento da refeição alegre e prazeroso e leve a criança para a cozinha, para que desde pequena ela seja estimulada e crie memórias afetivas com os alimentos.

Nós, Nutricionistas, temos um papel fundamental no tratamento da obesidade, juntamente com uma equipe multiprofissional. Em nossas consultas, podemos fazer uma avaliação minuciosa do comportamento alimentar da criança e de sua família, para juntos buscarmos caminhos e estratégias que sejam aplicáveis dentro de suas rotinas, e que culminem com a mudança de hábitos alimentares e de qualidade de vida.

Precisamos educar para que as crianças criem relações positivas com a comida de verdade, para a construção de hábitos alimentares saudáveis no futuro. Com um acompanhamento adequado e respeitoso, podemos impactar positivamente na redução do número de crianças e adolescentes com obesidade no Brasil.

Clarissa G. N. Aliski – CRN-8 3004

Nutricionista da SMS de Curitiba

Especialização em Nutrição Materno Infantil

Assessora Nutricional

Guide to Million Dollar Success