A pandemia e os desafios na UAN

A pandemia e os desafios na UAN

A pandemia transformou o dia a dia de todas as pessoas e isso inclui a área profissional. As profissões da área da Saúde, como a Nutrição, foram afetadas diretamente. Nutricionistas atuam em diversas áreas, como em hospitais, junto aos pacientes, no pós-hospitalização, na reabilitação e nos consultórios. Isso, sem falar da produção e elaboração dos alimentos, bem como na Segurança Alimentar Nutricional de toda a população, um fator fundamental para a promoção da saúde.

Débora Fernandes Pinheiro, CRN-8 12098 é uma destas profissionais. Ela é Gerente de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) e conta que, além de ter sido necessária uma adaptação rápida à nova realidade, há a pressão para continuar produzindo da mesma forma que fazia antes da pandemia. Isso, mesmo não podendo contar com o quadro de colaboradores completo, pois os atestados de covid são frequentes. “Essas mudanças afetaram muito a nossa rotina. Tivemos que nos adaptar rapidamente e há muita pressão para que o trabalho ocorra como se não houvesse mudanças. Implementamos planos de ação e é preciso colocá-los em prática em questão de dias. E temos a falta de pessoal, diariamente, por consequência da covid”.

Débora conta que faz treinamentos frequentes para tentar garantir a segurança dos colaboradores, porém nem sempre é possível afastar o vírus. “Nossos colaboradores são treinados frequentemente, por mim e pelo técnico de segurança, devido as adaptações que ainda estamos vivendo. Isso vai perdurar por muito tempo, pois sermos uma empresa de grande porte e trabalhar com tanta gente nos coloca em risco”.

Além do treinamento, a nutricionista listou outras medidas realizadas pela empresa em tempos de pandemia:

  1. Contratação de 10 novos funcionários (em todos os turnos conforme demanda);
  2. O servimento foi individualizado e feito pelas funcionárias;
  3. A utilização de face shields e óculos de proteção;
  4. Adesivos de distanciamento nas filas;
  5. Contração de um fiscal na porta da unidade para controlar quantos comensais estão alocados no interior do restaurante;
  6. Pia externa para clientes lavar as mãos;
  7. Instalação de álcool em gel no banheiro e em na entrada e saída do restaurante;
  8. Suqueiras com sensor para evitar contato físico (toque);
  9. utilização de duas máscaras (preta até horário do almoço e vermelha após horário do almoço);
  10. Instalação de acrílico nas mesas para evitar contato (sendo apenas duas pessoas por mesa);
  11. Higienização dos acrílicos, mesas, e cadeiras com álcool, além de uma placa sinalizando se a mesa foi higienizada ou não.
  12. Acrílico do balcão do atendimento (rampas de alimentos)
  13. Álcool em gel ao lado da batida do ponto
  14. Retirada da porta para não encostar na maçaneta
  15. Talheres individualizados (colher, garfo, faca, guardanapo e palito)
  16. Saladas em potes individualizados
  17. Treinamentos com técnicos de segurança sobre a importância do cuidado.

UAN em Hospital

Amanda Ribeiro Dall’Agnol CRN-8 7210, nutricionista gerente do planejamento de UAN da área hospitalar de Curitiba, atende pacientes e o refeitório dos funcionários. Ela conta que por conta da pandemia a equipe se adaptou e preparou refeições que permitiram o conforto dos que estão internados, mas afirma que é preciso garantir a segurança dos trabalhadores do hospital. “Temos feitos preparações diferenciadas para pacientes com Covid internados. Mandamos tudo nos descartáveis, fazemos alimentos mais macios, pois eles relatam mais dificuldade na deglutição. Mandamos sal de ervas para melhorar o paladar e mandamos também limão para que possam colocar na comida, ajudando a reduzir as náuseas”.

Para evitar o desperdício, Amanda conta que serviam as refeições de acordo com cada pessoa e que o cardápio variado é eficaz para a melhora da imunidade. “Nosso cardápio é bem variado, com legumes, verduras e frutas. Para evitar o desperdício, no início da pandemia, fizemos o servimento porcionado, quando perguntávamos ao colaborador a quantidade e o que ele gostaria no prato. Hoje em dia, nosso buffet é liberado para o próprio servimento. Porém, é obrigatório que todos lavem as mãos e usem álcool. Temos uma pessoa focada nesse procedimento na entrada do refeitório”.

CRN-8 nas IES

CRN-8 nas IES

O CRN-8 realizou palestras orientativas nas Instituições de Ensino Superior e Técnico em Nutrição e Dietética (Programa CRN-8 nas IES) de forma online.
O objetivo do Programa é aproximar os estudantes, futuros técnicos em nutrição e dietética, do Conselho, e levar informações importantes acerca da prática profissional.

15 de abril – Universidade Positivo – Carolina Dratch
15 de abril – Universidade Positivo – Alessandra Carvalho
05 de maio – Uniasselvi – Emíria Nakano
05 de maio – UniCuritiba – Fabíola Machado
12 de maio – Unicesumar – Nayara Medeiros
13 de maio – Senac – TND – Carolina Dratch
25 de maio – PUC PR – Carolina Dratch
01 de junho – PUC PR – Carolina Dratch
08 de junho – Centro Universitario Assis Gurgacz – Fabíola Machado
17 de junho – Univel – Carolina Dratch

Acesse a palestra aqui

CRN-8 participa da 19ª reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus

CRN-8 participa da 19ª reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus

O CRN-8 participou da 19ª reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus, junto ao Fórum dos Conselhos Regionais de Saúde (FCRAS), Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e Secretaria Estadual de Saúde, além de deputados estaduais. O objetivo foi para discutir a imunização no Paraná e a vacinação dos profissionais da área da saúde.

Participação do CRN-8

O CRN-8 defendeu a vacinação dos quase três mil profissionais que constam na lista encaminhada à prefeitura municipal de Curitiba, no dia 04 de maio de 2021. A assessora jurídica do CRN-8, Dra Amanda Silveira Palma, representou o conselho na reunião e questionou os critérios de imunização em Curitiba.

Informações das secretarias de Saúde

O Diretor da SESA PR Dr. Nestor Werner Junior informou que é de interesse geral a imunização de todos, mas que há carência de vacinas. Após, na fala da Secretária de Saúde Márcia Huçulak, indagada acerca da quantidade ínfima de profissionais nutricionistas e TNDs imunizados, informou que foram vacinados cerca de 500 profissionais, e que a Prefeitura realizou a imunização apenas dos que trabalham diretamente na sáude de pacientes, como Hospitais, UTIs, casas de repouso, não contemplando os ativos que não estejam nessa frente de trabalho.

Juntamente com os demais conselhos da área da saúde, o CRN-8 colocou-se à disposição para atender às demandas da prefeitura.

VACINAÇÃO NUTRICIONISTAS DE CURITIBA

VACINAÇÃO NUTRICIONISTAS DE CURITIBA

A Prefeitura de Curitiba entrou em contato com o Conselho Regional de Nutricionistas hoje, 07/05, às 11:30, informando sobre o envio da lista com o nomes dos nutricionistas que devem comparecer nesta tarde Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, para tomar a vacina contra Covid-19.

O CRN-8 desconhece quais foram os critérios para a seleção. Reforçamos que seguimos buscando ativamente a vacinação de todos os profissionais e, oficiamos o Ministério Público do Paraná e a Prefeitura de Curitiba questionando sobre estes critérios e solicitando ampla vacinação.

Caso tenha dúvidas quanto ao nome que consta na lista, favor entrar em contato conosco pelo telefone (41) 3224-0008 (ramais 200 ou 204), pelo e-mail duvidasvacinacaocovid@crn8.org.br ou redes sociais para conferirmos o CPF, que não deve ser exposto publicamente.

E-mail da Prefeitura de Curitiba

“Com o objetivo de otimizar o trabalho e garantir a vacinação contra COVID dos profissionais de saúde, encaminhamos a listagem dos profissionais, cujos nomes foram enviados por este Conselho e que ainda não foram vacinados. Solicitamos apoio no chamamento dessas pessoas. Reforçamos que só serão atendidos os profissionais que constarem nas listagens encaminhadas.
Na listagem temos as seguintes situações:

  1. profissionais agendados pelo Aplicativo e profissionais que aguardam agendamento – orientar a ir no Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, localizada na rua 24 de Maio s/n hoje até as 17:00 com carteira profissional, identificação e comprovante de residência
  2. Profissionais não localizados – não têm cadastro. Orientar que façam o cadastro o mais breve possível pelo aplicativo Saúde Já. Em caso de dificuldade na realização do cadastro pelo aplicativo, ligar na Central de Tele atendimento 3350-9000. Após realização do cadastro podem se dirigir ao Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho hoje as 17:00″

Fitoterapia na Nutrição

Fitoterapia na Nutrição

A RESOLUÇÃO CFN Nº 680/2021 regulamenta a prática da Fitoterapia por nutricionistas que possuem o título de especialista em Fitoterapia pela ASBRAN e também para profissionais pós-graduados em Fitoterapia. Porém, de acordo com a resolução, a pós-graduação precisa ser regulamentada pelo MEC e oferecer, no mínimo, 200 horas de disciplinas específicas de fitoterapia. A Resolução prevê, ainda que é necessário incluir no prontuário do paciente a indicação que justifica o uso do fitoterápico.

A nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região – CRN-8 Letícia Mazepa CRN-8 2911 explica que o uso da fitoterapia requer conhecimento sobre a planta medicinal, seus fitoquímicos, as possíveis formas de prescrição, dosagens e as implicações clínicas do uso das mesmas. “É importante lembrar que a graduação em Nutrição é uma formação generalista e o profissional tem a possibilidade de aprender um pouco sobre cada área de atuação. Caso deseje aprofundar o conhecimento na área de fitoterapia é necessária a formação complementar com uma pós-graduação específica que confira maior segurança nas prescrições desse profissional”.

Fitoterapia associada à prescrição dietoterápica

Letícia afirma que a fitoterapia associada à prescrição dietoterápica, quando bem aplicada, pode proporcionar melhorias em diversos sinais e sintomas relatados pelos pacientes. O tratamento para queixas comuns, como ansiedade, insônia e fadiga crônica, pode ser otimizado quando o profissional associa dietoterapia e fitoterapia, mas é preciso cuidado. “Por mais que estejamos tratando de produtos naturais, eles não são isentos de efeitos colaterais ou indesejados. Nem todas as plantas medicinais são indicadas para todos os indivíduos, quer seja por uma doença previamente diagnosticada no paciente ou, então, por uma possível interação dos fitoquímicos prescritos com medicamentos que ele já utiliza”.

Ao nutricionista habilitado a prescrever fitoterápicos cabe reforçar que a prescrição deve ser realizada exclusivamente por via oral, e nunca por via tópica, por exemplo. Já ao nutricionista sem habilitação em fitoterapia é permitida a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais preparadas unicamente por infusão, decocção e maceração. Também podem ser prescritas drogas vegetais e óleos fixos em formas farmacêuticas, desde que sejam classificados como alimentos, novos alimentos e ingredientes ou suplementos alimentares.

O profissional de Nutrição não habilitado não pode, no entanto, prescrever esses produtos na forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica. Também está vedada a prescrição na forma de extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos, nem em preparações magistrais – fitos manipulados. “O extrato seco, por exemplo, é derivado de droga vegetal e, mesmo que classificado como alimento ou suplemento, só poderá ser prescrito por nutricionistas habilitados em fitoterapia”, esclarece Letícia.

Atenção – Importante ler a RESOLUÇÃO CFN Nº 680/2021 na íntegra.

Fitoterapia e nutrição

GLOSSÁRIO

I. Chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção ou maceração em água pelo consumidor.

II. Decocção: preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado para partes de droga vegetal com consistência rígida, tais como: cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas.

III. Derivado vegetal: produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros.

IV. Droga vegetal:

a. planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta/colheita, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar nas formas íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada; e

b. plantas inteiras ou suas partes, geralmente secas, não processadas, podendo estar íntegras ou fragmentadas. Também se incluem exsudatos, tais como gomas, resinas, mucilagens, látex e ceras, que não foram submetidos a tratamento específico.

V. Fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal.

VI. Forma farmacêutica: estado final de apresentação que os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais operações farmacêuticas executadas com ou sem a adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com características apropriadas a determinada via de administração. Obs.: os produtos na forma de cápsulas, comprimidos, xaropes, soluções, ou em qualquer outra forma farmacêutica, não são necessariamente medicamentos, pois a definição de medicamentos envolve outros aspectos além da forma farmacêutica.

VII. Infusão: preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente, por período de tempo determinado. Método indicado para partes da droga vegetal de consistência menos rígida, tais como: folhas, flores, inflorescências e frutos ou com substâncias ativas voláteis.

VIII. Maceração com água: preparação que consiste no contato da droga vegetal com água à temperatura ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal. Esse método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento.

IX. Marcador: substância ou classe de substâncias (ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.) utilizada como referência no controle da qualidade da matéria-prima vegetal e do fitoterápico, preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico. O marcador pode ser do tipo ativo, quando relacionado com a atividade terapêutica do fitocomplexo, ou analítico, quando não demonstrada, até o momento, sua relação com a atividade terapêutica do fitocomplexo.

X. Medicamento fitoterápico: obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade.

XI. Nomenclatura botânica: espécie (gênero + epíteto específico).

XII. Novos alimentos e novos ingredientes: alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no país, ou alimentos com substâncias já consumidas e que venham a ser adicionadas ou utilizadas em quantidades muito superiores às atualmente observadas nos alimentos utilizados na dieta habitual.

XIII. Óleo fixo: óleo não volátil, geralmente líquido à temperatura ambiente. É predominantemente constituído por triacilgliceróis, com ácidos graxos diferentes ou idênticos.

XIV. Plantas medicinais: espécie vegetal cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Chama-se planta fresca aquela coletada no momento do uso e planta seca a que foi submetida à secagem, quando se denomina droga vegetal.

XV. Posologia: descreve a dose de um medicamento, os intervalos entre as administrações e a duração do tratamento.

XVI. Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.

XVII. Produto tradicional fitoterápico: obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica e que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização.

XVIII. Racionalidades em saúde: com base no termo Racionalidades Médicas, que é todo o sistema médico complexo construído sobre seis dimensões: morfologia humana, dinâmica vital, doutrina médica (o que é estar doente ou ter saúde), sistema diagnóstico, cosmologia e sistema terapêutico. O termo racionalidade em saúde propõe uma ampliação desse conceito para uma abordagem multiprofissional de cuidado em saúde incluindo as práticas tradicionais/ populares, ancestrais e ou alternativas. Sistemas terapêuticos contemplados, além do biomédico: Medicina Tradicional Chinesa, ayurveda, medicina antroposófica e homeopatia.

XIX. Substância ativa isolada: substância responsável pela ação terapêutica, originada do metabolismo primário ou secundário da planta medicinal ou de seus derivados. Na fitoterapia estas substâncias não podem ser prescritas, entretanto, cabe esclarecer que as substâncias bioativas, compreendidas como nutriente ou não nutriente consumido normalmente como componente de um alimento, que possui ação metabólica ou fisiológica específica no organismo humano, podem ser prescritas como suplementos alimentares, conforme legislação vigente.

XX. Uso tradicional: aquele alicerçado no longo histórico de utilização no ser humano demonstrado em documentação técnico-científica, sem evidências conhecidas ou informadas de risco à saúde do usuário.

Segurança Alimentar Nutricional é um Direito Humano

Ofício Insegurança Alimentar

Segurança Alimentar Nutricional é um Direito Humano

CRN-8 quer saber como os municípios estão lidando com o atual quadro de Insegurança Alimentar Nutricional

Neste mês de abril, o Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) enviou aos Presidentes dos Conselhos Municipais de Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e Alimentação Escolar dos 399 municípios do Paraná o Ofício nº 896/2021/CRNS-SD. Nele, há o questionamento acerca das ações que estão sendo realizadas frente ao atual quadro de Insegurança Alimentar Nutricional causado pelas crises econômica, política e sanitária.

O CRN-8 tem a missão de “defender o direito humano à alimentação saudável, contribuindo para a promoção da saúde da população, mediante a garantia do exercício profissional competente, crítico e ético” e, no documento, encaminhou as seguintes questões:

1) Foram realizadas reuniões para tratar de assuntos referentes à insegurança alimentar e nutricional em 2020/2021?

2} Quais as ações que estão sendo realizadas para combater a insegurança alimentar e nutricional no município?

Atual quadro de Insegurança Alimentar no Brasil

De acordo com dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, realizado entre 5 e 24 de dezembro de 2020, em 2.180 domicílios de áreas urbanas e rurais, nas cinco regiões do país, apenas 44,8% dos lares tinham seus moradores e suas moradoras em situação de segurança alimentar. Isso significa que, em 55,2% dos domicílios, os habitantes conviviam com a insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%}. Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos.

Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave).

É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.

Respostas e Ações

O CRN-8 aguarda as respostas dos municípios para, assim como os outros conselhos (Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional e Alimentação Escolar), desenvolver ações em prol de uma população saudável e alimentada.

Acesse o ofício na íntegra aqui

Nova Resolução na área de Rotulagem

Nova Resolução na área de Rotulagem

Foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 15 de abril de 2021, a nova Resolução na área de Rotulagem.

A RESOLUÇÃO RDC Nº 493 dispõe sobre os requisitos de composição e rotulagem dos alimentos contendo cereais para classificação e identificação como integral e para destaque da presença de ingredientes integrais.

Acesse a RESOLUÇÃO RDC Nº 493, DE 15 DE ABRIL DE 2021

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial  

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado no dia 26 de abril. A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença. Em 2019, de acordo com os dados coletados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 44,8% dos adultos não alcançaram um nível suficiente de prática de atividade física, sendo esse percentual maior entre mulheres (52,2%) do que entre homens (36,1%).

De acordo com a nutricionista Graziela Beduschi (CRN-8 1110) alguns hábitos alimentares podem colaborar para a prevenção e combate a Hipertensão Arterial.

1)     Controle do Peso

A obesidade está associada ao aumento do risco de Hipertensão Arterial. Por outro lado, a diminuição do peso promove a diminuição da Pressão Arterial tanto em indivíduos normotensos quanto em hipertensos.

2)     Dieta Saudável (DASH)

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial (2020) há várias propostas de dietas para a prevenção da Hipertensão Arterial, que também favorecem o controle dos hipertensos e contribuem para a saúde como um todo. Dentre as mudanças, cita-se o aumento do consumo de frutas, verduras, legumes, sementes, oleaginosas e grãos, como as leguminosas; diminuição do carboidrato refinado, preferindo o integral; e troca das carnes, leite, iogurte e queijos mais gordos para a versão mais magra e em quantidade moderada e suas variantes (baixa quantidade de gordura, mediterrânea, vegetariana/vegana, nórdica, baixo teor de carboidratos etc.). Os benefícios são ainda maiores quando ocorre em conjunto a redução de ingestão de sódio.

“Todos os documentos sobre o assunto indicam que a alimentação in natura, com baixo teor de sódio, rica em fibras e potássio, ajuda na prevenção e tratamento da Hipertensão Arterial e de várias outras síndromes metabólicas”, explica a nutricionista. Segundo ela, o ideal é a o cardápio conter sempre frutas, verduras, legumes, cereais (de preferência integrais), leguminosas, leite e derivados magros, castanhas e sementes sem sal. Também é importante a redução da gordura saturada, do sal e de alimentos processados e ultraprocessados.

3)     Sódio

Recomenda-se que a ingestão de sódio seja limitada a aproximadamente 2 g/dia (equivalente a cerca de 5 g de sal por dia). “A redução eficaz do sal não é fácil e, muitas vezes, sabe-se pouco quais alimentos contém altos níveis de sal. É necessário ter muito cuidado com a quantidade de sal adicionado e com os alimentos com alto teor de sal, como os produtos industrializados, processados e ultraprocessados”, afirma Graziela.

4)     Potássio

O aumento na ingestão de potássio, reduz os níveis pressóricos. A relação entre o aumento da suplementação de potássio e a diminuição da Hipertensão Arterial está relativamente bem compreendida. “Sua ingestão pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio, como feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escura (espinafre), abobora, batata doce, banana, ameixa, romã, melão, cenoura, beterraba, frutas secas (damasco, uvas-passas), tomate, batata-inglesa e laranja, abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, peixes (linguado e atum)”.

5)     Álcool

O impacto da ingestão de álcool foi avaliado em diversos estudos epidemiológicos. Há maior prevalência de Hipertensão Arterial ou elevação dos níveis pressóricos naqueles que ingeriam seis ou mais doses ao dia, o equivalente a 30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso e mulheres.

6)     Sedentarismo

Há uma associação direta entre sedentarismo, elevação da pressão arterial e da Hipertensão Arterial. Chama a atenção que, em 2018, globalmente, a falta de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana) era de 27,5%, com maior prevalência entre as mulheres (31,7%) do que nos homens (23,4%). Outros: estresse, tabagismo e distúrbios do sono também são fatores que devem ser combatidos para evitar a Hipertensão Arterial

A importância do SAL

A nutricionista Graziela explica que o sal (cloreto de sódio) não é apenas um vilão, mas que exerce função importante no nosso organismo. “O Sódio (Na) presente no sal é um nutriente necessário para a manter do volume plasmático, equilíbrio ácido básico, funcionamento das células e transmissão de impulsos nervosos. Logo não deve ser excluído da alimentação diária, porém deve ser consumido moderadamente”.

Curiosidades

A nutricionista explica que, além do sódio presente no sal que adicionamos na comida, há também o sódio intrínseco dos alimentos. “Por exemplo 100g de carne vermelha crua, antes de temperar, já tem 62mg de Sódio, 1 copo de leite semidesnatado apresenta 120mg de Sódio, além de que temos o sódio obtido no consumo de alimentos processados e ultraprocessados, por exemplo: 3 biscoitos recheados apresentam 60 a 70mg de sódio, ½ cubo de tempero pronto caldo de galinha 1000mg de Sódio, 1 pacote  de macarrão instantâneo 1500mg de Sódio”.

Receitas – Graziela Beduschi

SAL FUNCIONAL

Ingredientes:

2 col de sopa (40g) de sal marinho

1 col de sopa (20g) de alecrim fresco (tire o caule) ou desidratado

2 col de sopa (40g) de manjericão desidratado

1 col de sopa (20g) de orégano

Opcional: 1 col de sopa (20g) de curry ou açafrão-da-terra ou curcuma

Bata todos os ingredientes no liquidificador, multiprocessador ou mixer e guarde em um vidro, de preferência com tampa plastica, na geladeira.

TEMPEROS E COMBINAÇÕES

Alecrim: carnes em geral, em especial a de carneiro e de porco, batatas

Coentro: comida mexicana, peixe, frango e frutos do mar

Cominho: legumes

Hortelã: comida árabe (kibe, tabule), chá, agua saborizada

Gengibre: comida japonesa, frango, camarão e frutos do mar, molhos, chás e sucos

Louro: feijão, lentilha, sopas, carne moída, carne de panela e carne de porco

Manjericão: peixe, frango, pizza e massas (no molho de tomate ou molho pesto)

Manjerona: todas as carnes, frango e molhos

Orégano: pizza, saladas, sanduíches e massas

Salsa, cebolinha e alho poró: use em tudo, sempre de acordo com o seu paladar

Sálvia: frango

Páprica picante: todas as carnes, legumes, arroz, cogumelo, peixes

Curry ou cúrcuma ou açafrão da terra: todas as carnes, peixes, frutos do mar, legumes, arroz, cogumelo

Canela: carnes, mingau de aveia, leite, iogurtes, chás, cafés…

Conheça o Relatório de Gestão do CRN-8

Conheça o Relatório de Gestão do Conselho Regional de Nutricionistas 8ª Região – Paraná – CRN-8


O Relatório de Gestão tem o objetivo de apresentar aos profissionais e à sociedade, de forma objetiva e integrada, a Missão Institucional do CRN-8. Visa facilitar a compreensão sobre a utilização dos recursos financeiros na fiscalização, normatização e orientação do exercício profissional do Nutricionista e do Técnico em Nutrição e Dietética (TND), bem como na defesa do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (DHANA) com vistas à promoção e à proteção da saúde da sociedade.
Outro objetivo do Relatório de Gestão é apresentar aos órgãos de controle interno e externo a prestação de contas anual a que esta autarquia está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo com as disposições da DN TCU 84/2020 e das orientações do órgão de controle interno.

Acesse o Relatório de Gestão do CRN-8 de 2020 e confira!

Estrutura do relatório

O Relatório de Gestão CRN-8 referente ao exercício 2020 está estruturado da seguinte forma:
Mensagem do Presidente: apresentação do resumo dos principais resultados alcançados frente aos objetivos estratégicos e às prioridades da gestão.
Capítulo 1 – Visão geral organizacional e ambiente externo: apresentação da identificação, missão, visão, valores, estrutura organizacional, ambiente externo, principais dirigentes, principais canais de comunicação com a sociedade e modelo de negócios.
Capítulo 2 – Riscos, oportunidades e perspectivas: avaliação dos principais riscos identificados pela entidade, visão geral do modelo de gestão de riscos e controles e as principais oportunidades identificadas.
Capítulo 3 – Governança, estratégia e desempenho: demonstração da estrutura de governança, processo de planejamento estratégico, programas e projetos, gastos com a fiscalização do exercício profissional e com as demais atividades finalísticas e indenizações a conselheiros.
Capítulo 4 – Informações orçamentárias, financeiras e contábeis: apresentação do desempenho financeiro, orçamentário e patrimonial da gestão no exercício, balanços, demonstrações, notas explicativas e declaração do contador